Vanessa Meiser 19/09/2014balaiodelivros.blogspot.com.brSabe aqueles livrinhos gracinhas que te conquistam só de olhar e que depois que você começa a ler te deixam ainda mais encantadas? Então, é exatamente isto que acontece com "Meninas de 30", o primeiro livro da autora e jornalista Roberta de Souza.
Roberta fala com muito bom humor sobre como é ser uma balzaquiana que ainda está a procura do grande amor.
A nossa protagonista em questão, a Nina - gordinha sexy, é recém separada e não tem nenhum remorso disto, seu ex - marido definitivamente não era o amor da sua vida. Porém, mesmo que ela tenha certeza da escolha que fez, o fato de estar novamente sozinha 'na pista' a deixa quase apavorada pois, não são muitas as opções de candidatos à novo amor na altura da sua vida, quer dizer, seria muito mais simples se ela ainda estivesse na casa dos 20 anos. Cada vez mais os homens estão fugindo de relacionamentos estáveis e contentando-se com histórias de transas de uma noite só, apesar de muitas mulheres hoje em dia também agirem assim, este não é o caso de Nina.
"Sempre imaginei que, quando chegasse aos 30 anos eu seria uma pessoa séria, mega compenetrada, com filhos, cheia de responsabilidades, do tipo adulta com A maiúsculo.
Pelo menos era assim que via as mulheres desta idade quanto eu tinha 15 anos." Pág 37.
Nina é uma mulher moderna e aproveita a vida com tudo o que tem direito, é muito engraçada e não faz drama com nada, é fácil se sentir pra cima com uma personagem assim tão de bem com a vida. Ao mesmo tempo que nos conta a sua trajetória, nos relata também vários fatos ocorridos com muitas de suas amigas que tiveram histórias parecidas, são exemplos de situações do dia - a - dia contadas de forma muito divertida, sempre procurando manter a alta estima realmente em alta (isto contagia!)
A autora é bastante autêntica e fala sem medo daquilo tudo que realmente acontece e que muitas vezes não queremos admitir ou reconhecer, como já passei dos 30 posso afirmar com todas as letras que é muito fácil se identificar (eu me identifiquei) com muitas histórias relatadas pela fofa da Nina.
O que mais gostei na história foram as conversas que a protagonista tem com a Doida, sua voz interior, é de se dobrar de rir, ela é mesmo uma doida e faz o possível para desviar a coitada da Nina do bom caminho, hahaha. E o que falar então do Velho Graça, tio de Nina? Esté mais doida que a doida, mas confesso que ele diz umas coisas que fazem todo o sentido, hiuahiua.
"Aprende aqui com sua Doida preferida: o amor não é aquilo que te pega de surpresa e te deixa totalmente sem ar, o nome disto é asma. O amor não faz brotar uma nova pessoa dentro de você, o nome disso é gravidez. O amor não torna as pessoas mais bonitas, o nome disso é maquiagem, sacou?" Pág 73
Roberta foi extremamente inteligente ao construir esta história cheia de feminilidade. O livro é sensível e espontâneo e como é bem pequenininho, você pode ler em cerca de 1 hora ou pouco mais que isto...Eu recomendo, seja você uma balzaquiana ou não, é garantia certa de diversão.