A paz dura pouco

A paz dura pouco Chinua Achebe




Resenhas - A paz dura pouco


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Filipo.Ludema 11/12/2022

Nigéria
Deus abençoe nossa nobre terra natal,
Grande terra de sol brilhante,
Onde homens bravos optam pela paz,
Para vencer sua luta pela liberdade.
Tomara que possamos conservar nossa pureza,
Nosso entusiasmo pela vida e jovialidade.

Deus abençoe nossos nobres compatriotas,
Homens e mulheres de toda parte.
Ensine-os a caminhar unidos
Para construir nossa querida nação,
Deixando de lado região, tribo ou língua,
Mas sempre atentos uns aos outros.

Londes, julho de 1955.
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Isabela 11/05/2022

Achebe é um escritor absurdamente bom! Esse livro, assim como o primeiro, traz importantes análises acerca das consequências da exploração colonial no continente africano.
Nesse acompanhamos Okonkwo, um rapaz que recebe o "privilégio" de estudar na Inglaterra, após seu retorno para Nigéria onde percebe que a paz que tanto almejava duraria pouco ao mesmo tempo em que enfrenta conflitos internos entre seus valores mais importantes e a convivência numa sociedade corrompida e corrupta.
Leiam escritores de países africanos!
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Wallace17 14/01/2021

Literatura Nigeriana!!!
A Paz Dura Pouco, do autor nigeriano Chinua Achebe, com tradução de Rubens Figueiredo é um romance da década de 50 do século XX, de uma Nigéria que estava caminhando para independência do Reino Unido. O protagonista Obi Okonkwo é um jovem estudioso do vilarejo de Umuofia. Obi tem pais fervorosamente cristãos e frequenta uma "igreja de branco". Seus êxitos escolares foram tão grandiosos, a ponto de todos os cidadãos de Umuofia investirem 800 libras para que o Obi fosse estudar direito na Inglaterra. Obi será o primeiro de Umuofia a estudar na Europa. Contudo, ao chegar na Inglaterra Obi abandona a graduação de direito e vai estudar inglês. A estadia de 4 anos na Inglaterra, faz com que Obi descubra o que é realmente a Nigéria. Quando regressa ao seu país, ele é recebido como herói em Umuofia. É aí que autor Achebe atua com uma grande crítica social sobre a Nigéria/Colônia, um país de instâncias corruptas avassaladoras. Dominada culturalmente pelos europeus. Isso fica muito evidente quando o autor questiona desvalorização da cultura oral dos povos nigerianos em detrimento da cultura escrita dos europeus. Retomando para Obi, ele consegue um "emprego europeu" no estado nigeriano e passa a conviver com um chefe xenófobo. Obi assume o secretariado de bolsa de estudos para Inglaterra e começa a conviver com insistentes tentativas de suborno e favores sexuais para conceder pareceres favoráveis para concessões das bolsas. Obstinado ele as recusa e começa a entender o funcionamento dos mecanismos de corrupção. Outro grande problema de Obi é o sistema tribal e de castas, ele sofre uma pressão imensa dos cristão de Umuofia e da família. As contradições cristãs criam barreiras para Obi conseguir viver com a noiva Clara. Os eventos na vida de Obi começam a sair do controle numa sucessão de fatos desenfreadamente trágicos.
Achebe explora outros temas na estória. Por mais que as denúncias sociais sejam contundentes, ele celebra a cultura nigeriana com grande entusiasmo e humanismo. Fica aquele aprendizado existencial. Se você quer superar seus demônios, você precisa reconhecê-los com honestidade e a partir disso, supera-los na difícil tarefa de existir
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V_______ 26/07/2022

A Paz Dura Pouco
A Paz Dura Pouco é o segundo livro da Trilogia Africana, do nigeriano Chinua Achebe, precedido por O Mundo se Despedaça.
O livro se passa na década de 50, quando a Nigéria era colônia inglesa, e narra a história de Obi Okonkwo, saído do vilarejo de Umuofia para estudar na Inglaterra, retorna a pátria para ocupar um cargo de primeiro escalão no governo. Obi se envolve com Clara, com quem pretende se casar, mas tem de enfrentar o preconceito por ela ser Osu, casta de pária, apesar da família de Obi ter se convertido ao cristianismo, ainda carregam tradições antigas. Mesmo com o alto salário, Obi acaba se afundando cada vez mais em dívidas, e começa a aceitar subornos o que o leva a julgamento.
Além de tratar de temas universais, como o desejo da ascensão e aceitação social, corrupção e a tradição versos o novo, também trata das consequências do colonialismo. Muito boa a leitura, para quem deseja ler mais ou conhecer autores africanos Chinua Achebe é uma ótima porta de entrada.
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Val Alves 19/01/2021

A paz não dura porque não há
O título parece funcionar como um aviso prévio de que, caso você seja de uma classe desprivilegiada, ter mais que alguns dias de paz pode ser algo inalcançável.

O jovem descendente de Okownko consegue,  por meio de um financiamento coletivo bancado pelos seus, uma bolsa de estudos por quatro anos na Inglaterra.
De volta ao seu país se depara com alguns desafios: precisa pagar o valor nele investido; encontrar meios para se manter em sua nova posição social com um emprego que não permite que as contas fechem no fim do mês; lidar com um meio corrupto que lhe impõe que se corrompa e lidar com algumas tradições familiares que também terminam por tentar lhe pressionar sobre a forma como deve viver, preservando as crenças do povo ibo que entram em conflito com as novas ideologias dominantes do colonizador europeu já estabelecido.

O choque cultural está presente tanto na nova religião quanto nas novas formas de organização social, fazendo que Obi transite em dois mundos distintos que, além de não se conversarem,  não permitem que ele se estabeleça de forma genuína. 

Obi é o estrangeiro dentro de sua própria casa.

Ao regressar à Nigéria,  Obi decide não ir morar com seu povo em Umuofia. Ao invés disso vai viver na cidade de Lagos, onde tem uma noiva, um cargo público e um carro com motorista - que não consegue sequer pagar o seguro. Ele vai descobrir,  depois de passar por um longo processo educacional internacional e contrair uma dívida pesada, que manter o que conquistou é bem mais difícil do que ele poderia imaginar.

"O que eles não sabiam era que,  tendo trabalhado duro,  com suor e lágrimas,  para inscrever seu irmão nas fileiras da elite esplendorosa, precisavam mantê-lo lá. "

O único spoiler aceitável é que não há paz em momento algum.
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Roseane 11/03/2020

A paz dura pouco.
Do jeito que eu gosto!

O romance se passa no ano de 1956 na Nigéria. Inicia-se com o protagonista em um tribunal.
Obi Okonkwo é um jovem lindo, inteligente, vinte e poucos anos, de família cristã, tinha um irmão mais novo que ele pagava os estudos e algumas irmãs casadas. De família simples.

Devido a tradição Africana onde todos se unem em pró dos seus, obteve ajuda da sua comunidade para estudar na Inglaterra. A tradição era de contribuir não só com a parte financeira, mas com toda a logística em outras cidades, roupas, alimentos e principalmente bênçãos.

Estudar na terra dos brancos significa um alavancar de vida. O livro deixa entendível que não era uma prática numerosa e nem uma obsessão, mas sim oportunidade de o aprender a língua do colonizar e estudar na terra dele, mas com o propósito de retornar pra casa onde se ocuparia um cargo público com boa remuneração e oportunidade para ajudar a família. O salário de um mês de um funcionário do governo poderia equivaler a um ano de rendimento de um morador local. A desigualdade social denunciada nesse livro me faz lembrar o Brasil de HOJE, um dos países mais desiguais do mundo.

Deixar um filho terra cruzar o oceano não é uma decisão muito fácil. Há medos! Medo de que o filho se case com uma mulher branca, medo de que não retorne a sua terra, medo de que volte totalmente absorvido pela cultura do branco.

O enredo é sensacional, passeia pelas suas relações familiares, amizade e romântica. Seu par, a Clara, tem grande mistério. (pesquisei e fiquei curiosa se ainda se mantém)

A força e sofrimento da mulher negra é pautada na história. Ta osso pro nosso lado!


A família, pai e mãe, seguem a religião católica dotada de um fanatismo que já vi exemplificado em outras histórias Nigerianas. E sim seu pai também tem um grande segredo.

Para os Nigerianos tudo era partilhado. Momento dor, doença, fartura, alegria. Em dado momento eu julguei com a minha realidade de vida e achei que havia intromissão demais. Mas logo me toquei que eu não tenho que achar nada.

Com altos e baixos, com escolhas certas e erradas o livro caminha em turbilhão de emoção envolvendo problemas familiares, financeiros, morte, separação, crime...

A tradição Nigeriana é colocada em contraponto a cultura europeia.

Há denuncia a corrução.

E nós? Nós temos preço? Qual a hora de parar?


Romance de Chinua Achebe Chinua, romancista, poeta, crítico literário e um dos autores africanos mais conhecidos do século XX. Achebe escreveu cerca de 30 livros (romance, contos, ensaio e poesia), alguns dos quais retrataram a depreciação que o Ocidente faz sobre a cultura e a civilização africanas, bem como os efeitos da colonização do continente pelos europeus, mas também escreveu obras abertamente críticas à política nigeriana. (wikipedia)

Maldito capitalismo que não me deixa parar de sonhar com uma camisa da seleção da Nigéria
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Gisele567 10/04/2020

A paz dura pouco
A obra traz parte da cultura africana em sua narrativa, seus custumes, valores e importancia da tradição familiar, divisões religiosas e politicas bem como a presença da corrupção na vida das personagens. O autor,com sua escrita envolvente, narra histórias da Nigéria, com sua complexidade e a questão da religiâo nativa e cristianismo colonizador.
DICA: leia primeiro o mundo se despedaça.
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Dessa Policarpo 08/06/2020

A linguagem e a metodologia de escrita são um pouco complexas de compreensão, mas o livro é ótimo!
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Milena300 12/05/2021

Gostei do livro apesar de não ser, publicamente, uma continuação de "O mundo se despedaça" a experiencia pós leitura é muito mais enriquecedora.

A história é o seguinte o nosso protagonista, Obi Okonkwo, foi privilegiado pra estudar fora, educação europeia, e esses "privilégios" contavam com o dinheiro de todos os moradores de Umuofia que estavam orgulhosos pra ter seu filho como uma pessoa de auto estima.
Bom.. ele vai lá, fica 4 anos e volta formado em outra área, ao invés de ser direito ele quis formar em inglês. Ele, como todo mundo que tá na facul, quer mudar todo um sistema, que sempre é muito complexo e aí ele consegue um emprego, que paga muito bem, como diretor de bolsas pra fazer a faculdade fora. Teve muitos privilégios, mas era ainda bem inocente que esses privilégios não são de graça.
O livro tem aquela Ascenção de que o personagem se dá bem com tudo, é confiante, mas conforme vai acontecendo o desenrolar dos fatos tudo da a entender que ele caiu em desgraça. E no final, todos que pareciam seus amigos viraram as caras porque ele não quis "seguir" com todo o esquema.

Bem, eu gostei do livro, ele é muito rápido de ler e muito fluído, igual o primeiro livro, tem muitos elementos complexos que mexem com assuntos como ética, moral, valores, cultura, etc etc. O autor tem uma escrita muita desenvolvida, não é atoa que é considerado um dos melhores escritores da Nigéria. O único defeito é que não é maior. Recomendo.
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Elisana 30/11/2021

A mudança de costumes na Nigéria
A narrativa aborda a relação de Obi Okonwko, neto de Okonwko do livro O mundo se despedaça, com os costumes do seu país em meio a suas próprias decisões. Fazendo um paralelo, eu acredito que esse livro trata do contexto contemporâneo do país e da cultura igbo, enquanto o outro, o mundo se despedaça, aborda a cultura tradicional do local. Aqui vemos a família totalmente convertida ao cristianismo, mas alguns costumes não são abandonados e Obi vive nesse limiar. É um livro muito bom, principalmente, se você já tiver lido o primeiro.
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Kayser 12/01/2023

A paz dura mesmo pouco
No início da leitura não sabia muito bem o que esperar, mas a premissa era interessante e o autor igualmente, no fim, terminei amando a história. Conflitos entre indivíduo e comunidade, entre bancar seus desejos e sobre os acontecimentos do destino que não podemos controlar, foram algumas das mensagens que ecoaram em mim após a leitura. Demorei um tempo para resenhar então não estou com as impressões tão vívidas, mas é isso, uma ótima opção de leitura.
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Daniel263 23/02/2020

Sobre as marcas da colonização
11º livro de 2020 - 2º da excelente trilogia de Chinua Achebe!

Continuação de "O mundo se despedaça", o livro narra a história do neto de Okonkwo.
Privilegiado por uma bolsa de estudos patrocinada pela sua tribo, da etnia ibo, Obi retorna à Nigéria em 1957. Ele consegue um emprego de alto escalão no governo, atendendo as grandes expectativas de seus pais e patrícios.

Com altos valores morais, o protagonista resiste uma série de episódios da cultura do suborno, enquanto sofre pressões culturais e econômicas que o levam a uma situação limite.

O início do livro tem um spoiler do fim, mas a forma em que Chinua escreve te faz ficar agarrado na narrativa - e ainda voltar no início para conferir uns detalhes sobre o fim. O autor tem um estilo de escrita muito encantador!

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Mateus Sant'Ana 08/04/2020

Junto com O Mundo se Despdaça, considero este um dos mais tocantes da trilogia. Acompanhar o protagonista em uma sociedade já europeizada, e os impactos culturais e sociais dessa colonização, de como ela se desenrola desde Okonkwo, traz um aspecto tocante da imperialismo europeu do século XIX/XX.
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Josue.Fagundes 24/04/2020

Chinua Achebe
2º livro que leio do autor, espetacular. Vc se envolve com os personagens de tal forma que não quer mais parar de ler.
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pi 16/07/2020

https://drive.google.com/file/d/14hlsbX9vvpGrdEHDhM6xWpgpz514v4bn/view?usp=sharing
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