Atlas de Nuvens

Atlas de Nuvens David Mitchell




Resenhas - Atlas das Nuvens


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Igor0 05/03/2024

"Atlas de Nuvens" é um daqueles livros que desafia as expectativas e fica gravado na memória do leitor.
Atlas de Nuvens é uma obra magistral que desafia as fronteiras da narrativa convencional e nos conduz por uma jornada épica através do tempo e do espaço. Com uma trama intricada e personagens cativantes, Mitchell tece seis histórias interligadas que abrangem desde o século XIX até um futuro distópico.

O livro começa com um jovem advogado em uma viagem de navio no século XIX, e a partir daí somos transportados para diferentes épocas e lugares, incluindo o Japão feudal, a Califórnia dos anos 1970 e uma sociedade pós-apocalíptica. Cada narrativa é habilmente entrelaçada com as outras, criando um mosaico complexo e envolvente que desafia o leitor a conectar os pontos e desvendar os mistérios que permeiam toda a obra.

O que torna "Atlas de Nuvens" verdadeiramente excepcional é a habilidade de Mitchell em criar personagens autênticos e emocionalmente complexos, cujas vidas e destinos se entrelaçam de maneiras surpreendentes. Da corajosa escrava Sonmi-451 ao músico talentoso Robert Frobisher, cada personagem é único e memorável, contribuindo para a riqueza e profundidade da narrativa.

Além disso, a prosa de Mitchell é simplesmente deslumbrante, repleta de imagens vívidas e metáforas poderosas que transportam o leitor para os cenários mais remotos e exóticos. Sua habilidade em alternar entre estilos e vozes narrativas é impressionante, criando uma experiência de leitura verdadeiramente imersiva.

"Atlas de Nuvens" é um daqueles livros que desafia as expectativas e fica gravado na memória do leitor muito tempo depois que as últimas páginas foram viradas. Uma obra-prima da literatura contemporânea que merece ser lida e apreciada por todos aqueles que buscam uma experiência de leitura verdadeiramente transformadora.
Igor0 12/03/2024minha estante
A adaptação cinematográfica deste livro também é muito interessante




Renato Esteves 18/02/2024

Uma história dentro de outra história. Nuvens que se desfazem e formam novas nuvens.

De um marinheiro do século XIX até um futuro distópico em que clonagem é algo comum e indo até mais longe, até o fim da civilização, são narrativas vertiginosas e interligadas com doçura, destacando os ecos e recorrências da vasta sinfonia humana.
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Elize.Anne 16/04/2023

O autor foi genial. Não consigo usar outra palavra para me referir ao modo como o livro foi escrito. Uma história dentro uma história, como pequenos contos, mas interligados através dos tempos, que começa com um diário de uma viagem marítima e finaliza em um futuro remoto.

Para quem se atém a esses detalhes, o livro aborda diversos temas úteis e necessários; e, para quem apenas busca entretenimento, apesar de não ser uma obra para ser devorada, e sim lida devagar, vai encontrar uma verdadeira fonte de prazer.

Simplesmente, o que posso dizer é que vale a pena reservar um tempo para mergulhar nessa viagem e descobrir por que o livro se chama Atlas de Nuvens
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Junior 16/08/2022

Expectativas altas, porém...
A premissa da história é muito boa porém não fica claro ao longo da narrativa que se trataria de reencarnações ou as mesmas pessoas vivendo histórias em tempos diferentes. As histórias de Somni e do Velho Georgie foram as mais interessantes.
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nicarddoso 19/02/2022

o que é o oceano senão uma infinidade de gotas?
Depois de ver o filme entendi melhor a mensagem do livro. o livro pode ser confuso, um pouco cansativo, mas é bem legal entender como todos os personagens estão conectados e o toque espiritual que o livro traz com a cicatriz que todos eles compartilham. cada um deles, no seu tempo e à sua maneira, fizeram a diferença de alguma forma no mundo. o primeiro deles ouviu que ele não seria nada mais que uma gota em um oceano infinito. mas juntos, mesmo em meio a todas as transformações do mundo - como ele foi, como é hoje e na sua forma apocalíptica -, eles puderam fazer algum tipo de diferença. a junção das gotas ao longo da história que, juntas, formaram um oceano.
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Vi 07/02/2022

Achei um livro muito louco! São vários tempos na história e qdo tu se prende a 1 tempo, ele muda.
O escritor passa por cada tempo 2x para concluir as histórias e uma se liga a outra de alguma forma.
Não curti muito o último tempo, o último futuro.
É um livro que te faz pensar que ele pode ser possível, mas não estaremos aqui para saber....
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Claudio 28/08/2021

A estrutura que evidencia o conteúdo
?Coragem cresce em qualquer lugar? como as ervas daninhas? e, acrescento eu, é difícil de exterminar. São seis diferentes histórias que se interconectam através do tempo em que exemplificam as dicotomias humanas entre egoísmo e entrega, opressão e resistência, barbárie e civilidade. Em resumo, um grande tratado sobre ética e sobre a importância do como sobre o resultado final e das ações individuais através do tempo para a formação da sociedade. O papel da cultura e da arte na transmissão dos valores humanos através de milênios de gerações também é indiretamente abordado.

O comprometimento do autor, David Mitchel, com a sua mensagem foi tanto, que a própria estrutura de organização das histórias retrata a importância da jornada em si em relação ao resultado final. Por exemplo, o fim cronológico do livro está no meio, pois o que é importante mesmo é o desenvolvimento das histórias. Além disso, cada uma das histórias é interrompida no meio para o início da próxima e só é finalizada posteriormente, criando um grande quebra-cabeças em que o final é menos importante que a junção das histórias.

Muito mais poderia ser dito sobre esta estrutura, mas o mais importante a se destacar é que esta compõe conteúdo, não sendo mero preciosismo do autor.

As histórias também variam de estilo, passando do épico colonial, o drama individual, o romance policial, uma comédia em dias atuais, uma ficção científica distópica e, por fim, o cataclismo global e o fim da humanidade. A linguagem também evolui com o período de cada história. Ou seja, para além do conteúdo e da própria forma (que para aqueles que se interessam é por si só um deleite), a maioria da histórias são empolgantes por si só.

Em fim, coloco esse livro na prateleira dos meus favoritos da vida e gostaria de ainda falar muito mais sobre ele no futuro.

A quem interessar, há o filme de 2012 das irmãs Wachowski e Tom Tykwer, que recebeu o título bem sem graça no Brasil de ?A viagem?. O filme trata dessa viagem da ?alma? humana mais como reencarnação do que como uma interconexão das nossas ações individuais, mas ainda assim é um filmaço que não ganhou a dimensão que merecia.
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ju.cardozso 21/08/2021

não sei como fazer essa resenha
esse livro faz eu me sentir burra, mas de um jeito bom??
há dias que terminei e ainda me pego pensando nele a fazendo relações que não notei durante a leitura

o tanto de discussão sobre a condição humana, moralidade, ambição, construção social etc etc em cada lugar, época e ponto de vista diferente, não ta escrito, literalmente

nesse site tem um monte de gente inteligente analisando esse livro, eu ainda to entendendo ele, então só vou panfletar:
leiam, é intimidador e estimulante ao mesmo tempo
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Ronan 18/07/2021

Um dos melhores livros que já li
A narrativa desse livro é espetacular, toda a estrutura em que ele foi escrito me deixou fascinado, mas esse não é o único ponto positivo do livro, as histórias são extremamente bem construídas, são seis histórias que se conectam de uma forma sutil, atravessando o tempo, cada parte tem uma narrativa única, parecendo que não é o mesmo autor que escreveu todas elas. As histórias são contadas pela metade, até chegarmos na sexta história, que é contada inteiramente e então as histórias vão se encerrando de forma inversa.

Devo dizer que o me trouxe pra este livro foi a adaptação, que acho que foi um trabalho muito bem feito ao adaptar a história, ouso dizer que as obras são complementares, recomendo demais, ambos.

Começamos com O Diário de viagem ao Pacífico de Adam Ewiring - Se passa por volta de 1850, é um relato em primeira pessoa de uma jornada ao sul do Pacífico do ingênuo Adam Ewing, que se encontra em terra nas ilhas Chattam, perto da Nova Zelândia. Ele adoece e busca a ajuda de um médico desconfiado que fica muito interessado por seu dinheiro. Ele também aprende um pouco da história nativa: a escravidão dos Moriori pelos Maori. (Confesso que foi um começo morno pra mim, sendo arrastada a leitura, mas passando as primeiras páginas eu já estava envolvido com a história e com o Adam e seu idealismo).

Logo após temos Cartas de Zedelghem - É uma história narrada de forma epistolar. As cartas são escritas por Robert Frobisher endereçadas a Rufus Sixmith. Robert é um músico inglês completamente falido que está tentando usar a influência de um compositor belga para conseguir ser bem sucedido. (Essa é a minha história favorita, eu fiquei muito envolvido com com o Robert e todos as suas façanhas, também foi muito interessante ver a construção do Sexteto Atlas de Nuvens).

Então temos Meias-vidas: O primeiro romance policial da série Luisa Rey - Acompanhamos a história de Luisa Rey, uma jornalista que foi extremamente influenciada por seu seu pai, tentando seguir seu exemplo ela está investigando usinas nucleares que são inseguras e podem explodir o mundo, e é claro que há pessoas que não desejam que esta informação seja tornada pública. (Eu adorei essa história também, é uma das partes mais fluídas de ler, acompanhando toda a investigação da Luisa).

Em seguida acompanhamos O pavoroso calvário de Timothy Cavendish - Timothy Cavendish, de 65 anos, é um editor vaidoso que se mete em encrenca com um de seus clientes (que por acaso é um gangster) e tem de ficar quieto por um tempo; Seu irmão arranja um lugar seguro para ele ir. Só quando chega ele descobre que o refúgio é uma casa de repouso. (Confesso que não é uma das minhas partes favoritas do livro, mas tem partes hilárias).

A próxima história é Uma rogativa de Sonmi~451 - É uma história em um futuro distópico, escrita em forma de entrevista. (É outra história desse romance que eu adorei, a Sonmi é extremamente cativante, eu fiquei envolvido demais pela narrativa que ela está contando).

E a última história O vau de Sloosha e o deu adespois - Se passando em um mundo pós-apocalítico aonde a humanidade foi quase exterminada, acompanhamos Zachry, o protagonista, que é um velho contando sua adolescência, quando conheceu Meronym, membro de uma antiga civilização avançada. (Essa foi a parte mais difícil da leitura pra mim, a escrita é extremamente entoucada, mas entendo o motivo de ser escrito dessa forma).

Eu amei demais a história desse livro, toda a estrutura em que é narrada, todos os personagens são muito bem construídos, um dos melhores livros que eu já li.
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Fagundes 16/06/2021

Historias fantásticas
Fazia muito tempo que eu não ficava tão encantado, vidrado, viciado e maravilhado com uma história. Ou melhor, seis histórias. Um livro que facilmente entra no meu top cinco livros que sinto que mudaram, mudam e, de certa forma, regem e moldam minha pessoa.
Recomendo, após a leitura, o filme. Uma bela adaptação do livro.
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Luciano Otaciano 22/05/2021

Livro maravilhoso, uma obra prima contemporánea!
Livros que entrelaçam histórias distintas não são novidade na literatura, mas David Mitchel conseguiu ir além com sua obra, o que torna a leitura deste livro uma experiência única que vai mexer com quem por ela se aventurar. Não à toa, o livro foi classificado como um clássico da literatura contemporânea.
ATLAS DE NUVENS traz seis histórias que se passam em diferentes épocas do passado, presente e futuro. Embarcamos num navio em pleno século XIX para acompanhar o advogado Adam Ewing através das páginas de seu diário. Este diário é lido com imensa curiosidade por Robert Frobisher, músico que se torna amanuense de um consagrado compositor. Robert conta sua rotina em busca de dinheiro e fama em cartas enviadas ao amor de sua vida, Sixsmith. Ao investigar supostos problemas em uma empresa de energia nuclear, a jornalista Luisa Rey conhece o cientista Rufus Sixsmith e após um revés, acaba recebendo documentos e as cartas escritas por Robert e guardadas com carinho por Sixsmith. A investigação de Luisa rende um livro de mistério, jamais publicado. Chegando aos dias atuais, conhecemos o editor Timothy Cavendish que está em apuros fugindo de bandidos. Ao ser enganado pelo irmão, ele termina internado em uma casa de repouso para idosos. Entre tentativas de fuga e cenas cômicas, Timothy se dedica à leitura dos originais de um livro, escrito décadas atrás por Luisa Rey. O mundo evolui, a tecnologia atinge o ápice, e uma clone, Sonmi, acaba se desviando de sua programação e desenvolvendo capacidade de pensamento e questionamento da realidade. Em meio a revoltas contra a ordem estabelecida, a distração de Sonmi acaba sendo um velho filme que conta as desventuras de um editor chamando Timothy Cavendish. A evolução acaba trazendo o caos, e no mundo que voltou ao primitivismo, Zachry e sua tribo vivem da caça, plantio, criação de ovelhas, e culto à deusa Sonmi.
Esse é um breve resumo básico do que encontramos aqui neste livro. Histórias interligadas por detalhes, cada uma com sua peculiaridade e com um toque único de criação. David Mitchel escreveu realmente seis livros distintos. Começamos com a linguagem do século XIX no diário de Adam, passamos pelo romance epistolar das cartas de Robert, entramos num clima de romance policial acompanhando Luisa Rey, vivemos o dia a dia de Timothy, evoluímos para uma ficção científica de primeira com Sonmi e, por fim, voltamos à uma linguagem peculiar, primitiva, inocente, no pós-apocalipse de Zachry. A cada novo livro, uma nova linguagem, um novo estilo literário. Assim é a experiência de ler ATLAS DE NUVENS..
Usando uma comparação feita pelo próprio autor, Atlas se assemelha às bonecas russas. Uma história vem dentro da outra. Ou, ainda citando frases do próprio livro, é como um sexteto para solistas em que “na primeira parte, cada solo é interrompido por seu sucessor; na segunda, cada interrupção é retomada, na ordem original”. Assim, o desfecho da primeira história só é conhecido no último capítulo; o desfecho da segunda, vem no antepenúltimo, e assim sucessivamente, restando apenas uma história que é contada do começo ao fim sem pausas. Cada ação de um personagem tem uma consequência que pode ser sentida, de variadas formas, por alguém numa época posterior.
Falar mais deste grandioso livro é ser repetitivo. Em resumo, ATLAS DE NUVENS é uma obra para ser lida por quem gosta realmente de leitura, é um livro para leitores exigentes. Uma grande homenagem à literatura, recheado de referências a outras obras, de estilos, de gêneros. Uma obra-prima do nosso tempo. Recomendadíssimo!
Espero que tenham curtido a resenha. Até a próxima!
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Mandretty 03/05/2021

Um livro integrante com detalhes que interligam permanentes e história em tempos e nojentos distantes. Um pouco de viés político para quem tiver a sensibilidade de perceber as comparações de um futuro distópico com nosso presente catastrófico acontece em uma das histórias. Eu diria que é um livro sobre consequência.
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@wesleisalgado 03/04/2021

Nossas vidas não são nossas.Estamos vinculados a outras, passadas e presentes.E de cada crime e cada ato generoso nosso nasce o nosso futuro.
Excelente, fantástico, extraordinário, deslumbrante. São os adjetivos que me veem a cabeça o quanto para pensar em Atlas de Nuvens. Lembro de assistir em 2013 no cinema um filme chamado A viagem (putz), e nunca ter dado a devida relevância para ele. E anos depois me deparei com o livro em uma livraria.
A história, dentro da história, dentro da história, dentro da história, o formato genial de boneca russa que o livro, vide ida e volta, já me deixou embasbacado. É um feito literário o que autor criou ali, tendo como gatilho que a vida é um espelho e reflete exatamente as suas próprias ações. Tendo em vista que eu acredito nisso realmente, foi difícil não me envolver emocionalmente com a odisseia ali proposta.
Quando terminei de ler, corri e assisti novamente em blu-ray CLOUD ATLAS e meu amigo, as obras se complementam, o filme chegando a ser deveras mais tocante do que o livro em alguns pontos, como os desfechos do núcleo do Forbisher e da Somni.
É como se a ciência se encontrasse com a espiritualidade, e não tem como não tocar o coração seja você cético ou credo. Entrou para o top 10 de livros da vida!
OBS [1]: Resenha nº 35 do desafio Skoob 2021.
OBS [2]: Lembro de ver esse livro na livraria por $80, não comprei na época. Não houve uma nova edição até hoje, e vendedores na internet (com lugar cativo no inferno já), cobram um rim por ele. Consegui comprar o meu, usado, por $120. Valeu cada centavo.
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