Ter e não ter

Ter e não ter Ernest Hemingway




Resenhas - Ter e não ter


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Marcos Aurélio 31/05/2021

Um clássico
Ler Hemingway é como dirigir um carro clássico.

Lembro de quando era criança, estar sento no banco de couro de um Galaxy, verde escuro. Fechei os olhos e me imaginei dirigindo numa estrada sem fim, braço apoiado na porta, vento no rosto e ouvindo Gordon Lighfoot cantar Sundown.

Hemingway é fantástico até mesmo quando dá indícios daquele que seria o seu fim, o suicídio. O que para o escritor era uma saída: "a simples pressão de um dedo, abre uma porta de fuga de posições intoleráveis".

Harry Morgan é um sujeito que faz tudo ao seu alcance, para sustentar a família. A história se passa em Havana (Cuba) e Key West (Estados Unidos). Muito bem escrita, simples e intensa. Dá impressão de que Harry aprendeu a pescar com Manolin e Santiago.

Indico, sugiro, o livro é maravilhoso. Para mim, está entre os favoritos escritos pelo autor.
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Fer Paimel 12/05/2021

Ok
Depois de ler O Velho e o Mar, é difícil não criar grandes expectativas com Hemingway.
Esse livro tem a pegada de narrativa do básico. A história é simples e bruta, imagino que não deva agradar a geral.
Achei alguns personagens meio aleatórios, mas os principais foram legais e fáceis de imaginar.
A ambientação perto do mar parece ser tema comum ao autor? eu gosto, principalmente por ser tão diferente do que estou acostumada?
Terceiro livro do Hemingway que eu leio e apesar de não ter achado espetacular, aumentou minha vontade de ler mais obras do autor.
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Fabrício 07/02/2022

O mundo não para.
O capitão Harry Morgan luta diariamente para sustentar sua família a bordo do seu barco, transportando entre Key West e Havana pessoas, contrabando e qualquer outra coisa que valha a pena financeiramente. Depois da metade do livro, perto do fim, alguns personagens entram em cena com tramas paralelas e ficam lá por muitas e muitas páginas tirando o foco da história central. Aparentemente não precisariam estar lá, mas, lá no fim, o leitor acaba percebendo o sentido delas.
No geral é um bom livro. Seco, duro e forte em alguns momentos.
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tripsdapaula 23/08/2020

Acabei de ler o livro e ainda estou refletindo sobre ele. Impressões iniciais: um enredo ?duro?, personagens focados em sobreviver e no ?almoço do dia seguinte?, não há perspectiva a longo prazo - talvez pelo contexto histórico em que a obra está inserida, bebida, bebida, armas, peixes e socos... cabe ressaltar que a mulher é retratada de maneira totalmente caricata, o que desagrada. Tenho uma breve impressão que autor se perdeu ao longo da obra (podemos falar isso de Hemingway, será?), o livro muda seu foco e por vezes inclui destaque à personagens em que não houve nenhum preparo anterior ao leitor. Vale a pena ler por alguns diálogos de impacto, pelo contexto que a obra nos traz, mas talvez não seja o melhor trabalho do autor.
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Josy.Ribeiro 13/01/2024

Gostei bastante do autor, fiquei bem impressionada! Tem bastante personagem com sua própria história mesmo que o Harry seja o principal.
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Michelle 09/11/2021

Outro ótimo livro desse autor
Adoro como Hemingway criou personagens tão reais que, às vezes fica difícil aceitar o destino de alguns deles, mas também é uma leitura muito prazerosa e a cada livro lido eu gosto mais e mais.
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jota 27/01/2012

Um homem e seu barco
Os personagens deste livro habitam o submundo de Havana e de Miami na época da lei seca (anos de 1930), tempo em que a crise econômica de 1929 castigou a nação americana.

Ter e não ter, o título, tem a ver com a situação em que muita gente ficou então – sem dinheiro, emprego, perspectivas de vida futura, etc. E como algumas dessas pessoas faziam para se virar, caso do personagem principal do livro.

Harry Morgan tinha um barco e além de levar alguns turistas para pescar (tem uma cena aqui, de pesca a um marlim, que lembra demais O Velho e o Mar), transportava bebida clandestina de um lugar para outro; também gente que queria fugir de Cuba. Ou ir de Miami para Havana.

Os personagens são quase todos desbocados, homens e mulheres, quando não bêbados ou amantes de rum e outras bebidas. Estão a maior parte do tempo a dizer frases irônicas ou engraçadas. Ou a pensá-las.

São exatamente os diálogos o que este livro tem de mais impressionante. Hemingway é considerado um mestre neles, e os capítulos 14 e 15 são antológicos nesse sentido. Dois exemplos retirados desses capítulos:

Harry Morgan conversa com Marie, sua mulher, enquanto almoça.
Ele está puto, pois algo deu errado em seus trambiques.
A mulher diz: "Que droga!"
E ele: "Pior que isso... Uma merda!"
Ela: "Ah, Harry. Não fale assim dentro de casa."
Ele: "Tem vezes que você diz coisas piores na cama."
Ela: "É diferente. Não gosto de ouvir alguém dizer merda na minha mesa."
Ele: "Que merda!"

Harry vai a um bar com um amigo.
Lá há uma mulher bebendo.
De cara antipatiza com ela.
Pergunta ao amigo o que ela está tomando.
Ele diz: "Uma cuba-libre."
Harry diz: "Então, me dê um uísque puro."

Isso sem falar dos monólogos interiores, que “tanto revelam certezas questionáveis quanto dúvidas absolutas” dos personagens, como diz Ênio Silveira, o tradutor da obra.

Também tem muita bebida (e bêbados, claro), ação, muito tiro, gente morta e sangue. Coisas muito familiares a Ernest Hemingway. Enfim...

Lido entre 22 e 26.01.2012.
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Raphael 24/04/2013

Ótimo, mas falta alguma coisa...
Eu realmente admiro a forma da escrita do Hemingway, econômica, direta, simples, mas sempre eficaz e precisa, assim como eu admiro a visão pessoal do Hemingway sobre a vida, a literatura e sobre si próprio e a maneira que um escritor deve agir. Ele foi um dos poucos autores confiantes, que sabem o quanto eles são bons e exigem serem tratados como tal, e isso, pra mim, é muito interessante. Ele ganhou o nobel em algum momento da década de 50 e escreveu vários romances e coleções de contos, entre os quais já li 6: O Sol Também se Levanta, O Velho e o Mar, Adeus as Armas, Paris é uma Festa, Ter e Não Ter - resenhado de hoje - e As Neves do Kilimanjaro e outros contos.

Ter e Não Ter conta a história do capitão Harry Morgan. Homem simples que tem como único objetivo proteger e sustentar a família que ele ama, mesmo que para isso ele precise viver fora dos limites da lei e arriscar a si próprio. O cenário do livro se passa entre Key West, nos EUA, e Cuba, com uma bela descrição de cenário, não só pela paisagem, como também as figuras que convivem com Harry. Acompanhamos um pouco de outros personagens também, mas o foco é em Harry e sua tragédia pessoal.

Esse é o livro mais politizado de Hemingway, com toques socialistas e uma forte crítica às revoluções que aconteciam em Cuba na década de 50. Estranhamente, por mais que eu goste do autor e me doa dizer isso, esse livrou não me prendeu tanto quanto os outros. Não sei definir o motivo. Não sei se foi a sensação de "mais do mesmo", se a forma de narração me pareceu instável e pouco concentrada (o livro começa em 1ª pessoa pela perspectiva de Harry Morgan, depois vai para 3ª e começa a passear pelos personagens, sem nunca se focar em um), se foi culpa minha, só sei que não foi uma experiência tão boa quanto seus outros livros o foram.

Definitivamente, não é um livro ruim. Tudo que faz com que eu veja Hemingway como um gênio está presente nesse livro, só que eu acho que o santo não bateu. Foi bom, mas não foi ótimo. Talvez se ele ficasse com apenas um narrador, já que a mudança me pareceu arbitrária, fosse melhor. Talvez eu precise reler um dia. Talvez até seja culpa da tradução, que não tenha sido capaz de me passar a mágica do Hemingway com perfeição (tenho quase certeza que foi isso, tenho que ler o original desse livro para confirmar. Na verdade, tenho que ler toda a bibliografia do autor no original, nem sei por que não fiz isso ainda). Se você nunca leu Hemingway, sugiro que comece por outro antes de partir pra esse. Se gosta, assim como eu, dê uma chance.
JAKSON 20/11/2013minha estante
Muito bom..realmente o Heemingway sabia o que fazia e fazia muito bem..seus livros são ótimos..


Estêvão 07/11/2016minha estante
As mudanças de foco narrativo também me incomodaram. E esses vários núcleos não funcionaram para mim, ficou algo vago, pouco amarrado com a trama central, se é que tinha uma. A primeira parte, se não for lida, não comprometa a leitura. Mas talvez essa proposta seja o melhor do livro, não sei. No momento, me incomoda, mas essa quebra de padrão talvez seja interessante. Preciso processar ainda.




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Thais CardBeg 20/03/2020

As personagens e sua estrutura de pensamento absurdamente racional e rigido. Mostram a aridez da trama, mesmo dentro de cenários de aventura e cenas agitadas. É um contraste louco de se perceber. A praticidade em apenas sobreviver.
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O Leitor 24/07/2020

Que personagem fantástico é o Harry Morgan... sensacional!
"Hoje em dia não temos oportunidade de escolha. Poderia abrir mão disso tudo, mas o que aconteceria depois? Não pedi nada disso, mas quando se tem de fazer uma coisa é melhor fazer logo."
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Vini 17/09/2020

Ter e não ter
Esse não é tipo de leitura ao qual estou habituado. Foi a minha primeira experiência com Hemingway, e confesso ter saído completamente da minha zona de conforto, apesar de ser um cenário típico de seus romances e uma leitura fácil.
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