Confesso Que Vivi

Confesso Que Vivi Pablo Neruda




Resenhas - Confesso que vivi


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joaoggur 19/07/2023

Obrigado, Neruda.
Pablo Neruda é um dos maiores nomes da poesia latino-americana. De viés social, foi vencedor do Prêmio Nobel de Literatura. Faleceu ante circunstâncias má-explicadas e controversas.

Em ?Confesso que vivi?, acompanhamos suas memórias, desde o seu início como escritor até suas viagens diplomáticas. O autor consegue narrar sua própria vida de uma maneira exemplar. As cenas onde ele se encontra com outras personalidades famosas (Pablo Picasso, Jorge Amado, Zélia Gattai? etc) são sensacionais.

Para fãs do autor, recomendo.
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Martony.Demes 20/07/2022

Uma referência para américa latina
Entre minhas leituras, em sempre leio em paralelo alguma biografia! Geralmente é uma ficção, uma não ficção e uma biografia! E desta vez foi a vida de Neruda, chileno vencedor de Nobel da literatura!
Em geral, eu tenho certa desconfiança por autobiografia e às vezes nem gosto de ler! Prefiro biografia feita por terceiros! Penso que dá para entender o porquê.

Bem, quanto à obra, ela é bem emocionante. Certamente, Neruda consegue transmitir emoções semelhantes as que expõe em seus livros de poemas.

Ele apresenta algumas sagas suas desde a infância, passando pela juventude até sua maturidade tanto como pessoa como poeta. Em paralelo, ele mostra momentos da história turbulentos em que passara no período da segunda guerra e os intricados movimentos políticos pelos quais passara a sua nação - o Chile.

Em geral, o livro é bom! Porém, tem partes que são um pouco chatas e um pouco prolixo. E no livro há uma revelação de um episódio em que ele toma a força uma jovem com relação sexual. E isso foi descoberto recentemente. Enfim.

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Marcelo 06/12/2020

Este foi um dos livros mais difíceis que já li. Não pela escrita, mas pela ligação emocional. Ganhei a minha cópia de um tio, já falecido, que foi uma pessoa muito importante na minha vida e, por isso, dediquei o máximo de atenção e carinho à leitura.
Pablo Neruda se confunde com a história do século XX. Poeta, ganhador de Nobel de literatura, diplomata, político e um comunista convicto o autor é o que podemos chamar de cidadão do mundo, mas que nunca esquece de suas raízes.
Vivência de perto a gerra civil espanhola e a segunda guerra mundial e tanto em sua obra quanto nas suas atuações diplomáticas, lutou pelos seus ideais. Faleceu poucos dias após o sangrento golpe militar que matou Salvador Allen no Chile em 1973.
Um livro que vale por diversas aulas de história e literatura.
Chico.Barbosa 06/03/2024minha estante
Show. Obrigado por isso.




Aninha 24/12/2011

Poesia em estado puro, límpido e intenso
"Não era possível fechar-me em meus poemas, assim como não era possível tampouco fechar a porta ao amor, à vida, à alegria ou à tristeza em meu coração de jovem poeta." (página 63)

Quem ama poesia um dia já leu e se emocionou com alguma poesia de Neruda. Batizado Neftali Ricardo Reyes Basoalto, mudou de nome ainda jovem para encobrir suas publicações, já que seu pai "não concordava em ter um filho poeta". Escolheu o nome ao acaso, de uma revista, sem saber que se tratava de um grande escritor tcheco.

Tornou-se diplomata muito jovem e foi cônsul na Birmânia, Ceilão, Java, Cingapura, Espanha e México. Presenciou a guerra civil espanhola, ajudou refugiados espanhóis, embarcando-os para o Chile. Foi senador da República no Chile e chegou a se candidatar à presidência, quando renunciou da candidatura em favor de Allende. Ganhou inúmeras condecorações, homenagens e afins, sendo que em 1971 veio a ganhar o Nobel de Literatura

Essas e outras curiosidades estão nesse livro autobiográfico, datado de 1973, ano de sua morte.

Casou 3 vezes e teve uma filha (Malva), que veio a falecer aos 8 anos. O interessante é que na narrativa ele fala apenas de Matilde, a última esposa. Das 2 primeiras, nada comenta, nem da morte da filha. Ficamos sabendo disso na cronologia que aparece no final do livro. Pra quem viveu de poesia, poderia ter dedicado algumas palavras a esses fatos mas, talvez fossem questões dolorosas que ele não quis mexer. Vai saber...

Quanto à política, podemos dizer que foi a segunda paixão do poeta. Comunista, fala de Prestes, Fidel, Jorge Amado e de seu envolvimento mundo afora na luta por um mundo melhor. Claro que ele também fala de suas decepções (Stálin, pela "degeneração de sua personalidade" e de Mao Tsé-tung pela "substituição de um homem por um mito").

Conta como suas poesias mais conhecidas surgiram, como foram inspiradas, onde foram lidas. "Que desperte o lenhador", por exemplo, surgiu no seu regresso à Índia e ganhou o Prêmio da Paz.

Das pessoas mais simples (como os mineiros chilenos) aos grandes reis, ele sempre foi apreciado e respeitado.

Neruda foi um homem intenso:
"Sou onívoro [devoro tudo] de sentimentos, de seres, de livros, de acontecimentos e lutas. Comeria toda a terra. Beberia todo o mar."

Viveu, amou, sonhou, desejou:
"Quero viver num mundo em que os seres sejam somente humanos sem outros títulos a não ser estes, sem serem golpeados na cabeça com uma régua, com uma palavra, com um rótulo."

[Eu também, caro poeta, eu também...]

Vale a pena a leitura!

http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com/2011/11/confesso-que-vivi.html
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Carlos Nunes 07/12/2022

Mais memórias que biografia
Meu conhecimento de Neruda se limitava, até pouco tempo, a algumas poesias esparsas ou ao filme O CARTEIRO E O POETA (que nem sei se é ficcional ou não). Mas após a leitura de LONGA PÉTALA DE MAR, da Isabel Allende, em que o poeta tem papel importante, fiquei muito interessado em conhecer mais sobre ele. E só depois de começar a leitura foi que fiquei sabendo das polêmicas que envolvem o escritor, a ponto de o mesmo ser "lacrado" (como se diz hoje). Mas, como sei muito bem diferenciar o escritor de sua obra, continuei a leitura, que achei muito boa como um panorama geral de sua vida, confirmando ter sido ela extremamente rica e interessante.
Não se trata, porém, de uma (auto)biografia no sentido estrito, uma vez que poucas datas e situações normais da vida de qualquer um, e presentes em todas as biografias (dados e antecedentes familiares, estudos, casamentos e etc) estão ausentes aqui. Algumas situações são apenas pinceladas, outras sequer são citadas (alimentando as polêmicas). Essa obra está mais para um livro de memórias, em que o autor relembra episódios e situações pontuais de sua vida - suas inúmeras viagens, as publicações de seus livros, suas atuações como cônsul, a premiação com o Nobel - mas destacando sua atuação política, deixando clara sua admiração pelo comunismo, motivo pelo qual foi perseguido por toda a vida e pelo qual, acredita-se, acabou morrendo. São relatos tristes (especialmente os referentes à Guerra Civil Espanhola), alegres, divertidos (o "bolo" que deu em um almoço com Luiz Carlos Prestes, por conta dos nomes dos dias da semana em português é bem engraçado), inúmeros encontros com grande parte dos nomes ilustres do século XX (Gandhi, Churchill e muitos outros), sua amizade (e inimizade) com outros poetas, tudo isso marcado por uma escrita leve, lindíssima e muito poética, especialmente nas ocasiões em que descreve as belíssimas paisagens naturais do Chile. Para nós, brasileiros, um destaque especial para sua amizade com Jorge Amado, relatando deliciosos episódios da viagem que fizeram juntos para a URSS e a China. Polêmicas à parte, leitura válida e muito prazerosa.
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Ricardo.Borges 29/06/2022

O cego destino não se interpôs
Já faz algum tempo que eu me afeiçoara por algumas poesias de Pablo Neruda e, recentemente, ao ler um de seus livros com belíssimos sonetos de amor, fiquei muito curioso sobre o contexto em que fora escrito (aliás, sobre este livro, há uma curta referência a ele e à Matilde, sua mulher na época, pouco depois da metade da obra, da qual extraio um trecho: ?Da terra, com pés e mãos e olhos e voz, trouxe para mim todas as raizes, todas as flores, todos os frutos fragrantes da felicidade.?), então comecei a ler essa autobiografia poética. Sim, porque mesmo em sua narração descritiva, a poesia se apresenta forte e surpreendente para detalhar algumas situações vividas por ele e inimagináveis para mim (especialmente nos textos em itálico rsrs). Sempre citando sua convivência com outros artistas, muitos deles desconhecidos para mim, outros célebres como Federico Garcia Lorca ou até mesmo Jorge Amado, o autor se integra aos mais inusitados locais em seus exílios nos momentos políticos sociais que viveu, descrevendo-os com adorável maestria, um certo humor, e simplicidade, como a URSS de Pushkin, por exemplo, cuja ?herança luminosa foi defendida e multiplicada?, (essa passagem me deixou absolutamente encantado e até mesmo desejoso de visitá-la, um dia, quem sabe).
Como o poeta que ?comeria toda a terra e beberia todo o mar?, onívoro de sentimentos, seres, livros e acontecimentos, também ?quero viver num mundo em que os seres sejam somente humanos sem outros títulos a não ser estes, sem serem golpeados na cabeça com uma régua, com uma palavra, com um rótulo.[?] Quero que a grande maioria, a única maioria, que todos possam falar, ler, escutar, florescer.?.
Até quando é racional, em seu texto sobre versos curtos e longos, o auto-entitulado enganador profissional, usa sua linguagem poética de forma avassaladora, forte e repleta de adjetivos impactantes, que também são empregadas com fluidez e consistência um pouco mais adiante, em seu pequeno e preciso texto sobre religião e poesia, que reflete um pensamento conciso e, até mesmo , contemporâneo.
Aliás, a linha do tempo em que o livro é escrito contextualiza grande parte dos acontecimentos históricos recentes. A relação com Luís Carlos Prestes (e os dias da semana) é outro ponto forte da obra, a meu ver. Talvez por isso, inclusive, antes da despedida (que pequeno texto bom!), a última pessoa que o poeta cita é o ex-presidente chileno Salvador Allende. Para finalizar, ainda há o apêndice que, por si só, já é ema deliciosa leitura, mas a explicação sobre os ?vinte poemas? me fez colocar este livro em minha ?lista de desejo? de leituras?rsrs
Julia Mendes 31/07/2022minha estante
?




Barroso 13/01/2010

quinta resenha
“Como alguém pode descrever um assalto engrandecendo seus assaltantes? Como uma pessoa pode ter carinho e dedicação pela maioria dos personagens que, invejosamente, habitam seus dias gloriosos? Como pode-se ter amor e dedicação na maioria das linhas que se escreve? Enaltecer maravilhosamente a natureza e os artistas fundindo-os freqüentemente? Ter clareza nas mínimas declarações e vidência em todas as atitudes, colocando perfeitamente as palavras, sendo mestre nisto, a ponto de realçar essa criação de modo singular? Ter definido caminhos e pensamentos, tanto ideológicos como de vida, que numa simples descrição permitem nos convencer de sua perfeição? Ter aversão à violência em todos os sentidos e ser fortemente delicado? Ser crítico, em potencial, de injustiças por todo o mundo, rebaixando desde as más administrações educacionais até as ditaduras políticas? Ser incansável lutador das causas minoritárias, condenando o racismo a ponto de renunciar a um alto posto diplomático? Este é Neruda na sua autobiografia."
Têco 06/06/2012minha estante
!!! Só me resta o prazer e presente de ler.




31/05/2020

Marcante
Vale a pena ler sobre a vida do poeta chileno, que teve uma vida realmente excepcional.
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Sassá. 30/04/2009

Dois homens neste mundo me comovem, Pablo Neruda e Albert Eistein.
Para quem ama poesia não pode deixar de ler esta biografia.
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Cintia 13/09/2020

Foi incrível fazer uma viagem com Neruda
Neruda nos leva a tantos lugares distantes, faz a gente lembrar da importância de tantos autores latinos e ainda passa por fatos históricos da América Latina com um olhar atento e sensível narrando uma vida que parece ter sido inventada.
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Nayana 07/08/2022

"Não estás só; há um poeta que pensa em teu sofrimento."
Me interessei por Neruda um pouco tarde, mas sou eternamente grata e fã do seu trabalho. Não o conhecia como pessoa, não sei se após ler essa biografia posso sequer dizer que conheço... Mas ficou claro para mim que existem personagens (pessoas que não conheci em vida) que nos tocam de uma forma inexplicável, e esse é meu caso com Neruda, tenho uma conexão e simpatia que transcende seu trabalho ou qualquer explicação.
Nesse livro Neruda narra sua trajetória com riqueza de detalhes e nos transporta para seus pensamentos em cada fase. Creio que o livro transmite um sentimento de conversa entre amigos, com uma sinceridade brutal de confiança. É impressionante ver a narrativa de um autor de quem costumava somente ler poesia, como alguém pode ser tão poético falando de coisas muitas vezes corriqueiras? Suas divagações e sua vida política conturbada me chocaram bastante.
Neruda nasceu em 1904, teve o primeiro poema publicado em 1921, primeiro livro em 1923 e escreveu essas memórias 50 anos depois, em 1973, ano em que morreu. É um poeta chileno que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1971 (o terceiro latino-americano e o sexto escritor de língua espanhola a receber a honraria). Militante comunista e ícone da esquerda latino-americana. Neruda foi diplomata ainda jovem e chegou a ser indicado à Presidência da República de seu país!
Nas suas memórias é impressionante o quanto ele era querido, cita amizades que eu desconhecia, como: Andrew Huxley, Picasso, Jorge Amado e muito mais... Ouvi alguém o chamar de ?cidadão do mundo? e isso me pareceu muito adequado. Neruda fala com muito amor da sua pátria, mas é incrivelmente nômade (sei que por necessidade, mas ele realmente parecia pertencer a cada lugar que passava). Não sei como ele conseguiu sobreviver tanto tempo fugindo e manter não só a sua sanidade, mas sua poesia.
"Desde então meu caminho junta-se com o caminho de todos. E em seguida vejo que desde o sul da solidão fui para o norte que é o povo, o povo ao qual minha humilde poesia quisera servir de espada e de lenço para secar o suor de suas grandes dores e para dar-lhe uma arma na luta pelo pão."
?A razão me impedia, mas meu coração ganhou uma cicatriz que não desapareceu. Aquela dor turbulenta, aquelas lágrimas terríveis rolando sobre o rosto enfarinhada continuam em minha memória.?
"Não estás só; há um poeta que pensa em teu sofrimento."
?Tomei um caminho porque acredito que esse caminho nos leva, a todos, a essa amabilidade duradoura. Luto por essa bondade ubíqua, extensa, inesgotável.?
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Katia 25/02/2012

só posso dizer: lindo, lindo, lindo!!!! Recomendo demais!
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César Pinheiro 04/04/2012

Uma autobiografia de uma vida que se confunde com a história da América Latina. Que vida brilhante, tanto vida de poeta, como vida de político. Onde termina um e começa o outro? Viveu e se eternizou.
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Têco 16/06/2012

Que experiência e sensação de ler... expressar:.
Como deve ser difícil escrever sobre uma vida sabendo que se chega ao fim dela? Com vida assim ele o faz, com uma leveza e lucidez implacáveis. Tom, bom gosto, despertar de sentimentos e mais que isto não consigo falar... venturas, desventuras; o comum abestalhado das descriminações e recriminações (que acho o mais idiota e ruim de um ser humano), o ter que provar todos os dias quem é... e o contrário é o que ele passa, a tranquilidade, serenidade... de imaginar uma praça com poetas; e de como imaginar uma praça com aposentados e eles demonstrando tanta vida, vivência, experiência, bons pensamentos... algo real, leve, tênue visto nessa autobiografia, que muitas vezes os sublimes estão muito mais próximos da realidade do que àqueles rasos pensam que o estão (tolos que não tem oportunidade e apenas passam pela vida... e os que tem oportunidade as vezes as chutam, colocam limites de máscaras sociais bem vísiveis e denigrem e estragam toda a beleza dela).
Têco 16/06/2012minha estante
E cada vez que se passa se pensa em não desperdiçar as coisas em algo negativo... mas será que isto não é algo inerente? A palavra para descobrir acho que é a humildade.




Ramon 17/04/2021

Interessante
O livro é bom. Neruda descreve tudo com grande riqueza de detalhes não só do aspecto físico, mas os cheiros e os sentimentos por onde passava. No entanto a estrutura do conteúdo é confusa e por vezes se perde o fio da história pelas excessivas divagações.
Achei o livro bom, mas ainda prefiro os escritos literários do poeta.
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