Um chapéu para viagem

Um chapéu para viagem Zélia Gattai




Resenhas - Um chapéu para viagem


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Thales 29/03/2022

Zélia f*cking Gattai
Olha... Eu sinceramente não esperava que esse livro fosse me causar 1/3 do que me causou. E eu só peguei nele porque o consegui por incríveis R$9 num sebo; se não fosse isso provavelmente não leria esse treco tão cedo. E que ERRO seria. O que Zélia faz aqui é uma SACANAGEM.

Não é só a história de como ela e Jorge se conheceram, quem andava com eles, como foi o casamento antes do exílio. A autora vai muito além: ela cria o verdadeiro retrato de uma geração de notáveis a partir do marido. Jorge Amado é como um fio que vai puxando as histórias da política, da intelectualidade e das artes dos anos 40. Por essas páginas passam Graciliano Ramos, Rubem Braga, Ziembinski, Prestes, Marighella, Pablo Neruda, Vinicius, Nereu Ramos, Erico Verissimo, o baby Moacyr Scliar - e isso só pra começar. Histórias de bastidores do PCB? Tem. Do congresso como um todo? Tem. Causos envolvendo Jorge Amado & amigos? Tem e muito.

Mas o melhor, o brilho da coisa toda, é o que Zélia faz com a família. Os melhores momentos são os que envolvem Lalu e o coronel. Que coisa linda de casal! Os causos de dona Angelina não ficam pra trás. E as peripécias de Joelson sendo sempre confundido com Jorge...

Enfim. Obra-prima que faz rir - horrores! -, chorar e conhecer uma geração de pessoas que permeia as páginas dos livros de história até hoje. Zélia conseguiu me atingir num lugar que Jorge nunca atingiu; nunca tive uma experiência NESSE NÍVEL com nenhum dos livros do Amadão - e eu sou fã do homem!

"Um chapéu para viagem" é até aqui minha melhor experiência de leitura no ano - Rubião, juro que continuo te amando - e vai ser MUITO difícil alguém desbancar esse treco.
Alê | @alexandrejjr 31/03/2022minha estante
Cara, que massa ler essa confissão, de que a Zélia te atingiu onde o Jorge nunca conseguiu! Essa tua declaração só reforça algo que eu já li em uns artigos acadêmicos perdidos por aí: Zélia era uma escritora ainda maior que o Jorge, mesmo não lidando com ficção!!


Thales 31/03/2022minha estante
Olha Alê eu nem me arrisco a mexer nesse vespeiro sobre qual dos dois é melhor ? Mas fato é que eu tenho uma relação muito inconstante com o Jorge; alguns livros eu amo - Quincas é um dos meus favoritos - outros eu não aguento nem ouvir falar - Dona Flor. Tão inconstante que as vezes ele consegue me irritar profundamente mesmo nos livros que eu mais gosto. Com Zélia não teve isso, foram mais de 300 páginas de pura experiência positiva. Não sei se vai ser assim com todos os livros dela, acho difícil haha




Fê Gaia 04/02/2012

Relato do amor e da luta
Sabe aquele livro que não te cobra nada, não pede qualquer preparação prévia, somente uma alma aberta ao amor e à simplicidade da vida? Pois é nesta categoria que se encaixa Um Chapéu para Viagem. Nos dias em que convivi com ele pude desfrutar de momentos deliciosos e comoventes, proporcionados pela escrita extremamente agradável e pela memória prodigiosa de Zélia.

Sempre quis saber detalhes de como ela e Jorge se conheceram, de como surgiu esse amor tão lindo e intenso e a autora nos presenteia com este relato em seu livro. Os primeiros anos do casal, as dificuldades do cotidiano, a luta política, as relações de amizades e os pequenos momentos de felicidade, tudo isso nos é exposto de maneira franca e despretensiosa, conquistando imediatamente o leitor, que passa a acompanhar tudo como a um folhetim.

Acho interessante a forma como a Zélia consegue transformar seres reais em personagens literários, somente por evidenciar seus aspectos e atitudes mais pitorescos, como acontece com dona Lalu, mãe de Jorge Amado. A verdade é que, diante de tão querida obra, só me resta a certeza de que ainda terei muitos momentos de prazer e emoção acompanhando, através de seus outros livros, o restante da história de vida deste casal admirável.

Obs.: As dicas de escritores e livros pouco conhecidos dão o arremate final ao livro.
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vick 02/08/2023

Zelinha me conquistou
Eu fiquei com pena de terminar o livro mas depois da metade ele ficou mt arrastado, chega até a ser irônico.

mas tirando isso, um livro MUITO gostosinho de ler, pra quem gosta fatos históricos (até pra quem não gosta), e romancinho (até pra quem não gosta tb), esse livro é ideal. eu peguei ele pra ler sem pretensões, eu nem sabia que era sobre a vida da zélia e do jorge amado, mas acabei gostando mais do que achei que gostaria. ri muito com a sogra da zélia e achei muito fofo o fato de que o jorge foi o último romântico.

ele morreu e levou o romance com ele, gente, juro.
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Nara 10/03/2020

Aí, gente. Comecei a ler este livrinho meio decepcionada pelo fato de ser uma autobiografia. Mas me apaixonei por Lalu e tudo se resolveu. Indico muito a leitura.
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Erica 08/09/2021

Me senti ao lado de uma senhorinha contando histórias da vida!!!
Capítulos curtinhos, detalhes engraçados, pessoas e lugares conhecidos... Tudo que faz de um livro de memórias algo interessante
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Julie B 19/11/2010

Vale a pena ler
O livro é uma delícia, tão gostoso ler uma história de amor de conterrâneos e Zélia traz isso de forma tão suave e linda! O livro é um tapa, uma sobremesa gostosa e confortável e pra mim Dona Lalu (mãe de Jorge) rouba a cena qdo citada nas histórias.
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Duane 25/06/2014

Em Um Chapéu Para Viagem, Zélia descreve o período entre 1945 e 1948, no qual conhece Jorge Amado e casa-se com ele. Cheio de fatos engraçados e intimidades da família Amado, o livro também tem grande significado histórico, pois contém a narração de uma época incerta na visão de uma das mulheres mais inteligentes do século XX.

Anarquistas Graças a Deus foi o primeiro livro que li da autora, e acho que foi a maior ressaca que já tive. Para vocês terem noção, o li em 2010 e só agora tomei coragem para ler outro título dela. Por quê? Bem, o primeiro livro é tão maravilhoso que tive medo de estragar o encanto ao ler outra obra de Zélia. Bobagem. Ela consegue se superar.
O início da narrativa é o casal Amado/Gattai partindo para o RJ, e o fim é com Zélia indo para a Europa. Em ambas as viagens, ela ganha um chapéu, e é daí que vem o título.
A vida dessa mulher é impressionante. Passou por tanta coisa, e nos conta de um jeito humilde. Ora divertindo, ora comovendo, o enredo é ótimo, pois Zélia tinha o dom de contar histórias. Destaque para a dona Lalu, mãe de Jorge Amado, que era uma figuraça e aprontava cada zoeira com a nora, que só lendo mesmo, haha.
Defeitos? O livro não tem. Assim como em Anarquistas Graças a Deus, os capítulos são curtinhos, o que dá um ritmo rápido(e facilita a vida naquela de "ai, vou ler só mais um capítulo, e daí vou dormir"). Além disso, a linguagem é o mais clara possível, não deixando de ser culta.
Um extra nisso tudo são as citações da autora sobre vários escritores. Com certeza vale a pena procurar títulos deles.
Livro feito para ser devorado, e deixa com um gostinho de quero mais.
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Laura Regina - @IndicaLaura 01/03/2021

A vida como ela é
Um relato autobiográfico sobre os anos de 1946 e 1947, entre a efervescência política e o início do relacionamento entre Jorge Amado e Zélia Gattai.

Eu sou fã confessa da escrita de Gattai: uma prosa envolvente, tratando o leitor como um amigo chegado, contando seus causos numa tarde de domingo, tomando um cafezinho com um bolo quente na varando do sítio do casal.

Assim conhecemos a história deles, como se conheceram, como se casaram, seus desentendimentos e reconciliações, as atuações na política nacional, os eventos literários, as viagens pelo Brasilzão, os amigos famosíssimos (e o mais legal é ter raiva dessas pessoas que a gente admira! Hehehe).

Pra quem gosta de biografias, gosta de conhecer histórias reais e como os acontecimentos se desenrolaram (por exemplo, a Constituinte nacional de 1946 ou a clandestinidade do Partido Comunista brasileiro), este aqui é um ótimo livro! Eu, que amo isto tudo, aproveitei cada página dessa maravilhosidade (e estou lendo aos pouquinhos todos livros de Zélia em ordem cronológica 😍).

Mais indicações no Intagram @indicalaura

site: https://www.instagram.com/indicalaura/?hl=pt-br
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Bit 28/02/2011

delícia de ler
Neste volume, lançado originalmente em 1982, a autora relata sua longa viagem sentimental como mulher e testemunha fiel do marido célebre, Jorge Amado. Juntos, atravessam os anos do Estado Novo e os perigos da política. Foi em plena militância, em uma reunião do Comitê pela Anistia, que Jorge viu sua futura esposa pela primeira vez.
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Maria Faria 23/09/2012

Mais uma parte da história de Zélia
“Um chapéu para viagem” começa com a viagem de Zélia para o Rio de Janeiro, para conhecer os sogros e acompanhar Jorge Amado, seu novo amor e termina com a viagem de Zélia para Itália, onde Jorge se esconde do cenário político violento que se instalou no Brasil. A única semelhança entre as duas viagens é o fato de ganhar, de pessoas diferentes, um chapéu para cada viagem. Nos dois casos, o chapéu foi recomendado por representar um símbolo de elegância.
Zélia Gattai não faz cerimônias na hora de contar as histórias boas e ruins que transformara sua família em parte da década de 1940. Ela começa contando sobre a vida agitada cultural e politicamente que levava em São Paulo, onde conheceu Jorge Amado e se apaixonou. Como Jorge Amado foi eleito deputado, o casal foi obrigado a se mudar para o Rio de Janeiro, onde Zélia conheceu e desenvolveu estreita relação com seus sogros, João e Eulália. Eulália, chamada carinhosamente de Lalu, era pessoa autêntica e fomentou grande parte das histórias engraçadas presentes no livro. Foi com muito esforço e paciência que Zélia conquistou a sogra, vindo a ser tratada como filha depois de certo tempo. O livro se desenrola com o início do mandato de Jorge, com a vida política lhe ocupando grande parte do tempo, tirando-lhe até mesmo o tempo para escrever. E mostra Zélia, sempre à espera do marido, envolta com os bichos (patos, galinhas, papagaio etc) que estavam criando em um pequeno sítio no Rio de Janeiro.
Zélia engravidou, esperava o primeiro filho do casal, que acabou sendo registrado como João Jorge. Ao mesmo tempo, o cenário político no país começou a ficar ameaçador, situação agravada após o partido do qual Jorge fazia parte ser declarado ilegal. Jorge acaba tendo que sair do Brasil às pressas para se livrar de uma prisão ou coisa pior. Zélia, apenas consegue ir depois, quando o primeiro filho do casal já estava mais apto à viagem. É com a saída de Zélia do Brasil, indo ao encontro de seu amado, partindo para a terra de onde vieram seus avós, que a autora finaliza este livro com maestria.
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Cristiane Olive 19/07/2014

Não é um dos meus estilos literários favoritos , mas gostei mesmo assim
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Lili 30/06/2017

Um chapéu para viagem
Mais um lindo livro de Zélia Gattai. Como a prosa desta mulher é maravilhosa! Ela conta suas histórias de uma maneira tão agradável, humilde, gostosa e despretensiosa! Sempre parece que estamos conversando em uma aconchegante cozinha com uma tia querida, tomando um cafezinho.

Este livro conta os três primeiros anos do relacionamento entre Zélia e Jorge Amado. Foi escrito como um presente para Jorge nos seus setenta anos de vida. Zélia consegue mostrar períodos notavelmente difíceis tanto na vida pública (por Jorge ser um deputado do Partido Comunista, alvo de perseguição na época) quanto na particular (pela família ~leia-se mãe~ complicada de Jorge) de maneira tal, que não parece ter havido qualquer sofrimento. Ela apenas quer dividir momentos importantes de sua vida, para divertir, emocionar, compartilhar. Não há qualquer tom de desabafo ou ensinamento, é apenas um delicioso bate-papo. E sempre queremos mais.

Recomendado. Mas sugiro que "Anarquistas Graças a Deus" seja lido antes, para conhecer melhor a autora antes de conhecer seu relacionamento com Jorge Amado.
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André Hausmann 13/02/2021

Livro que é uma continuação de "Anarquistas, Graças a Deus", Zélia Gattai apresenta o leitor os primeiros anos de sua vida com o marido, o escritor Jorge Amado.
Novamente temos uma apresentação das modificações políticas que aconteciam no país que afetaram muitas pessoas. Não vou entrar em muitos detalhes para não estragar o prazer de leitura desse texto.
Apesar de ser apresentado em capítulos curtos, uma narrativa leve e direta e apresentar um panorama da sociedade brasileira da época, não tive a mesma empolgação quando li o anterior.
Mas irei acompanhar sua história nas suas próximas obras.
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Selma 26/11/2021

História memorável
A escrita de Gattai me conquistou, seu jeitinho de narrar suas memórias. O que mais amei nesse livro foi ela narrar sua vida a partir do momento que conhece Jorge Amado, pois sou super fã dele.
Apesar de ter adorado percorrer suas memórias e conhecido um pouco a família Amado, confesso que fiquei confusa em relação aos meus sentimentos por dona Eulália, a personagem mais peculiar da história, nem sei se a amei ou não, mas de uma coisa tenho certeza, não queria uma sogra dessas rs
Minha admiração por Zélia só aumentou, pois é uma mulher que passou por muitas provações pra conseguir ficar ao lado de Jorge, mulher forte e batalhadora. Realmente, esse casal foi feito um para o outro.
Achei o título super apropriado, pois os chapéus marcaram momentos de mudanças muito importantes na vida de Gattai, um novo recomeço...
Mas o que me entristeceu ao caminhar dessas memórias foi falta de compaixão, as perseguições e opressão que essa família e todos amigos envolvidos sofreram por expressarem suas opiniões e lutarem por ver seus direitos respeitados... enfim, a intolerância é algo abominável.
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Roberta 26/05/2022

Um afago
Sabe aquele livro de memórias gostoso de ler? Este é um. Ele é um retrato do Brasil da década de 40, quando Zélia conheceu Jorge Amado. Além de tudo, dei muitas risadas com Lalu, a sogra mais engraçada e espontânea que alguém podia ter.
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