Terra sonâmbula

Terra sonâmbula Mia Couto




Resenhas - Terra Sonâmbula


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Brina 18/06/2022

Uma história emocionante, mas pra mim a linguagem muito poética so serve pra me confundir. Mais uma lerdeza minha foi depois de ter lido tudo, ficar com varias dúvidas em algumas palavras (e procurar no Google) vi que ao final tinha um glossário ?.
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@larimours 29/07/2020

A terra era uma costureira de sonhos
Primeiro romance publicado por Mia Couto, Terra Sonâmbula é ambientado durante a guerra civil moçambicana (1976-1992), a estória se inicia com o menino Muindinga que perdeu a memória por conta de uma doença, junto ao seu protetor o velho Tuahir saem pelo país em busca dos pais de Muindinga. No meio do seu percurso, numa região deserta, eles encontram um ônibus que foi incendiado, e resolvem se abrigar nele, ao entrarem no ônibus vêem vários corpos carbonizados, e ao tentar dar um enterro digno para eles encontram uma mala próximo a um corpo baleado, nela acham suprimentos e vários cadernos escritos por um menino chamado Kindzu. Muindinga começa então a ler os diários de Kindzu e isso se torna um conforto para ele e Tuahir que se encontram sozinhos no meio desta terra abandonada. Todas as noites Tuahir pede para o menino ler trechos do caderno e eles vão se envolvendo cada vez mais na história de Kindzu.

"Nascido em uma aldeia no interior de Moçambique, Kindzu vê sua rotina mudar de maneira radical quando estoura a Guerra Civil. Ele se vê sem opções e acaba partindo de sua casa na esperança de encontrar e se tornar um guerreiro naparama, tradicionais guerreiros abençoados por feiticeiros, que se creem os únicos capazes de parar o caos em que o país se transformou por conta da Guerra."
A partir desse momento vemos as histórias se entrelaçando e vamos acompanhando Muindinga e Tuahir em sua luta pela sobrevivência.

Esse livro está longe de ser uma leitura fácil, mas é uma leitura extremamente importante. Mia Couto nos transporta para Moçambique durante a guerra, e nos vemos junto ao menino Muindinga e o velho Tuahir e acompanhamos sua trajetória com carinho.
O autor utiliza uma linguagem extremamente poética, abusa de figuras de linguagem e neologismos, envolvendo a história em um véu, como num sonho. A leitura pode causar estranhamento a princípio, pois foi escrito em português de Moçambique, além de ter muitos termos africanos, por isso deve ser feita uma leitura atenta, mas a história vale o esforço e prende atenção de uma forma maravilhosa.
O final é uma enorme surpresa, eu particularmente passei várias minutos de queixo caído pensando na genialidade de Mia Couto.
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Nil 28/04/2021

Comecei a ler com preconceito, pois já havia lido algo do autor e não tinha gostado nada, mas, fui surpreendido positivamente.
Fiquei encantado com o primeiro capítulo (que eu considero uma obra a parte), mas o restante da leitura se deu de forma um pouco arrastada, principalmente por, a meu ver, o autor ter forçado muito realismo mágico em todos os trechos do livro.
Achei muito interessante o paradigma entre juventude e velhice e também a forma que o autor encontrou de contar as histórias, que se entrelaçam, ora em narrativa, ora em cartas.
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leti 02/08/2021

Terra sonâmbula
É a segunda vez que leio esse livro, e é a segunda vez que fico surpresa com a beleza que essa obra carrega.

O ambiente se situa numa Moçambique pós conflitos coloniais e em plena guerra civil. E "A guerra é uma cobra que usa os nossos próprios dentes para nos morder."
Terra sonâmbula é um livro repleto de figuras de linguagem e desenvolvido com uma linguagem poética e única.

Sobre a história: tem inúmeros pontos que eu queria destacar, mas vamos começar pelo início.
Eu acho brilhante a forma como o título - Terra sonâmbula - concorda lindamente com o triste contexto de guerra em Moçambique, representando que a terra que a guerra atinge não tem descanso.

O intercalar entre os cadernos de Kindzu e o dia a dia de Muindinga e Tuahir é uma coisa que eu gostei muito. Além disso, gosto da forma como diversos personagens e cenários são introduzidos ao longo da história, o quê da o sentimento do avançar do tempo.

A história toda é ótima e cativante, flertando entre realidade e fantasia, nos deixa com dúvidas e instiga cada vez mais nossa curiosidade.

Acho que ta na cara que eu super recomendo esse livro ? por favor leiam.
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Ana Claudia 05/07/2020

"Morrer por morrer mais valia ver o amanhã do sol."
Terra Sonâmbula tem duas narrativas principais, a de Tuahir e Muidinga, e a de Kindzu. Muidinga, uma criança, é salvo da morte por Tuahir, um homem velho. Ambos saem de um campo de refugiados para procurar os pais de Muidinga, depois de andar alguns dias encontram um ônibus e perto dele uma mala com alguns cadernos, que foram escritos por Kindzu e contam a história dele. Assim como uma terra que perdeu seus ancestrais, suas tradições e seu povo por causa da guerra civil de Moçambique, Muidinga perdeu sua identidade, não sabe dos seus pais ou da sua história. Mas Muidinga é fascinado pelos cadernos de Kindzu, um garoto que está em uma busca incessante por um lar.
Terra Sonâmbula é uma história fantástica, que oscila entre a realidade e o sonho. Mia Couto nos mostra um pouco da cultura moçambicana de uma forma leve. Não é um livro que pode ser lido rapidamente, é uma leitura que precisa ser digerida aos poucos, pois se passa durante uma guerra e mostra os seus estragos, mas não tive nenhuma dificuldade com o vocabulário. Mia Couto com certeza é o autor que mais me surpreendeu esse ano, e com certeza vou ler tudo o que esse homem escreveu.
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Beatriz 25/06/2022

Esse livro leva a gente pra dentro das guerras de independência, e como as pessoas viviam naquela época. O livro traz essas temáticas de maneira mais leve, e misturada com fantasia.
Achei a história cativante, me prendeu bastante, um dos únicos livros que passaram na escola que eu REALMENTE gostei de ler hahahahah
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Lena 16/08/2020

Obra realista e profunda
A obra trata de uma guerra que muitos nem sabem que existiu, mas que, na verdade, só teve seu fim há 18 anos. Uma obra de um autor moçambicano que consegue mostrar os tempos terríveis que o seu país passou durante os seus quinze anos de guerra. Um livro triste, mas que entretém e que passa uma mensagem importante.
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Marcelo.Alencar 23/07/2022

Contar histórias
Muito bem escrito, Terra Sonâmbula é um retrato literário em realismo mágico que trata da miséria que envolveu as terras africanas fruto das guerras da década de 70. Com muita poesia em prosa vc se perde anotando as mensagens que surgem ao longo da narrativa.
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Silvana.Freitas 17/04/2021

A história dentro da história
Há muito tempo eu possuía essa obra. Ela faz parte de uma coleção enorme que eu tenho. Nunca tinha tido interesse em lê-la, mas de uns tempos pra cá, retomando o hábito da leitura e pegando listas e lendo sobre autores, comecei a ter curiosidade por Mia Couto.

"Terra Sonâmbula" começa com as andanças de Tuahir e Muidinga que, fugindo da guerra que assola o país, já não tem lar, nem família, e no caso de Muidinga, nem passado. Ao chegar a um ônibus queimado na beira da estrada, cheio de corpos carbonizados, decidem ficar ali. Do lado de fora do ônibus encontram um cadáver com uma mala, na qual Muidinga encontra alguns cadernos com histórias de um tal Kindzu, que eles não conhecem. A partir daí a obra se alterna entre a história dos dois e as histórias de Kindzu que Muidinga começa a ler todos os dias pra seu companheiro.

"Terra Sonâmbula" é uma obra encantadora que mostra, não a guerra em si, mas os efeitos na vida das pessoas, a destruição das famílias, das aldeias, do mundo como até então era conhecido para eles. A narrativa toca no fantástico por diversas vezes, ao demonstrar toda a mística das crenças e costumes do povo.

É uma obra que encanta porque nos toca a alma ao nos expor uma outra alma: a da gente de Moçambique.
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Didi 07/07/2020

Gostei. Enredo bem diferente.
Livro bacana. Estória surreal e poética. Um mar de sentimentos.
Ressalva negativa apenas para o português difícil de Moçambique com muitas palavras desconhecidas, escritas de maneira diferente, concordância estranha etc.
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Jéssica Maria 15/11/2021

Incrível
A passagem da narrativa acontece durante a guerra civil em Moçambique. Conta a história do êxodo de dois companheiros: o menino Muidinga (marcado pela dor do esquecimento de sua própria história, ferido pela guerra) e o velho Tuahir, estigmatizado pela longa violência daquele país e que ainda resiste a tradição. Eles estão caminhando juntos pela mesma estrada e se deparam com um ônibus queimado e com corpos carbonizados e encontram um diário, denominado de 12 cadernos Kindzu. Nesse ponto as duas histórias passam a caminharem alternativamente, sendo que a partir da leitura realizada pelo menino Muidinga somos apresentados a história de Kindzu, que também está no cenário de guerra.

É uma leitura densa, com várias figuras linguagens, marcado pelo realismo fantástico, místico.

Mia Couto utiliza palavras que são próprias da região moçambicana e com ela traz consigo todo o sentimento dos personagens misturando poesia com dor.

Os personagens transparecem ao leitor a cultura de Moçambique, o doloroso cenário de guerra civil que impacta a vida das comunidades locais, retirando o sentido do viver... Traça uma crítica ao imperialismo praticado pelo colonizador português e também a xenofobia.

Mia Couto, na minha opinião foi incrível pois por meio de uma linguagem metafórica, induz ao leitor a pensar, sobre o impacto da guerra sob o povo africano. E, também como que por meio de uma literatura, rodeado de fantasia é possivel tratar de assuntos de uma violência infindável que traz sofrimento e que ao mesmo tempo tem o poder de resgatar a esperança.

Achei sensacional.
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Pedro 08/08/2021

Unicamp
Meu terceiro livro africano, e segundo de Moçambique, leitura obrigatória da unicamp. Livro muito bom.
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Dan 25/06/2022

*Mais um "grande" romance contemporâneo*
Li "Terra sonâmbula" por ser um romance cultuado, que em pouco tempo conquistou o status de clássico. Embora sabendo da fama, peguei esta obra com poucas expectativas. Já me decepcionei bastante com escritores contemporâneos, brasileiros ou estrangeiros. Contudo houve uma surpresa. Não esperava me decepcionar tanto! O livro é pretensioso, promete muito e cumpre pouco. Explico-me.
A única coisa boa do livro são suas primeiras páginas (e outras poucas mais adiante), também suas muitas alegorias da situação social e existencial dos moçambicanos esmagados pela guerra, o que também pode ser tomado como símbolo de todo e qualquer homem expatriado de sua própria terra pelos horrores da guerra e da crueldade humana. Há momentos de belo lirismo. No entanto...
Como, mas como Mia Couto apodrece o texto com seus neologismos! Alguns, de fato, são geniais, outros, completamente dispensáveis! Um neologismo nasce quando não há palavra na língua para nomear determinada coisa ou, por licença poética, o escritor cria um vocábulo novo para expressar uma experiência sem equivalante em qualquer palavra ou expressão da língua. Acontece que muitos neologismos de Couto poderiam ser perfeitamente substituídos por palavras ou expressões já existentes, puro malabarismo verbal, feito para impressionar ou brincar de inventor. A justificativa de criar rimas ou conferir ritmo à frase não servem como desculpa.
Ah! Há metáforas ridículas como "Ela não duplicava mais", ou seja, não poderia mais parir ?. E as personagens? Apesar de Couto tentar criar certo drama em volta delas, fica por aí. As personagens em si não são densas. Podemos esgotá-las em dois ou três adjetivos. Estão longe de ser multidimensionais ou boas personagens planas, como as grandes personagens tipo de Dickens. Em suma, um porre de leitura! A originalidade e o teor poético da linguagem nada mais são que cortina de fumaça para esconder a pouca profundidade das mesmas.
Pavozzo 25/06/2022minha estante
Colocações interessantes Dan. Lembro que o que me segurou foi o mistério dos cadernos e as dúvidas sobre as origens do menino (que, afinal, estavam relacionados).

No entanto, achei que a história começa no "nada" e te leva até o "coisa nenhuma". Alguns detalhezinhos ficaram em aberto, e a atmosfera de desesperança ah... essa me abalou.


Dan 25/06/2022minha estante
Não tenho o que reclamar da atmosfera fantástica da obra. Realmente foi algo bem feito. O que mata são os defeitos citados na resenha. Quanto ao desfecho, sobre a possível identidade do garoto, já esperava aquilo. No entanto, o final é bem aberto.




Luis793 12/08/2021

Livro surpreendente, principalmente o final!
Comecei a ler a obra sem saber quase nada a respeito, então o começo foi um pouco confuso pra mim. Mas logo me acostumei e comecei a aproveitar a leitura. Para quem for ler esse livro, principalmente por causa de vestibulares (como meu caso), é bom ter um contexto geral sobre a história de independência de Moçambique, principalmente porque a narrativa se passa no período pós independência e no meio das guerras civis que ocorreram no país. Além disso, a escrita do autor é bem lírica em algumas partes, e apresenta também neologismos. Para ler essa obra, também, é preciso se desconectar um pouco da realidade, pois há realismo mágico nela. Para acrescentar, a história é dividida em duas linhas do tempo, uma com Tuahir e Muidinga e a outra com Kindzu, a primeira é contada em terceira pessoa enquanto que a segunda é em primeira, pois Kindzu está escrevendo um diário sobre sua jornada. No geral, apesar da linguagem e do realismo mágico confuso (em um bom sentido), amei muito o livro, já que também me fez lembrar de Macunaima em alguns aspectos. Para finalizar, espero reler em algum momento de novo essa obra, pois acho que vou absorve-la muito mais que essa primeira vez, e também recomendo demais a leitura, mas não leia o livro de uma vez, reflita e tente entender as partes, que assim acho que a leitura será mais aproveitosa.
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Vinícius Chicaroni 25/04/2021

Sonhos acordados
Mia Couto e Victor Hugo, sem dúvidas, têm as melhores prosas poéticas da literatura. Em "Terra Sonâmbula", o moçambicano descreve os caminhos dos sonos despertos a vagar por uma terra sonâmbula cujos olhos do seu povo foram cerrados pela guerra da avareza.
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