A República

A República Platão
Platão




Resenhas - A República


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Clio0 23/04/2021

Em tempos em que a discussão política permeia tudo e é quase impossível ver um meme, ler uma notícia ou mesmo sair na rua sem se deparar com meia dúzia discutindo, faz bem estudar um pouco do assunto em seus conceitos mais básicos.

A República, também chamado Da Justiça, é um diálogo socrático escrito por Platão no século IV a.C. Nele temos um grupo de filósofos discutindo primeiramente sobre a validade da Justiça e da Injustiça.

Só essa primeira parte já valeria a leitura do livro. O conceito atual de Justiça se confunde com a noção de Igualdade que por sua vez se mistura com a Democracia. Os três termos representam ideias totalmente diferentes, e aqui temos uma rica discussão ainda em seus primórdios.

Mas a discussão sobre Justiça se desenvolve para a de Sociedade. A proposta descrita em A República é que a formação de uma cidade depende exclusivamente de seus cidadãos, então temos a maior parte do texto descrevendo e tentando definir o que é o cidadão perfeito.

Esse não deve ser considerado unicamente como um termo político. O autor discorre sobre a formação dele como individuo em função da comunidade, moldando corpo e alma (parte do conceito platônico de dualidade) para melhor servi-la.

Se dá então uma longa discussão sobre quais são as virtudes buscadas, os vícios a serem evitados, o que define alguém ou sua profissão, a forma como a própria análise é buscada. E é claro, conceitos como falta de ciências que suportassem tal empreitada - A parte que talvez seja a mais complexa do livro: a exposição de Platão do Mundo das Ideias e dos graus de conhecimento que depois será usada para definir o tipo de educação que formaria essa sociedade.

A discussão se encerra referindo-se aos diferentes tipos de governo e a escolha mais adequada a essa cidade ideal. Convém, contudo, prestar atenção aos termos utilizados que podem facilmente se confundir com seus homônimos modernos. Não seria nem um pouco improvável que algum primeiranista ou leigo no assunto confundisse o Anarquismo grego com o de Trotsky.

De fato, acho sempre complicado analisar o uso de termos em uma obra traduzida, especialmente porque não sei por quantas traduções e revisões o original passou. Mas posso dizer que embora linda, a edição da Nova Cultural não traz notas ou qualquer outro texto de suporte.
Tiekon 23/04/2021minha estante
Esse livro deve ser lido com cuidado pois beira o autoritarismo e o preconceito àqueles que não tem o ?conhecimento?.




Juliane 16/12/2009

Para que a leitura seja interessante e vc não chegue na metade do livro lamentando ardentemente que Platão não tenha sido obrigado a beber cicuta também, sugiro conhecer antes os conceitos que regem a filosofia de Platão, como a concepção dualista do homem [o homem é corpo + alma], o mundo das idéias [separação entre mundo sensível e mundo inteligível], os graus do conhecimento [da opinião à razão], etc. Sabendo onde Platão quer chegar, se consegue seguir melhor o raciocínio nos diálogos.
Também é legal saber um pouco da sua vida e sobre a importância que Sócrates - e sua condenação injusta à morte - teve na sua obra. Há várias passagens no livro que remetem à esse fato, por exemplo na Alegoria da Caverna.
Além disso é muita paciência porque, definitivamente, não é daqueles livros que vc pega para se distrair.
:o)
Paulão 15/04/2011minha estante
Cara Juliana, filosofia não é para distrair, lembro, que Platão é um sistema filosófico, e não um livro de comédia...
Lembro também que é Filosofia, Filosofia Acadêmica, e não filosofia que se encontra em paulos coelhos da vida...


Maykon 20/07/2011minha estante
Não é por que o livro é "acadêmico" que não possa ser lido para distração ou até mesmo "divertimento compromissado" e fortuito.Obviamente que ler Jorge Amado é bem mais relaxante, porém para aqueles que eventualmente se interessam por filosofia ou autores greco-romanos, é uma leitura interessante e não "forçada".


Bruno Oliveira 05/09/2012minha estante
Não acho que precise de tanto para ler Platão. Claro que ajuda saber coisas de antemão, mas a república oferece os elementos mínimos para a compreensão do livro, dá para ler sem conhecer bem os gregos. Acho que ele fica mais interessante quando se pensa nele como sendo um livro genético do ocidente, ou seja, como um tipo de fundador do mundo posterior. Gosto de voltar nele para ler a parte da democracia, de política. É bem interessante.




Lista de Livros 23/12/2013

Lista de Livros: A República, de Platão
“Mas ter uma natural avidez por aprender não é a mesma coisa que ser filósofo?”
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“Não é lícito irritar-se por causa da verdade.”
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“Com toda a certeza deve-se evitar chegar ao poder com paixão, do contrário, rivalidades e lutas serão inevitáveis.”
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“Mas entre a riqueza e a virtude não subsiste àquela diferença que, se ambas postas nos pratos de uma balança, uma não pode subir sem a outra baixar?”
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Mais do blog Lista de Livros em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2007/09/repblica-plato.html
Marcos N. 24/10/2023minha estante
Leia a versão do Alain Badiou!!!




rafamassagardi 14/12/2023

"para eles a realidade consistia somente nas sombras dela"
A República é um livro espetacular. Nesse sentido, as teorias filosóficas propostas pelo autor através dos diálogos de Sócrates são simplesmente geniais.
Abordando política, justiça, epistemologia, metafísica e ética, o livro nos insere dentro do pensamento platônico e nos leva a compreender diversos princípios propostos pelo filósofo.
O método socrático, evidente nos diálogos, me impressinou! O modo que ele afasta os interlecutores de preceitos falsos e os guia a verdade é incrível!
Recomendo muito!
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Max 23/07/2021

Eu fico impressionado com a capacidade de argumentação desses filósofos , algumas partes eu tive que ler 2 e até 3 x mas creio que tenha entendido a ideia principal do que era discutido . Vou me aprofundar mais nesses assuntos. Por ser muito leigo meu sentimento quando terminei o livro foi ... Nada sei.
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saraalmeida.reading 28/03/2021

Difícil
Demorei muito tempo pra terminar esse livro, foi realmente difícil de ler, complexo. Mesmo assim gostei muito do livro, pretendo um dia ler novamente, quando estiver com a mente mais descansada e aberta.
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daniela!! 15/01/2024

Maiêutica
A República foi o primeiro livro de filosofia que li. Por conta de não estar acostumada com o gênero ou com o conteúdo achei que seria uma leitura difícil e dura, porém eu não poderia estar mais enganada. Talvez por ser escrito em diálogos a leitura é bem divertida e, em certos momentos, leve.
Mesmo assim, exige um pouco mais de compreensão, interpretação e tempo para realizar a leitura de forma que se aproveite de toda a maiêutica apresentada (aliás, ameeeei esse método do Sócrates).
Também é bem interessante perceber coisas do livro que influenciam a sociedade até hoje, e outras que são citadas com frequência.
Enfim, recomendo demaissss!! ;)
rafamassagardi 15/01/2024minha estante
Esse livro excelente??


daniela!! 15/01/2024minha estante
Simm




caio.lobo. 25/04/2020

Releitura
Esse é um livro que devemos sempre reler de tempos em tempos.
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Lucas Lobo 07/04/2023

Platão na caverna do batman
Ótimo livro e de fácil leitura, um livro tão antigo, mas ao ler você até pensa que foi escrito recentemente com tamanha semelhança com a atualidade.
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Beatriz3345 03/10/2023

A política retratada pela filosofia clássica.
?A República? é avaliado como um dos principais escritos de Platão. Sendo um livro narrado em primeira pessoa por Sócrates, mentor de Platão, tem como principal objetivo definir o papel de um Estado.

Desta forma, a dialética de Sócrates convida os leitores da obra a refletir sobre os fundamentos de um Estado e serve como guia para uma constituição, no qual o seu principal ponto de partida e base seria a justiça.

Para os cidadãos gregos, a mais essencial forma de garantir a eficiência de um estado e o bem de uma sociedade seria compreendendo o verdadeiro significado de justiça. Platão leva os leitores a meditar sobre essa ideia através da perspectiva de Sócrates.
Sendo a obra mais influente de Platão, nela também é retratada a ideia do Mito da Caverna como uma análise crítica de Platão sobre a importância da busca por conhecimento, mesmo que esse processo signifique o abandono de uma posição cômoda.

Ainda que a obra se passe no período anterior à Cristo, a relevância do livro para a política e a compreensão do Estado nos dias atuais se torna irrefutável.

?O preço a pagar pela tua não participação na política é seres governado por quem é inferior.?
? Platão.
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Claudia.Rodrigues 08/10/2021

A sociedade na concepção de Platão
O livro é muito interessante. Versa sobre como Platão entende/concebe a sociedade. Aborda temas como valores, ética, comportamento, justiça, tendências. De forma especial, aborda no livro 5 a igualdade entre homens e mulheres, aponta que a única diferença entre mulheres e homens, é que as mulheres para ter filhos, concebe-os em si; enquanto os homens necessitam de concebê-los dentro de outro ser (a mulher). Desta forma, entende que - exceto esta diferença - homens e mulheres não se distinguem, sendo que a mulher tem condições de desenvolver qualquer atividade, e não diferente as também masculinas. Interessante que Platão estabelece e igualdade dos gêneros há quase 400 anos antes de Cristo, mas parece que quase 2 séculos e meio depois, a sociedade ainda tem dificuldades de entender que a mulher pode estar onde deseja estar. Também de forma especial, o livro 7 me chama atenção quando Platão descreve o mito da caverna, uma interessante reflexão para entendermos os jogos de poder em hierarquia e a determinação da conduta social de acordo como vê aqueles que detêm o poder e - não em menor importância - a necessidade e o conforto de considerável parte da sociedade em ser comandado.
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Francisco240 18/12/2020

O corpo do homem é corruptível, mas sua alma é perene!
Platão em Sua obra, mostra em uma conversa aparentemente sem muito propósito uma quantidade exorbitante de ideias de cunho filosófico político religioso moral, E ainda sim e muito forte presente no texto voltadas para o meio espiritual ou para a alma do ser humano.
O texto se inicia com Sócrates conversando com Glauco, e com algumas " tiradas " de Trasímaco. No entanto isso não difere em nada, e ainda acrescenta para o enriquecimento do texto em seus diversos sentidos pois eles conversam e tratam a respeito da formação de uma república perfeita discutindo entre governantes, o homem injusto e a vivência e a relação entre as mulheres e filhos com o Estado governante.
Renato 19/12/2020minha estante
Pela resenha é possível perceber que você assimilou o espírito da obra. Nem todas as leituras são fáceis e compreensíveis, mas mesmo em meio ao caos é possível colher algo proveitoso.


Francisco240 19/12/2020minha estante
Deveras pondero seu ponto de vista, oh meu nobre amigo!




Lucio 04/08/2015

Faz jus à fama de um dos livros mais importantes já escritos na história da humanidade!
O livro é, como bem observou Will Durant, um compêndio da filosofia de Platão e, o melhor, escrito pelo próprio Platão. Sua ética, filosofia existencial, escatologia, antropologia filosófica, epistemologia, metafísica, política, filosofia da educação e filosofia da linguagem é contemplada no texto. De fato, se alguém não tem a pretensão de se especializar em Platão, a leitura atenta da República bastar-lhe-á. Aliás, não apenas a 'leitura', mas o estudo, o debruçar-se sobre o livro, pois esse é um daqueles livros 'gigantescos' no qual dr. Adler recomenda-nos a labuta e o empenho para dominá-los.

Lê-lo e olhar para os outros diálogos é como ter comentários e expansões da República. Pudemos ver o Górgias, Protágoras, Teeteto, Fédon, Banquete... etc., todos ali, presentes, em maior ou menor grau.

Vale dizer que não vimos a doutrina da reminiscência sendo explorada de forma substanciosa. Vimos, sim, a questão do esquecimento no final do livro, mas não, necessariamente, uma exposição da reminiscência.

E como Platão é atual! Sua filosofia encontra reflexos nas filosofias de vários outros pensadores, e suas ideias e argumentos servem para debater e refutar diversos pensadores contemporâneos. Colecionamos citações e lições que nos serão muito úteis em pesquisas posteriores e em compreensão da realidade e elaboração crítica e sempre contínua de nossa cosmovisão.

Por fim, Alfred North Whitehead pode, agora, ser compreendido com um pouco mais de simpatia quando afirmou que toda a filosofia é nota de rodapé de Platão. Realmente vimos várias ideias de pensadores posteriores serem praticamente descritas na íntegra. A começar por Aristóteles, perpassamos Plotino e Agostinho que não se furtavam em declarar a influência de Platão, e nos encontramos, nas páginas da República (e de outras obras) com Anselmo, Descartes, Freud, Sartre...

Para qualquer pessoa que queira uma vida intelectual digna, ler a República só fará bem!
Ian Régis 11/05/2018minha estante
Como é que completei 30 anos sem nunca ter topado com este senhor Livro??? Meu Deus... que vacilação... ...kkkk


Lucio 24/06/2018minha estante
Bem legal, né Ian? Também adorei tê-lo lido e o recomendo a todos! Ainda que discordemos aqui e ali, é um livro absolutamente fantástico!




Nícolas 26/10/2020

Mais de 2 mil anos se passaram e segue sendo essencial.
Se você vai ler esse livro, provavelmente já está acostumado com Platão e com os discursos socráticos. Se não, comece por um menorzinho ou você corre o risco da não conseguir seguir a leitura.

O livro é denso e contém uma profunda discussão da natureza da justiça, da ética e das formas de governo.

Neste livro eu senti o sabor de "Utopia" de Thomas More, "A Riqueza das Nações" de Adam Smith, "Do contrato social" de Russeau, "1984" de George Orwell entre outras grandes obras.

O ponto que mais me intrigou foi a descrição de como o herói do povo que se levanta para combater as injustiças se transforma em um tirano. Semelhanças com as ditaduras mais famosas não são meras coincidências.

Que mais dizer desta obra? Alegoria da caverna? Anel de Giges? Discussões sobre o que é a realidade? Este livro é uma dádiva para todos os que gostam de filosofia.
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