Resenhas - A Dama das Camélias

juuuwidy 07/06/2023

Quando tiver que expressar o mal que o romantismo me faz, direi o nome desse livro. A escrita é tão doce mas seu conteúdo é arrebatador; a vertigem da esperança, dos sacrifícios e de cereja do bolo da culpa, entorpece qualquer leitor. É preciso ler sabendo que uma ideia ou outra soam datadas, e tomar cuidado para não se perder no anacronismo. Em geral é uma pena que seja um livro tão curto, sinto que poderia ser mais explorado, mas também não sei como então me cabe apenas o silêncio.

Luna 31/03/2020

Inesquecível
É comum dizerem que a vida é feita de escolhas, que você colhe o que plantou. Mas... Nem sempre isso é verdade. Muitas vezes o destino, ou seja lá que nome você prefira dar, nos aprisiona numa realidade na qual "escolha" é utopia, na qual colhemos não o que plantamos, mas as consequências do que foi plantado por outras pessoas.

Se tem alguém que merece o meu carinho e as minhas lágrimas é a Marguerite e não o Armand. O fim dela foi muito triste, toda sua vida foi uma tristeza e amar não passou de um castigo. Ela não merecia nada disso. Não merecia esse sofrimento. Lembrarei dessa personagem por toda minha vida, como até hoje lembro da Lucíola, de José de Alencar.

site: https://www.emocoesaflordapele.com/2020/03/a-dama-das-camelias-alexandre-dumas.html

Rodiceia 18/09/2012

O sacrifício do amor verdadeiro
Texto bem escrito. Para quem já leu alguma obra de seu pai, Alexandre Dumas, o filho não deixa a desejar no dom das palavras. Tudo bem amarrado, bem escrito, texto fui deliciosamente. Só pelo texto bem escrito, já se vale a pena lê-lo.

**OPINIÃO PESSOAL**
A história de um dos romances mais ternos e puros já relatado, o amor entre Marguerite e Armand parece infinito, mesmo sobre a tragedia que os abate. Não apenas isto, mas também como o amor que despertam em todos que possam senti-lo, vê-lo e acreditá-lo. Para quem gosta de romances puros, este é um excelente livro.

Francisco 18/09/2020

Bom livro, boa estética de escrita
Uma ótima leitura, com texto simples e cativante. Bem parecido com "Manon Lescault", de Abade Prévost.

Marja 25/12/2022

Uma mistura de sentimentos
Uma escrita envolvente, que te prende e faz continuar lendo apesar do sono. Uma história inconcebível para os tempos de hoje, profunda, triste e feliz. Te faz suspirar e chorar também.

Daiane 16/05/2020

Lendo o livro lembrei muito da forma que Machado de Assis e José de Alencar escreviam, são meus autores brasileiros clássicos favoritos.
Eu amei o livro

de Paula 16/08/2021

Somos coisas aos olhos dos ricos?
Esse livro é incrível não só em sua escrita e história, mas principalmente nas discussões que suscita em 1848! A narrativa se dá em Paris, onde um jovem advogado recém formado se apaixona de forma ensandecida por uma cortesã de saúde frágil e juntos vivem uma das histórias de amor mais bonitas da literatura. Não quero me aprofundar porque acho um livro necessário e que representa o auge do romantismo em meio ao momento de revoluções e iluminismo que a França vivia. Isso é importante porque em meio as eras mais dramáticas da História as pessoas continuam vivendo.

A discussão mais forte gira em torno da cortesã, Margueriitte Gautier, que é uma jovem só em Paris e possui diversos amantes que bancam seus luxos de 100 mil francos ao ano em troca de seus serviços sexuais. E é só isso, ninguém a vê como pessoa, exceto o protagonista, que mesmo sem conhecê-la direito se preocupa e chora ao vê-la sucumbindo. O amor deles nasce da necessidade que ela tem de se sentir alguém e não o objeto de outros, até mesmo de seu benfeitor, um duque que a sustenta pela sua semelhança a filha morta dele.

Gosto do livro iniciar com o final do romance e levar o leitor a entender e amar a dama das camélias como o seu verdadeiro amor. A narração é feita por um terceiro que dá voz ao jovem apaixonado, que se encontra moribundo e após isso a cortesã. Em diversos momentos a história é tratada como apenas uma história de amor, o que é, mas para as pessoas daquela época e até hoje vem isso como capricho ou que uma mulher que trabalha com prostituição não merece nada além de desprezo e uma vida à margem da sociedade, além do desejo que pague pelos seus pecados, quando se tem alguém para culpar são os financiadores desse mercado, que monetizam e pagam para que pessoas na época e em pleno século XXI sejam escravizadas e traficadas para alimentar seus desejos carnais. Mesmo assim, a prostituta é a culpada de tudo e por isso desprezada, humilhada e impedida de viver como outra pessoa qualquer.

O preço do amor dos protagonistas, a dura realidade financeira, os sugadores de finanças e de alma que se dizem amigos, a vingança, os desejos mesquinhos e uma vida desregrada são temas encontrados na leitura e nos fazem pensar se as coisas mudaram tanto assim desde a publicação da obra, tal como a reflexão do valor e papel da mulher na sociedade, mesmo as que não são prostitutas (que é uma profissão escolhida por algumas mulheres hoje, mas ainda envolve muito machismo e misoginia, além dos crimes supracitados). Magnifico e eletrizante do início ao fim, vale muito a pena!

Mônica B. Lopes 12/02/2022

Só tristeza.
Um amor condenado pela sociedade. Marguerite amou, foi feliz e infeliz. Sofreu com sua enfermidade e com o medo de perder o seu amor. Fez um grande sacrifício e praticamente terminou seus dias sozinha.
Armand não vou defender pois ele podia ter feito tudo diferente, mas não vou condenar pois se tratando da época creio que seria bem assim mesmo.
Foi uma mistura de sentimentos essa leitura. Recomendo.

Cat 12/12/2022

Marguerite Gautier
Gostei muito do livro, mas devo admitir que fui bem influenciada pela adaptação com a Greta Garbo (que eu adoro). Adoro a Marguerite, a forma como ela se expressa, especialmente naquelas cartas ao final da obra. Acho muito interessante como o autor deixa claro que a história é livre de ser contada de outra forma, e temos adaptações dos mais diversos tipos, eu outra época como a do Rodolfo Valentino, ou a Traviata, e até bem diferentes como o Moulin Rouge.

Rony 05/03/2021

Um Dom Casmurro francês
Apesar do livro se chamar "a dama das camélias" quem iniciará a narração não conhecia a tal dama. Foi em uma de suas andanças que nosso narrador descobre que haverá um leilão em Paris e lá, movido pela curiosidade do que estaria escrito na primeira página de um livro, adquire por um preço exorbitante um livro usado e se decepciona com o que encontra: era só uma simples dedicatória. Entretanto, pouco tempo depois, um belo jovem bate em sua porta desesperado, com lágrimas nos olhos perguntando sobre o livro e se poderia tê-lo, já que é a única lembrança que restava de sua falecida amante. Como compensação, o jovem narra o seu amor proibido com a cortesã Margarite e seu trágico fim.
Baseado em uma experiência que o autor presenciou, Dumas Filho narra uma história de amor amarrada pelos estigmas sociais da época de uma maneira bem interessante. Em alguns momentos, apesar de muito bem escrito, não tem nada que o destaque de outros romances de época, me fazendo lembrar em muitos momentos outros autores como o meu querido Machado de Assis.

Heitor.Hissao 02/06/2022

O livro trabalha bem o fato de ser alguém contando uma história que outro alguém está contando. Existe em diversos momentos um amor muito singelo pela literatura e pela dama das camélias, que é fortemente trabalhado pelo narrador.

Pena que ele não mantém essa força sempre, muitas vezes ele até se perde nessa proposta inicial, porém vai retomando com o tempo.

Mas é interessante ver, como toda essa coisa do Armand querendo imortalizar sua história de amor e dar uma visão positiva, é motivo de deboche do narrador muitas vezes, demonstrando a faceta conservadora da sociedade que ele tanto crítica durante a narrativa.

laura 19/03/2010

Sem emoção
Essa estória não conseguiu me emocionar, talvez seja a forma que foi contada, o tema tinha tudo para fazer os leitores se emocionarem, mais pelo menos comigo não aconteceu.
Esse senhor Armand Duval, pensou que conseguiria viver de amor e no caso dele um amor grudento, e de sua pouca fortuna, alem do mais ele demonstrou ser uma pessoa insegura, imatura e vingativa.
Já Marguerite Gautier realmente teve uma atitude nobre ao abdicar-se de seu amor em prol de outra pessoa.
Uma passagem que achei comovente foi quando o pai de Armand o leva pra casa, apesar de ser ele o responsável por aquela situação, mais também compreensível se considerar a época que passa a história do romance, o nome é a honra da família tinha que ser mantida acima de tudo.

JessicaLopes 04/07/2022

Nascer mulher é nascer pra sofrer
Esse livro é um clássico quando comecei ele fiquei cm medo de abandonar ja que a maior parte desse tipo de leitura é um pouco cansativa. Li e amei, terminei mas admito que não sei se foi na força do ódio ou por ter amado imensamente o livro, são tantas coisas absurdas que acontecem em meio a vida da protagonista que era normal na época e algumas coisas hoje em dia algumas pessoas ainda praticam. Tudo bem no final tudo se resolve mas durante todo trajeto é sofrimento em 85% da historia kkk mas incrível mesmo assim muito bem escrito

Tai Ramalho 16/08/2022

Um clássico é um clássico, com certeza esse vale a pena ser lido. A Dama das Camélias é capaz de encher nosso coração de esperanças e junto a isso também muita tristeza, uma grande história de amor.

Malv 31/07/2022

Releitura de um favorito
A experiência foi ainda melhor depois de um ano, mas não vou parar para enaltecer se não vou fazer um texto interminável.