Rio 2054

Rio 2054 Jorge Lourenço




Resenhas - Rio 2054


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Dalton13 18/02/2024

Viva a literatura nacional
Nunca li nada parecido na literatura nacional e o livro de fato me surpreendeu bastante! Um universo muito bem construído, personagens marcantes e uma história cheia de reviravoltas, misturando ficção científica com fantasia e com um plot twist inesperado.
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Assis 30/11/2013

Um futuro não muito distante
Rio de Janeiro.
Ano: 2054.
Cidade Maravilhosa! Não mais!
O que já era uma realidade dura e cruel para muitos, tornou-se ainda pior e atingiu ainda mais pessoas. No entanto, a minoria favorecida, continua a ostentar suas posições.

Rio 2054 é uma narrativa dinâmica que te leva por uma cidade antes tida como maravilhosa e agora, claramente dividida entre um lado rico e atraente chamado de Rio Alfa e um lado pobre e decadente chamado de Rio Beta, mais conhecido como Escombros. O primeiro é um local de luxo e tecnologia e atualmente a Zona Internacional das Américas; é possível encontrarmos até mesmo inteligências artificiais neste lado da cidade. Enquanto nos Escombros, as pessoas pouco sabem o que é tecnologia e ainda menos tem contato com o saber. Vivem dominadas pelo medo e pela miséria, a mercê de traficantes, gangues e mercenários. Controlados involuntariamente pelo lado rico. Que impede cruelmente a ligação entre os dois mundos, mantendo o lado pobre em seu “devido” lugar com a ajuda das forças especiais, que bloqueiam a única passagem para o Rio Alfa, chamado pelo povo dos Escombros de, Luzes.
Com um pano de fundo baseado em um Rio pós-guerra: a guerra civil derivada da disputa pelos royalties do petróleo; Miguel é o personagem central da história e faz o que pode para sobreviver ao mundo que lhe é oferecido. Porém, sua vida muda de perspectiva quando ele descobre possuir estranhos poderes; e tudo se complica ainda mais quando ele encontra uma jovem que nada sabe sobre o próprio passado e ele se vê entrando para um mundo que antes ele enojava para conseguir respostas para ajudar á nova “amiga”.
Para recuperar a memória dela e descobrir mais sobre seu dom recém-descoberto, ele aceita trabalhar junto com uma gangue sob o comando de um homem conhecido apenas como Comandante. Daí em diante, a adrenalina passa a tomar conta da narrativa, pincelada com pequenas cenas de romance. Atingindo um desfecho que eu só posso considerar como inteligente. Colocando cada peça do quebra-cabeça no lugar (não falo mais para não dar spoilers).
Rio 2054 é não só uma aventura como um romance e uma incrível critica social que fala de nossos problemas atuais utilizando-se de um futuro não muito distante.
Este é um presente imaginário de Jorge Lourenço para a sociedade, onde ele faz um apelo através da literatura para que a sociedade acorde enquanto ainda há tempo.
Meus parabéns pelo excelente trabalho.
Jorge 15/12/2013minha estante
O elogio de um colega de ofício literário sempre cai muito bem. Obrigado e abraço forte, Anderson!




Dani 02/12/2013

Hasta la victoria siempre!
Uma surpresa muito gratificante da literatura nacional.

Não é preconceito com autores nacionais, alguns são realmente bons, mas outros brincam com a situação, ou simplesmente não estão preparados e fazem os clássicos como Machado e Alencar revirarem no tumulo! Entretanto, minha opinião é que, com Rio 2054, eles cantaram um glória a plenos "pulmões".

Com muita ação, cenários aterradoramente incríveis, personalidades marcantes e uma veia histórica fascinante, Rio 2054 cativou minha atenção desde o prólogo .

A história se passa num Rio de Janeiro mais segregado do que o de hoje. Depois de um levante separatista pelos Royalties do petróleo do “Pré-sal 2” que o Governo brasileiro não foi capaz de conter, a cidade do Rio foi dividida em Rio Alfa e Rio Beta e, depois de um acordo da ONU, passou a ser uma Zona Internacional (ZI) comandada por 3 multinacionais, a Tríade.

O que temos aqui chega a lembrar a situação de Berlim durante a Guerra Fria. A Rio Alfa (Luzes) foi a parte reconstruída e é onde está a sede da Tríade, é muito desenvolvida e uma referência na América Latina. Separa-se da Rio Beta por um muro, fortemente monitorado, além da cadeia de morros do relevo natural. A Rio Beta (Escombros) é o lado mais pobre – dizer isso é quase uma gentileza.

Na verdade, as semelhanças com Berlim terminam aqui. Os Escombros são uma “terra sem lei” dominada pelo narcotráfico nos portos, pelos traficantes nos morros e favelas e pelas gangues de motoqueiros nas demais áreas. Lá a população convive com o crime e sobrevive ao descaso da Rio Alfa como pode, além de alguns trabalharem em unidades de fábricas das multinacionais lá instaladas para explorarem a mão de obra barata. Isso sem falar que o centro da cidade é lendário e inóspito por uma suposta contaminação radioativa nos tempos da guerra civil. Drogas, religião, desespero, prostituição, solidariedade, miséria, sonhos, violência, lealdade... tudo isso se mistura na Rio Beta. Esse é o principal cenário da história que é cheia de surpresas.

É arriscado selecionar um personagem principal, mas eu diria ser Miguel. Sobrevivente nos Escombros ele vive de fazer incursões ao “proibido” centro da cidade para conseguir próteses para seu amigo Nicolas, um médico prático. A vida de Miguel vira de ponta-cabeça quando após uma desastrosa batalha de gangues de motoqueiros - o circo dos escombros, já que lá o pão dificilmente chega – ele tenta salvar o amigo de infância, Anderson.

A verdade é que os Escombros está passando por algo inusitado e as coisas ficam mais incertas com o passar do tempo. Miguél se vê em meio a algo que ele sempre negou e com muitas questões rondando sua vida.

Questões é o que não falta nessa estória. De tirar o fôlego a cada página, a obra de Jorge Lourenço tem uma narrativa densa, dinâmica e cativante. As personagens, mesmo sendo pouco descritas, possuem personalidades marcantes e de fácil figuração. Questões políticas também permeiam a estória e as inovações tecnológicas apresentadas são tão fascinantes quanto os cenários, além disso as nuances históricas espalhadas pela obra dão uma excelente sensação de veracidade ao enredo. Com constantes surpresas a estória reserva um excelente final com todas as pontas essenciais bem atadas.

Rio 2054 – Os filhos da revolução foi uma experiência de leitura extraordinária! Sem dúvida entrou para a lista dos favoritos e recomendo muito que leiam. Vi muitos comentários de que o livro daria uma excelente produção cinematográfica ou em (mini)série, e concordo que pelo imaginário que a obra traz seria incrível, desde que a adaptação fosse num nível respeitável como a inspiração. Sou meio cismada com adaptações. Enfim, mas teria todo o meu apoio.

Queria parabenizar o Jorge Lourenço. Uma obra-prima por uma mente brasileira! Abençoada seja sua criatividade, meu caro.

Daniela Martins
27/11/ 2013
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Jorge 15/12/2013minha estante
Daniela, muito obrigado pelos elogios. Achei a sua resenha sensacional! Sem brincadeira, ler ela me deu vontade de voltar a escrever umas boas histórias nos Escombros. Aquela desigualdade, as ruas destruídas, a sensação de desesperança no meio dos prédios semi-destruídos. Saudades de narrar histórias naquelas bandas de novo :)




bgkran 22/12/2012

O cyberpunk ganha fôlego novo com essa aventura em solo nacional!
Um aviso: se você é fã de ficção científica... para ser mais exato, fã de um de seus sub-gêneros mais sombrios, o cyberpunk, esta é uma leitura obrigatória, e se nem mesmo conhece o que é o cyberpunk chegou a hora de entrar nesse universo com pé direito, pois, além de ser uma grande aventura, tenho orgulho de dizer que é de um autor brasileiro!

Para quem já conheceu as obras do mestre William Gibson e de outros mestres do gênero vai se surpreender com este cenário futurista e caótico transportado para o nosso Rio de Janeiro. E isso é feito com maestria pelo Jorge. É uma obra sem enrolação, sem parágrafos perdidos, sem personagens descartáveis. Uma história crível e fantástica com todos os elementos que habitam o universo cyberpunk: IA's - modificação de DNA - caos social - intrigas políticas - implantes biônicos - apatia - revolução!

Uma certeza ao fim do livro: você vai querer ver alguns destes personagens em novas histórias com toda a certeza!!

Parabéns Jorge pela meta alcançada. E obrigado pela honra de conhecer a obra antes do lançamento! Força Sempre!!!
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Thiago Hagito 01/06/2013

Rio 2054 - Um fundo de verdade.
Jorge Lourenço, de quem a partir de hoje, me torno um fã, consegue espelhar através dessa obra de ficção científica, a verdade que nos cerca no mundo real. A exclusão social, discriminação e tantos outros tipos de preconceito; a luta dos mais pobres para terem o pão de cada dia e, o descaso dos ricos pela abastança que possuem. A hipocrisia, afetos e desafetos; a esperança e a falta dela. Tudo isso pode ser visto nessa história emocionante, cativante e elétrica, cheia de reviravoltas, e impossível de se escolher lados.

Nas palavras de Angra: "Essa cidade, assim como tantas no mundo inteiro, sempre foi partida. A diferença é que, aqui, as fronteiras são mais visíveis. Toda cidade é permeada por níveis de exclusão. A indiferença é inata a qualquer sociedade humana".

Deixo aqui a minha recomendação para a leitura desse livro, e o meu profundo desejo de vê-la nas telas dos cinemas, ou em uma HQs ou série animada.


Jorge 04/06/2013minha estante
Olá, Hagito! Cara, fico muito feliz por você ter gostado do livro. Ainda mais porque você ressaltou os aspectos que eu REALMENTE queria levar aos leitores: uma história eletrizante, cheia de reviravoltas onde é difícil de escolher um lado "bom" ou um "ruim".

Apesar de a história de Miguel, Alice e Angra acabar por aí, tenho muita vontade de criar mais coisa dentro desse universo. Tem alguns personagens que rendem boas histórias e tenho muita vontade de contá-las no futuro!




Jef 01/04/2013

"A outra cidade maravilhosa"
Meu ponto de vista:

Um livro cuja ambientação é feita de forma sublime. O autor Jorge Loureço exibe todo seu talento descritivo ao nos mostrar um Rio de Janeiro em 2054. Todos os bairros pelo qual a história se passa transmitem verdadeiramente seu estado, princialmente, e obviamente, a quem mora, morou ou passou por eles. Ao ler sobre algum bairro conhecido, fiquei admiro com o conhecimento e pesquisa que o autor teve. Um trabalho bem feito. Ainda mais ao mesclar elementos de ficção científicas e suas influências de animação japonesa e filmes tornando o livro um ” épico cyberpunk”. Além é claro da trilha sonora mencionada ao longo do livro, que é de muito bom gosto.
O protagonista Miguel consegue ser nossa identificação deste mundo distópico, futurista e tão real criado por uma guerra civil que separou o Estado em dois lados: Ricos do Rio alfa ( Luzes), pobres do Rio Beta ( Escombros). Miguel está inicialmente mais para um antagonista do que um herói clássico, com toda sua história de vida triste ao lado de sua namorada Nina e seu trabalho para Nicolas. Conforme a história avança e percebemos que Miguel lutará ao lado de seu amigo Anderson numa batalha de gangues contra a temível Angra e sua gangue Éden, a história vai por rumos esperados, mais muito bem escritos e que não te fazem querer parar de ler para saber o que vai acontecer.
O desenvolvimento de Miguel ao longo da trama é bem explorado assim como suas angústias e crises existências, que junto com Alice em seus memoráveis diálogos, trazem bastante filosofia ao romance. Com frases marcantes e reflexivas. Nada artificias.
Gostei também da história dos psíquicos, mesmo com algumas dúvidas que ainda ficaram no ar.Que podem ser usadas para formas algumas teorias.
O ritmo da história é bem usado. Ela, em momento algum se perde ou se torna maçante. Somente evolui com o decorrer da leitura.
O único fato que me incomodou na leitura foi o pouco desenvolvimento de alguns coadjuvantes interessantes como Fred, Nicolas, Kazuo Mishima, contudo, isso em nada desmerece a obra, que possivelmente não teria páginas o suficientes para explorar a gama de personagem que nela se encontram. Fora isso, as personagens que aparecem geram um ótimo constante moral e social. Fazendo ser difícil escolher um dos lados. Mesmo que Os Escombros pareçam o óbvio a ser escolhido por sua fragilidade. Toda a história por trás da muralha que separa Os escombros das Luzes é muito bem contada e explicada, tornado-a uma experiência real do que o Rio de agora poderá se tornar no futuro..
O livro também conta com algumas ótimas reviravoltas que só o tornam mais interessante. Dando um gosto de quero mais ao chegar ao fim. E de quem sabe, uma continuação. Que se eu comentar mais, poso estragar com os Spoilers para quem não leu.
Uma obra com ação bem escrita, aventura, suspense, um pouco de romance e uma história da Cidade Maravilhosa como nunca li antes. Recomendada a todos que se interessam por uma trama interessante e nacional.Que viva a revolução! Que não nos tornemos Fantasmas nestes escombros.
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Rahmati 21/04/2014

Excelente narrativa!

A única coisa que tenho para a obra de Jorge Lourenço são elogios.

Quando vi o livro na livraria Nobel, e li a sinopse, não pensei duas vezes em levá-lo. A capa foi muito bem feita, assim como a qualidade geral da obra - ponto para a editora Novo Século e seu selo Novos Talentos da Literatura Brasileira. E Jorge Lourenço é um talento.

A habilidade do escritor em contar sua história - uma ótima história, diga-se de passagem - é admirável. Uma trama rica, ótimas cenas de ação, personagens verossímeis, que erram - e como erram! - e que pagam por seus erros.

Outra coisa que também é notável é a evolução da narrativa do autor, ainda dentro do próprio livro. Não sei se ele demorou muito tempo para escrevê-lo, mas essa é a impressão que passa. Do meio para o final ele para de cometer pequenos (pequenos mesmos) vícios de construção frasal, como repetição de termos e informações, mas a história te prende tanto que isso não interfere no desfrutar da leitura. Todas as questões humanitárias e sociais foram abordadas realisticamente, sem ressalvas.

Não há como não simpatizar pelos personagens, não há como não entendê-los, mesmo os "vilões". Assim como não há como não sentir o mundo da obra, muito bem descrito. Meus parabéns a Jorge Lourenço pela obra, e agora só resta aguardar a próxima (quem sabe a que o personagem japonês menciona na última linha?).

site: www.oblogdorahmati.blogspot.com.br
Jorge 03/05/2014minha estante
Rodrigo, obrigado pela resenha! Fico feliz que você tenha curtido justamente um dos meus principais objetivos: fazer um livro com antagonistas, e não vilões. Mesmo quem está "do outro lado" também tem as suas motivações e objetivos.

Sobre o tempo para escrever o livro, na verdade foram dois anos para escrever o começo - do início até a missão no Morro dos Macacos - e a segunda metade foram dois meses escrevendo dia e noite.

De novo, que bom que você gostou do livro e obrigado pela resenha!




Jo Kusanagi 01/03/2015

Surpreendente!
Quando li a sinopse de Rio 2054, fiquei na dúvida se seria legal ou não. Motoqueiros? Gangues? Fiquei com medo de ser uma coisa muito de ação e sem reflexão. Mas estava muito enganada!

Além de ter uma história impecável e uma grande reviravolta que vai sendo revelada aos poucos ao longo da história, Rio 2054 tem uma série de reflexões sobre a vida moderna. Sobre até que ponto somos livres trabalhando para continuar vivos e até onde vai a empatia do ser humano, especialmente em um mundo tão cheio de desigualdade.

Adorei a história, que tem um estilo que mistura cyberpunk e lembra vagamente um anime (me lembrou muito Akira e Ghost in the Shell). Aguardando ansiosamente pela sequência!
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WallanS 20/09/2013

Legal quando a gente se surpreende com um livro, não é? Foi assim com Rio 2054. Geralmente digo que não sou preconceituoso, mas pra falar a verdade, sempre penso duas vezes antes de comprar livros nacionais.

Pensei bastante antes de comprar Rio 2054, mas uma das coisas que me fizeram decidir a favor foi a quantidade de páginas. Geralmente livros nacionais são ridiculamente pequenos (140 páginas?!) e caros. Vendo que esse tinha mais de 300 páginas imaginei que o autor teria que criar uma trama bem atraente para poder manter o leitor ligado até o fim.

E sim, ele conseguiu. Gostei bastante da história, dos personagens e dos ambientes descritos. Fui surpreendido por uma vontade permanente de ler e ler e ler, tendo que deixar meus outros três livros de lado até terminá-lo.

Um livro muito acima de muita porcaria estrangeira que consumimos. Desejo que outros autores nacionais possam surgir com coragem para abusar da inventabilidade em suas histórias, adaptando para nosso país coisas que só vemos fora do Brasil.

Muito bom!
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Guilherme Souza 12/02/2015

Um Cenário Improvavelmente Real
Li Rio 2054 viajando pelas citações magistrais que o autor empregou. Para mim, nascido e criado no Rio de Janeiro caótico e segregado, lugares como "Praça da Bandeira", "Cascadura", "Madureira", assim como o Centro e a Zona Sul, me deram um ar de familiar angústia. Como morador de Campo Grande (O Que integraria a parte dos Escombros), me senti um morador daquela parte isolada da cidade. Em uma obra extremamente bem feita, vi os muros fictícios citados pelo livro erguidos em nossa realidade. Uma realidade não tão evidenciada, mas presente em uma cidade partida entre o Rio de Janeiro turístico e o Rio de Janeiro metrópole.
O único ponto que senti falta foi a dimensão do que seria o Rio Beta, mas não que isso influísse no enredo e na história que promete e entrega de forma muito satisfatória.
Ao autor, espero as próximas histórias.
Aos leitores, que se interessem pelo distópico e pela aventura, indico este livro.
Sucesso, Jorge.

site: http://cofredeideias.blogspot.com.br/
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Igor Freire 05/03/2013

Grande surpresa!
Confesso que não tinha grandes expectativas com esta obra, talvez pelo fato de ser um autor iniciante ou por não estar acostumado a ver grandes obras de ficção sendo produzidas no Brasil.

No entanto, como narrativa, Rio 2054 tem um ritmo variado, desde algnuns momentos mais lentos, até outros que são verdadeiramente alucinantes. O que poderia até incomodar, acabou se adequando perfeitamente às situações narradas e me vi totalmente imerso no livro, curioso sobre os acontecimentos vindouros.

As revelações e informações nos são dadas nos momentos certos da trama, as cenas de ação e cenários são bem demonstrados e não se tornam confusos em momento algum. Conseguimos nos sentir no meio das batalhas de motocicletas e dentro do pequeno apartamento de Miguel.

Mas o destaque é, sem dúvida alguma, o mundo/cenário da história, que é espetacular. Tão bem construído que até dá certa tristeza quando terminamos de ler a história, pois sabemos que muitas e muitas outras poderiam ser contadas neste mundo.

Os personagens também são ótimos, todos tem um bom plano de fundo e vamos conhecendo suas histórias num bom ritmo. Alguns são inesperadamente carismáticos, como Alfonse, O Comandante e até mesmo o motoqueiro mais experiente do grupo do protagonista Miguel. Aliás, todos os personagens das Luzes são interessantes.

Rio 2054 também tem diversas referências bacanas a outras obras do mesmo estilo, mas todas sutilmente inseridas, o que pode acabar se tornando mais um atrativo na leitura do livro.

O livro é relativamente curto e tem uma boa linguagem, o que acaba facilitando a leitura. Porém, isso acaba fazendo com que alguns bons personagens tenham participação relativamente curta e que o final de vários deles seja um pouco apressado ou relativamente obscuro. Talvez eu tenha sentido falta de um epílogo, demonstrando qual a repercussão (fática) real da história ocorrida no livro. Ou talvez eu sinta isso porque o autor conseguiu fazer com que eu me importasse com o que aconteceria com aquele mundo, com aquela cidade e com aqueles personagens, o que é de um mérito indiscutível.

Esta obra será, sem dúvida, uma das boas surpresas da ficção brasileira em 2013!
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Dani Cabral 25/01/2014

Fantástico!
Já se passaram uns dias desde que terminei de ler o livro. Engraçado que quando eu acabei não sabia como escreveria a resenha. Esperei a poeira abaixar, estava empolgadíssima com a história.

Identifiquei-me muito com tudo que foi escrito, apesar de não conhecer um ou outro lugar citado no livro eu já ouvi falar sobre, então não me era completamente desconhecido.

O que eu senti realmente quando acabei de ler o livro? Um sentimento de “porque não sou roteirista de cinema neste exato momento para eu roteirizar esse livro”, não sei se é fácil assim, mas foi o que senti: ESSE LIVRO DÁ UM FILME!

Alguns dias depois de ler eu entrei em contato com o autor para fazer algumas perguntas que estarão na entrevista no final do post.

O livro se passa num Rio de Janeiro destruído por uma guerra civil. A guerra começou na década de 2020 quando foi encontrado um grande poço de pré-sal no litoral do Rio de Janeiro e os estados vizinhos entraram com o pedido de divisão dos royalties desse poço. A população da cidade se revoltou. As forças de seguranças nacionais e da OTAN foram muito rígidas na retaliação e acabou bombardeando a cidade.

A cidade sitiada foi dividida em duas (separadas pelo Túnel Rebolsas) o lado rico, revitalizado, com muitos prédios e ilhas artificiais era o Rio Alfa (conhecido como Luzes), pela descrição do autor é fácil comparar com imagens de Times Square em Nova Iorque. O lado pobre, destruído consistia no Centro e zona Norte da cidade era o Rio Beta (conhecido como Escombros), também pela descrição do autor é fácil comparar a alguma cena de algum local atingido por tremores, como o Haiti.

A história é sobre Miguel, um rapaz de que ao longo do livro só faz uma coisa, você se apaixonar por ele (risos).

Agora falando sério... Miguel é um rapaz sério que é ainda apaixonado pela ex-namorada mesmo que não explicitamente colocado, mas claramente percebido. Tem seus princípios de não se meter com drogas e bandidos muito rígidos, mas ao longo da história um desses princípios é colocado de lado.

A ex-namorada, Nina, uma garota que me pareceu muito bonita, mas muito destruidinha pela droga e obsessão de sair dos Escombros e ir para as Luzes.

Outro personagem muito interessante é Nicolas, um negro franzino que não concluiu o curso de medicina, mas por conta do pai ter sido médico tem habilidades cirúrgicas e ganha dinheiro com implantes, conseguidos por Miguel no centro da cidade. Detalhe aqui a ser revelado; o centro da cidade é mostrado como um local radioativo, por conta de uma lenda de uma bomba que a OTAN explodiu no local. Proibindo a circulação de pessoas lá, mas Miguel nunca se importou com isso e sempre que podia fazia passeios no centro.

Mais adiante no livro conhecemos Anderson, amigo de infância de Miguel que entrou para o mundo das gangues. Ele é líder da gangue dos Engenheiros, um grupo de motoqueiros que brigam com rivais em competições na Praça da Bandeira.

Outros motoqueiros são muito importantes na história Juan e Fred, cada um desses líderes de uma gangue, mesmo não tendo uma idade muito avançada, me lembra muito o pai de um amigo. Engraçado que só conseguia visualizá-lo neste papel. (risos)

Bem, personagens apresentados, vamos à parte do livro de tirar o fôlego. Por um motivo que não vou contar, os líderes das três gangues, Nicholas e Miguel se unem. A partir daí o livro tem ares de filmes de Bruce Willians.

Emocionante e com cenas de tirar o fôlego. Cenas sim, o livro é especialmente separado por capítulos, mas esses são divididos em algumas cenas.

Só uma coisa não gostei, CADÊ A CONTINUAÇÃO DO LIVRO? (risos)

Estou esperando roendo unhas pela sequencia, espero que o Jorge Lourenço tenha pena dos meus dedinhos, (gargalhada)

Se você gosta de uma boa ação vai adorar o livro.
Jorge 03/05/2014minha estante
Dani, de novo, MUITO obrigado pela resenha sensacional! São relatos como esse que fazemos nós escritores continuarem escrevendo!




Danielle 05/07/2013

Resenha – Rio 2054 – Jorge Lourenço
Rio 2054, de Jorge Lourenço, é um livro de Ficção científica e o primeiro livro do autor.
Rio 2054 está ambientado 30 anos após a cidade do Rio de Janeiro ter sido dividida em duas partes devido uma guerra civil que se iniciou pela disputa dos Royalties do Petróleo.
As duas partes em que a cidade foi divida chamam-se: escombros e luzes, nossos protagonistas vivem nos escombros, zona norte da cidade, onde sempre viveram os menos favorecidos financeiramente. O centro da cidade foi completamente destruído e a única passagem que liga os escombros às luzes seria o Túnel Rebouças que está bloqueado, podendo passar somente as pessoas que possuem empregos nas luzes.
A parte da cidade chamada escombros foi abandonada, moradores vivem na sua maioria na miséria e à noite não possui energia elétrica. Após a guerra cidade passou a ser administrada por um consórcio de grandes empresas e não mais pela prefeitura.
Um trecho onde os moradores da parte pobre foram protestar contra a divisão da cidade:
“Não houve qualquer tentativa de pacificar o tumulto, apenas uma chuva de balas que silenciou a multidão em menos de quinze minutos e deixou para trás dezenas de mortos” pág. 120
Dentro deste cenário conhecemos o protagonista Miguel morador dos “escombros” que é o grande herói da trama, que acaba se encantando por uma Inteligência Artificial se mete em muita confusão por ela.
Temos uma vilã na trama chamada Angra que é uma personagem misteriosa com poderes psíquicos participante de uma gangue de motoqueiros muito esquisita, ao longo da trama a personagem vai se destacando até descobrimos todo seu mistério com uma bela reviravolta.
Uma história cheia de ação e revolução, com uma trama bem amarrada, personagens bem constituídos e uma escrita impecável, que mistura de ficção científica e realidade Jorge Lourenço construiu uma história maravilhosa.
Gostei muito dos androides (Inteligência Artificial), das disputas das gangues de motoqueiros e da realidade das favelas narrada na trama.
Adorei o livro e recomendo a todos amantes de distopias e ficção científica.


site: https://www.facebook.com/minhasresenhasdp
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Cia do Leitor 18/07/2013

Rio 2054
Rio 2054, de Jorge Lourenço, é um livro de Ficção científica e o primeiro livro do autor.

Rio 2054 está ambientado 30 anos após a cidade do Rio de Janeiro ter sido dividida em duas partes devido uma guerra civil que se iniciou pela disputa dos Royalties do Petróleo.

As duas partes em que a cidade foi divida chamam-se: escombros e luzes, nossos protagonistas vivem nos escombros, zona norte da cidade, onde sempre viveram os menos favorecidos financeiramente. O centro da cidade foi completamente destruído e a única passagem que liga os escombros às luzes seria o Túnel Rebouças que está bloqueado, podendo passar somente as pessoas que possuem empregos nas luzes.

A parte da cidade chamada escombros foi abandonada, moradores vivem na sua maioria na miséria e à noite não possui energia elétrica. Após a guerra cidade passou a ser administrada por um consórcio de grandes empresas e não mais pela prefeitura.

Um trecho onde os moradores da parte pobre foram protestar contra a divisão da cidade:

“Não houve qualquer tentativa de pacificar o tumulto, apenas uma chuva de balas que silenciou a multidão em menos de quinze minutos e deixou para trás dezenas de mortos”
Pág. 120

Dentro deste cenário conhecemos o protagonista Miguel morador dos “escombros” que é o grande herói da trama, que acaba se encantando por uma Inteligência Artificial se mete em muita confusão por ela.

Temos uma vilã na trama chamada Angra que é uma personagem misteriosa com poderes psíquicos participante de uma gangue de motoqueiros muito esquisita, ao longo da trama a personagem vai se destacando até descobrimos todo seu mistério com uma bela reviravolta.

Uma história cheia de ação e revolução, com uma trama bem amarrada, personagens bem constituídos e uma escrita impecável, que mistura de ficção científica e realidade Jorge Lourenço construiu uma história maravilhosa.
Gostei muito dos androides (Inteligência Artificial), das disputas das gangues de motoqueiros e da realidade das favelas narrada na trama.

Adorei o livro e recomendo a todos amantes de distopias e ficção científica.

Resenha de Danielle Peçanha no blog Cia do Leitor

site: http://ciadoleitor.blogspot.com.br/2013/07/resenha-rio-2054-de-jorge-lourenco.html
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