O Robô de Júpiter

O Robô de Júpiter Isaac Asimov




Resenhas - O Robô de Júpiter


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Trix 11/11/2015

Uma boa distração
História leve, porém envolvente. Asimov de sempre, com a sua escrita muito bem acurada e inúmeras informações e especulações científicas para enriquecer ainda mais a experiência de leitura. O livro é pequeno e a trama é bem pontual, eu diria que um ótimo passatempo para se ler no intervalo entre uma grande obra e outra.
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Wagner_GRUNGE_1994 17/11/2022

Decepcionante, pobre e sem criatividade
A série Lucky Star do Asimov é a prova de que grandes autores podem ser capazes de fazer obras medíocres, e no caso de O Robô de Júpiter temos um exemplar de que até as mentes mais brilhantes podem padecer com uma falta de criatividade quase ofensiva. Acho necessário adicionar que me apaixonei pelo Asimov nas primeiras obras que tive contato, mas me aprofundando em sua bibliografia eu cheguei a conclusão que o superestimei muito.

A ideia da série Lucky Star parece ser emular um Sherlock Holmes espacial, o que é uma premissa muto boa e cheia de possibilidades, mas em casos assim é imprescindível que a construção do mistério que vai ser elucidado no plot final seja coerente com a própria mitologia criada anteriormente (o que não ocorre aqui), ela deve ter um mínimo de originalidade sem ignorar os pilares que fazem esse tipo de gênero ser tão popular. Vamos recapitular: afirmo que obras de mistério devem ser criativas, devem ser minimamente originais e trazer o melhor do que já foi feito com o acréscimo da personalidade do autor. Caso você que esteja lendo isso não apresente conformidade com as minhas afirmativas recomendo que passe para outra resenha. Baseado nessa ideia de que um bom mistério deve se estruturar entorno do melhor daquilo que o gênero pode oferecer é que afirmo que essa obra é decepcionante. No desenrolar da história o autor deveria deixar pistas para que o leitor resolvesse o mistério por si só ou que pelo menos criasse suas próprias teorias. Oras pombas a parte divertida de ler uma história de mistério é pensar junto com o personagem, imergir no enredo e manter uma proximidade intelectual com o personagem principal, mas o que temos aqui é um amontoado de aleatoriedades extremamente pobres do ponto de vista criativo. O Asimov até que tenta deixar uma migalha aqui e outra ali para despistar o leitor, mas é tudo tão óbvio para qualquer pessoa com meia dúzia de neurônios funcionais que apesar da boa vontade do autor ele não consegue nos convencer de nada.

Não há como ler esse livro sem a sensação de que o autor não faz ideia de como construir um bom mistério em torno de um plot, não bastasse isso ainda somos obrigados a engolir nossos suspiros de desalento ao nos depararmos frequentemente com aspectos pessoais do autor que nos faz pensar se esse livro não foi escrito por um adolescente espinhento e sexualmente frustrado. Primeiro, em toda a série praticamente não temos a presença de nenhuma mulher, e quando digo que não temos a presença eu não me refiro ao fato de nenhuma personagem feminina ter um papel importante, mas ao fato de que aparentemente todo ser vivo desse mundo nasceu de um ovo. Sem exagero, a única quase menção feminina desse livro é quando um dos personagens fala que os trabalhadores da nave lá querem voltar para as suas famílias, veja que eu não disse mães, esposas ou filhas, eu disse "famílias" e sabe-se lá se essas famílias têm alguma fêmea. Outro elemento característico de um adolescente espinhento nerdola e sexualmente frustrado é a repetida história de um cara que chega em um lugar novo, é mal aceito entre seus pares e ganha respeito do grupo saindo na porrada publicamente na frente de todo mundo. Em outras obras isso já aconteceu com o amigo do Lucky Star, o Bigman, com o próprio Lucky e aqui ocorre de novo.

Outro traço característico do gênero que eu espero ver em histórias desse tipo são as pequenas pílulas de curiosidade que vão sendo diluídas conforme a história vai se desenrolando, gradativamente elas vão se misturando a pequenas elucidações do meio para o final da obra, mas no caso desse livro os pequenos conflitos que ocorrem no decorrer da obra são tão interessantes quanto assistir aos pelos do dedão do meu pé crescerem. Há, mas não se preocupem, no decorrer da trajetória do herói ele é vítima de bullyng e rejeição pelos colegas porque como eu disse, a história funciona muito bem para um certo público que hoje em dia gasta seus preciosos dias de vida nas redes sociais falando mal de mulheres e brigando com o Peter do Ei Ned sobre quem é o Saiajin mais legal.

Sabe quem gostaria muito de ler esse livro? O PC Ciqueira quando era adolescente.
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