Rio 2054

Rio 2054 Jorge Lourenço




Resenhas - Rio 2054


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WallanS 20/09/2013

Legal quando a gente se surpreende com um livro, não é? Foi assim com Rio 2054. Geralmente digo que não sou preconceituoso, mas pra falar a verdade, sempre penso duas vezes antes de comprar livros nacionais.

Pensei bastante antes de comprar Rio 2054, mas uma das coisas que me fizeram decidir a favor foi a quantidade de páginas. Geralmente livros nacionais são ridiculamente pequenos (140 páginas?!) e caros. Vendo que esse tinha mais de 300 páginas imaginei que o autor teria que criar uma trama bem atraente para poder manter o leitor ligado até o fim.

E sim, ele conseguiu. Gostei bastante da história, dos personagens e dos ambientes descritos. Fui surpreendido por uma vontade permanente de ler e ler e ler, tendo que deixar meus outros três livros de lado até terminá-lo.

Um livro muito acima de muita porcaria estrangeira que consumimos. Desejo que outros autores nacionais possam surgir com coragem para abusar da inventabilidade em suas histórias, adaptando para nosso país coisas que só vemos fora do Brasil.

Muito bom!
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(in)Pública 28/07/2013

Rio 2054
Então, o livro narra à história do Miguel, um garoto normal que vive na parte pobre, apelidada de Escombros, do novo Rio de Janeiro. O ano é 2054, depois de uma guerra civil por royalties, a cidade se vê destruída e separada em Rio Alfa (parte rica) e Rio Beta (parte pobre), agora é governada por três multinacionais que só reforçam essa separação. Miguel sobrevive do jeito que dá, ele é um garoto, diferentes de outras pessoas dos Escombros, sem muitas ambições, só deseja viver a vida do jeito mais simples que poder.
O livro já começa de uma forma tensa. Com um prólogo meio assustador o autor nos joga em seu mundo distópico. Dois ladrões, cargas milionárias, muitas mortes e uma garota “inocente”, esses são os ingredientes de um prólogo perfeito (aprendam). Fiquei meio assustado e ao mesmo tempo animado para saber do que se tratava tal história, então nos primeiros capítulos vemos as coisas mais normais. Somos apresentados a Miguel em seu esconderijo, o antigo centro da cidade que agora está abandonado. Seguimos ele através dos Escombros e descobrimos a real situação do lugar e da vida do próprio Miguel. Assim como os Escombros, a vida do garoto, apesar de normal, se encontra bagunçada e principalmente destruída pela sua ex-namorada.
A história aborda vários assuntos, desde o romance do Miguel e sua ex-namorada, até o crime organizado dentro dos Escombros, passando por gangues de motoqueiros, pessoas com habilidades paranormais e inteligências artificiais. Quem me conhece sabe que tenho uma queda enorme por histórias de robôs...

site: http://www.inutilidadepublica.com/2013/07/resenha-rio-2054-.html
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Cia do Leitor 18/07/2013

Rio 2054
Rio 2054, de Jorge Lourenço, é um livro de Ficção científica e o primeiro livro do autor.

Rio 2054 está ambientado 30 anos após a cidade do Rio de Janeiro ter sido dividida em duas partes devido uma guerra civil que se iniciou pela disputa dos Royalties do Petróleo.

As duas partes em que a cidade foi divida chamam-se: escombros e luzes, nossos protagonistas vivem nos escombros, zona norte da cidade, onde sempre viveram os menos favorecidos financeiramente. O centro da cidade foi completamente destruído e a única passagem que liga os escombros às luzes seria o Túnel Rebouças que está bloqueado, podendo passar somente as pessoas que possuem empregos nas luzes.

A parte da cidade chamada escombros foi abandonada, moradores vivem na sua maioria na miséria e à noite não possui energia elétrica. Após a guerra cidade passou a ser administrada por um consórcio de grandes empresas e não mais pela prefeitura.

Um trecho onde os moradores da parte pobre foram protestar contra a divisão da cidade:

“Não houve qualquer tentativa de pacificar o tumulto, apenas uma chuva de balas que silenciou a multidão em menos de quinze minutos e deixou para trás dezenas de mortos”
Pág. 120

Dentro deste cenário conhecemos o protagonista Miguel morador dos “escombros” que é o grande herói da trama, que acaba se encantando por uma Inteligência Artificial se mete em muita confusão por ela.

Temos uma vilã na trama chamada Angra que é uma personagem misteriosa com poderes psíquicos participante de uma gangue de motoqueiros muito esquisita, ao longo da trama a personagem vai se destacando até descobrimos todo seu mistério com uma bela reviravolta.

Uma história cheia de ação e revolução, com uma trama bem amarrada, personagens bem constituídos e uma escrita impecável, que mistura de ficção científica e realidade Jorge Lourenço construiu uma história maravilhosa.
Gostei muito dos androides (Inteligência Artificial), das disputas das gangues de motoqueiros e da realidade das favelas narrada na trama.

Adorei o livro e recomendo a todos amantes de distopias e ficção científica.

Resenha de Danielle Peçanha no blog Cia do Leitor

site: http://ciadoleitor.blogspot.com.br/2013/07/resenha-rio-2054-de-jorge-lourenco.html
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Adriano 13/07/2013

RIO 2054 - por: GeraçãoLeitura.com
Oi Gente,
Trago hoje para vocês a resenha do primeiro livro do Jorge Lourenço: Rio 2054 - Os filhos da Revolução! O livro é distópico. Eu, simplesmente adorei e espero que gostem da resenha!

"A obrigação de se levantar contra os opressores é do povo. Em toda a história, sempre foi. E o ciclo é o mesmo. Primeiro, a aceitação da nova ordem. Depois, a percepção da exclusão. No fim, a revolta."

Rio 2054 apresenta um Rio de Janeiro totalmente diferente do que conhecemos atualmente! A cidade mostrada no livro vivencia o resultado de uma triste guerra civil, em que a cidade em epígrafe tentou se separar do resto do Brasil, tornando-se independente. Essa ação teve como consequência a criação da Primeira Zona Internacionalizada da América Latina, ou apenas ZI.

Entende-se por Zona Internacionalizada, um complexo em que não há mais governantes eleitos pelo voto popular e sim, uma associação entre multinacionais para realizar tal tarefa! É interessante que essa forma de governo é realizada por concessão e tolerada como normal!

O autor constrói de forma brilhante a segregação em que vive a cidade, separada por um muro, onde os moradores não tem o direito de transitar livremente entre os lados! Temos a divisão em Rio Alfa, ou também chamada de Luzes, devido aos prédios e a tecnologia - uma cidade moderna, com bairros industriais em alto mar, totalmente rica, com Inteligências Artificiais que fazem absolutamente tudo! Já o Rio Beta, ou também chamado de Escombros, devido a consequência na infra-estrutura devido a guerra - é o lado pobre, marginalizado, que convive com os restos de maneira pacífica!

Uma característica interessante do livro, nos mostra que os moradores dos Escombros só podem dirigir-se a Rio Alfa, caso sejam contratados para realização de trabalhos que os moradores das Luzes não ousam realizar., ou seja cabe aos moradores dos Escombros apenas uma saída: O Banditismo Social! Em outras palavras, seria uma forma de sobreviver adentrando-se no mundo do crime, com roubos, tráfico, ou as batalhas nas gangues de motos.

Nosso protagonista, Miguel é um jovem diferente que por acaso descobre seus poderes psíquicos! Exatamente, toda esse ambiente distópico, de discrepância é complementado por um toque fictício, sem tornar isso o centro da obra. Por motivos pessoais, Miguel acaba entrando para uma gangue (atitude que vai contra os princípios que ele defende no início do livro). Vale salientar que as batalhas de gangues, são orquestradas como meio de se eleger quem vai ganhar os melhores contratos das Luzes, para realizar "trabalhos", o que envolve queima de arquivo e tarefas de caráter negativo!

A estória é bem ágil, com ação e novidades, surpresas a todo momento! Sem dúvidas, o surgimento de Angra faz toda a obra tomar um rumo diferente, uma vez que a mulher traz consigo o estigma de Revolução, o instinto de mudança! Essa parte faz totalmente jus, ao momento que nosso país passou recentemente, com as manifestações populares.

Com citações a grandes personalidades comunistas e fatos importantes da História, a obra ganha um prisma social, histórico e filosófico incrível:
"Aos poucos o povo sempre se libertou de quem os comandava. Ele se levantou contra a realeza da Revolução Francesa, contra as metrópoles em todas as revoluções coloniais ou até na queda da ditadura que nós vivemos aqui, no século passado. Eu não entendo tanto de história, o que sei eu aprendi no colégios dos Escombros e nos livros que apanhei no centro, mas sei que todos passaram pelo mesmo ciclo. Primeiro, aceitaram as imposições que lhe ofereceram. Abraçaram seus ditadores como heróis para, décadas ou século depois, entenderem a exclusão. Aos poucos, eles se libertaram do sistema e evoluíram. É assim desde o começo dos tempos!"

Bom pessoal, evitei soltar alguns spoilers ou informações interessantes, para que vocês descubram sozinhos e fiquem tão surpresos quanto eu!! Espero que tenham gostado e não deixem de comentar! Recomendo muito a leitura! Quem ama distopias, corra e adquira o seu, para ler!

RESENHA FEITA PELO BLOG: GeraçãoLeitura.com

site: http://geracaoleiturapontocom.blogspot.com.br/2013/07/resenha-rio-2054-os-filhos-da-revolucao.html
Gu 13/11/2013minha estante
Distpopia nacional: isso memso produção?
Já quero comprar e ler




Danielle 05/07/2013

Resenha – Rio 2054 – Jorge Lourenço
Rio 2054, de Jorge Lourenço, é um livro de Ficção científica e o primeiro livro do autor.
Rio 2054 está ambientado 30 anos após a cidade do Rio de Janeiro ter sido dividida em duas partes devido uma guerra civil que se iniciou pela disputa dos Royalties do Petróleo.
As duas partes em que a cidade foi divida chamam-se: escombros e luzes, nossos protagonistas vivem nos escombros, zona norte da cidade, onde sempre viveram os menos favorecidos financeiramente. O centro da cidade foi completamente destruído e a única passagem que liga os escombros às luzes seria o Túnel Rebouças que está bloqueado, podendo passar somente as pessoas que possuem empregos nas luzes.
A parte da cidade chamada escombros foi abandonada, moradores vivem na sua maioria na miséria e à noite não possui energia elétrica. Após a guerra cidade passou a ser administrada por um consórcio de grandes empresas e não mais pela prefeitura.
Um trecho onde os moradores da parte pobre foram protestar contra a divisão da cidade:
“Não houve qualquer tentativa de pacificar o tumulto, apenas uma chuva de balas que silenciou a multidão em menos de quinze minutos e deixou para trás dezenas de mortos” pág. 120
Dentro deste cenário conhecemos o protagonista Miguel morador dos “escombros” que é o grande herói da trama, que acaba se encantando por uma Inteligência Artificial se mete em muita confusão por ela.
Temos uma vilã na trama chamada Angra que é uma personagem misteriosa com poderes psíquicos participante de uma gangue de motoqueiros muito esquisita, ao longo da trama a personagem vai se destacando até descobrimos todo seu mistério com uma bela reviravolta.
Uma história cheia de ação e revolução, com uma trama bem amarrada, personagens bem constituídos e uma escrita impecável, que mistura de ficção científica e realidade Jorge Lourenço construiu uma história maravilhosa.
Gostei muito dos androides (Inteligência Artificial), das disputas das gangues de motoqueiros e da realidade das favelas narrada na trama.
Adorei o livro e recomendo a todos amantes de distopias e ficção científica.


site: https://www.facebook.com/minhasresenhasdp
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Ju 03/07/2013

Rio 2054 - Os Filhos da Revolução
Espetacular. Palavra constantemente usada por um amigo e que se aplica completamente a esse livro. Rio 2054 é perfeito. É uma distopia, minha primeira distopia brasileira. E comecei com o pé direito.

Rio de Janeiro, 2054. A cidade é uma ZI - ou seja, uma Zona Internacionalizada. O que quer dizer isso? Que ela não é administrada mais por um governo eleito pelo povo, e sim por três multinacionais que obtiveram uma concessão para fazê-lo por um determinado período (bem longo, aliás). O motivo? Uma guerra civil em que o Rio tentava se separar do restante do país. Uma guerra que parecia que não ia ter fim, e que fez o país ser foco de uma intervenção internacional para "garantir a paz".

A cidade foi dividida em duas: Rio Alfa e Rio Beta. Na primeira, toda a prosperidade imaginável. Tecnologia altamente desenvolvida. Pessoas felizes com suas vidas. Na segunda, uma pobreza imensa. Moradores sobrevivendo de restos, com duas alternativas: se conformar com a miséria ou se envolver com o crime. A Rio Beta é chamada de Escombros, pois foi uma área muito atingida no confronto. E seus habitantes só podem visitar a parte rica da cidade com autorização, normalmente conseguida quando se tem um trabalho por lá, um trabalho que os moradores de Rio Alfa nunca considerariam realizar.

O livro é mais que viciante, tudo acontece na hora certa. Quando eu começava a querer entender alguma coisa, lá vinha a explicação. Quando sentia falta de uma personagem, lá estava ela... rs... Gostei muito do jeito que os fatos foram trabalhados. O autor não deixou nenhuma ponta solta.

A história é bem ágil, repleta de ação. As personagens têm conflitos ótimos, isso as enriquece demais. A IA - Inteligência Artificial - é abordada de um jeito fascinante. Me apaixonei por essas máquinas que mais parecem gente.

Amei também a existência dos psíquicos, pessoas com poderes mentais que são usados, principalmente, para lutar. Eles tornaram tudo mais emocionante para mim. Não sou fã de pancadaria, rs, mas pancadaria com o poder da mente até que me agrada!! hahaha....

Rio 2054 tem reviravoltas surpreendentes. Testemunhamos uma grande confusão, o início de uma revolução, que é claro que foi orquestrada por alguém. Não desconfiei do culpado nem por um segundo, mas a explicação fez total sentido.

Eu amei a capa, e todo o trabalho gráfico do livro está bem legal. Dá para ter uma ideia lendo o prólogo no link que está bem no início da resenha. Espero que o livro chegue até vocês, porque a leitura realmente vale a pena. =)

"A obrigação de se levantar contra os opressores é do povo. Em toda a história, sempre foi. E o ciclo é o mesmo. Primeiro, a aceitação da nova ordem. Depois, a percepção da exclusão. No fim, a revolta."

site: http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2013/07/resenha-rio-2054-os-filhos-da-revolucao.html
Adriane Rod 03/07/2013minha estante
Adoreeei, nunca tinha lido resenha sobre o livro, só a sinopse.

Estou muito a fim de ler por ser distopia e de autor nacional.

Adoro história envolvente e com acontecimentos nos devidos tempos; isso demonstra um grande talento do autor.

;)

http://pseudonimoliterario.blogspot.com.br/


Juh 03/07/2013minha estante
Nunca li nenhuma distopia não Ju, mas nossa esse livro parece ser realmente incrivel, quando vc falou sobre ele em outro post no blog, fiquei curiosa pra ler, mas fiquei com medo de ser ma ficção tipo 2012. rsrsrs. mas pela sua resenha pude perceber que o livro é maravilhoso!


Manuella_3 03/07/2013minha estante
Que delícia de resenha, pontuando o que eu precisava saber sobre o livro e por que ele é bem elogiado. Parabéns.
Não li nenhuma distopia. Ainda não sei se lerei.
Vi a proposta do livro como uma reflexão e tb uma metáfora do que vivemos no Brasil hj: o lado A e o lado B da sociedade, onde a desigualdade grita.
Gostei muito. Será minha entrada nas distopias? Q seja, melhor ainda por ser nacional!


Ana Lopes 04/07/2013minha estante
Que bom que você gostou do livro , eu me interessei bastante por ele , e gostei de ver a sua opinião positiva , só me incentiva mais a adquiri-lo , espero que em breve eu possa tê-lo em mãos , agora está meio difícil pela falta de dinheiro , mas mais pra frente quem sabe né ;)


Yassue 05/07/2013minha estante
É impressionante como a literatura Brasileira tem evoluindo e para melhor, gosto dos clássicos e tudo, mas é uma linguagem bem diferente do que lemos hoje. Agora quero muito conferir esta distopia.


Lua 05/07/2013minha estante
Estou tentando sempre ler mais livros de autores brasileiros, nunca pensei que nosso país tivesse tantas mentes brilhantes como a do autor Jorge Lourenço. Uma Distopia brasileira?! que perfeito, super interessada nessa estória. Apenas com sua resenha e o prólogo pude sentir a adrenalina que é carregada por toda trama. Espero ter a chance de conhecer esse trabalho e já está na minha lista.

ótima resenha, beijos!


Thaís 05/07/2013minha estante
Ju, já tinha me envolvido muito com o livro quando você contou da parceria, a apa é realmente incrível né, adoro livros assim, que viciam, que você lê no tempo certíssimo, e que explicam todos os pontos da história, fiquei louca com a sua resenha haha história muito bem complexa :)


Thay Ribeiro 06/07/2013minha estante
Eu fiquei muito empolgada com a resenha!!
Li apenas um livro de dispotia e gostei! Achei bem interessante o livro se de um autor brasileiro. Amei isso de poderes psíquicos, me deixou muito curiosa!!!


Michelli Prado 07/08/2013minha estante
Adoro suas resenhas! Nunca tinha visto o livro,mas fiquei bem empolgada com tua descrição do livro. E ainda por cima o autor ser brasileiro =)
Vou tentar compra-ló por que fiquei muito interessada!!




Telma 14/06/2013

Pós "Geração Coca-Cola"
Rio 2054 – Os Filhos da Revolução – Jorge Lourenço

Antes de qualquer coisa, quero “dizer” em alto e bom tom que ESTE FOI UM DOS MELHORES LIVROS DE LI EM 2013.

Há tempos eu não sentia aquela agonia eletrizante que senti tempos atrás. Há uma densidade quase palpável na narrativa... fez-me lembrar demais de Mad Max, Waterworld, Blade Runner, O Vingador do Futuro e o Exterminador do Futuro (dentre outros), assim como me remeteu aos livros de André Vianco cujas histórias se passavam em cidades brasileiras. Jorge Lourenço ambienta no Rio de Janeiro, com uma escrita impecável! Isso eu preciso citar novamente: A escrita, as sacadas, o Português de Jorge é impecável!!! Fiquei realmente impressionada.... e para me impressionar com a Língua Portuguesa, o cara precisa ser BOM! Ele é! Até quando alguns personagens (ou algumas personagens pra dizer em Português perfeito) falam “errado” (linguagem coloquial, como verão no trecho abaixo), Jorge demonstra sua intimidade com a Língua. *batendo palmas*

Narra como quem conta o que viu ou o que viveu. Eu cri.
Os personagens são críveis. As cenas são de pura adrenalina. A ação corre solte à cada página.

O Rio, dividido em duas categorias: poucos com muito e muitos com quase nada, resultado do pós-guerra. É nesse contexto que Miguel (uma de minhas personagens favoritas) encaixa-se. Ele recolhe nos escombros, restos de peças e revende-as para um amigo que tem alto conhecimento tecnológico e lida com inteligência artificial... (aqui fui remetida a Dean Koontz, na trilogia Frankenstein).
Várias personagens me impressionaram e “causaram” no livro. Um exemplo disso é Angra.

Vejam um pouco dela neste trecho da página 38.

“ Todas as pessoas que enfrentaram Angra dizem que ela tem “poderes”, que é uma bruxa. Ela é muito habilidosa, tanto na moto quanto a pé, mas não é lá muito forte. Mas as coisas que ela faz... ninguém consegue explicar direito – disse, quando olhou pela primeira vez para Miguel. Naquele momento, não havia máscara de falsa coragem, e sim apreensão.
_ Que tipo de coisa?
_ O tanque de gasolina de um conhecido meu que enfrentou ela arrebentou do nada. Por causa disso, a moto acabou pegando fogo. Na luta com outra gangue, que é quase tão forte quanto nós ou os Caçadores, dizem que chegaram a derrubá-la da moto, achavam até que tinham vencido. Mas ela fez o cara voar sem tocá-lo.”

Na hora pensei: “pronto... eis a personagem que vou odiar!”... mas não sei... isso não aconteceu. Cheguei a sentir empatia e raiva... enfim... conflito de sentimentos dentro de mim, tão grande quanto os conflitos causados pelo caos no Rio de Janeiro, em 2054.

Do outro lado da cidade temos “Luzes”, onde vivem os abastados, com Shopping Centers e tudo o que a grana pode comprar em termos de tecnologia e demais itens para se viver com conforto. Pouco se importam se próximo (não o suficiente) a eles, vivem pessoas na miséria.

Miguel observa os dois lados... está inserido nos dois contextos (você vai saber como) e define em frase um sentimento tão meu (e talvez tão seu...)

“Como a humanidade é mesquinha”, pensou. “Conseguimos viver nossa ilusão de segurança normalmente enquanto tem gente passando fome bem ao nosso lado. Atribuímos o bem-estar ao nosso trabalho, ao merecimento ou até à sorte. E não abrimos mão disso.”
Termino com uma frase de Angra (de quem fui tornando-me amiga de modo bem devagar, ao longo do livro).
“_ Essa cidade, assim como tantas do mundo inteiro, sempre foi partida. A diferença é que aqui, as fronteiras são mais visíveis. Toda cidade é permeada por níveis de exclusão. A Indiferença é inata a qualquer sociedade humana. “
Reconhece-se aqui?

Pois é... 2054 nunca esteve tão perto da realidade e tão longe do que imaginamos viver. Para experimentar essa adrenalina toda... essa poesia toda, sugiro que adquira o livro com máxima urgência!

Não resisti e tenho que colocar um trechinho romântico:

“- A decisão do primeiro beijo é a mais crucial de qualquer história de amor. – disse a androide.”

Recomendo veementemente!
Fabiano Lobo 15/06/2013minha estante
Muito interessante!
Ler essa resenha me deixou ainda mais curioso.
Assim que puder, vou adquiri-lo!


Beth 15/06/2013minha estante
Adorei.sua resenha me deixou querendo mais dele.Isso tudo é o que realmente nos espera se não fizermos nada a respeito.O autor é incrível.


Will 15/06/2013minha estante
Fiquei com ainda mais vontade de ler esse livro.
Adoro histórias ambientadas no Brasil.
Muito boa a resenha.


Gabi Layme 15/06/2013minha estante
História incrível. Assim que puder, o lerei ^^


Isa 15/06/2013minha estante
Muito boa sua resenha, um livro aparentemente inteligente e curioso!Gostei muito e quero ler.


Merê 15/06/2013minha estante
Não vejo a hora de ler.


Camila Bico 15/06/2013minha estante
Ótima resenha, como sempre *---*


Mallu 15/06/2013minha estante
Acho que ainda não li uma resenha sua que não tenha me deixado com vontade de ler o livro... E dessa vez não foi diferente.


Luiza 15/06/2013minha estante
Essa resenha me fez querer esse livro!


Cagól 15/06/2013minha estante
Ahhh, suas resenhas me dão vontade de ler tudooo *-*


Danielle 16/06/2013minha estante
Sua resenha me deixou com mais vontade de ler do que já estava...


Wal 16/06/2013minha estante
Caramba deve ser muito bom, OMG eu necessito ler este livro


Clara 16/06/2013minha estante
Poxa! Quero muito ler esse livro! Me parece muito bom! Adorei a resenha!


Ju 16/06/2013minha estante
Quero muito ler esse livro *-*


Jorge 16/06/2013minha estante
Olá, Telma! Obrigado pela excelente resenha! Além de todos os elogios, o que me deixa mais feliz é que você notou a minha preocupação com os diálogos. Infelizemente, a maioria dos diálogos de livros nacionais que vejo hoje - claro, com exceções - é muito artificial. Não parecem pessoas falando.

Enquanto escrevia Rio 2054, eu "ensaiava" os diálogos comigo mesmo, falando sozinho no quarto e interpretando cada personagem para que as falas no livro saíssem mais naturais possíveis.

Aliás, sua resenha veio num bom momento. Todos esses protestos que estão rolando pelo Brasil me lembram muito o clima de revolução da reta final do Rio 2054!

Viva a revolução!!!


Tayane Cristie 16/06/2013minha estante
Agora fiquei com mais vontade ainda de ler esse livro. A forma como você conseguiu demonstrar os personagens e a história em sua resenha só fez aumentar minha curiosidade. Parabéns! Entrou imediatamente na minha lista de desejados.


Vinicio9 18/06/2013minha estante
Hey, Telma!
Já disse por aqui que meu interesse por Rio 2054 é enorme. Sua sinopse já me deixa todo encantado e saber que esse é um dos melhores livros que você já leu me deixa mais esperançoso ainda para uma leitura toda cheia de ação e mistério.
Quero muito ler!

Beijos!
Um Jovem Leitor


Mandy Nerújo 18/06/2013minha estante
Nossa, concordo com o coment da Anne, a resenha deu vontade de ter o livro! Parabéns


Celso67 19/06/2013minha estante
Gostei da resenha e da sinopse. Li ano passado um livro que trata do Rio pós-apocalipse Os Reis do Rio (Rafael Lima). Quero ler o Rio 2054!


LuizaFG 19/06/2013minha estante
Poxa, nem sabia que da existencia desse livro, é a primeira resenha que leio sobre ele... quero muito ler!
bjos


22/06/2013minha estante
Tem Revolução e Rio de Janeiro no mesmo livro, então eu quero muito. Ótima resenha, conseguiu me deixar com mais vontade ainda de ler.


karlota 26/06/2013minha estante
Desejo esse livro mais que tudo. Preciso ler ele, ainda mais por ser literatura brasileira que estou apostando muito.
Resenha maravilhosa!


Fernanda @condutaliteraria 27/06/2013minha estante
Super curiosa e ansiosa pra ler, agora vou com mais calma :) Mas ainda assim, gostaria de ler!


Mariana 27/06/2013minha estante
Fiquei ansiosa pra ler...


Geruza 30/06/2013minha estante
Gostei bastante da resenha e achei o livro interessante. Quando vi a capa não pude deixar de comparar com a atual situação em que nosso pais está passando nos últimos dias e só depois de ler a resenha fui entender que a historia se passa no futuro.
Embora, não goste de livros futurísticos fiquei bem curiosa com esse.


Camila 02/07/2013minha estante
Confesso que a sinopse do livro não me chamou muita atenção logo de cara, mas depois de ler a resenha fiquei realmente tentada a lê-lo, parabéns :)


Nat Lala 02/07/2013minha estante
Agora realmente estou com muita vontade de ler


Nathalia 06/07/2013minha estante
Adorei a resenha! Parabéns! Realmente nos desperta o interesse e a vontade em lê-lo!


Maristela 06/07/2013minha estante
sua resenha está excelente e fiquei com imensa vontade de ler o livro. Espero fazer iso ainda esse semestre.


Thiago 07/07/2013minha estante
Excelente resenha!


RUDY 09/07/2013minha estante
Adoro adrenalina e as menções que fez são chamativas!
Parabenizo a mais um autor brasileiro que está se destacando e trazendo boa leitura.
Parabéns pela resenha também.
cheirinhos
Rudy


Matheus 09/07/2013minha estante
Agora eu necessito de ler este livro ... Ótima resenha!


Ana Paula 12/07/2013minha estante
Não tinha me interessado ainda por esse livro, mas agora confesso que fiquei com vontade de ler :D


Daiane Menezes 13/07/2013minha estante
Parabéns! Ótima resenha.


Roberto 18/01/2014minha estante
Li e gostei muito do livro,a unica coisa que me incomodou é que parece que as personagens Nina e Nicolas são esquecidas no final do livro.




Thiago Hagito 01/06/2013

Rio 2054 - Um fundo de verdade.
Jorge Lourenço, de quem a partir de hoje, me torno um fã, consegue espelhar através dessa obra de ficção científica, a verdade que nos cerca no mundo real. A exclusão social, discriminação e tantos outros tipos de preconceito; a luta dos mais pobres para terem o pão de cada dia e, o descaso dos ricos pela abastança que possuem. A hipocrisia, afetos e desafetos; a esperança e a falta dela. Tudo isso pode ser visto nessa história emocionante, cativante e elétrica, cheia de reviravoltas, e impossível de se escolher lados.

Nas palavras de Angra: "Essa cidade, assim como tantas no mundo inteiro, sempre foi partida. A diferença é que, aqui, as fronteiras são mais visíveis. Toda cidade é permeada por níveis de exclusão. A indiferença é inata a qualquer sociedade humana".

Deixo aqui a minha recomendação para a leitura desse livro, e o meu profundo desejo de vê-la nas telas dos cinemas, ou em uma HQs ou série animada.


Jorge 04/06/2013minha estante
Olá, Hagito! Cara, fico muito feliz por você ter gostado do livro. Ainda mais porque você ressaltou os aspectos que eu REALMENTE queria levar aos leitores: uma história eletrizante, cheia de reviravoltas onde é difícil de escolher um lado "bom" ou um "ruim".

Apesar de a história de Miguel, Alice e Angra acabar por aí, tenho muita vontade de criar mais coisa dentro desse universo. Tem alguns personagens que rendem boas histórias e tenho muita vontade de contá-las no futuro!




Bianca 22/05/2013

Resenha + Entrevista
(...)

Rio de Janeiro, Brasil. Ano: 2054.

Décadas após uma guerra civil resultante da disputa por royalties do petróleo, a cidade se encontra mergulhada em uma gritante diferença social. Enquanto a minoria abastada vive envolta em tecnologia e rodeada pela natureza exuberante do local, o resto da população vive isolado em um ambiente destroçado onde a pobreza é extrema, há escassez de alimentos, pouco acesso à educação, à informação e à tecnologia.

Separados fisicamente pela ameaça radioativa no centro da cidade e as condições geográficas que favorecem o isolamento, é como se existissem dois mundos completamente diferentes dentro de um só lugar. A minoria é privada até mesmo de recursos que hoje consideramos banais - como a internet e telefones celulares. Em diversos momentos a sensação do que é o futuro resignou parte da população ao passado.

(...)

Resenha completa e entrevista com o autor você pode ler em:
http://bestyle.com.br/geek/2013/5/rio-2054

Obs.: Não é um blog pessoal e sim um site bacana sobre arte, cultura, etc.
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Jef 01/04/2013

"A outra cidade maravilhosa"
Meu ponto de vista:

Um livro cuja ambientação é feita de forma sublime. O autor Jorge Loureço exibe todo seu talento descritivo ao nos mostrar um Rio de Janeiro em 2054. Todos os bairros pelo qual a história se passa transmitem verdadeiramente seu estado, princialmente, e obviamente, a quem mora, morou ou passou por eles. Ao ler sobre algum bairro conhecido, fiquei admiro com o conhecimento e pesquisa que o autor teve. Um trabalho bem feito. Ainda mais ao mesclar elementos de ficção científicas e suas influências de animação japonesa e filmes tornando o livro um ” épico cyberpunk”. Além é claro da trilha sonora mencionada ao longo do livro, que é de muito bom gosto.
O protagonista Miguel consegue ser nossa identificação deste mundo distópico, futurista e tão real criado por uma guerra civil que separou o Estado em dois lados: Ricos do Rio alfa ( Luzes), pobres do Rio Beta ( Escombros). Miguel está inicialmente mais para um antagonista do que um herói clássico, com toda sua história de vida triste ao lado de sua namorada Nina e seu trabalho para Nicolas. Conforme a história avança e percebemos que Miguel lutará ao lado de seu amigo Anderson numa batalha de gangues contra a temível Angra e sua gangue Éden, a história vai por rumos esperados, mais muito bem escritos e que não te fazem querer parar de ler para saber o que vai acontecer.
O desenvolvimento de Miguel ao longo da trama é bem explorado assim como suas angústias e crises existências, que junto com Alice em seus memoráveis diálogos, trazem bastante filosofia ao romance. Com frases marcantes e reflexivas. Nada artificias.
Gostei também da história dos psíquicos, mesmo com algumas dúvidas que ainda ficaram no ar.Que podem ser usadas para formas algumas teorias.
O ritmo da história é bem usado. Ela, em momento algum se perde ou se torna maçante. Somente evolui com o decorrer da leitura.
O único fato que me incomodou na leitura foi o pouco desenvolvimento de alguns coadjuvantes interessantes como Fred, Nicolas, Kazuo Mishima, contudo, isso em nada desmerece a obra, que possivelmente não teria páginas o suficientes para explorar a gama de personagem que nela se encontram. Fora isso, as personagens que aparecem geram um ótimo constante moral e social. Fazendo ser difícil escolher um dos lados. Mesmo que Os Escombros pareçam o óbvio a ser escolhido por sua fragilidade. Toda a história por trás da muralha que separa Os escombros das Luzes é muito bem contada e explicada, tornado-a uma experiência real do que o Rio de agora poderá se tornar no futuro..
O livro também conta com algumas ótimas reviravoltas que só o tornam mais interessante. Dando um gosto de quero mais ao chegar ao fim. E de quem sabe, uma continuação. Que se eu comentar mais, poso estragar com os Spoilers para quem não leu.
Uma obra com ação bem escrita, aventura, suspense, um pouco de romance e uma história da Cidade Maravilhosa como nunca li antes. Recomendada a todos que se interessam por uma trama interessante e nacional.Que viva a revolução! Que não nos tornemos Fantasmas nestes escombros.
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Raze. 20/03/2013

Suspeitas vindas de um fã da histórias pós-apocalipticas a parte.
Como todas as resenhas que li até então, o conto de fato me surpreendeu. O ponto forte do livro é como o autor soube transformar fatores da atualidade e do cotidiano carioca em uma mistura do universo do monopólio corporativo visto em muitas obras Cyberpunk, pós-apocalipse ao melhor estilo Mad Max ou Vingador do Futuro, aventura com muita porradaria e até alguns toques de romance teen (Miguel e Nina fazem o melhor estilo casal de estudantes de qualquer novelinha). Outro dos pontos marcantes é sua capacidade de fazer muita história com poucas palavras e você ler apenas algumas páginas e se sentir seguindo a linha do tempo do livro junto com o mesmo. Para um carioca como eu, ver cotidianos sagrados desta cidade (Como o Garage e esta particularmente foi uma excelente sacada!) transformados em elementos de ficção tão ricos aguçou a sensação de delícia ao lê-lo. O ponto fraco para alguns, talvez, esteja na ausência de surpresas. Então quando for lê-lo, tenha em mente que ele é um excelente livro de aventura. Mas não o leia esperando algo absurdamente surpreendente. Curta nosso RJ versão Cyberpunk e boa leitura!
Jorge 21/03/2013minha estante
Fala, Raze!

Pô, como frequentador assíduo do Garage nos bons tempos, não dava para deixar ele de fora de uma história que inclui motoqueiros e Rio de Janeiro, rs. Pensei até em citar o próprio Heavy Duty, mas desisti na última hora.

Acho que o Rio 2054 é um livro de aventura aberto para todos, até para gente que não gosta tanto de ficção científica. Bastante gente que curtia mais fantasia pegou o meu livro e gostou muito. Mas tem um grupo que, ao meu ver, está se empolgando mais: os rockeiros do Rio, especialmente os frequentadores do bom e velho Garage. Faz um tempo, passei em frente às oficinas dos motoqueiros que realmente existem lá e deu até vontade de deixar um exemplar com os caras, hehe.

Valeu pela resenha. Fico feliz que tenha gostado do livro!




Igor Freire 05/03/2013

Grande surpresa!
Confesso que não tinha grandes expectativas com esta obra, talvez pelo fato de ser um autor iniciante ou por não estar acostumado a ver grandes obras de ficção sendo produzidas no Brasil.

No entanto, como narrativa, Rio 2054 tem um ritmo variado, desde algnuns momentos mais lentos, até outros que são verdadeiramente alucinantes. O que poderia até incomodar, acabou se adequando perfeitamente às situações narradas e me vi totalmente imerso no livro, curioso sobre os acontecimentos vindouros.

As revelações e informações nos são dadas nos momentos certos da trama, as cenas de ação e cenários são bem demonstrados e não se tornam confusos em momento algum. Conseguimos nos sentir no meio das batalhas de motocicletas e dentro do pequeno apartamento de Miguel.

Mas o destaque é, sem dúvida alguma, o mundo/cenário da história, que é espetacular. Tão bem construído que até dá certa tristeza quando terminamos de ler a história, pois sabemos que muitas e muitas outras poderiam ser contadas neste mundo.

Os personagens também são ótimos, todos tem um bom plano de fundo e vamos conhecendo suas histórias num bom ritmo. Alguns são inesperadamente carismáticos, como Alfonse, O Comandante e até mesmo o motoqueiro mais experiente do grupo do protagonista Miguel. Aliás, todos os personagens das Luzes são interessantes.

Rio 2054 também tem diversas referências bacanas a outras obras do mesmo estilo, mas todas sutilmente inseridas, o que pode acabar se tornando mais um atrativo na leitura do livro.

O livro é relativamente curto e tem uma boa linguagem, o que acaba facilitando a leitura. Porém, isso acaba fazendo com que alguns bons personagens tenham participação relativamente curta e que o final de vários deles seja um pouco apressado ou relativamente obscuro. Talvez eu tenha sentido falta de um epílogo, demonstrando qual a repercussão (fática) real da história ocorrida no livro. Ou talvez eu sinta isso porque o autor conseguiu fazer com que eu me importasse com o que aconteceria com aquele mundo, com aquela cidade e com aqueles personagens, o que é de um mérito indiscutível.

Esta obra será, sem dúvida, uma das boas surpresas da ficção brasileira em 2013!
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Ezequias 16/01/2013

Apartheid social numa obra cyberpunk
Rio 2054 é uma distopia futurista ambientada num Rio de Janeiro vitimado por uma violenta guerra civil, e agora, mais do que nunca, dividido entre ricos e pobres.

Outrora com uma população separada apenas pelo potencial financeiro, temos agora uma verdadeira muralha separando a população.

Os pobres e miseráveis perdedores da guerra ficam relevados a um grande "gueto", locados numa parte da cidade cercada de muros e de severa vigilância, local chamado de"Escombros", enquanto os abastados ficam na segurança de um Rio de Janeiro tecnológico, limpo e sem pobreza, um local chamado de "Luzes".

Em um clássico tema do Cyberpunk, o protagonista irá entrar numa gangue de motoqueiros, companheiros que aprenderemos a conhecer pouco a pouco na obra, e junto com eles tentará desvendar um mistério que será chave para uma mudança fundamental na situação dos "Escombros".

Sobre os personagens do livro, fica claro que o autor teve que cortar boa parte de sua obra, que carece do desenvolvimento mais aprofundado dos coadjuvantes e antagonistas. Contudo estes conseguem ajudar o protagonista a levar a trama adiante, porém é uma verdadeira pena que o autor não teve mais espaço para desenvolver-los.

Não se pode dizer a mesma coisa do protagonista: como numa tradicional jornada do herói, acompanhamos Miguel se questionar sobre as coisas importantes de sua vida, amadurecer seus sentimentos, fazer escolhas, e acreditar nelas, para então conseguir enfrentar os desafios que se apresentam.

O seu inusitado interesse romântico rende diálogos bastante interessantes pelo cunho filosófico e existencial. Bem típico dos adolescentes e jovens adultos.

Trata-se de uma obra decididamente com influências do cyberpunk: aqui vemos o povo sofrendo pelos mandos e desmandos de grandes corporações que praticamente subjugam governos e lucram com a miséria alheia.

Ademais os elementos de ficção científica comuns a este gênero também estão ai: modificações genéticas, tecnologia avançada, androides e até poderes psíquicos são possíveis neste cenário.

As influências são notáveis, mas não se trata de uma obra referencial como "Jogador nº 1". Mas é inegável influências direta de obras como Akira, Ghost in the Shell, Battle Angel Alita e Blade Runner.

Fui privilegiado com a leitura antecipada de "Rio 2054: os filhos da revolução", na época ainda com outro nome, antes de ser lançado pela Novo Século.

Contactado pelo autor para fazer uma leitura isenta da obra e falar exatamente o que eu achava sobre seu livro.

Confesso que comecei a ler o livro sem nenhuma expectativa. E fiz questão de me manter isento sem sequer ler a sinopse ou resenhas anteriores.

Posso dizer que gostei bastante da obra, e cumpriu exatamente o papel que creio que foi realizada: divertir, entreter, e talvez levar um pouquinho de questionamento sobre a nossa realidade.

Não é, contudo, uma obra de acentuada profundidade, mas serve bastante bem para o publico que se intenta, trazendo uma boa aventura, gostosa de se ler.

No final, fiquei com um gostinho de quero mais, principalmente pelo fato que o cenário ter sido explorado tão bem. Fazem meses que li o livro, mas a imagem do cristo rendentor de costas para os "escombros" do Rio de Janeiro ainda é muito forte.
Sandra 21/02/2013minha estante
Fiquei com uma vontade de ler Rio 2054




Pabline 27/12/2012

Amigas Entre Livros: Rio 2054
http://amigasentrelivros.blogspot.com.br/2012/09/resenha-eden-os-filhos-da-revolucao.html

*Essa resenha é de antes do livro ser publicado*

Sinopse: Éden – Os Filhos da Revolução é um romance ambientado num Rio de Janeiro diatópico criado pelo jornalista Jorge Lourenço. A história se passa em 2054, quase três décadas após a cidade viver uma guerra civil fruto da disputa pelos royalties do petróleo. Administrada por um consórcio de empresas, a cidade é partida em duas. Enquanto o lado rico – a Rio Alfa – floresce como uma Dubai latino-americana à beira-mar, a porção pobre – apelidada de “Escombro” – vive no que sobrou do pós-guerra e permanece isolada do resto do mundo.
Entre gangues de motoqueiros, inteligências artificiais que começam a alcançar a senciência e experimentos com seres humanos, a Rio de Janeiro passa por um momento de tensão. Intrigas entre as empresas que gerem a cidade e o surgimento de uma misteriosa jovem com poderes psíquicos começam a mudar o curso da sua história.

Jorge entrou em contato comigo pelo Skoob dizendo que havia visto algumas de minhas resenhas, e gostado. Ele estava em busca de “completos estranhos” para que lhe dessem suas opiniões sobre seu romance, que ainda não foi para a gráfica. Então aqui é onde entro. Ele me falou da sua história... E ela me deixou curiosa de primeira. Como assim uma distopia de ficção cientifica ambientada no Brasil, mas especificamente no Rio de Janeiro? Nunca havia lido uma distopia no Brasil, - e pra quem já me acompanha há um tempo sabe que eu tenho uma queda pelo gênero – então não podia deixar essa oportunidade passar.
Já posso começar me desmanchando em elogios?

Como a sinopse aqui em cima resume muito bem a obra; irei me ater a outros aspectos.
Vou começar falando da criatividade. O autor coloca em sua obra vários elementos; segregação, gangues de motoqueiros, amores no mínimo inusitados, pessoas com poderes psíquicos, aventuras, inteligências artificiais, guerras civis, levanta questões existencialistas, tudo isso misturado nesse mundo mais futurista. Todos elementos que me chamam muita a atenção.

Os personagens são carismáticos. Amei principalmente Alice, suas questões existencialistas me prenderam. Miguel, que é o protagonista da trama, é um personagem interessante. Ao mesmo tempo em que é o mocinho, possui ares de anti-herói - confesso que adorei essas horas, muahaha. E claro, não poderia deixar de fora a Angra, uma personagem com toda uma pinta de vilã, mas carregada de um realismo social indesejado. Diva *.*

A narrativa em terceira pessoa do Jorge é linda, sério, fiquei impressionada. Será que sou suspeita a falar que adorei serem mencionados certos acontecimentos históricos? Já li muitos livros nacionais que possuíam uma narrativa com seus diálogos meio mecânicos, e apesar dessa ironia, a leitura é fluida e rica. O autor varia, às vezes possui uma linguagem bem dia-a-dia com direto a vários palavrões, e às vezes, as falas se tornam mais serias. A narração possui muita propriedade principalmente nos assuntos com um teor politico, a profissão deve ter ajudado. Ao longo do livro o autor cita grandes pensadores, filósofos – Nietzsche Divo *.* -, escritores e até bandas que vão do rock – e aqui tenho que dizer que fiquei felicíssima de encontrar minha banda preferida, The Beatles, na história – aos gêneros mais clássicos, como jazz.
Aqui uma amostra da escrita de Jorge:

- A dúvida existencial e a busca humana por um deus me fascinam. Eu tenho alguns livros sobre o tema nos meus arquivos. Eu acho que, em última instância, tudo gira em torno da morte.
- Eu também penso assim.
- A morte é o limiar do desenvolvimento absoluto. A ideia da completa inexistência é assustadora.
- Até para vocês?
- Até para mim – A ordem aleatória das músicas colocou Norwegian Wood, dos Beatles, logo depois de Debussy. Alice prestou atenção aos acordes iniciais da canção antes de retomar a resposta. – Não tenho dados suficientes para descartar ou comprovar a existência de deus. Você, pelo menos, tem o beneficio da dúvida quanto ao pós-vida. Eu sei que só tenho essa oportunidade de existir. (página: 239)

Uma trama que não me cansou em nenhum momento, tanto que sempre quando tinha uma horinha, pega meu exemplar encadernado e o lia. Espero logo ver esse livro publicado, o autor merece, criou uma história fantástica e de qualidade, que nem preciso dizer que me encantou. Se o livro já estivesse cadastrado no Skoob eu o avaliaria com 5 estrelas. Com certeza foi uma agradabilíssima surpresa e aproveito para deixar meus agradecimentos ao Jorge. Me sentir muito honrada ao receber seu convite, e mais feliz ainda por que a obra me agradou e muito. Desejo-lhe muito sucesso com Éden – Os Filhos da Revolução.

- Uma vez, eu passei o dia todo acessando o circuito interno de satélites públicos e assisti de vários ângulos o nascer do sol e o cair da noite do espaço. Foi a primeira vez que entendi o significado da palavra beleza. E o significado da vida também. Eu vi a morte de estrelas cujas luz ainda ilumina nossas noites, planetas inteiros sendo engolidos pela explosão de uma supernova. O destino de todos eles eram tão simples quanto o nosso: o completo desaparecimento.
- A única coisa que nos resta é esperar que nossa memória viva através dos nossos atos. (página 433)
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bgkran 22/12/2012

O cyberpunk ganha fôlego novo com essa aventura em solo nacional!
Um aviso: se você é fã de ficção científica... para ser mais exato, fã de um de seus sub-gêneros mais sombrios, o cyberpunk, esta é uma leitura obrigatória, e se nem mesmo conhece o que é o cyberpunk chegou a hora de entrar nesse universo com pé direito, pois, além de ser uma grande aventura, tenho orgulho de dizer que é de um autor brasileiro!

Para quem já conheceu as obras do mestre William Gibson e de outros mestres do gênero vai se surpreender com este cenário futurista e caótico transportado para o nosso Rio de Janeiro. E isso é feito com maestria pelo Jorge. É uma obra sem enrolação, sem parágrafos perdidos, sem personagens descartáveis. Uma história crível e fantástica com todos os elementos que habitam o universo cyberpunk: IA's - modificação de DNA - caos social - intrigas políticas - implantes biônicos - apatia - revolução!

Uma certeza ao fim do livro: você vai querer ver alguns destes personagens em novas histórias com toda a certeza!!

Parabéns Jorge pela meta alcançada. E obrigado pela honra de conhecer a obra antes do lançamento! Força Sempre!!!
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