Terra sonâmbula

Terra sonâmbula Mia Couto




Resenhas - Terra Sonâmbula


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Lucas.Muniz 09/07/2021

"Sonhos são cartas que enviamos às nossas vidas"
A leitura é arrastada em alguns momentos porém é um livro muito bom que nos apresenta a cultura moçambicana junto com as consequências da guerra civil, o que torna certas partes do livro bem tristes.
Há uma mistura de realidade e ficção e o plot twist no final é ótimo
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Clara 04/05/2022

+-
Não detestei, mas não amei.
É um livro confuso, um tanto surrealista, que aborda questões importantes, mas algumas delas eu me pergunto se foram abordadas com a crítica necessária. Me pareceu normalizado, em algum grau, alguns ?abusos? ocorridos.
Marina 07/06/2022minha estante
Sim, é um realismo fantástico! Quando eu li, alguns trechos me chocaram muito também, mas creio que a normalização seja justamente porque isso era normalizado nesse contexto de guerra civil e miséria que os personagens se encontram. Creio que o choque acontece justamente porque, de fora, percebemos a brutalidade das ações consideradas rotineiras.




Marcianeysa 24/06/2022

Esse livro me despertou uma mistura de sentimentos. Ao mesmo tempo em que gostei da maioria das partes da história, as vezes a narração do autor prejudicava a compreensão.
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Fer Paimel 09/01/2021

Muito belo
Minha primeira leitura do Mia Couto.
Demorei um pouco para entender a dinâmica do livro, que narra uma história dentro da outra.
Fiquei supresa com o final, gostei bastante!
É um livro muito poético, com passagens bem marcantes. Me lembrou o estilo de escrita do Valter Hugo Mãe. Gostei, quero ler mais coisas do autor :)
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vitoria 12/09/2021

a escrita é bem legal, mas o livro é cansativo e um pouco chato. Tem um plot-twist legal em uma parte, mas o final é previsível.
leca 12/09/2021minha estante
discordo, tudo desse livro eh chato?




Leonardo.Broinizi 17/03/2021

Este livro é bom, bonito, importante e impactante.
A história tem como pano de fundo um Moçambique em guerra. Seus personagens principais vivem entre sua rica cultura e os tempos sombrios de conflito. A história tem muitas pontas, além de apresentar realismo mágico e muito simbolismo, então é importante ler com atenção.

A escrita de Mia Couto é bonita. Apesar deste ser um romance, Mia também é poeta, talvez por isso a escrita seja tão bonita, apesar de retratar muita crueldade permeando toda a história. O autor também usa neologismos pelo texto todo, mas, diferente de um "Laranja Mecânica" da vida, são neologismos facilmente compreensíveis por nós, lusófonos (os tradutores devem sofrer kk). Ele junta palavras com sentidos que complementam sua ideia, e o resultado me agradou muito. São como: maravilinda, abensonhar, administraidor e por aí vai.

Ao ler este livro, além de nos aproximarmos de um país irmão, de mesmo idioma mas culturas diversas, e que tem sido negligenciado pelo mundo, ainda encontramos uma história cheia de significados sobre o ser humano: sobre política, miséria, fé, amor, família... Tudo isso permeia a obra. Recomendo a todos!
Carolina.Gomes 20/03/2021minha estante
Preciso ler Mia Couto. Nunca li nada dele.


Leonardo.Broinizi 20/03/2021minha estante
Recomendo fortemente. Só li este livro, mas lerei mais, com certeza.


Carolina.Gomes 20/03/2021minha estante
Dica anotada, Leonardo.




Mayara945 16/02/2020

Como um sonho
A escrita do texto nos remete a um sonho. Permeado de simbolismo, metáforas e realismo mágico, o autor nos conta a história de um jovem rapaz, Muidinga, e seu tio adotivo, Tuahir, em busca de um lugar de paz em meio a uma sangrenta guerra. Durante suas andanças, encontram um ônibus incendiado e nele fazem seu abrigo. Logo encontram, em meio aos corpos carbonizados, os escritos de Kindzu, que proporcionam por meio de sua leitura um refúgio aos dois forasteiros sem destino.
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liaramoss 08/09/2022

é bom, mas é só isso
Literatura Moçambicana, se passa durante a guerra civil, mas na verdade não narra sobre a guerra. História sobre Tuahir e Muidinga seguindo uma estrada que não vai a lugar algum, até encontrarem inúmeros corpos mortos pela guerra e uma mala cheia de cadernos (diarios) de Kindzu. Aí começa a narração de duas histórias paralelas.

Com os 11 cadernos de Kindzu, lidos por Muidinga, descobrimos toda sua história. Começando com os conflitos familiares e desaparecimentos misteriosos, as alucinações (ou previsões?) de seu pai, a viagem de Kindzu para outra Vila até adormecer e parar numa canoa onde um anão cai em seu colo lhe mostrando o caminho para um navio (começando mostrar a ficção fantasiosa dessa história). Lá ele encontra Farida, que está em busca de seu filho, Gaspar, e conta que ela tem uma irmã gêmea que também está desaparecida. Kindzu se propõe a encontrar esse filho e então temos uma história mais interessante daí pra frente.

Depois disso tem desdobramentos bem legais e plots bem maneiros, mas, embora sejam apenas 200 páginas, tem momentos que são desnecessários. A escrita também não me agradou muito, mas eu só li pelo vestibular, não posso reclamar muito. Achei a junção de ficção com realidade bem boa, principalmente no final. Mas é apenas mais um clássico, que com certeza revolucionou a literatura, mas lendo agora não é tão emocionante. Vale a pena pelos plots.
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Rafael 20/04/2021

Grande sertão moçambicano?
Sinceramente, eu entendo que esse livro seja maravilhoso e que seja um marco para a literatura de Moçambique, mas algo me conteve durante sua leitura, não me deixando ser levado como o livro pede. Senti muita proximidade com "Grande sertão: veredas" no estilo da narrativa, na linguagem, em alguns temas abordados (claro, salvas as devidas particularidades).

Ao mesmo tempo que foi lindo ver na prática o que aprendi na teoria durante as aulas de literaturas africanas de língua portuguesa - que a literatura brasileira, já consolidada, foi importante para a formação das literaturas nacionais pós-independência em Angola e Moçambique, que buscavam uma separação de Portugal e a criação de uma identidade nacional, como fizéramos aqui -, dentro de mim ficou a impressão de que "Terra sonâmbula" era uma tentativa de repetir o livro de Guimarães Rosa. Sei que não é, mas fiquei com esse sentimento. A cada página que lia, Riobaldo vinha à minha mente. E, como esse romance brasileiro é o livro que mais amei na vida, ficou difícil pro de Mia Couto.

À parte essa questão pessoal, é indiscutível que a trama inicialmente confusa nos leva a percorrer as principais questões nacionais - como a guerra civil depois da guerra da independência -, a cultura permeada pelo sobrenatural de forma estranhamente natural, nos fazendo mergulhar em um mundo tão distante, mas tão próximo ao mesmo tempo. Precisamos conhecer a realidade de nossos irmãos de língua na mesma intensidade com que nos identificamos nos casos de amor, nas preocupações, na busca pelo afeto e pelo sentimento de pertencimento.

Definitivamente precisarei reler esse livro pra tirar a tarja "Grande sertão" que piscava em minha cabeça durante essa primeira leitura e para poder aproveitar melhor todas as nuances que Mia Couto soube lindamente construir.
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Eduarda.Silva 06/08/2021

incrível!!
O livro foi publicado no fim da guerra civil (1977-1992), é importante informar essa data para dar continuidade na resenha.

É composto por duas narrativas e dois grupos de personagens, havendo também dois focos narrativos.

Os capítulos são narrados em terceira pessoa, contam a história de Tuahir e Muidinga. Os cadernos são narrados em primeira pessoa e contam a história de Kindzu.

A obra começa com Muidinga e Tuahir vagando, até que encontram um ônibus carbonizado e fazem de lá sua casa, porém, dentro desse ônibus há muitos corpos que provavelmente foram carbonizados junto com o próprio ônibus, mas tem um corpo em específico que chama a atenção de Muidinga, o corpo não estava carbonizado, mas estava com marcas de tiro, Muidinga se aproximou e ao lado desse corpo havia uma sacola com comida e um diário. E então, muito curioso, começa a ler aquele diário.

O diário é dividido em cadernos, onde o personagem central é o Kindzu, que conta sua história com muitos detalhes.

O primeiro caderno começa com Kindzu contando a história de sua família, nos apresenta seu pai Taímo e seu irmão Junhito que durante a guerra civil precisou ser escondido entre as galinhas, o tempo passou e Kindzu via a decadência de sua família, seu pai era alcoólatra, sua mãe estava perdendo a sanidade mental e Junhito havia sumido.

Em poucas palavras, tanto a história de Tuahir e Muidinga quanto a de Kindzu nos mostra as dores, o peso e as consequências da guerra civil moçambicana.

Por meio de diversos elementos fantásticos (fantasiosos), a obra aborda questões ligadas aos sonhos, olhar poético e as traduções moçambicanos.

Ao fim do livro, podemos perceber uma incrível ligação com o início (não vou dizer porq seria um super spoiler kkk)

Citarei algumas camadas dessa narrativa:

? Crítica direta à guerra civil;

? Abordagem crítica e poética dos efeitos da guerra;

? Olhar sobre os preconceitos;

? Olhar literário sobre a própria literatura.

Eu recomendo muito esse livro porq além do pouco que contei aqui, tem diversos acontecimentos INCRÍVEIS no meio dessas duas narrativas, vocês vão se surpreender. Mas recomendo que se atentem porq as vezes pode haver uma pequena confusão durante a leitura.
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Ana Paula Del Rey 16/09/2022

Mia Couto she?s so crazy
Primeiramente, eu li por causa da fuvest. Pontos negativos: muitas palavras estrangeiras, muito neologismo (tenho preguiça) e alguns acontecimentos me parecem um pouco sem sentido/sem explicação(talvez isso ocorra por ser uma cultura diferente e eu não ser acostumada) agora pontos positivos:QUE FINAL FOI ESSE, juntou tudo que aconteceu o livro todo no capítulo final, a mensagem do livro sobre oq a guerra faz com a sociedade é simplesmente devastador, o jeito que Mia Couto intercala o real com o imaginário é genial. Não é meu gênero favorito de livro porém ainda assim é um livro MUITO bem escrito e pensado, recomendo acho um livro ótimo para quem quer entender melhor o impacto que uma guerra trás para uma população.
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Audisio 07/05/2011

“Vou relatar o último sonho a ver se me livro do peso de terríveis lembranças”

Misturando realidade e sonho, mitologia e ficção os dois narradores deste livro nos contam a crueldade da guerra e como sobreviver à mesma, que pensando bem é também como sobreviver a vida, como diria Riobaldo “Viver é muito perigoso”.
Do mesmo modo como Sherazade encantou com seus mil e um contos, Kindzu nos ensina com seus onze cadernos qual é o objetivo de todo relato; nos mostra que contar, escrever, falar afasta os medos e espanta os fantasmas; narramos porque desabafar nos torna mais leves, nos livra de algum pesar, nos cura as tristezas, nos “sara uma saudade”. Contamos, sonhamos, falamos, imaginamos para não nos sentir sozinhos e para poder sobreviver a vida.
Com traços irônicos, engraçados e algumas vezes muito sensuais, Mia nos cativa com um belíssimo lirismo em prosa, e nos prova como as personagens masculinas (e os homens em geral) também podem ser profundos, sensíveis, complexos e comoventes.
Audisio 07/05/2011minha estante
Eu também adorei, tem muitas que são ótimas:
"carinhar"
"vagueandar"
"A beleza daquela mulher era de fugir o nome das coisas"


val 15/05/2011minha estante
"sua pele estava tatuada em redor dos seios...espalhavam pela barriga e eu me assegurei nelas..."
Que forma de descrever as estrias heim? Só mia couto.


Audisio 18/05/2011minha estante
Concordo com vc que ele tem um jeito muito sensual e visual de descrever algumas cenas.
Mas sinceramente nessa parte eu não pensei em estrias, fui pelo lado mais romântico, como que ela levava tatuado os homens com que ela tinha estado e agora era a vez dele de se assegurar e ficar tatuado no corpo dela. Ou até que fossem tatuagens mesmo (que também podem ser muito sensuais).


val 21/05/2011minha estante
Sabe Audísio que antes pensei em tatuagens mesmo, legal vc pensar assim. Mas lembra que o casal estavam no escuro? Ou será que as tatuagens são perceptíveis no tato? Ele não sabia quem era a mulher? Achei que "me assegurei a elas" era um motivo para que no futuro ele descobrisse quem era tal mulher.


Audisio 24/05/2011minha estante
Val, pode ser... o Mia tem sempre um olhar romântico, suas personagens masculinas geralmente são mais sensíveis do que as femininas (eu acho que isso é muito mais comum na vida real do que as pessoas pensam).
Provavelmente ele quisesse descobrir no futuro quem era ela, o tato no escuro é um sentido muito forte, que deixa lembranças marcantes. E provavelmente também quisesse ficar tatuado na sua pele para que ela nunca o esqueça.




Renata @paraquemgostadelivros 10/03/2023

Durante a guerra em Moçambique, o garoto Muidinga, que não conhece sua origem, e o idoso que o criou, Muahir, ocupam um ônibus carbonizado e cheio de corpos e encontram cadernos escritos por Kindzu, um jovem que queria ser um guerreiro abençoado e acabar com a guerra. Muidinga inicia a leitura dos cadernos e o livro vai se alternando entre as duas histórias, que contam com passagens envolvendo as tristezas da guerra e eventos mágicos ou extraordinários.
nath191 10/03/2023minha estante
Esse livro é tão lindo??




thalaura 20/09/2021

Tenho que admitir que só li por causa da escola, mas dei 2,5 estrelas porque eu não achei nada muito interessante sobre o livro. Na verdade, a questão do realismo fantástico que me deixou um pouco desanimada: o gênero não me entretem nem um pouco.
Michele 21/09/2021minha estante
Poxa


thalaura 22/09/2021minha estante
Pois é, Michele, não consegui nem me emocionar ao ler, mesmo com a situação de Moçambique de pano de fundo em todo o livro. Você gostou?




ju 11/08/2022

confuso e as cenas de estupro/pedofilia me incomodaram muito muito muito, mas o livro no geral não foi insuportável
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