spoiler visualizarIsa 05/08/2013
Obsidian, o chato
O pior livro da série para mim, de longe. (Tudo bem que ainda não li Shadow.)
Talvez tenha sido porque estive engolindo um livro atrás do outro da Novas Espécies e tudo acaba se tornando um pouco repetitivo, especialmente neste livro.
Veja bem, a mocinha, dona Allison, é, eu me arriscaria dizer, a mais inexpressiva de todas. O que me fez admirar um pouco mais a série - a personalidade forte de algumas mocinhas, ou ao menos sua autoconfiança ou história de vida - não está presente nela. Não senti qualquer força nessa mulher.
Para começar, ela é obcecada pelo paciente em coma 'gostosão', que ainda tem como identificação um número. Está tentando de tudo para salvá-lo, mas ele quer desistir da vida porque sua companheira Nova Espécie morreu em sua frente.
É este o homem que ela quer salvar, para começar.
Então bola um plano: por que não encontrar uma fêmea (ou ser a fêmea) para confundi-lo com seu cheiro e fazer com que ele se acostume com ela? Sugeriu ao seu superior essa solução e não foi aceita.
Mas você não está entendendo: ela QUERIA MUITO salvar esse cara. Logo, o que ela faz? Aluga uma casa e foge com o cara até lá. Não quer nem saber. Lá, começa seu plano de ser a fêmea. Em pouco tempo, no entanto, é encontrada pela polícia dos Novas Espécies e presa. Nesse pequeno confronto, o cara acaba acordando e a vê.
Quando o cara volta pra Homeland, a terra dos Espécies, ele acorda, descobre que o mundo mudou e ele não é mais só um experimento. E adivinha? Quer ver a doutora de novo. O pessoal concorda, a manda pra ele achando que o pobre tinha criado dependência e por aí vai.
A questão é: o cara, que veio a se chamar Obsidian, é absurdo! Ele supera até o valentão do Valiant na grosseria e chatice. É mandão, não respeita nenhuma resolução da Allison... E ELA DEIXA! Só quer saber de sexo o tempo inteiro (que novidade nessa série, não é?), mas ao contrário dos outros livros eu não senti que se encaixasse (e olha que até superei o sexo selvagem pós-recuperação-de-quase-morte do Slade e da Trisha na floresta).
Não compreendi, do fundo do meu coração, o motivo para ela amá-lo. Ele falava MUITO, até demais, da ex-companheira falecida Espécie. E o pior - se macho faz isso comigo não perdoo nem em vinte vidas - ficava COMPARANDO a esmo as duas... na cama! Tipo, "ela não me abraçava, você abraça; ela era machona, você é delicadinha" etc.
É claro que você descobre que a companheira falecida na verdade era apaixonada por outro Espécie e só o deixava tocá-la quando ela estava "no cio", até a hora em que se revoltou e resolveu provocar o pessoal da Mercile até que eles acabaram a matando. E adivinha só, o Obsidian fica SE CULPANDO de ter sobrevivido e da Espécie ingrata - que procurou a própria morte - ter batido as botas. "Queria que ela visse isso tudo, ela não merecia morrer" e blablablá. Poupe-me, Obsidian.
Pra fechar com a cereja do bolo, os dois se separam por três meses, o coração dela quase se despedaça, e, quando ela retorna para visitá-lo, ele nem é capaz de recepcioná-la decentemente! E, quando a Allison percebe que ele mudou e é capaz agora de ser educado e decente, ela diz que gosta de receber ordens e de que ele seja mandão e mal-educado! Sinceramente, Allison, você é uma banana submissa.
Claro que o livro acaba no happily ever after. E eu dei graças a Deus quando acabou.