Gabriele Tenshi 16/02/2015“Sentindo-se desapontada, checou se havia algo mais dentro da caixa além daquele bilhete grosseiro. Um colar de prata piscou na sua direção. A corrente brilhava e pendurada no meio havia um pingente. De longe, não entendeu o que era. Segurou a fina corrente entre as mãos e riu ao compreender. Era uma pequena figura de um livro aberto. Nas limitadas páginas havia apenas rabiscos indecifráveis. A minúscula lombada do livro era grossa, como se estivesse indicando que o livro possuía muitas e muitas páginas.” (Pg 252-253)
Antes de tudo, tenho uma declaração: eu e Irene somos incrivelmente parecidas em personalidade. Pelo menos no quesito sorrir feito boba e se fazer de avoada pra ninguém desconfiar de como o cérebro dentro dessa caixa craniana é atento e não se deixar enganar (e até mesmo meio maléfico). Não, eu não estou brincando. E eu vou roubar o Akira e transformá-lo numa pelúcia pra colocar na minha estante. u.u Cuidado, Luene xD
Enfim...
O começo do livro é calmo, apresentando-nos os personagens e a vida da personagem, que já mudaria por completo por ser o fim do Ensino Médio, mas muda mais ainda com uma notícia: a Instituição Para Jovens Prodígios iria realizar uma prova semelhante à um vestibular, na qual somente os melhores alunos do mundo conseguiriam.
Ok... Lendo o livro, no quesito inteligência e todo o mais, me senti bem ligada à Lara. Desde pequena, sempre fui nerd/CDF, embora não gostasse de responder as perguntas dos professores, e no começo era até meio... Não sei dizer, mas eu era bem chata. Só não falo quanto à Jéssica porque, apesar de não falar muito quando encontro alguém pela primeira vez, nas demais vezes posso parecer uma máquina de idiotices com defeito: posso falar muito, e muitas vezes não falo coisa com coisa – efeito do cérebro hiperativo.
Quando ela sai com o Lucas e a coisa vai tão bem e tão “Oooh”, eu fiquei “own, eles são fofos juntos”. E admito que depois a L. conseguiu me arrancar algumas lágrimas.
Mas acho que o ponto para a L. L. Alves é essa questão do romance que ficou bem diferente do que se costuma ver: a personagem gosta pra caramba do primeiro cara que apareceu, mas não é ele “o cara da vida dela”, ou algo mais ou menos assim. É legal variar e mostrar que, especialmente na idade da Lara, tudo muda, querendo ou não, e às vezes, rápido demais.
Mas eu tenho vontade de chutar o Hugh por colocar a Lara na friendzone. Isso, eu tenho.
Pelo menos não a colocou na friendzone em prol de alguma amiga dela.
Ok, foco.
Então, Lara vai para a Instituição. Sim, meus caros, ela passou na prova monstro que foi pior que a prova do meu vestibular (onde eu zerei Física, tirei minúsculos pontos em química e metade de todo o resto. É, eu também não sei como passei em sexto lugar na primeira chamada... Consequência de primeira fase boa, onde tive sorte de acertar uma questão de matemática e de curso que dá quatro pro vaga, ao contrário do 30 por vaga de medicina e engenharia?). Passou em terceiro lugar. Acertou 97% da prova.
Okay, não me sinto mais tão próxima da Lara em questão de inteligência. Ela é mais. E não dorme nas aulas. Okay.
Ela conhece pessoas irritantes, e outras muito legais, que se transformam em seus amigos. Mas todos, absolutamente todos, inteligentes pra caramba. Mas o lugar é estranho. Os professores mais ainda. E Lara acha que tem algo errado, não apenas por um pombo falar com ela.
Sim, meus caros, um pombo. Saímos do lugar comum, porque eu pelo menos não me lembro de personagens que falem com pombos. Outro ponto pra L. L. Alves.
Patrick e Irene DEVEM ficar juntos. Primeiro, porque combinam. Segundo, Patrick é fofo e gosta da Irene. Terceiro: Irene também é fofa. Quarto... Precisa de um quarto? Acabei de dar todos os motivos para eles ficarem juntos!
Hugh deve sofrer. Ele não colocou Lara na Friendzone? Então, ela deve encontrar algum cara pra colocar o Hugh na friendzone quando ele for atrás dela. Porque, meus caros, eu tenho certeza de que ele gosta da Lara u-u.
Robert é um idiota. Mas eu tenho a estranha sensação de que ele foi o segundo colocado.
E Akira é fofo, lindo, maravilhoso e meu. u-u
A trama se desenrola “devagar”, mas a escrita é tão fluída, que mal percebemos quando estamos lá pra página trezentos e cinquenta, em que as coisas, que já eram estranhas pro lado da Lara, começam a ficar mais estranhas. E começamos a ficar loucos com o mistério.
O final me deixou com aquela sensação de “quero mais”. Tipo... Quero saber o que vai acontecer. Quero saber se o Hugh vai tirar a Lara da friendzone. INFERNO, QUERO SABER SE O PATRICK VAI SE DECLARAR PRA IRENE!
Cahem... Esquecendo minha explosão de fangirl torcendo pra um casal...
Recomendo o livro. Um zilhão de vezes. Comprem e leiam e se deliciem com a história.
(Resenha também presente no blog Entre Dimensões http://entredimensoesbooks.blogspot.com.br/2013/03/resenha-instituicao-para-jovens.html)