Éramos jovens na guerra

Éramos jovens na guerra Sarah Wallis...




Resenhas - Éramos Jovens na Guerra


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Ana Alice 24/06/2023

"Eu quero viver, mas não posso viver assim!"
Indescritível o impacto que esse livro, esses diários e cartas, tiveram sobre mim. Recomendo para todas as pessoas.

Com escritas sinceras e emocionantes, reune relatos de diversos jovens em diferentes lugares do mundo, mostrando como suas vidas foram afetadas e suas visões sobre a guerra.

É forte, triste, agonizante e, acima de tudo, real. São crianças e adolescentes que tiveram suas vidas tragicamente interrompidas e precisaram aprender a viver com isso passando por muitas dificuldades e, muitas vezes, não suportando.

Esse livro é necessário por mostrar a realidade de pessoas que vivenciaram ativamente a guerra, traz mais humanidade para esses acontecimentos desumanos. Mostra que a guerra não é apenas aquele lado factual e sistematizado que aprendemos na escola, mas também, e principalmente, refere-se a vidas de pessoas reais. Desperta um olhar emocional e pessoal.

É chocante. Imagine acompanhar as escritas de anos da vida de uma pessoa e saber que nunca mais irá ler nada escrito por ela porque ela precisou parar de escrever. Por isso, eu quero destacar uma frase do livro:

"Posso estar escrevendo pela última vez. Temo que não consiga concluir meu diário e escrever Fim na última página. Alguma outra pessoa escreverá 'morte', com a própria caligrafia. Mas eu quero tanto viver, acreditar, sentir!"

Leiam, é uma experiência difícil, porém necessária e única.
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Alan kleber 08/05/2023

Coragem e esperança na batalha pela sobrevivência.
Este livro é uma poderosa homenagem àqueles que enfrentaram a guerra com coragem e bravura.

Éramos jovens na guerra mergulha nas profundezas abissais da condição humana durante um dos períodos mais sombrios e cruéis da história.
Este livro, repleto de cartas intensas e vívidas, nos leva a uma jornada visceral pelos horrores, medos e anseios dos jovens que enfrentaram a guerra de frente. Nessas cartas, as palavras ganham vida e nos arrebatam para os campos de batalha, para as ruínas fumegantes e para as vidas despedaçadas que se tornaram o cenário para essa guerra devastadora.
Através das cartas, ouvimos o clamor de corações jovens atormentados pela violência e pelo terror iminente. As palavras se entrelaçam em um turbilhão de emoções inescapáveis. A dor, a angústia e a perda se entranham em cada linha, com cicatrizes que ficaram marcadas em que viveu aquele período. Suas vozes ressoam com uma mistura visceral de desespero e bravura, enquanto lutavam para encontrar um sentido em meio ao caos e a carnificina.
A guerra, um abismo sem fundo que engoliu a juventude, revela sua face mais monstruosa nas páginas dessas cartas. As vozes dos soldados e civis se mesclam, compartilhando histórias de horror e sofrimento indiziveis.
No entanto, mesmo em meio a escuridão mais densa, faíscas de humanidade reluzem. Essas cartas transmitem momentos de compaixão, coragem e solidariedade em meio ao caos. São lampejos de luz que revelam a força indomável do espírito humano, resistindo às trevas e encontrando beleza e significado mesmo mas circunstâncias mais desoladoras.
Éramos jovens na guerra é um testemunho visceral e arrebatador do que significa ser jovem e estar mergulhado na guerra. Cada página é uma ferida aberta, uma ferida que nós convida a confrontar a realidade brutal da violência e a questionar nossa própria humanidade. Essas cartas nós empurram além dos limites do conforto e nos forçam a encarar a fragilidade da vida e a impermanência de nossas existências.
Este livro nos lembra também que, apesar do horror e do sofrimento a resiliência humana é capaz de superar as adversidades mais sombrias.
Um livro que homenageia aqueles que enfrentaram a guerra com coragem e bravura.
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Christiane.Leite 02/05/2023

Tanto jovens de países do Eixo quanto dos Aliados conviveram diretamente com a fome, a morte e o medo. A intensidade dos relatos presentes neste livro reflete a dor pela perda, o temor de ocupações, invasões e bombardeios. Somente três destes jovens sobreviveram. Alguns lutaram e morreram na guerra, outros sucumbiram à fome; muitos foram separados de suas famílias. Todos se viram forçados a amadurecer e tiveram suas vidas transformadas por suas experiências.
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Súh 03/06/2022

Triste geração
Não tem como ler esse livro sem sentir uma dor no coração, ler as cartas e diários de jovens que viveram durante a segunda guerra mundial nos mostra o quanto sofrida foi essa geração, tantos sonhos reduzidos a nada. Eram crianças em meio ao caos. Esperando o fim da guerra para voltar as suas vidas normais e uma guerra que nunca chegava ao fim. É um livro lindo e triste.
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Evelize Volpi 23/01/2022

Esse livro é Impressionante.
Relata trechos de diários de jovens durante a 2 Guerra Mundial.
De alemães, judeus, japoneses, americanos , poloneses, russos...
Quem se interessa pelo tema Segunda Guerra Mundial, esse livro é sensível e nos mostra todo horror que esses jovens são expostos nessa parte tão triste da História Mundial.
Leitura Recomendada.
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Danilo 17/11/2021

A leitura começa bem morna, esquenta um pouco no meio do livro e vai ficando bem chata com os capítulos finais.
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Renata Almeida 22/05/2021

"Éramos..."
Uma coleção de cartas e diários, escritos por crianças e jovens de várias nacionalidades, de origens financeiras e religiosas, que viveram as experiências tristes e traumáticas da Segunda Guerra Mundial, histórias de diferentes pontos de vista e ideologias políticas, e como afetou as vidas de parentes, amigos e residentes das regiões afetadas e a contribuição desses jovens para o fim do governo genocida nazista que dizimou milhares de vítimas na Europa e que muitos não tiveram a sorte de escrever sobre o fim do conflito, mas permanecerá para sempre uma memória que reflete a luta pela sobrevivência e resistência.
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Duchesse 28/06/2020

Sensível e tocante
Um dos mais lindos e sensíveis livros que já li sobre a 2GM. Traz trechos de diários e cartas de jovens de diversas nacionalidades que viveram a guerra, dando voz, rosto e contando histórias de vida por trás das frias estatísticas e da impessoalidade dos números.
Alguns jovens conseguiram sobreviver à guerra; outros foram vítimas dela. Fiquei particularmente tocada por dois relatos; o primeiro é o diário de um jovem russo de 16 anos que vemos lentamente morrer de fome durante o cerco a Leningrado:

"Eu me sento e começo a chorar... Tenho apenas 16 anos! Esses canalhas que começaram esta guerra... Adeus, meus sonhos de infância! Vocês nunca mais voltarão. Eu queria que o passado simplesmente desaparecesse no inferno, queria nunca ter sabido o que é um pão ou uma salsicha. Queria que as lembranças felizes do passado não ficassem voltando para mim. Felicidade! É a palavra que resume todo o meu passado... Eu costumava me sentir seguro sobre o futuro!! Nunca mais serei o mesmo... (...)
Posso estar escrevendo pela última vez. Temo que não consiga concluir meu diário e escrever Fim na última página. Alguma outra pessoa escreverá "morte", com a própria caligrafia. (...) Eu vou morrer, eu vou morrer, mas quero tanto viver, sair daqui e viver, viver!... Toda a minha energia está indo embora, indo embora, se esvaindo... E o tempo se arrasta tão demoradamente, por tanto tempo. Oh, meu Deus, o que está acontecendo comigo?"

O segundo relato extremamente pungente são as cartas de despedida e os poemas escritos por um jovem kamikaze:

"Uma brisa cálida. Nós realmente voamos para o sul. Dá para sentir. É o que nos dizem todas as árvores ao redor. Seriam pinheiros? Não, não parecem, segundo me dizem aqui. Folhas de bananeiras ondulam ao vento, parecendo muito agitadas.
Um belo recife de corais, cercado de profundas praias azuis. Por que aqui, entre tantos lugares? pergunto a mim mesmo. Mas o tempo ainda está horrível. Continua caindo uma chuva silenciosa.
No nosso dormitório, as luzes são desligadas às 20h30. Pensando nas pessoas que conheci e deixei para trás, não posso deixar de me sentir um pouco solitário. Ouvindo o barulho da chuva no jardim, fico me perguntando como é que ela chora por mim agora, mas por quem será que ela está chorando realmente?
Os aviões decolam numa chuva fina. Um depois do outro. Nós partimos em nossa jornada. Agradecemos a nossos amados aviões, oramos por eles. Quase tocando no mar, nós ascendemos em direção às nuvens. Fico feliz por nossa esquadrilha ser forte. Meu motor parece bem. Acabei de ver uma sombra da ilha com o canto do olho, e de repente o céu se abriu. Formosa! Coberto pelas nuvens, o monte Yushan se destaca, orgulhoso. Vêm lágrimas - de alegria? - eu fico com a visão turva. Não estou enxergando direito. Minhas asas prateadas tremem de animação. Lá vou eu! Forço o braço e aperto os controles com toda a força."

Albert 28/06/2020minha estante
Bela resenha.


Duchesse 28/06/2020minha estante
Obrigada! ?




Mariana 15/06/2020

Fenômeno da guerra sob vários pontos de vista
O livro é bem organizado, traz os relatos de 16 adolescentes que viveram no período da segunda guerra mundial, e foram impactados por ele - direta ou indiretamente.
É muito interessante o fato do livro trazer como o fenômeno da guerra foi vivenciado, sob vários pontos de vista. A conclusão que chego, independente de qual ponto de vista resolvo adotar, é que a guerra é cruel.
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Estilo.Literario 10/06/2020

Éramos jovens na guerra
287 páginas

Inserido no gênero narrativas pessoais, o livro acompanha as cartas e diários de 16 jovens que vivenciaram a guerra de alguma forma. O interessante é que as escritoras trazem relatos de pessoas que estavam em diferentes posições, e muitas vezes, de lados opostos do conflito, que conseguiram passar, através de sua escrita, o que era vivenciar aquele período. São experiências narradas de forma direta e persuasiva sobre suas reações e pontos de vista. Entre os 16 adolescentes, há americanos, alemães, russos, japoneses, poloneses e franceses. Cada um com uma história extraordinária de suas vidas e contexto histórico. Sem dúvidas, este contexto de violência penetrou de forma incisiva na consciência e atos de muitos jovens da época, e olhar para eles e ressignificar o que tudo aquilo representou, é fascinante, embora muito cruel.

Somente 3 dos jovens sobreviveram. Tiveram seus finais diferentes, alguns morreram lutando, outros de fome, separados de suas famílias. O que eles têm em comum é a força que precisaram encontrar para amadurecer, por terem suas vidas transformadas bruscamente. Um relato comovente sobre uma juventude que presenciou os horrores de uma guerra mundial, e seus medos.

Ouço de muita gente questionamentos sobre porque voltamos no passado, ou porque gostamos de ler tragédias ou tristezas da história. São relatos que nos ajudam a construir uma imagem comovente de esperança e solidariedade, além do fato de que ao conhecermos o passado da humanidade, podemos evitar um retrocesso.
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jota 12/02/2019

Tragédias...
Enquanto escrevia este comentário constatei que o livro tem média 4,5 e isso me alegrou bastante pois a imensa maioria dos leitores soube apreciar devidamente seu (comovente) conteúdo, tal como está resumido na sinopse (muito apropriadamente, por sinal). Ao mesmo tempo, enquanto eu ia lá pela metade da leitura, depois de passar por um trecho altamente triste – a morte de um adolescente russo por fome, durante o cerco nazista a Leningrado, atualmente São Petersburgo -, ocorreu a lamentável tragédia envolvendo os jogadores adolescentes do Flamengo (e dias antes a de Brumadinho, de dimensão muito maior).

Daí em diante não foi fácil continuar a leitura sem que os olhos ficassem quase sempre marejados, porque se o sofrimento de um adolescente em qualquer circunstância é sempre lamentável, a morte de um deles é mais ainda, e poucos deste livro sobreviveram à guerra, somente três dos que escreveram diários ou cartas e os tiveram reproduzidos no volume. Queria apenas escrever isso e recomendar o livro de Sarah Wallis e Svetlana Palmer a todos que apreciam bons livros, ainda que um tanto tristes, caso deste.

Lido entre 25/01 e 12/02/2018.
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Welrikar 03/09/2018

Éramos jovens na guerra
O livro é composto por trechos retirados de diários de 16 jovens – ingleses, franceses, americanos, japoneses, alemães, poloneses e russos – que tiveram suas vidas afetadas pela segunda guerra mundial. São relatos pessoais, viscerais, cruéis e comoventes. Os autores, seguem a ordem cronológica dos eventos, sempre mostrando os dois lados da história. No início de cada capítulo nos apresenta um resumo do que está ocorrendo naquele momento e onde cada jovem se encontra.
As cartas são compostas de considerações sobre Deus, amor, morte, pátria, família e a vida. Textos sobre a dor, perda, compaixão, luto e esperança. Não tem como você não se colocar no lugar daqueles jovens e se comover com muitas das situações relatadas no livro.
Como os autores lembram no início do livro, o diário de Anne Frank é o relato adolescente sobre a segunda guerra mais conhecido em todo mundo, porém vários relatos de jovens que viveram aquela época foram esquecidos ou nem chegaram a ter notoriedade. Ler esse livro é dar novamente voz a essas pessoas que cresceram durante a guerra e que morreram por causa dela. É um livro que deveria ser lido por todos.
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Ygor.Miranda 28/09/2017

Incrível do início ao fim
A capa do livro já mostra mais ou menos como ele “funciona”, diários e cartas - dados estes fornecidos por familiares ou encontrados em escombros - de civis e militares nos anos 40 que retratam bem como foi a guerra na América, Europa e Ásia, tanto nos países aliados como ententes, o que mostra os dois lados da guerra, sem heróis e vilões, apenas cidadãos com sua história. Entre um personagem novo e outro, o autor mostra um breve contexto histórico que permite o leitor entender completamente em que situação o relator está inserido. Lembrando que um breve conhecimento prévio da época torna o livro mais gostoso de ler.

Pontos positivos: Como dito na descrição geral, o autor não opina, apenas expõe os fatos, ou melhor, os escritores dos diários e cartas dão o tom do livro. Possui curiosidades que não se encontram nos documentários por serem muito pessoais, esconderijos e formas de viver – ou sobreviver – durante a guerra. Datas e locais que facilitam o entendimento de cada lugar, apesar de óbvio, durante o livro os locais variam muito, então a identificação do local é muito importante para não se perder. Os relatos cobrem todo o período de guerra, acompanhamos desde o início da guerra na Europa, a entrada dos estadunidenses até o fim da guerra na Ásia.

Pontos negativos: Em alguns momentos os relatos ficam excessivamente pessoais, saindo um pouco do âmbito da guerra criando pequenas histórias paralelas, quem quer focar somente na guerra pode ficar um pouco decepcionado em certos pontos. Por abranger todos os anos do conflito a história pode parecer um pouco estagnada ou com poucas variações, mas que é compensada pela quantidade de detalhes de cada episódio.


site: http://releiturablog.blogspot.com.br/2017/09/eramos-jovens-na-guerra-guerra-mais.html
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Rafa 30/09/2016

A guerra dentro de nós
Um livro espetacular, que cumpre o objetivo que se é esperado. Relatos de jovens na guerra, nos quatro cantos do mundo. Foi um prazer sentir um pouco do que sentiram, pensar como pensavam, ter medo como temiam e principalmente torcer por cada um deles.

Hoje em dia é quase inconcebível tentar especular o que foi a Segunda Guerra Mundial, só quem viveu sabe, inimaginável ter 1% do medo de algum deles.

Cumpriu com propriedade minhas expectativas, quem leu "O diário de Anne Frank", "Inverno na Manhã" .. etc e gostou, não irá se decepcionar com "Éramos Jovens na Guerra". Esse tipo de leitura, no meu ponto de vista, é diferente, surreal, sempre quisemos esta na mente de cada um dos participantes da guerra, seus medos, receios, e é isso que este tipo de leitura nos proporciona.
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