Libertação Animal

Libertação Animal Peter Singer




Resenhas - Libertação Animal


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Tete 20/07/2023

Um livro importante
O livro faz diversas descrições muito ilustrativas de maus tratos aos animais, principalmente em testes científicos, em primatas, roedores e coelhos, principalmente do governo americano. Inclusive possui imagens capazes de atormentar os mais sensíveis.
Também discorre sobre a indústria da carne e produtos animais com imagens de aves, suínos e bovinos. São registros documentados de informações muito importantes para quem se interessa pelos direitos dos animais e seu bem- estar.
O autor é referência em pioneirismo da causa dos animais e discorre muitas opiniões e sugere uma série de atitudes para combater o que ele chama de ?especismo? - que seria a superioridade de uma espécie em relação a outra. Compara isto ao racismo e ao machismo, o que é uma falsa simetria, na minha opinião.
Sugere uma atitude individual perante a causa animal, que seria parar de consumir os produtos provindos de animais.
O autor, que é filósofo, em nenhum momento associa os problemas desta indústria ao capitalismo e a concentrações de terra e renda. É superficial em falar de agricultura, agronegócio, agrotóxicos e não tem nenhuma base para abordar nutrição e saúde humana, fazendo parecer que é saudável simplesmente parar de consumir estes produtos, o que é muito perigoso pois pode causar anemias e outras deficiências nutricionais muito sérias.
Não sugere maneiras éticas de produzir e consumir produtos animais, apenas sua abolição. Sugerindo vegetarianismo e veganismo de uma forma muito irresponsável e sem nenhum cuidado em relação à saúde humana e nutrição.
Muitas de suas referências são fracas e muito antigas, ultrapassadas. O que é compreensível visto que a primeira edição é da década de 70.
Ainda sim creio que este livro tem valor documental. Mas dispenso as opiniões e as sugestões incoerentes e superficiais.
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ViviGreg. 25/02/2023

Pode ser facilmente considerada a Bíblia da Filosofia Vegana.
Livro muito bem escrito, de fácil compreensão, com muitos exemplos e baseada em argumentos fortes e com respaldo científico.
Eu demorei muito tempo pra conseguir ler, pois o início desse livro é muito descritivo com relação à realidade da produção animal e utilização de animais em pesquisa. Muitas vezes eu me sentia muito mal lendo tudo o que os animais passam dentro dessas indústrias, é chocante e angustiante. Entretanto, a verdade é necessária, viver em ignorância é sinônimo de conformismo quando se tem tantas provas do que realmente acontece.
Eu amei esse livro, dá mais força e mais certeza de fiz a escolha certa pra minha vida ao me tornar vegana. ?
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louise118 17/02/2023

Um grande interpelo à tirania humana
Sensacional!! foi uma leitura bastante arrastada e um tanto desconfortável pelo teor contraditório moral que nós, humanos, sempre carregamos conosco em todas as nossas atitudes. eu recomendo fortemente a leitura a todos que desejam conhecer a fundo aquilo que sempre aconteceu e ainda acontece ao nosso redor, dentro dos nossos pratos e em nossas escolhas. sou vegana há 3 anos e essa foi minha primeira leitura de fato sobre o tema, e posso afirmar com certeza que foi uma leitura esclarecedora, direta e pertinente sobre o assunto; o último capítulo foi o melhor, na minha opinião.
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Ludmilla Silva 03/12/2022

"É impossível ser coerente em nossa preocupação com os animais não humanos e continuar comendo-os ao jantar."
Que soco no estômago foi ler esse livro. Para mim, que já sou vegetariana há quase dois anos e já conheço as brutalidades aos animais, foi extremamente pesado e importante. Imagino o quão significativo ele pode ser para uma pessoa que não conhece os horrores por trás da indústria da carne e derivados. Esse livro me ajudou a entender que a única solução (para os animais e para o meio-ambiente) é de fato o veganismo, e fico feliz que essa é uma decisão que irei tomar. Porém, o livro é muito mais que isso, ele não é um manual que pretende te ajudar a se tornar veg, ele pretende te mostrar o quão desumano, brutal e grotesco é o tratamento que os animais recebem. Logo, a decisão e a escolha de abandonar esses alimentos advindos do sofrimento dependerá de cada um e virá conscientemente ou não.

Esse livro é um ponto de entrada perfeito para quem saber mais sobre a ideia de libertação animal. Tanto por ser pioneiro no campo, como também por ser um livro bastante amplo que consegue resumir as ideias do movimento perfeitamente. Ele se divide em um primeiro capítulo que aborda os animais em um cenário geral; em um segundo que ressalta as experiências e testes científicos; o terceiro que frisa como funciona um criador industrial para diversas espécies (como frangos, galinhas poedeiras, porcos, bezerros, vacas, etc.); um quarto que aborda o vegetarianismo e sua relação com os animais; um quinto capítulo histórico e conceitual que traz as raízes do domínio do homem sobre outras espécies e um último capítulo que aborda o especismo em si.

Cada capítulo é especial e importante e nos marca de alguma forma. O capítulo dois, por exemplo, dos testes em animais, me tocou profundamente pela quantidade de “pesquisas” realizadas e pelo nível de sofrimento e desumanidade que os animais foram submetidos. É um capítulo frustrante, no sentido de que já há comprovações de que essas pesquisas não servem/serviram para nenhum propósito prático, significando que milhares e milhares de animais sofreram e morreram simplesmente por nada. Outro capítulo interessantíssimo foi o quinto, seu teor histórico e retrospectivo é algo diferente de tudo que já li. Ele mostra como o especismo, o domínio do homem e o ódio aos animais foi instaurado na humanidade há centenas de anos, usando como base para o argumento a religião, sociedades antigas e práticas e culturas milenares.

Não citarei a importância de cada capítulo para não me alongar mais do que o necessário, mas em síntese o que estou querendo reafirmar é o quão importante esse livro é. Ele abre nossos olhos e nossos corações para a realidade que a sociedade tenta tanto maquiar. O modo como os animais vivem (ou melhor sobrevivem) hoje é insustentável, essa superioridade da raça humana para com outras espécies não causa nada além de sofrimento desnecessário a vidas inocentes. Parar de explorar os animais não é difícil, o difícil é a vida que eles têm, uma vida violenta voltada apenas para o consumo e satisfação do ego e prazer humano.

Eu gostaria de recomendar esse livro a todo mundo. Não dá mais para fingir que essas atrocidades não existem e é impossível continuar compactuando com isso. Ler esse livro e querer tomar uma atitude concreta após sua finalização é um claro sinal de compaixão e empatia para com os animais. Eu infelizmente acho que o ser humano destrói o mundo, ou a si mesmo, antes que possamos conseguir de fato a libertação total dos animais, mas garantir dignidade, conforto, felicidade e vida livre a esses eles enquanto estamos aqui já vale a pena todo e qualquer sacrifício que possamos fazer.

"Seres humanos não se satisfazem apenas em matar. Ao longo da história, mostraram a tendência de atormentar e torturar seus semelhantes e os não humanos antes de matá-los. Nenhum outro animal faz isso (p.323)."
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Mackye 03/09/2022

Sensacional
Um livro excepcional. Não apresenta apenas teses e pensamentos, mas informações, dados e argumentos muito bem construídos para justificar a causa da Libertação Animal. Uma leitura fluída, diversificada e marcada por relatos assustadores das situações nas quais os animais foram explorados no passado e no presente. De fato, muito esclarecedor para aqueles que procuram saber mais sobre o assunto apresentado.
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souaval 22/08/2022

Considere o veganismo!
Esse livro é importante em um nível sem precedentes. Leitura super acessível e didática. Simples e crua, sem enrolação, apenas o essencial. Forte nos momentos que deve ser, mas também sensível e filosófica quando se necessita.

Peter Singer aborda as formas de domínio que o ser humano faz recair sobre os animais não humanos. Como os testes em animais, a crueldade da indústria da carne, e muitas outros formas de exploração contra os animais que são considerados inferiores. Aborda também, a importância de sermos vegetarianos e abandonamos essa forma de violência. Pois estamos cometendo atrocidades a seres sencientes que sentem tanto ou quanto nós, dor, alegria e outras formas de sentimentos. Desmente mitos sobre a dieta vegetariana e sobre os animais não humanos estarem no mundo para fins humanos. Passando também por gerações de filósofos e suas opiniões sobre o consumo de animais.

Uma bíblia vegetariana, apesar que o próprio Peter Singer não gostasse do termo, pois acha que nada é tido como certo e opiniões podem ser mudadas e refutadas. Porém ao ler esse livro, concordo com o termo em parte. É essencial e importantíssimo abandonamos nossa ignorância em relação ao que estamos fazendo a muito seres. Não podemos mais ignorar o elefante na sala. Uma dieta vegetariana ou vegana pode ser tão boa ou melhor que uma carnívora, isso não é uma opinião, são fatos. Podemos ter essa conclusão com pesquisas rápidas e sérias de especialistas.

Ao adotamos um estilo de vida veg não apenas retiramos o sofrimento da nossa vida como também deixamos de ser, em parte, responsáveis pela poluição do meio ambiente. Já que a agricultura animal é o maior responsável por poluição de rios, desmatamento de florestas, e etc. O fundo do poço é bem mais embaixo.

Então, porque estamos deixando tudo isso acontecer quando não se é necessário? Considere não ser conveniente com essas barbaridades.
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Helo 09/08/2022

Livro necessário!
Perguntei ao meu marido: você acha certo o que fizeram em subjulgar pessoas negras por serem "inferiores" e "menos capacitados"? De pronto ele me respondeu "claro que não!". Então refiz a pergunta: você acha certo comer animais porque somos superiores? No começo ele ficou relutante e depois entendeu a similaridade e compreendeu o especismo. Livro muito bom! Pesado. Denso. Difícil. Mas necessário.
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Henrique 13/03/2022

Um divisor de águas
Apesar da primeira edição ser lançada em 1975, Singer aborda, como tema central, o especismo, que nada mais é o preconceito a outras espécies que não a nossa.

Ao longo da leitura, vocês verão porquê nós devemos dar a mesma importância - do ponto de vista ético - aos animais como damos à espécie humana. Também saberão como os animais eram tratados e ainda o são hoje em dia, em diversas pesquisadas e testes, para fins humanos; como são os bizarros processos que envolvem a produção de alimentos como a carne, ovos e leite.

Em um dos capítulos, Singer sugere que nos tornemos vegetarianos/veganos, como uma das formas de diminuir e até mesmo acabar com tamanha barbárie contra nossos animais. Além do mais, nos mostra alguns, dentre tantos benefícios pra saúde, ao optarmos por fazer essa escolha.
Por fim, analisaremos com bases históricas, porquê o especismo está tão arraigado em nossa cultura e como os órgãos de proteção animal têm conseguido resultados positivos em prol dos animais.
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Augusto Stürmer Caye 28/01/2022

Forte e Direto
Esta é ?uma das primeiras e mais polêmicas obras em defesa do fim do sofrimento animal e que sugere a proposição da igual consideração de interesses entre todos os animais.

A obra inicia fazendo sua proposição da igual consideração de interesse e posteriormente passa a expor, capítulo a capítulo, como a exploração animal causa sofrimento: nos experimentos científicos, nas fazendas, dentre outros.

Particularmente, acredito que o autor poderia ter dedicado mais a detalhar o princípio da igual consideração de interesse antes de abordar os demais temas, mas ok. Não é um pecado.

O livro é muito pesado, um tapa na sua cara. Vale muito a pena!
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Mendes78 23/01/2022

É um livro que eu comecei a ler por causa da monografia e começou a me atiçar a voltar pro estilo de vida vegetariano que eu havia adotado antes da pandemia, ele fala muito bem sobre a proposta de falar do especismo, termo que equipara o tratamento diferenciado entre espécies animais humanos e não-humanos com o racismo e o sexismo. É muito interessante a forma como ele trata o direito dos animais e como ele fala sobre os seres humanos já terem criado uma raíz muito grande no especismo para mudar de repente da água pro vinho e ele trás os passos para começar a tentar mudar essa sociedade que nos últimos tempos vem mudando muito a favor do Direito dos Animais.
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HiagoHeerdt 06/08/2021

Por que devemos tratar animais humanos e não humanos como iguais?
O livro traz relatos muitos relatos de como tratávamos e fazíamos experimentos sem o mínimo de ética possível com animais não humanos. Ele é essencial para o debate moral do não consumo de animais.

Mas porque devemos tratar animais humanos e não humanos como iguais?

Primeiramente, o fato de animais humanos e não humanos possuírem diferenças cognitivas e físicas, não é a bússola que norteia nosso comportamento moral frente ao tratamento uns com os outros. Seria uma negação da realidade dizer que animais humanos e não humanos são iguais, assim como é uma negação você dizer que todos os animais humanos são iguais – não somos iguais! Alguns de nós possuem um QI extraordinariamente elevado, enquanto outros não sabem ler, tem aqueles com força suficiente para puxar uma carreta, e outros que não fazem 3 flexões, alguns de nós passam dos 2 m de altura, enquanto outros não chegam a 90 cm, ainda existem aqueles que correm 42km, e outros que não podem levantar da cama, e as diferenças só vão se multiplicando se você levar em conta questões de gênero, orientação sexual, cor de pele, sentimentos, experiencias pessoais e etc... mas, sendo ricos ou pobres, negros ou brancos, homens ou mulheres, devemos sempre nos tratar como iguais, pois a igualdade é um princípio moral, uma prescrição do modo de como devemos nos tratar, e não a afirmação de um fato objetivo, que se baseia em características físicas ou intelectuais.

As diferenças físicas e intelectuais dos animais humanos e não humanos, podem ser mais acentuadas, mas porque essa diferença deveria mudar nosso modo de tratamento?
Porcos, golfinhos e outros primatas são tão inteligentes quanto crianças de até 3 anos. Obviamente seria absurdo propor explorar e tratar crianças ou pessoas com problemas mentais da mesma forma que tratamos porcos, somente baseado nas diferenças físicas e intelectuais que possuímos.

Você concorda que Albert Einstein é muito mais inteligente que eu, mas isso não lhe da qualquer direito a mais sobre mim, ou qualquer outra pessoa (por mais deficitária que seja sua capacidade cognitiva). Mas porque o fato de Einstein possuir um elevado grau de inteligência não o autoriza a utilizar ou explorar um outro ser humano como um meio para atingir um fim particular, mas o autorizaria a utilizar um ser não humano?

E, como se fossemos os únicos seres no mundo com a capacidade de pensar intencionalmente, sofrer e desenvolver laços afetivos, normalmente esta discussão é reduzida ao seguinte: “é porque somos da mesma espécie”, mas qual os requisitos para fechar esse círculo de tratamento na espécie? Em um passado não muito distante, nosso sistema de tratamento era reduzido a “raça”, tratávamos negros pior que porcos, e só travamos como iguais aqueles que eram brancos (diferença de tratamento também esteve empregado nas questões de gênero). Agora, ao invés de usar a espécie, porque não tratamos apenas pessoas da mesma raça como iguais, ou porque não usamos outras classificações biológicas como: família, ordem, filo e reino? Qual atributos um Ser deve possuir para ter o direito de não ser explorado, ou ser usado como um meio para que você possa atingir um fim particular?

Claramente porcos, golfinhos e outros primatas não devem ser incluídos no Estatuto da criança e do adolescente – ECA, só porque possuem o mesmo grau intelectual em determinada fase da vida que as crianças. Possuímos semelhanças, e por isso devemos possuir direitos semelhantes. Você acha totalmente ilógico discutir sobre o direito do homem cis de fazer um aborto ao ser estuprado, isso porque homens não engravidam. Esse direito é apenas das mulheres brasileiras, e leva em consideração, entre outras coisas, o bem estar psicológico delas. Porcos não querem fazer parte do ECA, golfinhos não querem votar na próxima eleição para presidente. O princípio de igualdade não requer tratamento de direitos iguais ou idêntico, mas sim, uma igual consideração de direitos. A igual consideração por seres diferentes pode levar a direitos e tratamentos diferentes, levando em conta suas caracterizas físicas (é por isso que deficientes físicos tem direitos a vagas especiais no mercado e você não) , intelectuais, sociais (é por isso que pessoas de baixa renda tem direitos a cotas em universidades e você não) e tão importante quanto, SEUS INTERESSES PARTICULARES PARA O BEM ESTAR. Não é do interesse da galinha matricular seus pintinhos na creche, assim como elas também não tem interesse ficar presas em gaiolas de metal, sendo usadas como um meio por animais não humanos. O interesse das galinhas está em ciscar e tomar banho de areia, e porcos em se lambuzar na lama quando o dia está quente. Por conta disso, precisamos ponderar precisamente as caracterizas e interesses de cada ser para seu bem estar pessoal. (O debate para a redução ou eliminação do consumo de carne pode se estender também a questões ambientais).
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Julia 02/08/2021

completamente sem palavras.
todo mundo devia ser obrigado a ler esse livro pelo menos uma vez na vida e começar a questionar suas ações. minha maior paixão é esse movimento mas na maioria das vezes nao sou capaz de explicar racionalmente todas as minhas críticas a indústria pq é algo que eu julgo obvio e vem naturalmente pra mim. os argumentos e relatos q o livro traz sao tudo que eu sempre quis comunicar e nunca consegui.
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Stephany 30/06/2021

Estudos
Leitura feita exclusivamente para a confecção do meu artigo sobre a Inconstitucionalidade dos Zoológicos, mas me levou a refletir sobre diversas decisões que tomo todos os dias, principalmente no âmbito da minha alimentação.
Recomendo para todos aqueles que querem aderir a causa. O seres não humanos, a esmagadora maioria existente no planeta, precisa de nós.
Phe 05/10/2021minha estante
O artigo já foi feito? Gostaria muito de ler


Stephany 05/10/2021minha estante
Será finalizado até dezembro e publicado em um livro no próximo ano! ?




Pri 17/06/2021

Li esse livro pra reforçar em minha mente tudo que já venho pesquisando sobre o veganismo, e me deixar cada vez mais consciente da decisão que tomei pra minha vida. Apesar da época em que foi escrito, o livro trás muito conhecimento, e infelizmente, a situação hoje não é tão diferente do que era.
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Felipe.Camargo 10/05/2021

Libertação Animal, Peter Singer
47º Livro do ano ? Libertação animal, Peter Singer

Um verdadeiro marco no reconhecimento dos direitos animais, o livro do filósofo australiano tem uma linguagem direta e sem floreios, cujo objetivo central é denunciar o especismo - ponto de vista de que uma espécie, tem todo o direito de explorar, escravizar e matar as demais espécies de animais por considerá-las inferiores ? praticado pela humanidade por milênios e intensificado diante de uma sociedade de consumo, embasada em uma lógica capitalista.
Como linha de pensamento, percebemos a tese utilitarista fundamentando o discurso de Singer, a qual devemos guiar as nossas ações pelas consequências que elas podem propagar, ou seja, maximizar o prazer e diminuir a dor, visto que, os animais, desde os organismos mais simples até os mais complexos, possuem um sistema nervoso semelhante ao nosso, devemos evitar a propagação do sofrimento.
O livro faz diversas denúncias da crueldade humana com os mais diversos animais: desde pesquisas científicas totalmente dispensáveis até o terrível confinamento para o abate, tudo de uma forma bem detalhada e com embasamento. Além das denúncias, o autor demonstra como o pensamento especista se desenvolveu, desde Aristóteles, passando pela teologia cristã e culminando no antropocentrismo moderno, sempre buscando justificar o homem como um ser superior aos demais. Porém, com maestria, Singer contrapõe os argumentos e no mínimo nos faz repensar nossas ações diante dos demais seres.
A edição lida, ainda traz diversas notas as quais ele retoma, diversos pontos e avanços na questão dos direitos dos animais.
Um livro que incomoda e nos enche de questionamentos, sobre o nosso lugar no universo, assim como se o nosso prazer (comer carne) vale tanto sangue derramado.
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