Fausto

Fausto Goethe




Resenhas - Fausto - Primeira Parte


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Alexandra 23/04/2024

É curto o tempo, é longa a arte.
Tragédia filosófica de leitura fundamental para os que querem se aproximar do mito que inspira até hoje tantos romances. Excelente.
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legolas_ 16/03/2024

Enrolei muito pra fazer essa resenha pq estive pensativo sobre essa leitura.
Eu tive bem menos dificuldade de ler do que achei que achei que teria (o tamanho engana bastante).

Vou começar pela edição. Li a parte 1 de Fausto pela edição da 34, tradução de Jenny Klabin Segall. A começar pelas notas de rodapé, elas são 8/80, ou são muito uteis ou te da vontade de botar fogo no livro, porque pasme, tem ?spoilers? da parte 2 de Fausto nas notas de rodapé da parte 1, quem achou que isso seria uma boa ideia? eu nao achei!

E sobre a tradução, algumas adaptações da tradutora me incomodam, tipo ela usar muitas palavras do espanhol sem motivo nenhum ou mudar o significado das frases pra algo que não faz sentido com a narrativa, ou ficar adaptando alguns títulos de forma desnecessária. No geral é uma boa tradução mas não é perfeita.

Agora sobre Fausto, acho que qualquer pessoa que consiga ler esse livro antes de morrer é muito privilegiada. É sim uma peça difícil, não só de se ler como de se interpretar também, mas não da pra negar que é ALGO. Goethe formou a imagem do ?diabo? em Mefisto, com uma quantidade exorbitante de referências bíblicas ou literárias, ler isso aqui eh tipo cavar um túnel do tempo ??

Adorei? sim, mas não vou favoritar porque não acho que me prendeu o suficiente.
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banana20 15/03/2024

Dá pra entender pq esse livro se tornou o favorito de tantos bons artistas e autores.
Achei trágico, cômico e intrigante.
Goethe realmente botou muitas sutis referências nesse livro (e imagino que o 2 tenha muiiito mais) e estudou muito pra casa página. Um querido!
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Adelson 23/02/2024

Não muito blá blá blá pra pouca ação.
Sendo sincero você tem um livro onde o Mochila de criança anda do seu lado e nem você ou o Sete pele tem um pingo de carisma, não me pegou.
E em nenhum momento da obra o Dissimulado diz: "Please allow me to introduce myself. I'm a man of wealth and taste".
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Joshua9 10/01/2024

Tanto sabia que nada admitia saber.
A obra começa em um teatro, um diretor, um poeta e um bufo (figura cômica) é engraçado que desde o início a obra já pretende deixar claro suas intenções antitéticas e isso se torna evidente com a frase de Mephisto no primeiro momento que ele tem com Fausto. Vejamos a seguinte frase: ?sou parte da energia que o mal sempre pretende e o bem sempre se tem como resultado?. Vejamos só, o próprio Mephistopheles chama Deus de senhor, sendo assim como algo extremamente contraditório, visto que um ser sumamente bom, tem como ?subordinado? o diabo. Antítese. Agora sobre o texto em geral: a discussão está esteticamente alinhada ao homem moderno que sempre busca sua própria superação, a metafísica da época (século XV) é nada mais nada menos que um simples pano para barrar a visão dos reais signos da obra, e assim como as obras de Shakespeare, Goethe trás a nós um homem moderno preso ao mundo medievo, tal qual nós, homens pós modernos vivendo em um mundo moderno. Esse livro se trata do homem em busca da transcendência no infinito, tendo como única barreira sua própria carne e a finita sabedoria terrena, trata-se de mais uma vez, dualidade. Tese essa que se reforça à medida que notamos a personagem de Fausto abandonar sua individualidade e abraçar a coletividade espiritual por meio de uma aposta com Mephisto, que se tem como objetivo encontrar a beleza infinita (vi referências à Sócrates) que se tem como face uma inocente mulher, que mesmo sendo um ser puro e totalmente oposta à Fausto e Mephisto, é sempre a presença que está lá para absorver toda a tragédia. Hipocrisia: maior sábio da época que encontra a transcendência além do metafísico, em uma mulher, totalmente devota, totalmente ?terrena? e totalmente ignorante... é o amor financiado pelo diabo, meus amigos, sendo tal amor que termina em um calabouço com a condenada Margarida repetindo o nome de seu único e verdadeiro amor três vezes, enquanto Fausto a abandona e segue junto à Mephisto em busca de um novo infinito. Tanto sei, que nada admito saber.
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Paulo 14/11/2023

O amor abre-nos a possibilidade de redenção
Trata-se de uma tragédia dividida em duas partes. A primeira conta a descida de Fausto ao inferno.
Inspirado no Livro de Jó, no “Prólogo no céu” o diabo Mefistófeles combina com o “Altíssimo” de levar o Doutor Fausto para a senda do mal. Confiando no homem, o Altíssimo deixa Fausto por conta do diabo: “enquanto embaixo ele respira, nada te vedo nesse assunto; erra o homem enquanto a algo aspira.”
A primeira cena da peça, “Noite”, mostra-nos Fausto encerrado em seu gabinete de estudo, desesperado e angustiado por ter entregue sua vida aos mistérios do mundo, mas sem compreender absolutamente coisa alguma da vida concreta. De nada lhe valeu o estudo da teologia, jurisprudência, medicina e filosofia. Erudito, ele é o retrato do homem moderno, desorientado pelo laicismo e o ceticismo.
Logo na cena seguinte, “Diante da porta da cidade”, Fausto sente-se incapaz de viver a vida dos homens e inveja os simplórios camponeses. Fausto conhece o demônio Mefistófeles sob a forma de um cão negro.
As duas cenas que se seguem, ambas denominadas “quarto de trabalho”, trazem Fausto em profundo desespero e niilismo em face da condição humana, com pensamentos suicidas, e nessas condições ele firma com o diabo um pacto de sangue. Na verdade, fizeram uma espécie de aposta: cético, Fausto duvida que Mefistófeles seria capaz de fazê-lo se sentir saciado na Terra; se o demônio conseguisse, Fausto serviria-o após a morte.
Firmado o pacto, Fausto e Mefistófeles passam a gozar os prazeres terrenos pelo “pequeno mundo”. Inicialmente, frequentam uma taberna em Leipzig. Na sequência, Fausto bebe uma poção preparada na cozinha da bruxa e rejuvenesce cerca de 30 anos (ele tinha 60).
Na rua, Fausto se encontra com a jovem Margarida, pura e religiosa, e arde de desejo por ela. Pede ao diabo que o ajude a seduzí-la. Com a ajuda da vizinha Marta, Fausto seduz Margarida e a engravida.
O relacionamento com Fausto desgraça a vida da jovem: ela ministra à sua mãe uma poção que supostamente lhe faria dormir, mas que lhe ocasiona a morte. Depois, Fausto mata seu irmão Valentim. Na sequência, Margarida mata seu bebê afogando-o e é presa por infanticídio.
Na última cena, “Cárcere”, Mefistófeles enfeitiça o carcereiro e Fausto tenta libertar Margarida da prisão, mas ela recusa-se a fugir e é executada. Há uma voz divina, porém, que “salva” Margarida antes dela morrer.
Goethe escreveu sua obra prima baseado em relatos que circulavam na Europa sobre um nigromante que havia vendido sua alma ao diabo. Quis nos mostrar que o ser humano tem um lado negativo, diabólico, e que comete, inevitavelmente, erros enquanto viver. O amor, porém, abre-lhe a possibilidade de redenção. Ansioso para ler a segunda parte deste clássico .
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Laura 21/10/2023

Fausto, um desafio
Eu sempre acreditei que clássicos têm algo de importante para nos ensinar, e com esse não é diferente.

A partir da personagem Fausto é apresentado uma condição humana de impossibilidade de perfeição. Fausto errou várias e várias e várias vezes e foram erros muito sérios. Porém, ele sempre se alicerçou na ação. Como ele poderia compensar esse erro? E ele buscou fazer projetos cada vez maiores para compensar os erros.

No entanto, e aí que está a beleza da obra, o que o faz ser salvo, não é a ação, mas sim a humildade presente em Margarida que foi quem o puxou para a salvação, mesmo depois de tudo o que aconteceu de tenebroso com ela

É um livro bem complexo, para ter total compreensão da obra precisei assistir aulas, mas valeu a pena, assim como todo clássico!
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Marion 15/10/2023

Limitações humanas
O livro conta a história de Fausto que inconformado com as limitações humanas busca ajuda no universo não humano. O mais impressionante do livro é o personagem homunculos. Como alguém em 1700-1800 conseguiu pensar em algo parecido com um robô .
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Marcos606 25/09/2023

Primeira parte do poema dramático, foi baseado vagamente na lenda de Fausto do século XVI, e publicado em 1808 e apresentado no palco em sua totalidade em 1829. (Fausto, Parte Dois foi publicado posteriormente em 1832) É apresentado em versos rimados, exceto a Cena 26, que foi escrita em prosa.

A obra começa com uma série de três prólogos, uma dedicatória àqueles que Goethe conhecia, seguido por um “Prelúdio no Palco”, em que Diretor, Palhaço e Poeta discutem sobre como deveria ser a peça. No terceiro, o “Prólogo no Céu”, O Senhor e Mefistófeles, o Diabo, falam de Fausto, um médico inquieto que atualmente está em conflito e confuso. O Senhor e Mefistófeles apostam a alma de Fausto, com Mefistófeles prevendo que ele pode guiar Fausto para ser como ele, enquanto O Senhor prevê que Fausto é bom demais para seguir o caminho maligno de Mefistófeles.

A ação inicia propriamente no escritório de Fausto, onde ele lamenta ter dedicado sua carreira a atividades acadêmicas; ele se sente insatisfeito e que os livros não podem lhe dar o significado que ele deseja. Fausto decide recorrer à magia para obter as respostas que deseja sobre o mundo e convoca um Espírito da Terra em busca de ajuda, que o rejeita e vai embora. O servo acadêmico de Fausto, Wagner, o visita, e os dois homens discutem sobre conhecimento, já que Wagner acredita na erudição e no valor da leitura que Fausto agora detesta.

Fausto, ainda se sentindo miserável e insatisfeito, tenta morrer bebendo veneno, mas é interrompido por um coro cantante de anjos que restauram sua fé no mundo e o fazem mudar de ideia. Ele sai para passear na manhã de Páscoa com Wagner e vê um poodle preto, que ele acha que pode ser um espírito disfarçado. O poodle preto o segue para casa e eventualmente se transforma em Mefistófeles, que se apresenta a Fausto.

Mefistófeles retorna no dia seguinte e faz um acordo com Fausto: ele liderará Fausto e se dedicará a ajudá-lo em sua jornada em busca de paixão e significado, mas se Fausto estagnar em sua busca e se tornar preguiçoso, Mefistófeles e o inferno obterão sua alma imortal. Fausto diz a Mefistófeles que deseja usar os poderes de Mefistófeles para experimentar a paixão, o pecado e uma série de emoções, desde as maiores alegrias até o sofrimento. Depois que Mefistófeles se disfarça brevemente de Fausto para falar com um estudante enquanto Fausto faz as malas, os dois partem, usando suas capas para voar.

O estado de sua alma permanece incerto.
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Cintia295 04/08/2023

Primeira etapa concluída com sucesso, adorei Fausto 1, complexo, vários elementos, acontecimentos.
Várias mais varias referências bíblicas ainda bem que essa edição tem bastante nota de rodapé que ajudou bastante.
Fausto por onde passa pelo jeito através da ajuda de Mefisto vai deixar rastros e tragédias.

Já me disseram que o volume 2 é mais difícil, complicado e muito misturado. Vamos descobrir.
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Eduardo 24/12/2022

Arte
Livro belo, muito bem escrito com excelentes notas e explicações. Cheio de momentos cômicos e para reflexão. Bem, não é a toa que um clássico é um clássico.
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Nathalia184 09/11/2022

um clássico entre os clássicos, mesmo sabendo de tudo o que ia acontecer nessa primeira parte, eu li sem parar e simplesmente amei cada pequeno detalhe dessa peça icônica.
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Danilo Andrade 01/11/2022

Um marco na minha vida como leitor
Um livro que dispensa apresentações, clássico universal, revisitado em inúmeras obras artísticas, e por isso... inesgotável, multidimensional, grandioso! Queria eu, estar entediado com meus afazeres, e paulatinamente, ser capaz de construir uma obra tão prolífica, complexa, bela e imponente como Goethe fez com Fausto. Profusa em simbologias, rica em detalhes, ao mesmo tempo que seu texto corre com absurda fluidez.

Aqui o mito da humanidade moderna toma vida, e atravessa entre passos cambaleantes na busca do absoluto, agarrado à pretensão do êxtase em tocar o inefável, partindo da presunção de que tal feito seja possível... e seguimos absortos na mais profunda escuridão, tentando à todo custo tatear o incognoscível, sendo levados ao solo em numerosos tropeços, entregando a consciência (ou alma) às corruptelas de suas fabulações quiméricas e distanciadas da vida em si.

Creio que seja uma fase incipiente de nossa jornada, marcada por ingenuidade e insensatez tresloucada, e como efeito, nossa tendência seja acomodarmos a ideia que a redenção sempre está à espreita (ela há de chegar, seja uma divindade, um político ou outro ente qualquer!)... talvez por nossa constante autoindulgência que nos afasta da responsabilidade de aceitar, e assim elaborar de melhor forma o destino irremediável da vida... a morte... Sabe se lá quando e se iremos um dia aprender com nossas tragédias tão bem escritas e divinamente belas como Fausto.
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