Evy 24/03/2013Uma graça!Pra falar a bem da verdade, a princípio fiquei receosa de começar a ler esse livro. Um dos motivos é que romance meloso não é o que posso chamar de meu estilo de leitura favorito, essa coisa do "happy ending" não cola comigo a menos que a história tenha sido muito bem trabalhada pra chegar à tal. Mas, o que realmente me fez repensar na idéia de ler esse livro, foi que descobri que o protagonista Pat lia livros e soltava os maiores spoilers durante a história. Achei inusitado e a partir do momento que envolve livros, eu me interesso imediatamente.
Pois bem, devidamente interessada, mergulhei na história de Pat, um professor de história que acaba de sair de um hospital psiquiátrico. Tudo que ele sabe, e o que você também vai ficar sabendo por um bom tempo já que o livro é contado em primeira pessoa, é que ele tem um temperamento explosivo e que um "acidente" o levou para o "lugar ruim", como ele mesmo costuma rotular. Ele se lembra de ter estado lá por apenas alguns meses, tempo este que intitula de "tempo separados", pois ele tem uma esposa, a Nicki, pela qual sente um amor tão profundo que beira a obsessão e tudo que se lembra é que ela pediu que ficassem um "tempo separados".
Depois de algum tempo e alguns capítulos você acaba descobrindo que já fazem 4 anos que Pat e Nicki se divorciaram e que durante todo esse tempo ele esteve no "lugar ruim". O legal da história ter sido contada em primeira pessoa é que você vai descobrindo quase que junto com Pat tudo sobre sua vida, os detalhes, o acidente, o ódio dele por Kenny G. Mathew Quick foi fera na escolha do recurso narrativo, pois faz com que você se apaixone pelas personagens e seus momentos deliciosos. Nesse "tempo separados", Pat conhece Tiffany que é super parecida com ele, pois também passou por um tratamento quando o marido faleceu. E é quando os dois começam a se conhecer melhor, que o encanto da história te pega de jeito e você não consegue mais parar de ler.
Confesso que fica muito difícil dizer qual das personagens é a mais cativante. Quick trabalhou muito bem todas elas, de forma que são todas especiais. O pai de Pat com seu jeitão esquisito, apaixonado pelos Eagles e cujo humor oscila entre seu time estar vencendo ou não as partidas, o irmão Jacke que só quer reatar a amizade de irmãos dos dois, a mãe de Pat, super-protetora e emocionada que faz de tudo pro seu filho melhorar, os amigos de Pat, o terapeuta que também é fã de Eagles e a Tiffany, que mesmo sendo difícil escolher, é a minha favorita. O jeitinho esquisito com que ela só tenta ajudar Pat o tempo todo é encantador.
E quebrou minhas pernas, já que tudo aquilo que eu falei lá em cima foi por água-baixo quando me vi emocionada com o enredo e com as personagens e seus dramas pessoais. História muito bem trabalhada, personagens criativos e cativantes e um enredo super original... Enfim, acho que já deu pra perceber que é um livro bem bacana e que merece ser lido.
Super recomendo!