Thaís 09/01/2014Tivemos uma fase em que fomos saturados por lançamento de livros sobre vampiros, depois vieram os anjos e outros seres sobrenaturais. Num momento de calmaria nos sobrenaturais começaram a ser publicadas fanfic de Crepúsculo e é sobre a ‘mais nova’ que irei falar hoje – mais nova entre aspas pois ela foi escrita na internet antes da história de E. L. James e publicada como livro depois. Beautiful Bastard foi originalmente postado com o nome The Office, mas foi reescrita antes de ser publicada.
O livro conta a história de Chloe Mills, uma estagiária, e seu chefe Bennet Ryan. Chloe trabalha para a empresa da família Ryan desde a faculdade e é escolhida para trabalhar ao lado de Bennet quando ele volta da França. Bennet é um chefe exigente e não tem papas na língua antes de criticar Chloe, ela por outro lado bate de frente e não engole os ‘coices’ do patrão como uma coitada – ela até o apelida de Beautiful Bastard, porque ele é lindo mas um chefe filho da mãe. Tamanha antipatia entre patrão e empregada no fundo esconde uma gigante tensão sexual.
O livro, ao contrário de “Cinquenta Tons de Cinza”, não te dá a sensação de que você já leu exatamente aquilo em algum lugar, relutei em começar o livro por imaginar outro “50 tons” e no fim acabei me surpreendendo. O livro é narrado em primeira pessoa, entretanto os capítulos são intercalados entre o ponto de vista dos personagens feminino e masculino.
O artefato poderia dar mais profundidade ao livro, entretanto isso não acontece. Quando li que se tratava de uma série esperei algo nos moldes de “50 Tons”, que tem um cliffhanger e no livro seguinte retoma a partir daquele ponto, mas não, toda a trama é desenvolvida num único livro. Penso que por ser um único livro ele teria conseguido se desenvolver melhor em terceira pessoa pois teria um distanciamento dos sentimentos pessoais dos personagens.
Mesmo com isso o livro é gostosinho de ler e leria numa ‘tacada só’ se tivesse tido mais tempo somente eu e o Kobo. Se fosse resumir o livro em uma palavra sem dúvidas seria em hot, definitivamente hot! Esses dois quando chegam perto um do outro parece até dinamite, mas não é do tipo de relacionamento que os dois se conhecem hoje e amanhã já estão lá se enroscando no sentido bíblico e jurando amor!
Sobre os protagonistas Chloe é normal, não é do tipo que engole qualquer coisa de homem e isso fez com que me identificasse com ela. Bennet é um mocinho que promete ser ogro e depois você acaba percebendo que ele só é assim porque ele sempre foi um workaholic e sempre viveu para o trabalho, mas no fundo ele é um fofo! Realmente vi o Bennet como alguém por quem eu me apaixonaria, mesmo ele sendo um bastard como chefe!
O livro recomendo para quem procura um hot para se distrair, que não procure nada profundo somente a distração de um livro simplesmente pelo prazer da leitura. Ele não é nenhuma obra prima, mas traz bons momentos de distração.