Boca do inferno

Boca do inferno Ana Miranda




Resenhas - Boca do Inferno


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Inezita 25/04/2021

Livro monótono, repetitivo, pouco interessante e que pouco prende, linguagem muito rebuscada e complexa para ser tido como um livro para vestibulares. Não foi uma boa experiência, infelizmente.
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natalyn1 29/08/2020

Li este livro com o intuito de me aprofundar academicamente na estética barroca. É um bom livro para conhecer as características barrocas mas a narrativa é monótona e cansativa.
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stargazinyx 24/06/2022

Boca do Inferno
Li o livro pro vestibular. Apesar de não ter gostado muito, sei que poderia ter sido bem pior. O plot inicial é até interessante, mas depois que, a cada capítulo, começa a surgir um conflito e detalhe novo e é apresentado mais um cara chamado Antônio, a história fica extremamente confusa e cansativa.
Guilherme Bezerra 21/01/2023minha estante
"Plot" em português é "enredo".




Renata Rezende 05/04/2021

Incrível!
Os desdobramentos das mortes e intrigas são surpreendentes. Nada no livro é clichê. A pena do desterro é marcante e sempre me comove.

Uma história linda, dolorida e tão realista.
Mostra a dureza do Brasil colônia e todo sofrimento e pobreza que se encontrava por aqui.
Imperdível!
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Camila Barros 30/05/2014

O Barroco em Boca do Inferno
Boca do Inferno é uma obra da autora brasileira Ana Miranda e se trata de um romance histórico brasileiro que apresenta uma narrativa intensa, retratando de forma realista, apesar de esta ser uma narrativa ficcional, a realidade da época do Brasil colônia cujo povo sofria constantemente com a miséria, com os governantes déspotas, corruptos e tiranos nas províncias, além da falta de ação e interesse do príncipe regente de intervir nas mazelas que assolavam a colônia.

A narrativa se passa no estado da Bahia, no período colonial do Brasil, e gira em torno do assassinato do alcaide-mor, braço direito do governador. O personagem principal é Gregório de Matos que, por ser amigo da família Ravasco, acaba envolvido indiretamente no assassinato do alcaide. O poeta vê seus amigos, que participaram do homicídio, perseguidos pelo cruel e inescrupuloso Braço de Prata, alcunha atribuída ao governador por este possuir um braço artificial de prata. O assassinato é movido por intrigas e ódio entre duas famílias: os Ravasco e os Menezes. Duas famílias nobres que são inimigas e lutam entre si em nome da honra e do poder. O estopim do conflito inicia quando Gonçalo Ravasco, amigo do poeta Gregório, decidido a atingir a família Menezes, encabeça e trama o assassinato do alcaide Francisco Teles de Menezes. Após o assassinato, o governador Antônio de Souza de Menezes, o Braço de Prata, ordena a prisão dos envolvidos e de todos os possíveis aliados do inimigo. Desta forma, se inicia uma perseguição violenta onde o poeta Gregório de Matos é envolvido.

Difícil ler Boca do Inferno de forma imparcial e não escolher um lado: torcer pelo lado da família Ravasco ou da família dos Menezes. Os Menezes são uma família inescrupulosa e envolvida em questões e decisões ilícitas que favorecem a si e a seus aliados. Os Ravasco, referentes ao grupo dos mocinhos no romance, são uma família influente e que constantemente sofrem ataques dos Menezes nas questões hierárquicas e econômicas. Porém, os Ravasco também possuem sua dose de intolerância e de favorecimento a importantes e influentes amigos e aliados, fato é que Gonçalo Ravasco trama um homicídio e sua família procura de todas as formas livrá-lo de punições e sentenças que possam lhe custar a vida.

Assim, a autora Ana Miranda descreve bem a época final seiscentista no Brasil, período em que predominava o estilo Barroco, marcada por lutas de poder entre os nobres e as rixas entre as famílias influentes da época, além de retratar personagens como o poeta Gregório de Matos, conhecido por seus poemas satíricos e críticos, e o padre Antônio Vieira, que na trama pertence à família Ravasco e possui papel de destaque, retratado com muita veracidade e fidelidade às suas características históricas de exemplar escritor de sermões e de seu constante envolvimento no campo da política. O estilo barroco das obras e da vida destes dois personagens é retratado várias vezes na obra, onde se percebe o complexo dualismo Céu x Inferno no pensamento do homem que ora deseja o céu, mas encontra-se preso a terra, ora põe em dúvida a tradição religiosa, mas não consegue desvencilhar-se dela.

Outra questão perceptível são as características principais do Barroco apresentadas, que são o cultismo e o conceptismo. Para isso, como dito anteriormente, Miranda utiliza estes dois grandes nomes da literatura barroca: Gregório de Matos e Antônio Vieira. No livro, estes personagens também, da mesma forma, incorporam tais características, onde o primeiro apresenta os traços inegáveis do cultismo em sua poesia, marcada por jogos de palavras; e o segundo apresenta em sua prosa os traços do conceptismo, marcado pelos jogos de ideias. Desta forma, fica claro que os dois apresentam formas diferentes entre si de expressarem suas críticas, ideias e opiniões: Gregório de Matos utiliza-se da sua poesia, mais satírica, voltada para o povo e com linguagem mais coloquial, e Antônio Vieira, através de seus sermões, critica a sociedade por meio de parábolas e metáforas de cunho bíblico, apresentando uma linguagem mais rebuscada.

A autora também se utiliza de alusões a outras obras literárias consagradas, como é o caso do trecho onde Vieira relembra a obra Os Lusíadas: Para isso foi que abrimos os mares nunca dantes navegados? [...] Para isso descobrimos as regiões e os climas não conhecidos? [...] E depois de tantos perigos, depois de tantas desgraças, depois de tantas e lastimosas mortes, ou nas praias desertas sem sepultura, ou sepultados nas entranhas dos alarves, das feras, dos peixes, que as terras que assim ganhamos as hajamos de ver assim? (p. 50). O personagem procura mostrar que o povo português, tão bravo, corajoso e valente descrito por Camões, havia se tornado um povo mesquinho, ganancioso, arrogante e com sede de poder e sangue. Tal desabafo do personagem é retratado na obra, pois Vieira não aprovava as ações de Gonçalo Ravasco, seu sobrinho.

Por último, não se pode deixar de destacar o título Boca do Inferno adotado na obra de Ana Miranda. O título é uma referência explícita à alcunha verídica atribuída ao poeta baiano Gregório de Matos e Guerra. Em certos trechos da obra, o apelido do poeta é citado, permitindo fazer uma ligação entre o título da obra à alcunha do poeta, visto que este é a personagem principal da narrativa. Como exemplo, em certo trecho há a referência dada pelo governador Braço de Prata sobre Gregório de Matos: Mas com uma certa nobreza de linguagem, que não rasteja à boca do inferno como a desse poeta baiano, não é essa a sua alcunha? O Boca do Inferno? [...] (p. 242).

Em outra passagem posterior, também é aludida a alcunha do poeta: [...] Podia ter-se dedicado à lírica ou à transcendência espiritual, como Vieira, mas abdicara da graça da manhã ensolarada e dos mistérios suaves, deixava-se vagar pela esfera mais funda e por isso o chamavam Boca do Inferno. Mas boca do inferno não era ele. Era a cidade. Era a colônia (p. 250). Sabe-se que o poeta recebeu o apelido Boca do Inferno por suas inúmeras poesias críticas e/ou satíricas, ora ofensivas ora de referência erótica, sobre questões como a Igreja, o clero, a religião, a política e as classes sociais. Desta forma, Miranda apresenta Gregório de Matos de forma não diferente do qual é apresentado na história, proporcionando mais realidade à obra.

Todas estas características, além dessa mistura de ficção e história, acabam por conferir ao livro uma experiência de leitura que beira ao realismo e que proporcionam ao leitor uma breve visão do período do Barroco brasileiro e da vida e história de seus ilustres representantes que marcaram a Literatura Brasileira, acentuando, desta forma, este período tão conturbado e contraditório que influenciou o pensamento do ser humano e suas obras.
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Vilamarc 06/09/2021

Brasil Colonial
Esse é um dos raros livros ambientado no Brasil Colonial, no caso, na Bahia, capital da Colônia portuguesa nos trópicos.
Vencedora do Jabuti de autora revelação, minha conterrânea Ana Miranda constrói uma trama policial envolvendo personagens históricas como o governador da Bahia Antonio Sousa de Menezes, vulgo Braço de Prara, o Jesuíta Padre Vieira e o poeta Gregorio de Mattos, vulgo Boca do inferno.
O enredo mostra todos os vícios de uma terra distante do Centro do poder, onde Igreja e Semhores de engenhos disputavam influências.
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Celestia 26/07/2022

Perda de tempo
Li esse livro porque era da lista da UFSC, sinceramente o maior desgosto literário do meu ano.
Personagens estranhamente mal construídos e cada capítulo era um plot novo. Parecia que a autora tinha muitas ideias e bateu tudo no liquidificador para o resultado ser Boca do Inferno. Bem, o título faz jus ao livro; realmente, um inferno, só não pior que minha vida familiar
Não consegui me apegar a nenhum personagem durante as poucas páginas que li, o texto era confuso e existem pelo menos quatro personagens chamados Antônio. HÁ. QUATRO. ANTÔNIOS.
A premissa do livro até que foi interessante, mas acrescentar histórias paralelas a cada capítulo em um livro com mais de 300 páginas é de fazer derreter o cérebro de qualquer ser humano com o mínimo de alma.
Gregório de Matos poderia ter sido muito mais explorado, porque historicamente ele é uma figura muito mais excêntrica.
O tanto de complexidade nas palavras, a bagunça do enredo e a falta de afinidade que tive para com os personagens me fez querer vomitar ou enfiar minha cabeça em um buraco como um avestruz. Ou pior, ambos.
Em suma, foi o pior livro que li nos últimos tempos. Até superou a trilogia O Verão Que Mudou A Minha Vida, que considero a maior romantização de relacionamento abusivo e atrocidade literária da década.
stargazinyx 26/07/2022minha estante
Maravilhoso


stargazinyx 26/07/2022minha estante
Compreensível


stargazinyx 26/07/2022minha estante
Esclarecedor


stargazinyx 26/07/2022minha estante
Magnífico


stargazinyx 26/07/2022minha estante
Esplêndido


Somente Leituras 28/10/2022minha estante
Depois desse resenha tenho certeza, que vou botar esse livro em uma bolsa e levar para doação na biblioteca, não vou perder meu tempo lendo.




JAlia 15/01/2021

Cansativo e repetitivo
Muitos detalhes inúteis são colocados na obra, deixando a leitura arrastada e monótona. Seu tema poderia ser mais direto e objetivo, assim apreciado de melhor forma. Vale a pena se você não tiver pressa e muita paciência. Da autora, existem livros muito superiores como "A última quimera" e "Desmundo".
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crislane.cavalcante 27/12/2020

Grata surpresa! Inclusive todas às vezes que vejo o título fico com vontade de reler. Boca do Inferno já chama atenção com esse título, e cai perfeitamente bem com toda a trama. A linguagem é um pouco rebuscada? É. O início é um pouco complicado? É. Acredito que para ler essa obra seria interessante fazer uma pesquisada rápida para saber sobre quem foi Gregório de Matos e quando iniciar a leitura ler com bastante calma. Recomendo demais para aqueles que querem aprender um pouco sobre um poeta controverso tanto em sua vida privada quanto pública mais uma ficção magistralmente bem escrita e entretenida.
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Laura 28/06/2022

Livro de vestibular
O plano de fundo em Salvador é incrível pra nós, estudantes, conseguirmos associar melhor a história com o modo de vida da época. Também foi interessante conhecer de forma mais profunda alguns personagens importantes da literatura nacional. Porém,,,, o foco do livro é apenas um acontecimento e se tornou maçante. Mesmo assim, valeu a pena e acrescentou positivamente!
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Brina 04/07/2021

?
Boca do inferno foi uma surpresa leitura. Ana Miranda administrou figuras históricas com personagens fictícios, contando uma parte da nossa história. Uma linguagem um pouco rebuscada que não atrapalha em nada. Com uma escrita cativante, conhecemos uma Bahia cheia de pecados e prazeres, mas tambem as indignações de um povo que vive em um ambiente de corrupção, onde Gregório de Matos tem o prazer de fazer suas sátiras.
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Paula 14/06/2022

Li para o vestibular. Muitos enredos secundários acontecendo paralelamente. O início é muito confuso. O final parece o início.
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Debora 17/09/2021

Um romance histórico sobre o Brasil colônia
O nome do livro refere-se à alcunha de Gregório de Mattos, o poeta maldito. No Brasil colônia de meados do século XVII, uma briga entre famílias da aristocracia de Salvador movimenta em cenário de corrupção, conchavos e violência (bem.parecido com hoje, né?), Sobrando pra maior parte da população a pobreza e "os vícios".
Pensei que fosse gostar mais do livro, pq gosto muito de romances históricos, mas ele acaba sendo pesado, repetitivo e, muitas vezes, enfadonho. Mas foi uma história importante de conhecer
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Mila.Soraia 04/01/2021

Um livro interessante. Comecei a ler sem saber bem o que esperar. Fui positivamente surpreendida. Tem intrigas, disputa de poder, suspense, religião e uma dose de putaria. Além disso, o cenário de fundo é o Brasil colonial da segunda metade XVII, com personagem como o poeta Gregório de Matos e Padre Antônio Vieira.
Para aproveitar melhor as sutilezas do romance, é preciso se familiarizar com o movimento Barroco no Brasil, e suas características. Todo o livro é uma homenagem à dualidade barroca, contrapondo a moralidade e a corrupção, o sagrado e o profano, o céu e o inferno.
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Marcos Nandi 26/03/2021

A história prometia, mas achei bem genérica.
A história se passa em Salvador quando capital do Brasil. A trama se desenvolve com a morte do alcaide-mor assassinado por opositores do atual governo, o governador Antônio de Souza Menezes, o braço de prata.

Com a morte do alcaide-mor, a rixa entre os Menezes (governador) e os Ravascos (família do padre Antônio Vieira) se açirra.

O plot é interessante e renderia um bom romance de época, mas ele é apenas regular por causa da má- execução da obra.

A começar pela péssima capitulação, achei bem estranho o jeito como a autora organizou os capítulos.

Além disso, os diálogos são muito pobres, chegando a ser anacrônico com a época em que se passa a história. Por exemplo, quando li "A casa das sete mulheres", o texto era super coerente, o que não acontece com o Boca no inferno, um texto bem fraco, cheio de palavras que lembram a época de hoje.

Outra coisa que me irritou fora o personagem que dá nome ao livro. O Gregório de Matos. Chato. Enfadonho. Fiz leitura dinâmica em todos os seus relatos amorosos. Dezenas de vezes que ele ficou com o "pênis duro". Outro que me irritou muito, foi o jesuíta (Antônio Vieira), um personagem verborragico e chato. Ou seja, falta de empatia pelos mocinhos, me fez gostar do governador e grande vilão da história, que diferente dos mocinhos se esquivou ao máximo em usar sua força e poder.

Como entretenimento não entretém e como recorte histórico também não empolga. Tem muita informação jogada e pessimamente mal executada. Talvez, apenas a questão judaica no Brasil é legal. A parte da escravidão e povoamento da Bahia é bem pedestre.

E por fim, achei abrupta a resolução dos problemas e o desfecho do vilão. Aprontou o livro todo, para resolução, se dar em um parágrafo.
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