Rio 2054

Rio 2054 Jorge Lourenço




Resenhas - Rio 2054


45 encontrados | exibindo 31 a 45
1 | 2 | 3


Guilherme Souza 12/02/2015

Um Cenário Improvavelmente Real
Li Rio 2054 viajando pelas citações magistrais que o autor empregou. Para mim, nascido e criado no Rio de Janeiro caótico e segregado, lugares como "Praça da Bandeira", "Cascadura", "Madureira", assim como o Centro e a Zona Sul, me deram um ar de familiar angústia. Como morador de Campo Grande (O Que integraria a parte dos Escombros), me senti um morador daquela parte isolada da cidade. Em uma obra extremamente bem feita, vi os muros fictícios citados pelo livro erguidos em nossa realidade. Uma realidade não tão evidenciada, mas presente em uma cidade partida entre o Rio de Janeiro turístico e o Rio de Janeiro metrópole.
O único ponto que senti falta foi a dimensão do que seria o Rio Beta, mas não que isso influísse no enredo e na história que promete e entrega de forma muito satisfatória.
Ao autor, espero as próximas histórias.
Aos leitores, que se interessem pelo distópico e pela aventura, indico este livro.
Sucesso, Jorge.

site: http://cofredeideias.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Dani Cabral 25/01/2014

Fantástico!
Já se passaram uns dias desde que terminei de ler o livro. Engraçado que quando eu acabei não sabia como escreveria a resenha. Esperei a poeira abaixar, estava empolgadíssima com a história.

Identifiquei-me muito com tudo que foi escrito, apesar de não conhecer um ou outro lugar citado no livro eu já ouvi falar sobre, então não me era completamente desconhecido.

O que eu senti realmente quando acabei de ler o livro? Um sentimento de “porque não sou roteirista de cinema neste exato momento para eu roteirizar esse livro”, não sei se é fácil assim, mas foi o que senti: ESSE LIVRO DÁ UM FILME!

Alguns dias depois de ler eu entrei em contato com o autor para fazer algumas perguntas que estarão na entrevista no final do post.

O livro se passa num Rio de Janeiro destruído por uma guerra civil. A guerra começou na década de 2020 quando foi encontrado um grande poço de pré-sal no litoral do Rio de Janeiro e os estados vizinhos entraram com o pedido de divisão dos royalties desse poço. A população da cidade se revoltou. As forças de seguranças nacionais e da OTAN foram muito rígidas na retaliação e acabou bombardeando a cidade.

A cidade sitiada foi dividida em duas (separadas pelo Túnel Rebolsas) o lado rico, revitalizado, com muitos prédios e ilhas artificiais era o Rio Alfa (conhecido como Luzes), pela descrição do autor é fácil comparar com imagens de Times Square em Nova Iorque. O lado pobre, destruído consistia no Centro e zona Norte da cidade era o Rio Beta (conhecido como Escombros), também pela descrição do autor é fácil comparar a alguma cena de algum local atingido por tremores, como o Haiti.

A história é sobre Miguel, um rapaz de que ao longo do livro só faz uma coisa, você se apaixonar por ele (risos).

Agora falando sério... Miguel é um rapaz sério que é ainda apaixonado pela ex-namorada mesmo que não explicitamente colocado, mas claramente percebido. Tem seus princípios de não se meter com drogas e bandidos muito rígidos, mas ao longo da história um desses princípios é colocado de lado.

A ex-namorada, Nina, uma garota que me pareceu muito bonita, mas muito destruidinha pela droga e obsessão de sair dos Escombros e ir para as Luzes.

Outro personagem muito interessante é Nicolas, um negro franzino que não concluiu o curso de medicina, mas por conta do pai ter sido médico tem habilidades cirúrgicas e ganha dinheiro com implantes, conseguidos por Miguel no centro da cidade. Detalhe aqui a ser revelado; o centro da cidade é mostrado como um local radioativo, por conta de uma lenda de uma bomba que a OTAN explodiu no local. Proibindo a circulação de pessoas lá, mas Miguel nunca se importou com isso e sempre que podia fazia passeios no centro.

Mais adiante no livro conhecemos Anderson, amigo de infância de Miguel que entrou para o mundo das gangues. Ele é líder da gangue dos Engenheiros, um grupo de motoqueiros que brigam com rivais em competições na Praça da Bandeira.

Outros motoqueiros são muito importantes na história Juan e Fred, cada um desses líderes de uma gangue, mesmo não tendo uma idade muito avançada, me lembra muito o pai de um amigo. Engraçado que só conseguia visualizá-lo neste papel. (risos)

Bem, personagens apresentados, vamos à parte do livro de tirar o fôlego. Por um motivo que não vou contar, os líderes das três gangues, Nicholas e Miguel se unem. A partir daí o livro tem ares de filmes de Bruce Willians.

Emocionante e com cenas de tirar o fôlego. Cenas sim, o livro é especialmente separado por capítulos, mas esses são divididos em algumas cenas.

Só uma coisa não gostei, CADÊ A CONTINUAÇÃO DO LIVRO? (risos)

Estou esperando roendo unhas pela sequencia, espero que o Jorge Lourenço tenha pena dos meus dedinhos, (gargalhada)

Se você gosta de uma boa ação vai adorar o livro.
Jorge 03/05/2014minha estante
Dani, de novo, MUITO obrigado pela resenha sensacional! São relatos como esse que fazemos nós escritores continuarem escrevendo!




Danielle 05/07/2013

Resenha – Rio 2054 – Jorge Lourenço
Rio 2054, de Jorge Lourenço, é um livro de Ficção científica e o primeiro livro do autor.
Rio 2054 está ambientado 30 anos após a cidade do Rio de Janeiro ter sido dividida em duas partes devido uma guerra civil que se iniciou pela disputa dos Royalties do Petróleo.
As duas partes em que a cidade foi divida chamam-se: escombros e luzes, nossos protagonistas vivem nos escombros, zona norte da cidade, onde sempre viveram os menos favorecidos financeiramente. O centro da cidade foi completamente destruído e a única passagem que liga os escombros às luzes seria o Túnel Rebouças que está bloqueado, podendo passar somente as pessoas que possuem empregos nas luzes.
A parte da cidade chamada escombros foi abandonada, moradores vivem na sua maioria na miséria e à noite não possui energia elétrica. Após a guerra cidade passou a ser administrada por um consórcio de grandes empresas e não mais pela prefeitura.
Um trecho onde os moradores da parte pobre foram protestar contra a divisão da cidade:
“Não houve qualquer tentativa de pacificar o tumulto, apenas uma chuva de balas que silenciou a multidão em menos de quinze minutos e deixou para trás dezenas de mortos” pág. 120
Dentro deste cenário conhecemos o protagonista Miguel morador dos “escombros” que é o grande herói da trama, que acaba se encantando por uma Inteligência Artificial se mete em muita confusão por ela.
Temos uma vilã na trama chamada Angra que é uma personagem misteriosa com poderes psíquicos participante de uma gangue de motoqueiros muito esquisita, ao longo da trama a personagem vai se destacando até descobrimos todo seu mistério com uma bela reviravolta.
Uma história cheia de ação e revolução, com uma trama bem amarrada, personagens bem constituídos e uma escrita impecável, que mistura de ficção científica e realidade Jorge Lourenço construiu uma história maravilhosa.
Gostei muito dos androides (Inteligência Artificial), das disputas das gangues de motoqueiros e da realidade das favelas narrada na trama.
Adorei o livro e recomendo a todos amantes de distopias e ficção científica.


site: https://www.facebook.com/minhasresenhasdp
comentários(0)comente



Cia do Leitor 18/07/2013

Rio 2054
Rio 2054, de Jorge Lourenço, é um livro de Ficção científica e o primeiro livro do autor.

Rio 2054 está ambientado 30 anos após a cidade do Rio de Janeiro ter sido dividida em duas partes devido uma guerra civil que se iniciou pela disputa dos Royalties do Petróleo.

As duas partes em que a cidade foi divida chamam-se: escombros e luzes, nossos protagonistas vivem nos escombros, zona norte da cidade, onde sempre viveram os menos favorecidos financeiramente. O centro da cidade foi completamente destruído e a única passagem que liga os escombros às luzes seria o Túnel Rebouças que está bloqueado, podendo passar somente as pessoas que possuem empregos nas luzes.

A parte da cidade chamada escombros foi abandonada, moradores vivem na sua maioria na miséria e à noite não possui energia elétrica. Após a guerra cidade passou a ser administrada por um consórcio de grandes empresas e não mais pela prefeitura.

Um trecho onde os moradores da parte pobre foram protestar contra a divisão da cidade:

“Não houve qualquer tentativa de pacificar o tumulto, apenas uma chuva de balas que silenciou a multidão em menos de quinze minutos e deixou para trás dezenas de mortos”
Pág. 120

Dentro deste cenário conhecemos o protagonista Miguel morador dos “escombros” que é o grande herói da trama, que acaba se encantando por uma Inteligência Artificial se mete em muita confusão por ela.

Temos uma vilã na trama chamada Angra que é uma personagem misteriosa com poderes psíquicos participante de uma gangue de motoqueiros muito esquisita, ao longo da trama a personagem vai se destacando até descobrimos todo seu mistério com uma bela reviravolta.

Uma história cheia de ação e revolução, com uma trama bem amarrada, personagens bem constituídos e uma escrita impecável, que mistura de ficção científica e realidade Jorge Lourenço construiu uma história maravilhosa.
Gostei muito dos androides (Inteligência Artificial), das disputas das gangues de motoqueiros e da realidade das favelas narrada na trama.

Adorei o livro e recomendo a todos amantes de distopias e ficção científica.

Resenha de Danielle Peçanha no blog Cia do Leitor

site: http://ciadoleitor.blogspot.com.br/2013/07/resenha-rio-2054-de-jorge-lourenco.html
comentários(0)comente



Luciano Luíz 22/12/2013

Um livro bacana voltado ao público jovem que ainda não leu uma obra nacional.
RIO 2054 – OS FILHOS DA REVOLUÇÃO de JORGE LOURENÇO é uma visão distópica da Cidade Maravilhosa no futuro, como se percebe pelo título.
Lá por 2020 explodiu uma guerra civil por causa do petróleo. Com isso, poderosas empresas não apenas tiveram domínio completo sobre a fonte de energia, como também decidiram por fazer a divisão social que resultou em mais violência e o aumento assustador das diferenças sociais do que para muitos pode ser considerado o fim de tudo.
Ou até mesmo uma fração do Inferno, já que ter de sobreviver em meio à gangues de motoqueiros, saques, estupros, procura por alimentos e as tentativas fracassadas de tentar entrar em Luzes (Rio Alfa) mostra-se praticamente como o pesadelo mais terrível que se pode ter de olhos abertos.
No geral o enredo gira em torno da divisão do Rio de Janeiro entre ricos e miseráveis. Alfa e Beta (este também apelidado de Escombros pelos moradores).
O protagonista é o jovem Miguel. Ele tem a ex-namorada que simplesmente mergulhou nas drogas e sonha em poder viver nas Luzes. Já Miguel apenas trata de procurar peças e próteses para vender ao amigo Nicolas, que tenta a vida como restaurador e comerciante de equipamentos para pessoas com deficiências físicas.
Resultado da violência que a pobreza em grande escala proporciona à população.
Miguel faz suas buscas no centro abandonado da cidade. Onde dizem que uma bomba nuclear foi explodida por rebeldes há muitos anos. E que aquela área era imprópria para se morar por causa da radiação...
Mas, a vida não é apenas isso.
Gangues de motoqueiros fazem disputas para angariar grana e status nos Escombros. Além do espetáculo que proporcionam aos habitantes, estas gangues ainda conseguem missões de empresas das Luzes, que pagam muito bem, e ainda oferecem motos, armas e equipamentos mais avançados do que se encontra nos Escombros.
Em uma de suas buscas por peças no centro da cidade, Miguel encontra uma androide sem bateria. E resolve então ser um motoqueiro para poder dar uma chance de vida à boneca.
Ele conhece Angra. Uma garota com poderes psíquicos, acompanhada por dois gordos e um magricela. Juntos formam a Éden. A gangue mais perigosa dos Escombros. E nunca derrotada...
Miguel se assusta ao ver Angra em ação. Com seus poderes ela facilmente derrota os adversários nos combates de moto. E ainda mata sem piedade.
Logo depois, Miguel e os amigos recebem a oferta de um cara conhecido por Comandante. O sujeito não mostra o rosto e sempre fala com os motoqueiros por uma tela onde a imagem de alguma personalidade histórica de tempos “antigos”, como Chê Guevara.
Ele dá missões para o grupo, como descobrir quem é Angra.
Depois de algumas desventuras, o enredo vai seguindo e mostrando várias reviravoltas. Acontece muita ação e conversas sem fim.
Não vou seguir adiante para que você não tenha nenhum spoiler.
Agora, se você quer spoiler criticamente foda, então continue lendo. Porém, não vou me ater a contar a estória, mas sim, apontar uma série de curiosidades que me chamaram a atenção.
A narrativa é simples. Sem muitos detalhes. Nem personagens ou cenários são ricos visualmente falando. O que em hipótese alguma interfere. Já que a visão de uma cidade em ruínas é algo que é facilmente identificado no enredo.
Porém, a narrativa visual do Rio Alfa não impressiona. Até parece mais pobre que os Escombros...
Os personagens têm falas bacanas. Em alguns pontos, muito próximas da realidade. Aliás, algumas frases são filosoficamente atraentes. E aí podemos constatar um personagem inteligente não apenas no pensar, mas no agir.
Em certos momentos a narrativa peca porque simplesmente acaba por se mostrar confusa. Como os flashbacks, que aparecem de repente... sem intervalo... Mas é somente em dois ou três lugares. Depois é melhor organizado.
Os combates entre as gangues que usam motos, são fracos. Não passa a sensação de realidade. Ali o autor fez um trabalho que decepciona. Poderia ser muito melhor. É tudo pobre quando se trata das brigas e a narrativa simplesmente faz até o enredo perder qualidade.
E o mais engraçado: os motoqueiros usam tacos de basebol e hóquei.
Sei lá, poderiam ser só correntes, porretes ou qualquer outro objeto. Talvez os utensílios usados signifiquem que estes esportes tenham alguma popularidade no Rio do futuro...
O comandante não tem firmeza em suas palavras. Mais parece como qualquer um dos motoqueiros. Mas isso é explicado mais adiante. Porém, o personagem em si, devia ter se esforçado mais. Suas falas como comandante são um pé no saco e o leitor mais antenado logo percebe que tem algo errado...
Afinal, um mafioso pedir, “por favor” é patético de tão surreal...
A estória seria mais original sem os poderes psíquicos. Os personagens que fazem uso desta habilidade chegam a irritar, pois aquele esquema de usar as mãos como lâminas, ficou um tanto trash... lembra Terminator 2...
E o chato é que o narrador repete sempre a mesma coisa nas batalhas: “Lançou contra a parede usando seus poderes psíquicos.”
Outro negócio que irrita é que toda vez que Angra e Miguel usam sua habilidade especial, o narrador fala didaticamente: “Usou seus poderes” ou “Usando a telecinesia”.
Puxa, como se o leitor já não soubesse o que está lendo...
E quando Miguel descobre seus poderes, a narração está tão confusa que o leitor tem de voltar uma página para ter certeza da confusão das palavras. Pois o herói joga um dos caras pro ar de uma forma um tanto tola... Dá a impressão de que ele ainda estava com o carrinho de mão...
Aliás, com relação ao enredo, Angra nem precisava da bomba nuclear. Pois seus poderes mostrados nas últimas páginas ao fazer na torre onde está Miguel e a ogiva, mostram-se poderosos... ou pode ter sido somente o nervosismo dela...
Sobre o detalhamento visual dos personagens, é bem pobre como eu já disse, mas repetir três vezes que a Angra está de sobretudo cinza é dose...
Existe um interlúdio onde é apresentado um psíquico japonês. Mas sinceramente. O texto ali não é dos mais interessantes, e quem chegar ao final do livro, vai perceber que aquele “capítulo extra” em verdade é totalmente desnecessário...
E ainda, toda vez que o cara aparece, o narrador repete: “Se tem um psíquico por perto, sua habilidade de prever o futuro fica embaralhada.” Puxa, não tem necessidade de falar isso toda hora...
O que me deixou profundamente puto, foi a personagem Oráculo. Tudo bem que ela é negra, tem visual de mãe de santo. Muito legal. Mas... em MATRIX, a oráculo é mulher, é negra... o autor devia ter feito algo totalmente diferente...
O livro deixa claro, que a Oráculo é uma lenda. Ou uma pessoa extremamente difícil de ser encontrada. Que ela é quem decide com quem vai se encontrar. Mas o assassino japonês acha ela facinho, facinho...
Ok, tem a ver com o enredo, explicado no final, mas assim mesmo...
Acho que o grande defeito de RIO 2054 é sua previsibilidade.
Obviamente não serão todos os leitores que conseguirão saber o que acontece com algumas páginas de antecedência. Mas as surpresas maiores ficaram reservadas somente para as últimas páginas.
Mesmo com todas as reviravoltas, o enredo não é tão cativante.
O que prende mesmo a leitura, são as conversas relacionadas às diferenças sociais. Isso o autor fez com maestria e merece aplausos. O problema é que talvez não seja o suficiente para prender os leitores e leitoras.
Outro fato que ficou um pouco sem graça, foram sobre as bonecas no estilo do mangá, CHOBITS e até GUNN...
Uma cena que mostra um pastor evangélico usando um garoto com sua telecinesia como se fossem poderes de Deus para angariar fiéis ficou muito bacana.
Alguns capítulos exibem uma data no início. Dia, mês e ano, e até horário. Porém, o ano é totalmente desnecessário no caso, já que o leitor sabe exatamente “quando” está a narrativa... E seria mais funcional se todos os capítulos tivessem estes detalhes... ou nenhum tivesse...
A personalidade do Miguel mostra no início que ele nada mais sente pela ex-namorada. Mas pelo fato da boneca poder ser apenas uma máquina o fez pensar em se arrepender. Ficou bastante estranho isso...
O personagem muda muito rápido de personalidade. Ou seria no quesito sentimentos. Ou emoções.
O livro mais parece em alguns momentos, como um romance teen. Tem até o triângulo amoroso tão comum... de certa forma, claro...
O Oráculo, Miguel achava que fosse um homem, como Neo em Matrix... É estranho o Oráculo dizer que Angra não representa algo bom... no mínimo idiota por parte dela... como se ninguém mais disso soubesse.
Enredísticamente falando, a Oráculo não serviu pra nada...
Quando Miguel leva a boneca (Alice) para o amigo Nicolas conferir, achei estranho fazer uma conexão virtual através de um avatar. Ou seja, a boneca estava desligada. E acessar o “computador” dela com ela sem qualquer energia fica um tanto desconexo. A não ser que o aparelho e programa utilizados nesse esquema fossem extremamente avançados.
Mas assim mesmo... Apesar de que no final do livro, outro programa inteligente já fazia o mesmo com Alice abandonada no centro da cidade, antes de Miguel encontrá-la...
No primeiro capítulo, onde Miguel conversa com Nicolas, juntam-se a uma garota. É a ex-namorada do herói, Nina. Ali a vemos magra, com olheiras, resultado do uso de drogas, e principalmente pela frustração de viver (ou sobreviver) na parte pobre do Rio e não conseguir ir para Alfa... como já dito no início da resenha...
Logo após a conversa deles, o negão vai embora, e o ex-casal caminha por uma hora. E enquanto eles conversam sobre o cotidiano, de repente, estão sobre a moto...
É uma quebra de narrativa e enredo.
Ou caso tenha sido intencional, o autor exagerou nesse ponto. Pois fica algo totalmente inexplicável como a moto apareceu...
Não sei se foi apenas impressão, mas ao ler esse livro, tive lembranças do filme, GUERREIRO AMERICANO. O mais curioso que apesar do enredo se passar no Rio, mais parece que estamos lendo uma narrativa em território estadunidense... mesmo com todas as referências cariocas...
O livro tem palavrões, o que faz os diálogos soarem com naturalidade. Também é violento. Mas nada que seja considerado realmente macabro.
Também tem alguns errinhos de ortografia. Mas são quase invisíveis. A turma da Novo Século precisa investir mais nos revisores...
Mas não é só críticas fudidas não.
A capa é um show à parte. A visão dos prédios em ruínas, a visão em primeira pessoa (deve ser) do protagonista em sua moto. As fontes utilizadas para o título também são caprichadas.
O miolo tem ótima diagramação. Porém, somente o nome do autor e o título que ficaram um tanto estranhos nos cantos das páginas. E os títulos dos capítulos tem uma fonte grande demais, assim como a paginação.
Bom, é isso. O livro é bom. Vale à pena. Apesar de parecer um remendo de vários filmes e quadrinhos que você já assistiu e leu...
A obra de Jorge Lourenço é para o público jovem.
Principalmente aquele que nunca leu ficção científica brasileira ou qualquer livro nacional, independente o gênero.
Enfim, são poucos os escritores brasileiros que dedicam suas palavras onde temos um ambiente genuinamente nosso.
O Belo Rio de Janeiro.
O qual mostra uma força descomunal quando inserido em uma obra de ficção.

Nota: 5/10

L. L. Santos

PS – andei fazendo umas pesquisas e achei dois outros livros com títulos “iguais” e somente subtítulos diferentes.

RIO DE JANEIRO, 2054 de HORACIO CANALE – não sei o conteúdo. Não achei sinopse em lugar algum. Ou no máximo, textos sem qualquer sentido onde absolutamente nada pode ser considerado como uma amostra do enredo. Apenas consta que é uma ficção muito diferente da realidade carioca, e que todos gostariam que fosse verdade... O interessante é que o autor é argentino.

2054 – CONTOS FUTURISTAS, de vários autores. Encontrei algumas sinopses e resenhas que elogiaram muito bem. Todos são de ficção científica. Alguns contos são bizarros e por isso chamam muito a atenção.

Juro que eu queria saber por que diabos esses autores colocam o ano de 2054 como destaque em seus títulos e enredos. Em RIO 2054 de Lourenço, ao menos isso nós sabemos...

Curiosidade: comprei esse livro por R$ 6,90 e frete grátis na Saraiva e um mês depois meu irmão recebeu um exemplar do autor para resenhar. Pois bem, fiz a minha resenha primeiro. ^_^

site: https://www.facebook.com/pages/L-L-Santos/254579094626804
comentários(0)comente



Fabiano Lobo 19/07/2015

Sobre Rio 2054 – de Jorge Lourenço
Uma realidade alternativa de uma cidade mundialmente conhecida? Definitivamente não.
Uma possibilidade de acontecimento em um futuro não muito distante? Talvez.

Essas e outras perguntas me deixaram instigado desde o início da leitura.
O conceito de segregação é muito claro em minha cabeça, já que tive uma disciplina na faculdade que tratava desse e de outros assuntos dentro da sociedade.

Motoqueiros, pichações, parkour, cheguei a ler alguns artigos sobre essas práticas, que são classificadas como formas de ocupação do espaço urbano de cidades grandes.
O que isso tem a ver com o livro?
Bastante coisa!



Rio 2054 é um livro distópico, sci-fi, cyberpunk, futurista ou de ficção científica. Acho que nesse caso todos os termos são válidos. Como não costumo dar spoilers nas minhas “resenhas”, vou colocar a sinopse do livro aqui pra que vocês possam entender um pouco do que estou falando:

“Rio de Janeiro, 2054. Três décadas após uma guerra civil que começou com a disputa pelos royalties do petróleo, a cidade se vê alvo de uma nova ameaça. Um velho jogo de intrigas e espionagem industrial entre as multinacionais que controlam a cidade ganha novos contornos quando uma perigosa jovem com poderes psíquicos surge nos guetos.

Alheio a tudo isso, Miguel é um jovem sem grandes pretensões. Morador de uma região abandonada no pós-guerra, ele sobrevive catando restos de tecnologia e tem uma vida despreocupada. Sem saber o que o destino lhe reserva, ele é convidado para assistir a um duelo de motoqueiros e acaba se tornando o pivô de uma disputa que pode mudar o Rio para sempre.

Num lugar onde o bem e mal se confundem, Miguel terá que desvendar os segredos de uma misteriosa inteligência artificial e, para proteger aqueles que ama, bater de frente com as poucas pessoas dispostas a salvar o que resta do Rio de Janeiro. Sem saber que lado escolher, caberá a ele decidir o futuro de uma cidade partida pela ganância.”


Miguel é um personagem carismático, indeciso e um pouco medroso. Um tipo interessante de personagem para começar uma história e acompanhar seu desenvolvimento ao longo desta. Achei interessante esse desenvolvimento. Gosto de personagens bem detalhados e com diálogos possíveis e humanos. Achei interessantes as falas, pois são justamente da forma como conversamos, e não aqueles textos fictícios de diálogos mais vazios ainda. Pude ver que o autor se preocupou com isso.

A história, desde o início, me deixou curioso. O que poderia acontecer em uma cidade totalmente segregada e demonstrando aspectos futuristas de um lado e praticamente total pobreza e miséria do outro? Quais aparatos tecnológicos apareceriam como possibilidades de um futuro próximo? Que tipo de vilões teria uma história desse tipo?

Fui me fazendo esse tipo de pergunta e ao longo da história fui sendo respondido pela leitura.

Após ter lido o livro, percebi uma estranha realidade pairando no ar: A maioria dos acontecimentos descritos no livro é totalmente possível!

Sempre acompanho os avanços tecnológicos, sobre IA’s, simuladores, comunicadores, tipos de armas e veículos, possíveis androides e máquinas criadas atualmente e imagino que o autor também tenha pesquisado isso enquanto escrevia, pois descreve várias dessas coisas com detalhes e coerência com o que já ouvi falar. Isso me deixou ainda mais absorto na leitura e terminei por pegar o livro nesse fim de semana e devorar as mais de 200 páginas que ainda faltavam para ler.



Agora, pra você que está lendo porque quer uma indicação ou uma opinião sobre o livro em geral, sem spoilers:

Escrita.
A escrita do autor é simples, com narrativa em terceira pessoa e uma descrição detalhada dos fatos, sem se tornar maçante. Gostei especialmente das cenas de ação, que me fizeram imaginar um filme rodando em minha mente, com detalhes, trilha sonora e tudo o mais.


História.
A história é interessante e em muitas partes coerente com nossa realidade e a realidade da própria cidade em que se passa, pois demonstra a realidade dos morros do Rio, das drogas e da violência.


Personagens.
Bem detalhados e muito humanos. Humanos até demais! Interessantes. Que me deixaram curioso sobre vários detalhes que são explicados ao longo do texto. Personagens possíveis e com características e falas únicas. Pode-se perceber que essa foi uma das maiores preocupações do autor na criação da história.


Final.
Surpreendente! Um tipo de crítica à forma como agimos no mundo atual. Quase um tapa na cara. Uma forma de dizer que a humanidade ainda tem muito que evoluir.


No mais, recomendo muito a leitura! Achei muito interessante e certa vez vi, não sei se no Google ou no próprio perfil do Facebook do autor que teria um novo livro “São Paulo 2054”. Não tenho certeza, mas se for verdade, aguardo ansiosamente para ver o que mais acontecerá nesse mundo espetacular!


Ah! E apesar de eu escrever Terra 2, que é ficção científica, esse foi o primeiro livro desse estilo que li. Até hoje só tinha visto filmes desse gênero. Mas essa história vai mudar. Já tenho alguns na lista me esperando!

Leiam e apoiem a literatura brasileira.


Esse, junto com outros que ando lendo ultimamente, me animou a procurar cada vez mais livros de autores daqui mesmo. Além da proximidade deles (comprei o Rio 2054 do próprio autor!) e do carisma, as histórias são desenvolvidas com uma pitada da nossa própria cultura, e assim paramos um pouco de consumir excessivamente a cultura americana, nos identificando mais e mais com os personagens e as histórias.

Parabéns autores brasileiros!
Eu apoio vocês!


Fabiano Lobo

site: http://reminiscencialobo.blogspot.com.br/2015/07/sobre-rio-2054-de-jorge-lourenco.html
comentários(0)comente



Diego.Silva 19/03/2016

Rio 2054 Os filhos da revolução de Jorge Lourenço
Rio de Janeiro, 2054. Três décadas após uma guerra civil que começou com a disputa pelos royalties do petróleo, a cidade se vê alvo de uma nova ameaça. Um velho jogo de intrigas e espionagem industrial entre as multinacionais que controlam a cidade ganha novos contornos quando uma perigosa jovem com poderes psíquicos surge nos guetos.

É um livro distópico e ficção cientifica escrito por Jorge Lourenço, autor nacional, este é o primeiro livro do autor, é a primeira vez que leio um livro distópico, e tive a oportunidade de ler um escrito aqui no Brasil e ambientado em uma cidade aqui mesmo do Brasil, é uma obra narrada em terceira pessoa.

A Historia se passa na cidade do Rio de Janeiro, algumas décadas depois pós Guerra Civil, em 2054 a cidade encontra-se excluída do resto do país, e dividida em duas regiões, de um lado a parte rica a Rio Alfa, onde tem tudo de melhor, com toda a tecnologia de ponta, que é controlada por três super empresas, e a Rio Beta, a parte pobre da cidade, aonde os moradores ali vivem totalmente na miséria e excluídos.

Ali nos escombros no Rio Beta, temos Miguel, um jovem que passa a maior parte do seu tempo recolhendo restos de peças e próteses junto com seu amigo que tem um nível de entendimento sobre medicina e alta tecnologia e com isso acabam ganhando dinheiro para poderem sobreviver. Temos também Nina, ex-namorada de Miguel, que também vivia nos escombros, uma viciada em drogas, e obcecada em viver na Rio Alfa, chamada também de Luzes.

Tudo começa a mudar quando Miguel encontra uma andróide, uma AI (Inteligência Artificial) totalmente sofisticada, parecida até com uma pessoa humana, Miguel a partir daí contra sua vontade é obrigado a entrar para a gangue de Motoqueiros, para conseguir o dinheiro para comprar a bateria para reviver a sua andróide.

Outros personagens interessantes no livro é Anderson, amigo de infância de Miguel, líder de uma gangue de motoqueiros da cidade, os Engenheiros, e Angra que é dotada de poderes psíquicos, líder da gangue de motoqueiros Eder, não vou falar mais detalhes deles, mas no livro temos grandes embates dos dois.

A capa do livro achei extraordinária, muito bem feita, os escombros de fundo e a moto em primeiro plano, se formos comparar hoje, este cenário descrito no livro, seria bem possível de acontecer no futuro, se acontecer acredito que não seria em 2054, mas um pouco mais pra frente.

Outro ponto que chamou a atenção é a divisão do Rio de Janeiro, se comparar hoje, não seria muito diferente não, onde Rio Beta seria as favelas, com varias famílias vivendo na pobreza, e a Rio Alfa o restante da cidade, com vários prédios, praias, onde as emissoras de TV, insistem em passar só aquela parte esquecendo de mostrar as favelas que também fazem parte da cidade do Rio de Janeiro.

Para finalizar, recomendo a leitura do livro, comprei o livro por ser literatura nacional, e era a primeira vez que lia um livro neste estilo, e não arrependi, gostei bastante da historia, por mostrar um futuro não muito bom, caso as pessoas hoje não faça nada para mudar esta situação.
comentários(0)comente



Suka 25/03/2016

Rio 2054
confesso que não colocava muita "fe" nessa distopia, mas a narrativa me surpreendeu, gostei muito, uma leitura muito boa, apesar de algumas coisas q não me agradaram, o epílogo por exemplo me deixou bem frustrada com o fim do livro, que deixou algumas (muitas) coisas em abertas e respostas a serem dadas, mas no geral, foi uma leitura muito boa
comentários(0)comente



davidplmatias 18/03/2019

Anarquista, suft cyberpunk, "carioca punk"? "Favela punk"? Difícil definir hehe. Ótimo representante brasileiro do gênero!
comentários(0)comente



Jorge Lavagnoli 04/01/2020

Distopia brasileira
Vale a pena a leitura!! Falta mais profundidade para se comparar a distopias mais clássicas, mas sempre bom lermos um livro distópico com referências nacionais.
comentários(0)comente



Fred 20/07/2014

http://cacadores-de-historias.tumblr.com/post/87313326131/rio-2054-os-filhos-da-revolucao
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Rafa 10/12/2013

Rio 2054
Jorge Lourenço nome que vai marcar a literatura nacional, um escritor ousado que soube criar um Rio de Janeiro totalmente devastado por uma guerra civil em um futuro próximo, você vai conferir no thriller cyberpunk “Rio 2054 – Os filhos da revolução” lançado pela editora Novo Século.
Não a nada melhor que ler um livro e saber que toda uma trama passa em território Brasileiro e claro prestigiar nossos escritores nacionais, que a cada dia que passa está conquistando um espaço entre os escritores internacionais e marcando que aqui também é lugar de excelentes escritores.
Um dos principais personagens da trama é conhecido como Miguel um jovem que vive no lado do Rio Beta que passa a maior parte do seu tempo recolhendo restos de peças e próteses junto com seu amigo que tem um nível de entendimento sobre medicina e a alta tecnologia e com isso acabam ganhando dinheiro para poderem sobreviver.
O que me chamou mais atenção quando peguei o livro em mãos foi à capa que está bem trabalhada e muito bem acabada. A narrativa do livro nos prende do começo ao fim com bons diálogos, deixando a história mais dinâmica e fluida. Outro aspecto é em relação aos personagens o autor soube trabalhar com cada detalhe mostrando as qualidades e defeito de cada um. O leitor encontrara altas doses de aventura, adrenalina e muita ação, além de uma trama que vai envolver não somente humanos.
Se prepare leitor para uma leitura agradável junto com os personagens e conhecer os dois lados da Cidade Maravilhosa e boa leitura.
comentários(0)comente



45 encontrados | exibindo 31 a 45
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR