A Luta Pelo Direito

A Luta Pelo Direito Rudolf von Jhering




Resenhas - A Luta Pelo Direito


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Tori 28/05/2021

Rudolf Von Ihering defende que, assim com o título já diz, devemos lutar por nossos direitos, ele não incentiva a violência, mas existem muitas formas de luta e não podemos deixar nossos interesses de lado.

"A meta da lei é a paz. A forma de obter isso é a guerra." Pág 53

"E é assim que a justiça por um lado segura a balança, em que ela pesa o direito, e pelo outro segura a espada com que a executa. A espada sem balança seria pura força, a balança sem a espada seria a impotência da lei." Pág 53

Eles nos traz dois princípios, o 1° é que a batalha pela lei é o dever da pessoa que tem direitos com ela mesma, ou seja, temos que lutar pelo nossos interesses, nossos direitos legais. O 2° princípio é que a afirmação dos direitos do indivíduo é um dever dele para com a sociedade, pois quando lutamos por nós, também lutamos pela lei que rege nossa sociedade. Ihering fala também sobre o ideal da lei, sobre lutarmos pela lei, por ela ser a lei.

O desejo de justiça varia de pessoa para pessoa, isso é óbvio, e quando seu direito é violado o indivíduo se depara com duas importantes questões: lutar por seu direito ferido ou deixar passar e não fazer nada, essa decisão vai depender das circunstâncias da pessoa.

Por muitas questões uma pessoa pode querer entrar num processo judicial, as vezes pelo sentimento ideal de que a lei seja obedecida, por querer que seu dano seja reparado, por dinheiro ou só pela satisfação de querer que o outro pague pelo ato ilícito, assim como também muitos fatores podem fazer a pessoa desistir da luta, a incerteza se vai ganhar a ação geralmente é uma delas, a morosidade do processo também.

Ihering mostra seu ponto de vista com algumas analogias o que torna sua mensagem de fácil entendimento, que é o objeto do livro, já que A Luta pelo Direito é tanto para os estudiosos de direito, quanto para os leigos.

Ele faz a analogia de que o nascimento da lei assim como o do homem foi sempre acompanhado das dores violentas do parto. Lutar por nossos direitos não é fácil, a dor é o que nos faz ir a luta. Também faz uma analogia da dor física com a dor moral, quando alguma parte do nosso corpo dói corremos atrás de saber o motivo para saber o que está errado e reverter a situação, assim também é com a dor moral que nos é causada pela injustiça.

Quanto mais um povo, ou classe luta por seus direitos, mas eles vão tomando conhecimento do que vai favorece-los, terão mais certeza sobre seus direitos. Essa compreensão envolve também a questão de desenvolvimento político e social de um país, a legislação deve ser respeitada, quando passa a ser desobedecida, sem ninguém para lutar por sua reparação, ela acaba perdendo sua força e se tornando ineficaz, quando o indivíduo não luta pelo que quer, ele acaba aceitando e se acostumando com as injustiças, e se não luta pelo seu próprio direito violado então nunca lutará pela comunidade.

Por fim, a essência do direito é a ação, a luta pelo direito é eterna.

Sobre essa edição, tem alguns erros de ortografia, são poucos. Gostei do livro, Rudolf tem umas ideias interessante e ainda atuais, concordei e discordei em algumas situações, é um bom livro, além de ser de rápida leitura, o final (capítulo VI) foi um pouquinho enrolado, a única parte que não achei interessante, acho que o autor já tinha dito tudo que era preciso, e esse último capítulo foi ele basicamente divagando sobre as mesmas coisas.
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Naty 14/03/2023

É um livro muito interessante, retrata principalmente da necessidade de lutar pelo próprio direito e que, em muitos casos, nossa luta não será a mesma do outro, uma vez que damos importância a direitos diferentes
Entre outras reflexões, é claro
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Vinicius39 06/05/2023

Devos lutar pelos nossos Direitos!
Apesar da proposta maravilhosa de Ihering, que pelo título já temos uma ideia, devemos lutar pelo nosso direito. Ou seja, exigirmos que as leis sejam praticadas através do nosso agir.
Afirmação essa que concordo, mas acredito que deve haver limites para esse Direito. Mas não deixa de ser uma bela doutrina para aprendermos um dos fundamentos do Direito.
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Pedro Henrique 28/10/2021

A luta é o trabalho eterno do direito
"A luta pelo direito" não é somente um livro, é um manifesto de conscientização da importância de se lutar, pois, conforme registrado, "é somente lutando que obterás o direito", já que "todo direito no mundo foi adquirido pela luta", o que é puramente verdade.

A obra é prima e, para mim, merece quatro estrelas, quiçá quatro e meia, contudo, não posso deixar de avaliar, também, a edição, que honestamente é horrorosa, seja pela péssima diagramação, seja pelos incontáveis erros ortográficos, os quais, somados, justificam as três estrelas dadas.

À quem se interessar, recomendo muito a leitura, no entanto, através de outra edição.
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Jean Silva 26/10/2021

"A meta da lei é a paz. A forma de obter isso é a guerra."
Essa frase, e mais algumas no início do livro, em um primeiro momento me assustaram um pouco, porém, conforme a leitura vai avançando, é possível entender melhor o que o autor realmente queria transparecer com elas.
Essa é uma daquelas obras que apesar de ter sido escrita há alguns séculos, ainda consegue levantar um debate muito rico. Um dos principais fatores para isso são as concepções imprescindíveis que o autor apresenta, e que no meu ponto de vista, não são apenas para o meio jurídico, mas também para o social em sua totalidade.
Fica muito evidente que, umas das principais intenções do autor, é esclarecer que somente compreendendo as árduas batalhas para a construção e evolução do Direito, é que podemos entender seu real valor.
E para ele, as batalhas não param, é somente através da ação e da luta constante pelo direito, que podemos esperar melhorias sociais.
Outro fator que achei muito importante, foi quando o autor começou a explorar temas relacionados tanto ao direito público, quanto ao direito privado, e mais do que isso, expor a tese que um depende do outro.
Por fim, é um livro que inspira em muitos aspectos, e ao mesmo tempo nos faz levantar vários questionamentos.
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Maju 10/04/2021

Livro muito bom pra quem está estudando direito e me surpreendi com a declaração de amor que tem no prefácio, porém no contexto geral, achei um pouco repetitivo.
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Lusca 24/07/2022

Uma luta interminável
Lutar pelo direito é uma constante inacabável. Se luta para manter os direitos vivos, quando esta luta acabar, não haverá mais alicerce para sociedade, pois é o direito quem trás os liames de até onde se deve ir e não ir.
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Sophiadb 19/03/2024

?A luta é o trabalho eterno do direito.
Se é uma verdade dizer: ? Comerás o teu pão com o suor da tua fronte, ? não o é menos acrescentar também: ? É somente lutando que obterás o teu direito. ?
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Gerson 31/05/2020

Um dos grandes filósofos do Direito, Ihering disserta nesta sua obra acerca da necessidade de uma incansável e inafastável luta pelo Direito, afirmando que os mecanismos criados pelo Estado para a defesa dos interesses gerais do indivíduo, do próprio Estado e da sociedade não devem ser jamais postos de lado, sob pena de enfraquecimento do Direito.
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Lucas Ferreira 01/09/2022

Bom
Ele é um tanto quanto repetitivo, mas enfático em dizer como devemos defender aquilo em que acreditamos e que nos é dado por direito, sendo de muitíssima importância nos dias atuais. Obra fenômenal.

Sobre a edição é um livro de edição econômica, por isso é esperado que tenha uma diagramação não muito boa e aquele papel branco comum, gramatura ok e impressão ok.
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Karen J 05/04/2021

Atemporal e esplêndido.
Esse livro foi um indicação de um professor, bastante querido, em meu primeiro período de Direito. Dava pra ver sua animosidade ao falar com tanta satisfação do escritor e foi essa empolgação que me fez buscá-lo em meio aos "catálogos" aqui no Skoob. Contudo, como todo inicio de curso, o rebuscamento contido no livro me fez abandoná-lo por um tempo e acabei esquecendo-o. No início do ano o encontrei na estante e, quase perto do findar dos meus anos na faculdade de Direito, resolvi ler e encarar a filosofia de Rudolf Von Ihering. Sendo bem sincera, agradeço por não ter lido anteriormente, pois fui capaz de absorver cada entrave contido em sua maravilhosa argumentação que talvez não teria tido no prelúdio da minha formação.
Inicialmente, quando desejei escrever essa resenha, fiquei pensando em como descrever e contar o que representa esse livro para a instrução (politica, jurídica, social...?) humana de forma clara, fiquei olhando por minutos a tela do computador, queria colocar cada citação que grifei no livro ao longo de minha leitura. Porém ficaria enfadonho e provavelmente não conseguiria captar a essência de Ihering. Mesmo assim, por acreditar, tal como meu primeiro professor, que se trata de uma pérola, encararei, com satisfação, o desafio de tentar resumir alguns pontos que fazem desse livro uma das obras mais esplêndidas que já li até hoje.
"O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para consegui-lo é a luta." Essa seria a fundamentação basilar de Ihering, um jurista alemão do século XIX. Sua argumentação perpassa a ideia que o direito como um todo somente é conquistado quando o indivíduo possui energia suficiente para lutar pela lesão lhe causada. Se pensarmos nos alicerces das revoluções que marcaram a trajetória humana fica fácil entendermos esse conceito, o que seria a revolução francesa e todas as consequências trazidas por ela (o liberalismo, a igualdade, a dignidade humana...), se a inércia tivesse prevalecido mediante a lesão do direito da sociedade francesa a época? e a revolução russa? ou até mesmo as "diretas já" em um Brasil não tão longínquo? A ideia do direito conquistado por um luta necessária pode parecer bastante simplista, até mesmo óbvia, para alguns, mas o seu significado não é compreendido na extensão de suas modificações. A sociedade brasileira atual é nitidamente o antagonismo das ideias de Rudolf, a inércia diante da lesão de direitos, por mais simples que sejam, tem ocasionados o empobrecimento da norma, um desrespeito à norma constitucional principalmente, visto que "a força de um povo equivale a força de seu sentimento de justiça." Em outras palavras, se não há a característica de um povo em lutar pelo seu direito privado, o direito que lhe apetece, quem dirá lutar por um direito social e, dessa forma, sem luta, quer seja no âmbito privado, quer seja no âmbito social, não há mudança (lembra-se de algo?).
"Para saber de que forma um povo defenderá, quando necessário, seus direitos políticos internos e a posição que lhe cabe no plano internacional , basta verificar como o indivíduo defende seu direito individual no dia a dia, na sua vida privada." É importante que saibamos que a defesa de um direito que seja mínimo aos olhos sociais é a manifestação mais genuína da democracia, com esse tipo de atitude propagada é possível mudar o ordenamento jurídico, desde que a sociedade saiba a importância da luta pelo direito.
Em suma, não é uma leitura fácil, o rebuscamento não lhe permite o prazer de passar a próxima página sem que entenda toda a filosofia contida nela, mas é um título que eu sinceramente recomendaria a todos, e não só aos estudantes de direito, mas toda a sociedade. Vale dizer que a insistência deve ser a melhor amiga em livros assim, filosóficos, jurídicos..., mas certamente os ensinamentos contidos nas páginas podem fazer valer cada minuto.
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henriiquecbb 19/11/2023

O livro em si tem um alvo muito especifico... Não é um livro de fácil leitura e requer uma segunda para melhor interpretação, afinal a linguagem é bem complicada e tem uma ideia romantizada do direito. Entretanto, a explicação que o livro da em relação a busca pelo direito particular e de uma sociedade, e a explicação sobre os motivos pelos quais buscamos justiça para confortar e acalmar nosso sentimento jurídico, são impecáveis.
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Ilanna 24/05/2020

Trata-se de um livro pequeno e de linguagem simples.
Em suma, trata-se de uma leitura acessível à todos, e foi essa a intenção do autor, Rudolf Von Lhering, um jurista renomado alemão, que decidiu trazer para esse livro a transcrição do discurso que o mesmo fez em 1872 na cidade de Veneza, sobre A Luta pelo Direito, depois do impacto e repercussão do discurso entre os ouvintes.
De acordo com Lhering o direito na maioria das vezes, não surge de forma pacífica, segundo ele o direito é o resultado de lutas, embates, esforço, o não conformismo. Como ele bem menciona em sua obra:
"a luta é o trabalho eterno do direito".
"(...) É somente lutando que obterás o teu direito."
Para Lhering se hoje gozamos de diretos, foi devido a luta e o sacrifício de outras pessoas.
Posso citar como exemplo, o direito ao voto, se hoje nós mulheres temos esse direito, é graças a luta das sufragistas.
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Letticia.Goncalves 23/12/2021

Não foi uma leitura fácil, mas valeu a pena.
Com o decorrer das páginas o livro fica cada vez mais interessante, a intenção do autor claramente é fazer nascer em nós um amor desenfreado e alucinante pelo direito. O que de fato aconteceu comigo.
Queria eu que a realidade fosse tão bela quanto está escrito, esse livro é como a CF, linda demais, mas ver essa dança na prática é difícil.
Escrita muito objetiva, simples e viciante.
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denis.caldas 11/08/2023minha estante
Sua resenha foi perfeita e imparcial, Vera, mas suas estrelinhas indicam o que pensa e concordo contigo, porque o autor condena aqueles que preferem a paz e que sabem que não compensa buscar o direito. Pois a escola romana e, consequentemente, o atual direito civil quer confundir a justiça com as leis, e a justiça é cada vez povoada por operadores da lei, e não da justiça. Gratidão!




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