Leitora Viciada 10/04/2013Uma capa que me agradou desde o princípio: Uma cena de uma praia com um farol e personagens de costas. Uma mulher observa um homem à beira mar. A capa é fosca e o nome do autor está em destaque em dourado sem comprometer a imagem.
A melhor parte é que a capa abrange boa parte do conteúdo do livro: A praia, o farol, o homem, a mulher, a reflexão. Sempre me agradam capas que realmente combinam com o enredo do livro! Após a leitura passa a ser uma capa com conteúdo, não apenas bonita. Algumas costumam possuir beleza, porém não tanta ligação com o interior (às vezes nenhuma). Nesse caso, tudo combina.
Este é o primeiro livro que leio de David Baldacci e gostei muito. Sei que não é o gênero que ele segue, então acho que foi um acerto, embora arriscado. Não sei se seus fãs aprovam o livro, mas com certeza leitores que curtem histórias com dramas familiares, românticos ou pessoais são o público alvo.
O que mais me atraiu é que não existe super exploração dramática, mesmo o estilo e a história seguindo um "padrão Nicholas Sparks" e possuindo vários clichês.
Não existe o excesso de melancolia e também o autor não se direciona para a frieza. Ou seja: O drama possui o equilíbrio correto para agradar a maior parte dos leitores.
Todos os itens do drama estão presentes no desenvolvimento da história: A dor da perda, a busca por si próprio, a culpa, os desentendimentos, o medo, a tristeza... Sem apelar para o sofrimento, mesmo quando a dor parece se tornar loucura.
Acompanhamos os problemas da família de Jack, sofremos com eles, mas na medida certa.
A narrativa é rápida, com capítulos curtos e finalizados quase sempre com um acontecimento que estimula o leitor a prosseguir. É o tipo de livro difícil de ser pausado. A leitura é simples, dinâmica e convidativa.
São no total sessenta e oito capítulos e um epílogo em 272 páginas. A narrativa passa longe da monotonia e é feita em terceira pessoa, quase sempre sob o ponto de vista do protagonista Jack.
Embora o tema central e os principais fatores do enredo sejam dramáticos, o livro possui espaço para o suspense e a ação de forma mais moderada. Esses detalhes fazem do livro atraente, porque o destaque não é um romance meloso ou um sofrimento interminável.
Há tristeza sim. Em diversas formas. Acho que a sinopse do livro não deveria entregar o falecimento abrupto de Lizzie, esposa de Jack. Seria possível escrevê-la sem citar esse detalhe, e ao mesmo tempo deixando claro que houve uma perda inesperada da família e a recuperação de Jack.
Leia o restante em http://www.leitoraviciada.com/2013/04/um-certo-verao-david-baldacci-e-editora.html
(Desculpem não colocá-la por completo. Precaução aos plágios diretos. No blogue a postagem é anti-cópia.)