A Terra tem Espaço

A Terra tem Espaço Isaac Asimov




Resenhas - A Terra tem Espaço


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Fabio Shiva 27/08/2010

“Earth is Room Enough” ...
...é o título do livro, (mais uma) coletânea de contos de ficção científica do vasto acervo do bom doutor. De cara senti falta dos comentários jocosos de Asimov, que gostava de apresentar com uma nota introdutória os contos de suas coletâneas.

Quando comecei o primeiro conto, “O Passado Morto” (“The Dead Past” no original), percebi que já havia lido esse livro em português quando eu era criança e que se tratava justamente de uma de minhas histórias favoritas, que eu torcia para ler novamente um dia. Foi tão bom quanto eu esperava.

Com base nessa única história, é possível compreender a soberania de Asimov. O segredo do bom doutor está em uma criatividade abençoadamente prodigiosa. Partindo de um dos temas mais batidos na FC, a viagem no tempo, Asimov construiu uma história verdadeiramente surpreendente e estranhamente atual, com toda essa controvérsia de grampos e filmagens clandestinas. Mas peraí, o que é que uma coisa tem a ver com a outra? Bom, aí é que está a genialidade de Asimov. Sacou?

A contra-capa do livro traz uma interessante chamada para algumas das histórias:

“Uma cornucópia de estranhas e maravilhosas invenções do Doutor Isaac Asimov

Uma máquina que vê o passado...

Eleições presidenciais por computador...

Como escapar de uma sala de 4 dimensões...

Um adultério onde o amante é um robô...

O primeiro filme em velocidade super lenta de uma explosão atômica...

O Arcanjo Gabriel sopra a Última Trombeta

Uma lição de aritmética em 2157...

Shakespeare de volta à escola e aos estudos...”


E não é que tem mesmo uma história sobre cada um desses temas? E se por um lado faltou uma fala do anfitrião para quebrar o gelo antes de cada história, por outro teve a surpresa de dois poemas satíricos, onde Asimov rimou com ritmo e também se revelou junto com o riso. A genialidade do autor, um dos mais prolíficos de todos os gêneros, reside talvez em uma curiosidade permanente a respeito do mundo, considerando mundo no sentido mais amplo possível. Tudo interessa o bom doutor, tudo pode ser motivo para mais uma deliciosa história bem-bolada.

Até mesmo o diabo, que foi citado em duas das histórias, possivelmente um reflexo das sombrias previsões de apocalipse iminente que já circulavam durante a década de 50, em plena guerra fria, época em que foram escritos os contos.

O mais tocante foi perceber algo da personalidade de Asimov em “Sonhar é um assunto particular” (“Dreaming is a private thing”), principalmente quando seguindo-se ao poema “Labuta do Autor” (“An Author’s Ordeal”). Um sonhador de olhos abertos, o tempo todo pensando em fabulosas idéias, tramas surpreendentes, sacações fantásticas. E como elas saíam em abundância dessa cachola!!!

Benza Deus, como se diz na Bahia. Benza Deus o bom doutor!

(13.01.09)

Zeforni 30/06/2018minha estante
Já faz algum tempo que busco um romance que li na adolescência (ihh, já faz teeempo...). E não consigo saber nem título nem autor (a).Mas creio ser de Asimov
Trata-se de uma ficção futurista onde uma investigação é feita por conta de misteriosos desaparecimentos de pessoas. Nos últimos lugares onde foram vistas são encontradas só suas roupas. O enredo é muito interessante por conta do desfecho. Era uma droga que estava sendo distribuida e as pessoas (inclusive o investigado) foram transportados para uma outra dimensão paradisíaca, por causa da superpopulação da terra. Se souberes, por favor, reporte.




Adamastor Portucaldo 14/07/2023

Ficou na poeira do tempo
São vários contos. Num deles Asimov apresenta um outro paradoxo (ou seria um belo problema?) associado a viagens no tempo! Viajar ao passado é ou poderia ser igual a desnudar todos os segredos de todas as pessoas...
E lá pelas tantas ele começa a contar piadas para que finalmente consigamos entender a origem delas e porque só tem piada velha. Graças ao Multivac e ao velho Asimov. Olhando com lupa, não tem grandes antevisões do futuro. Ficou bem ultrapassado pela nova realidade.
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MSJU10 03/02/2020

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Li devido a recomendação da edição de O fim da eternidade da Aleph. Me incomoda o fato das mulheres nunca terem voz nas obras do Asimov, mas eu AMEI alguns dos contos, vale a pena. Os últimos são os melhores, acho que "Um dia" é o melhor, mas não tenho certeza hahaha(o conto recomendado pelo fim da eternidade é o último, mas não é o melhor).
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livrodebolso 14/10/2019

Anteriormente, os únicos contos de Asimov que eu conhecia eram os incríveis de Eu, Robô. Comecei este livro achando que era um romance, e sofri, pois o primeiro conto, O Passado Morto, foi devastador: viagem no tempo com culpa e arrependimento como motivação, e implicações terríveis a longo prazo. Todas as pequenas histórias, que podem ter até uma página, se relacionam, mas de maneira tão sutil que é preciso prestar muita atenção.
Uma decisão, considerada anarquia científica, acarreta uma série de mudanças no mundo e a humanidade tornou-se irreconhecível. Um computador, Pensador Profundo (há! Brincadeira ?), Multivac, era capaz de ditar inclusive quem seria eleito o novo presidente, a partir da análise da opinião de um único homem; e robôs (Asimov, né amores!) tornam-se comuns e necessários (na verdade, o conto que mais me assombrou foi o Satisfação Garantida, sobre uma mulher, seus problemas enquanto esposa da época e sua experiência com um robô doméstico em teste). Outro maravilhoso é o Brincalhão, sobre a origem das piadas que nós contamos sem saber de onde vieram.
Os contos terminam sempre ou com um tom cômico ou com um tom de terror, mas todos provocam algum incômodo, alguma reflexão. A ficção de Asimov é sempre isto: como uma pedra melancolicamente perdida em nossos sapatos enquanto caminhamos para um futuro desconhecido e aterrorizante.
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Men 19/07/2022

Antologia de contos
Esse livro contém diversos contos de Isaac Asimov, sobre assuntos variados mais sempre com o toque de ficção científica. No mais o livro é muito bom. E citar os contos que o livro contém pode tirar a graça de quem for ler o livro. Mais posso dizer que vale a pena a leitura.
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