Fausto

Fausto Goethe




Resenhas - Fausto - Primeira Parte


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pqno buda 10/03/2009

Terrivelmente lindo, não preciso ficar bajulando, a respeito dessa edição está tudo muito bem feito e a tradução é maravilhosa, fluente, já li a mesma primeira parte traduzida por Agostinho D'Ornellas na edição da Martin Claret, mas não gostei, foi bom também, mas nesse caso entra a questão do gosto...
Essa primeira parte nos prende de forma incrível, conforme você ganha fluência na leitura dos versos, você entra de cabeça e "alma" naquele mundo frio e cinzento e logo sente a presença de Mefistófeles, quando ele e Fausto saem de cena ficamos ansiosos com sua volta, preocupados com o que o futuro lhes reserva, mas não se engane, nem tudo está fora de controle...
você com certeza sairá diferente depois dessa....
Joshua9 10/01/2024minha estante
Mephistopheles.




none 17/01/2022

O incomensurável
Fausto não pode ser medido pela métrica humana. Um conto popular adaptado por Goethe foi na verdade aprimorado. Goethe, aliás, recomenda aos escritores iniciantes esse caminho de adaptar histórias conhecidas em vez de criar novidades insossas ou apenas medíocres. Era contra a mediocridade que Goethe levou 60 anos de sua vida para compor a obra que o tornou famoso, que influenciou outros autores como Thomas Mann, Machado de Assis e Guimarães Rosa a ousar adaptações tão boas quanto inovadoras. O doutor Fausto conhecedor de ciências físicas, humanas, biológicas e ocultas, se torna refém de um tratante. Sokurov na bela adaptação cinematográfica faz a cena do pacto ou aposta com Mefisto mais goethiana: o diabo de corpo feio, rabo curto, não sabe redigir corretamente, seu texto é repleto de incorreções. E no entanto, o Doutor assina con o próprio sangue frágil e quase transparente como água no papel.
O livro é maravilhoso pela tradução de Jenny Segall, e conta ainda com textos e notas relevantes de Marcus Mazzari e ilustrações de Delacroix.
Ler uma vez não é o suficiente. É preciso reler e tresler, buscar a beleza dentro do original, da bruta e lapidada tradução revista e revisada, ler a biografia do autor, já que ele mesmo é criador da expressão e da própria literatura universal. Incomensurável. Para a nossa felicidade.
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Wallas Felippe 17/03/2015

Marcou um momento
Lembro-me que estava lendo o prólogo em junho de 2010, quando recebo a notícia de que meu pai havia falecido. Eu tinha acabado de ler um trecho que nunca mais saiu da minha memória e que marcou minha vida para sempre.

"O que foi torna a ser
O que é perde existência
O palpável é nada
O nada assume essência".

5 minutos depois de eu ler essa parte, parar e ficar tentando entender, meu telefone tocou e então recebi a notícia da morte do meu pai. E foi aí que eu realmente entendi este trecho e sua relação com a morte, o que "era palpável tornou-se um nada", o nada (a morte diante de mim) "tornou-se uma essência"; e, o que foi torna a ser (as lembranças vivas e àquilo que ficou de seu legado), mas "o que é" (sua vida, sua companhia), perdeu a existência.

É incrível como às vezes a ficção nos bate na cara e joga a vida como ela verdadeiramente é em cima de nós.
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Mateus com h 24/01/2021

Releitura
Minha primeira aventura em Fausto foi na edição de bolso, da Martin Claret. Após uma experiência extremamente exaustiva (uma hora para 15 páginas devido à falta de informações e a necessidade de pesquisa externa) decidi investir nas edições da editora 34.

Fausto é uma obra sublime, de êxtase espiritual, que nos preenche com inquietações e abstratos. Uma aula sobre as fragilidades e imperfeições acerca da complexa criatura chamada homem.

A partir deste momento retomo meu foco para prosseguir com Doutor Fausto de Thomas Mann, mas tendo a certeza que voltarei para essa obra num futuro não muito distante.
Mateus com h 24/01/2021minha estante
Ah, esqueci 5 estrelas NÃO! 10 estrelas.




Cintia295 04/08/2023

Primeira etapa concluída com sucesso, adorei Fausto 1, complexo, vários elementos, acontecimentos.
Várias mais varias referências bíblicas ainda bem que essa edição tem bastante nota de rodapé que ajudou bastante.
Fausto por onde passa pelo jeito através da ajuda de Mefisto vai deixar rastros e tragédias.

Já me disseram que o volume 2 é mais difícil, complicado e muito misturado. Vamos descobrir.
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Danilo Andrade 01/11/2022

Um marco na minha vida como leitor
Um livro que dispensa apresentações, clássico universal, revisitado em inúmeras obras artísticas, e por isso... inesgotável, multidimensional, grandioso! Queria eu, estar entediado com meus afazeres, e paulatinamente, ser capaz de construir uma obra tão prolífica, complexa, bela e imponente como Goethe fez com Fausto. Profusa em simbologias, rica em detalhes, ao mesmo tempo que seu texto corre com absurda fluidez.

Aqui o mito da humanidade moderna toma vida, e atravessa entre passos cambaleantes na busca do absoluto, agarrado à pretensão do êxtase em tocar o inefável, partindo da presunção de que tal feito seja possível... e seguimos absortos na mais profunda escuridão, tentando à todo custo tatear o incognoscível, sendo levados ao solo em numerosos tropeços, entregando a consciência (ou alma) às corruptelas de suas fabulações quiméricas e distanciadas da vida em si.

Creio que seja uma fase incipiente de nossa jornada, marcada por ingenuidade e insensatez tresloucada, e como efeito, nossa tendência seja acomodarmos a ideia que a redenção sempre está à espreita (ela há de chegar, seja uma divindade, um político ou outro ente qualquer!)... talvez por nossa constante autoindulgência que nos afasta da responsabilidade de aceitar, e assim elaborar de melhor forma o destino irremediável da vida... a morte... Sabe se lá quando e se iremos um dia aprender com nossas tragédias tão bem escritas e divinamente belas como Fausto.
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Diego 12/09/2020

Obra-prima
O livro é, como um todo, maravilhoso: a tradução de Jenny Klabin Segall, as ilustrações de Eugène Delacroix e, por fim, a apresentação, os comentários e as notas de Marcus Vinicius Mazzari, que são extremamente esclarecedoras.
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Gabrielli 21/08/2022

Uma obra-prima
Um livro com muita complexidade e detalhismo, repleta de símbolos e trechos que aparecerão em diversas outras obras posteriores. Um dos grandes clássicos da literatura mundial que, sem dúvida, ninguém leu pela primeira vez e já entendeu todas as referências. Peça dentro da peça que vai se aprofundar na história de Fausto, um intelectual sem rumo que será cobaia de Mefisto, um anjo caído autorizado por Deus a tentar Fausto. Este último levará em sua jornada diversas pessoas à ruína. Rumo ao Fausto II, agora ?
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Tha 14/10/2021

Surpresa
Me surpreendi, afinal não sou uma pessoa muito ligada em poesia e achava que essa leitura seria mais entediante. Entretanto, o texto é fluido e lindo! Os personagens são interessantes, em especial Mefistofeles.
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João 15/06/2020

Fausto (Primeira parte) – Johann Wolfgang Von Goethe.

“Fausto” é a obra-prima de Goethe. É a obra de uma vida inteira, dado que o escritor alemão levou sessenta anos para concluí-la (1772-1832). Trata-se de um poema trágico. Redigida em versos, a história de Fausto vai sendo contada através de cenas.

Se o processo de composição da obra teve início ainda na juventude de Goethe, encerrando-se muito tempo depois à véspera de sua morte, é natural que a forma e o conteúdo da obra tenham absorvido a variedade de interesses, de valores e de estilos que acompanharam Goethe por toda sua vida.

Vale lembrar que o “Fausto” se desdobra em duas partes (Partes I e II), sendo que ambas guardam certa autonomia.

Nas palavras de Púchkin, “O Fausto é a maior criação do espírito poético e um representante da poesia mais moderna, exatamente como a Ilíada é um monumento da Antiguidade Clássica”.

É claro que um poema dessa envergadura carrega tantos e tão profundos significados, sempre capazes de provocar reflexões e sentimentos a cada novo verso, que merece ser lido mais de uma vez.

Para Otto Maria Carpeaux: “O itinerário do leitor, através das páginas de Fausto, parece-se com a subida pelas escadas de uma torre de uma catedral gótica: é uma escada estreita e às vezes perigosa, mas no alto abre-se o panorama imenso de uma paisagem nossa: do trabalho em liberdade pela ação social e do futuro do gênero humano”.

Assim sendo, ao leitor desavisado deve-se recomendar a entrega total à obra, com estado de espírito aberto e paciente, a fim de que os meandros do poema possam ser captados com proveito. É natural que a leitura de um ou de outro verso possa parecer truncada às vezes, seja porque faz referência a eventos datados, seja em função de seu caráter hermético, ou mesmo em razão dos limites que tradução impõe. Mas certamente isso não compromete o sentido geral que a tragédia impõe a cada nova cena.

Bom, mas o que se passa na história de Fausto?

As coisas começam a acontecer basicamente no “Prólogo no Céu”, quando Mefistófeles (um demônio) como que faz uma aposta com Deus (se é que Deus se rebaixaria a esse nível), afirmando que seduzirá Fausto e com ele firmará um pacto de sangue.

O próprio Mefistófeles assim se apresenta ao leitor: “Sou parte da Energia/Que sempre o Mal pretende e que o Bem sempre cria/ O gênio sou que sempre nega”.

Na primeira cena, intitulada “Noite”, adentramos num ambiente carregado: o quarto escuro, mau arejado e apinhado de livros, onde enfim conhecemos Fausto perdido em seus pensamentos. Essa cena é primordial, pois nela vislumbramos a profundidade da agonia de Fausto. Na condição de erudito, cientista, filósofo e estudioso dos mais variados campos do saber, Fausto alcança um estágio de exaustão intelectual e de franca decepção com a condição humana. Inconformado com os limites impostos ao homem pela mortalidade, aturdido pelo desespero em face do desconhecido, ansioso por revelar os mistérios do Universo, Fausto representa nesta cena a fragilidade do ser humano, capaz até mesmo de cogitar o suicídio como forma de romper os limites da existência.

É nesse contexto que Mefistófeles obtém êxito em firmar com Fausto um pacto de sangue, por meio do qual o protagonista se compromete a servir ao diabo na eternidade desde que obtenha em vida a saciedade de seus desejos e aspirações.

Firmado o pacto, Mefistófeles sai em jornada para apresentar a Fausto o “microcosmo” (o ser humano) e o “macrocosmo” (Universo).

Durante essa jornada, Mefistófeles oferece a Fausto o rejuvenescimento, a beleza física e a predisposição para a paixão, que serão necessários para o protagonista se encantar e conquistar Gretchen, a personagem-chave na tragédia amorosa que conduzirá a primeira parte do “Fausto”.

Antes do final trágico desta primeira parte, há a célebre cena da “Noite de Valpúrgis”, que consiste numa celebração realizada no Monte Broken, sempre em 31 de abril (um dia antes do dia de Santa Valpúrgis). Assim, a “Noite de Valpúrgis” constitui uma missa satânica para a qual aflui um sem número de bruxas, demônios e outros seres infernais, todos empenhados em ouvir o sermão de Satanás no cume do monte Broken. Não fica de fora dessa celebração toda sorte de orgias e de atos grotescos. Fausto é conduzido por Mefistófeles para a “Noite de Valpúrgis” a pretexto de livrar de seu pensamento a figura de Gretchen mediante a consumação de novas experiências.

Ao fim e ao cabo (ao menos nessa primeira parte da obra) parece que aquele Fausto transcendente que vemos na primeira cena (“Noite”), perdido em seus pensamentos e refém do desespero existencial, vai gradualmente se deixando levar pela “humana flutuação” que de início ele próprio abominava (“Oh, não me fales da vã multidão/ Cuja presença o gênio nos desgasta/Deixa-me oculta a humana flutuação/Que, ao seu remoinho, à força nos arrasta”).

É como se Fausto tivesse substituído aquela redoma intelectual e espiritual na qual se encontrava na primeira cena para imergir de cabeça no mundo terreno, experimentando na companhia de Mefisto as vicissitudes humanas, cujo ápice é a tragédia amorosa com Gretchen.

Enfim, a história é contada com primor nos versos de Goethe. E como todo grande clássico da literatura universal, constitui um grande espelho da condição humana.

Aliás, a edição da 34 é formidável, com excelentes tradução e comentários. Pra não falar das belas gravuras de Eugène Delacroix que ilustram as cenas!

Boas leituras!
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Feline 13/10/2009

Sabedoria e humor por detrás das traduções pomposas
Livro contra o qual lutei muito. Fui vencido quando finalmente descobri, lendo comentaristas e críticas, o humor que há por trás da aparente sisudez - reforçada pelas traduções.
Tenho o livro e a ópera e ainda é sempre uma fonte de sabedoria, este belo livro (e uma fonte de diversão também). Pra muita gente, a Divina Comédia é o grande livro original, mas para mim, o Fausto é o primordial.
Prefiro o danado do Mefistófeles olhando e gostando da bundinha dos anjos (ao ser queimado pelo amor divino) ao excesso de citações de contemporâneos de Dante, em A Divina Comédia - guardadas todas a diferenças de tempo e contexto entre as duas obras.
Muita gente tem medo do Fausto, mas garanto: resistir e garimpar o humor fazem a leitura valer a pena, com sabedoria para a vida toda.
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usucapiao 26/03/2018

O homem pode ser um deus durante sua existência
Obra fantástica, ápice da literatura romântica, contendo elementos dos mais variados e versando sobre tudo o que a existência humana tem a nos oferecer por meio de metáfora e alegoria, teatro e fantasia. Goethe, como poucos, foi capaz de sintetizar a eterna busca humana por compreensão e significado.

É o livro do qual mais gosto, o que li tantas e tantas vezes, aquele que me trouxe forças nos abismos que a vida insiste em nos colocar de tempos em tempos.

Indico a todo ser humano que não teme o abismo, que se fascina pela existência e que é apaixonado por uma bela escrita.
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Criadordej 14/06/2022

Obra boa demais.
O livro fica melhor ainda na segunda leitura, adoro essa obra, cheia de diálogos interessantes e reviravoltas malucas, esse é um livro que recomendaria para todos.
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Eduardo 24/12/2022

Arte
Livro belo, muito bem escrito com excelentes notas e explicações. Cheio de momentos cômicos e para reflexão. Bem, não é a toa que um clássico é um clássico.
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Lucas 24/02/2021

Nunca pensei que leria um clássico de tamanha importância como esse! Belíssimo, me agradou incomparavelmente mais do que ?Sofrimento do jovem Werther? também de Goethe. Mal posso esperar para ler Fausto II
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