JackRags 29/03/2022
Fantasia, criatividade, e Rio de Janeiro. Mas e o desenvolvimento?
RESENHA DO LIVRO: INSTITUIÇÃO PARA JOVENS PRODÍGIOS VOL. 1
A SELECÃO – L. L. ALVES
SINOPSE OFICIAL:
Do subúrbio carioca para uma instituição de jovens superdotados na Inglaterra, Lara Müller, uma adolescente com todas as frustrações e inseguranças típicas da idade, aprenderá que, para realizar seu sonho, são necessários sacrifícios. Deixando tudo de mais precioso para trás, nossa protagonista irá encarar uma nova realidade, muitas vezes assustadora...
Quando Lara se deixa levar pela curiosidade e é atraída pelos novos ares de Sheffield, coisas ligeiramente estranhas começam a acontecer... Por que sente como se os alunos a conhecessem? Por que faz inimigos em tão pouco tempo? E, principalmente, quais os reais interesses dos mantenedores da poderosa Instituição para Jovens Prodígios? Com uma nova melhor amiga ao seu lado e um amor inesperado, Lara começa a acreditar que está ficando maluca...
É normal um pombo se comunicar com uma garota?
ANOTAÇÕES E COMETÁRIOS DO SKOOB ENQUANTO EU FUI LENDO.
A escrita é bem interessante. Mas a Lara parece que está perdida no mundo do nada. Acorda gata!
Está indo bem, mas sinceramente, que garota inocente. Jamais iria ficar dividida entre uma adolescente bobo , e um instituto, affs que otária;
A autora escreve bem, mas corre demais com assuntos que são interessantes, e deixa os personagens mais chatos do que deveriam. Eu tenho ranço do Lucas por ser tão então, e ranço da Lara por ser tão sem voz, fala filha! Eu nunca vou troca um oportunidade por um menino. Affs! Que possessivo esse Lucas.
Cheguei na metade. Depois que chegou na Inglaterra o livro começou a engatar, e sério, Irene já é alguém que eu quero ser amiga, entrona e sincera. Agora e aquele número 1 lá? Já queria pegar ele e mandar bala, no sentido de pegar até cansar.
Estou acabando, e sim, parece que li dois livros completamente diferentes. O primeiro são os capítulos antes da chegada de Lara à Inglaterra. E o outro a pós a chegada. Sério, os diálogos e as passagens com Lucas eram superficiais, eu não conseguia me conectar com, e muito menos com a família de Lara. Agora no segundo parte, ou melhor segundo livro, eu consigo me simpatizar por Hugh, Akira, Irene. Claro, tem uma certa rapidez na escrita, como se quisesse terminar logo, mas no fim, a história está indo devagar, mas com a escrita acelerada. Eu amei a forma que é usada as palavras, e alguns diálogos são muito bons, mas ainda acho que a autora estava com receio, e deixando muito de fora. É parecido com comer um bis e deixar os outros 11 dentro da caixa. Você sabe que tem mais, que é bom, mas você se segura para não comer nenhum a mais do que se deve
E eu quero mais L. L. Alves pq faz isso?
Finalmente, não descansei hoje enquanto não acabei, sim, é o que tinha falado anteriormente. O livro promete demais, corre demais, eu sei que tudo é para estigar o leitor para a continuação, que são 4 livros no total. Mas sério? Que final mais pobre. Eu fiquei com tanta raiva em descobrir o que significava o pombo, tipo, foi mal explorado, a autora plantou várias pistas no livro, espero que eu veja os frutos nas sequências, mas sinceramente, esse livro poderia facilmente tem umas 150 páginas a mais para explorar melhor os personagens. Tipo, a família da Lara foi esquecida no churrasco, Lucas, parece que nunca nem fez parte da Lara, sim, sei que ele era babaca e abusivo, mas, cara, ele faz parte da vida dela. E que pessoa acha normal bichos falarem? Mas em geral, apesar de tantas críticas, eu gostei muito do livro, ainda mais sendo o primeiro do ano 2022. E tipo, eu tenho ele há uns 5 anos pra mais. Então... Vamos ver o que virá. O epílogo, é tipo uma cena pós crédito. Mas que mais me deixou com raiva do que feliz.
RESENHA E OPINIÃO
Lara é a protagonista do livro, que é narrado em terceira pessoa. Carioca, de família humilde e cercada de muitas inseguranças. É uma nerd, geek, CDF, como descreve a autora, devido a essas características de sabichona não tinha muitos amigos, e o seu maior confidente era também sua paixão secreta. Sua família era composta por dois irmãos mais novos, seus pais, e seus avós que moram no sul do país.
Sem saber que faria no futuro em uma realidade tão instável igual a que vivia surgiu a oportunidade mais complexa de sua vida. O Instituto Para Jovens Prodígios abriu as portas para jovens de 17 a 20 anos, mas para isso somente os 100 melhores colocados em uma prova teriam a oportunidade de ingressar na faculdade por 3 anos.
Lara passou na seleção entre os primeiros colocados, claro que teve muitas incertezas sobre sua capacidade já que era a prova mais difícil que tinha feito na vida. Mas existia algo que a perturbava demais, seu melhor amigo Lucas. Antes de começar o processo da seleção para o Instituto, ambos confessaram sentir algo romântico um pelo outro. Lucas tentou por dias a fio convencer Lara a ficar com ele no Rio de Janeiro, porém, a menina tinha uma oportunidade única na vida.
Após receber ajuda de várias pessoas e emissoras de televisão pelo feito, Lara conseguiu se mudar para a Inglaterra. Ficara hospedada por alguns dias em um hotel de Londres, e depois seguiu para a cidade mais verde da terra da rainha.
Mas logo que chegou sentiu que tinha algo errado naquela instituição, mesmo fazendo amizade com outra brasileira que tinha passada na prova, se sentia deslocada, e isso só piorou quando um pombo começou a visita-la na janela do dormitório e falar com ela.
Agora, que eu fiz uma breve situação do enredo da história eu posso adentrar na minha experiência como leitor.
Eu amo ler, amo fantasia, e adoro quando autores usam referências de outras obras em seus projetos. Eu adquiri esse exemplar na pré venda da primeira edição física, veio com alguns brindes, tais como: um caderninho de anotações com espiral, um lápis com borracha, marcador de livro, e um pôster lindo. E desde aquisição do mesmo eu passei por alguns momentos de desejo de lê-lo.
Eu comecei a versão que está no Kindle, eu comprei de graça e achei que ler no ônibus seria mais fácil de absorver ele, já que o físico veio autografado com meu nome, não queria perde-lo. Enfim...
Eu comecei lendo dentro do ônibus durante minhas viagens ao trabalho, e durante os intervalos de um ônibus a outro.
Logo no começo eu amei a forma que a autora ia escolhendo as palavras para transcrever sua história. Mas, no mesmo momento eu senti um gosto amargo na boca, à forma que ela ia conduzindo as escolhas e falas de seus personagens ia só me fazendo perder vontade de continuar. Então eu fiquei divido entre a escrita tão criativa que só um brasileiro saberia usar, e a forma que o enredo ia sendo moldado. Virado o ano eu decidi definitivamente que deveria continuar, peguei firme, pois fazia meses que não lia nenhum livro.
Conforme eu ia tendo um tempinho eu ia anotando minha experiência no Skoob, e a maioria das críticas que eu tinha era: Porque a Lara era tão tola? Tipo, ela não sabia se impor, todo garoto que entrava em sua vida parecia domina-la, mesmo ela dizendo que não queria nada com Hugh, lá estava ela se derretendo por ele.
Mas a verdade é: a autora estava focando em coisas que não eram tão interessantes, tais como: descrições excessivas de vestimentas, comidas, horário das aulas, detalhes que tanto me importava após a primeira vez que já tinha feito no livro. Conflitos com personagens que não davam em nada. Plantava pista que nunca colhi, e isso é ruim, todo livro tem que ter começo, meio e fim, independe que irá ter ou não continuação, a missão do autor é saber encerrar as suas investidas no mesmo livro.
E o que eu queria que ela focasse mais?
Em descrição da vida dos personagens. Vou aprofundar melhor isso. Ela usou descrição um tanto quanto estereotipada para descrever de que país era cada aluno. Se tivesse olhos puxados eram de algum país asiático, se fosse mais assim, era daquele ali, daquele acolá. Acho que não foi algo realmente premeditado, mas sinceramente me deixou um pouco frustrado, queria algo mais detalhado, de forma que eu visse o que ela via, mas com informações mais verídicas, afinal, o Brasil também tem todos os tipos de pessoas, miscigenação que chama né. Então, outras pessoas de vários países poderiam passar por essa mesma situação que o Brasil.
Queria saber um pouco mais sobre Irene, queria que ela tivesse mais protagonismo. Em minha opinião, todos os personagens eram coadjuvantes, e talvez, vez ou outra a Lara tinha um papel a desempenhar.
Lara era insegura e desconfiava até da própria sombra, contudo, poderia ser mais firme em suas escolhas, e firme em suas posições. Eu ficava com raiva o tempo todo dela. Uma das adolescentes mais inteligentes do mundo também era uma das mais burras.
A escrita é o ponto alto do livro, a criatividade, o regionalismo. No entanto, a história não conquista, e é rala do começo ao fim. A autora criou um mundo que poderia ter sido muito mais explorado, ainda mais por que escolhe narrar em terceira pessoa, poderia ter explorado o ponto de vista de vários personagens.
O final do livro foi o ponto que eu fiquei com mais sede, ela foi subindo, criando um mistério, e no fim, jogou de um jeito corrido e sem muita perspectiva na nossa cara o segredo de Hugh. Eu nem me comovi.
Eu quero muito continuar a história, por que eu acredito que a autora tem muito mais a acrescentar nas continuações. Eu queria muito que ela juntasse o segundo com o primeiro para fazer o livro ter mais corpo e sabor.
Eu dei 3 de 5.
Em suma, o livro tem um ritmo fácil de ler, mas peca na forma que desenrola os acontecimentos.
Por Sally Rags
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