A viagem vertical

A viagem vertical Enrique Vila-Matas




Resenhas - A Viagem Vertical


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Christiane 24/07/2021

Mayol vive em Barcelona e está acomodado em sua vida, acredita que fez tudo correto, enriqueceu com sua empresa de Seguros que agora é presidida pelo seu filho, deu uma vida boa a sua família, mas não consegue se entender com o filho mais novo e está furioso com ele por ter compreendido que ele o chamou de inculto. Sem saber Julían tocou no ponto mais sensível de Mayol, sua falta de cultura. Ele foi obrigado a abandonar os estudos por causa da guerra civil na Espanha e depois nunca mais retomou.

Tudo teria continuado desta forma se não fosse a esposa de Mayol, Julia sem mais nem menos lhe dizer que está farta, que quer que ele vá embora porque ela precisa ficar sozinha e ter tempo para si mesma e descobrir quem ela é, depois de tantos anos se dedicando e fazendo as vontades de todos. Mayol não compreende, mas Julia está de certa forma dando uma dica para Mayol, sempre é tempo de se ir em busca de seu desejo, de descobrir quem somos. Julia, como o marido, considera que cumpriu sua missão e agora quer um tempo para si mesma que nunca pode ter antes.

Mayol sem compreender nada do que sua esposa Julia deseja acaba indo embora. Começa o que ele vai chamar de viagem vertical para o sul. Primeiro Porto, depois Lisboa até que ele chega a Ilha Madeira. É uma viagem para o fundo, de descobrimento de si mesmo. É um recomeço onde ele poderá finalmente enfrentar seu trauma e buscar o que deseja. Sempre é possível, a derrota às vezes é apenas a forma de sacudir uma pessoa para que ela saia de seu conformismo e autopiedade para fazer algo por si mesma.

É como os romances de formação só que aqui o personagem já tem mais de setenta anos, mostrando que enquanto se está vivo é possível ir em busca de si mesmo e do que se deseja.

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André Vedder 15/07/2022

Um ancião em formação.
Imagine-se você um homem de 77 anos com uma família constituída, uma independência financeira oriundo de seu trabalho e uma visão de vida já consumada pelo tempo, tendo que lidar com a notícia de que sua esposa não lhe quer mais, pois não aguenta mais sua companhia e prefere ficar sozinha. Esse é apenas o mote que da inicio a uma viagem existencial muito bem elaborada por Enrique Vila-Matas.
Essa viagem me deu uma sensação de estar lendo um romance de formação, mas aqui ao contrário, pois temos um personagem já idoso que perde todas suas certezas vivenciais, e a partir disso começa uma jornada de dúvidas existenciais, em busca de algum consolo, culpado ou explicação para sua vida até então digna transformar-se num grande tormento.
A narrativa do autor é muito bem articulada e nos traz reflexões inteligentes sobre nossos conceitos na sociedade e na vida em geral.

"Pensou então em sua vida. Não gostava dela, não podia gostar, parecia encaminhada para um péssimo final. Refletiu que talvez a autêntica vida de alguém fosse aquela que a pessoa não leva."


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Sebo Por Todo C 08/08/2014

VIAGEM VERTICAL
A viagem vertical, Enrique Vila-Matas
Cosac Naify, 2010, 252 páginas

Algumas vezes me parece que nascemos para ter medo. Um dos meus é imaginar como seria ser surpreendida pelo destino, desviando a minha rota de existência estruturada por algum tortuoso caminho desconhecido.
Conhecemos Federico Mayol, o protagonista, já com 77 anos, afastado do trabalho como presidente de uma rentável companhia de seguros, agora capitaneada por seu filho mais velho.
Catalão, nacionalista, Mayol tem como sua maior frustração ter parado os estudos aos 14 anos, resultado do caos instalado na Espanha, no período da Guerra Civil.
Sua mulher e três filhos são testemunhas de sua bem-sucedida vida nos negócios, apesar da pouca instrução.
Federico Mayol vê seu mundo estruturado e confortável vir abaixo ao ser rejeitado por sua mulher, exatamente um dia após a comemoração das bodas de ouro. Busca ajuda junto ao filho predileto, o primogênito, e o descobre como um homem infeliz. Nada pode esperar de sua filha, já que a recrimina por buscar emoção no adultério. Do caçula, Mayol recebe a crítica de ser um homem bem sucedido, porém inculto. Canaliza para esse filho toda a raiva, muito mais do que à sua mulher que o abandonara na velhice. Presunçoso, egocêntrico, pintor medíocre são as qualificações dedicadas ao caçula.
Pois Mayol, que já não tinha como característica a suavidade e o bom humor, alicerca a descrença e o rancor na sua visão da vida. Não lhe resta, então, outra saída a não ser partir em viagem: de Barcelona para Lisboa, seguindo para a cidade do Porto e, depois, para a Ilha da Madeira. Nada lhe satisfaz e a solidão pesa-lhe. Na Ilha da Madeira encontra um sobrinho de sua mulher e participa de um grupo de leitura, ele, acusado de ser inculto pelo filho e realmente pouco afeito à companhia dos livros.
E é nesse ponto que Federico Mayol encontra seu destino de personagem.
oOo
O livro Viagem vertical estava na prateleira de recém-adquiridos da Biblioteca Mário de Andrade, apesar de ser uma edição de 2004. Folheei as primeiras páginas e comecei a leitura descompromissada por ali mesmo. Meu horário disponível passou ventando e eu lá estava pela página 30, empolgada pela escrita admirável de Vila-Matas.
Mas já se disse que escrever bem é condição primeira para qualquer escritor e, naquele momento, era condição suficiente para eu emprestar o livro da querida biblioteca.
Confesso que além da boa escrita, o personagem ou personagens, mais do que a trama, são peça fundamental para meu encantamento com a leitura. Por exemplo, não encontro prazer na leitura de Ian McEwan, apesar das histórias únicas e pra lá de bem narradas. O fato é que McEwan extrai dos seus personagens os piores sentimentos humanos.
É a vida? Pode ser. Mas passados um ou dois títulos já não quero mais leituras do autor.
Voltando à Viagem Vertical, Mayol é ranzinza, mal-humorado, impaciente, presunçoso e, na sua viagem vertical, lhe cabe um papel solitário.
Se gostei da leitura? Patinei em diversos momentos, tantos quanto Mayol em sua busca que pode ser infinita até o término de sua existência, mas poderia ser mais curta em número de páginas.

Trecho predileto, p. 226/227
“’Eu sim, sou da Atlântida.’, me diria Mayol naquele mesmo dia, quando nos encontramos às seis da tarde. Seus olhos tinham um brilho estranho. Como não entendi a que se referia ao dizer que era da Atlântida, pedi explicações, e foi quando ele começou a me falar obsessivamente do filho Julián e de suas pretensões artísticas e de como era imbecil e da carta que naquela mesma tarde pensavam mandar a Barcelona, comunicando-lhe que seu pai, ele sim, era realmente da Atlântida, e que pretendia voltar à pátria submersa, da qual nunca devia ter saído, aproveitando sua excepcional capacidade para afundar.
-- Como pretexto de ser um gênio que algum dia iria triunfar – disse-me Mayol --, estive pagando todos os seus gastos até muito pouco tempo. E sabe como me agradeceu? Me tratando como a um pobre negociante inculto. Merece minha vingança.
Nunca o tinha ouvido falar com tamanho rancor de um filho. Confirmei, por outro lado, através de sua obsessiva descrição da última visita ao ateliê do pintor de portos metafísicos, que num só dia a maneira de falar de Mayol havia se tornado especial. Mesmo que não chegasse ao extremo daquelas pessoas que são incapazes de descrever qualquer situação isolando-a de uma atividade geral – esse tipo de gente que para dizer como entrou numa casa precisa explicar que limpou os sapatos, tocou a campainha, empurrou a porta e entrou, e a porta se fechou por trás dela --, Mayol passara a pertencer – talvez influenciado por minhas palavras da noite anterior, quando disse a ele que a vida de alguém não existia se não era narrada e fixada num papel – a essa classe de indivíduos que julgam cada cena de sua vida um grande acontecimento, do qual deve-se narrar grande parte dos pensamentos, palavras e ações que contém.”
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Silvana (@delivroemlivro) 14/12/2012

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Tks!
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Guila 18/05/2012

Gostei do início do livro: a mulher na cozinha descascando ervilhas, o marido na porta que dá para o quintal e, de repente, a mulher lhe diz que quer que ele vá embora. Diz isso como se dissesse que as ervilhas não estavam tão boas. É um pedido inesperado, chocante e fundamental. O homem se vai e numa viagem vertical revê sua vida, suas relações. Muito bem escrito, é envolvente.
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Matheus 16/04/2013

A viagem vertical de um homem repugnante e desconhecido de si mesmo, que ao cair, encontra a cultura e se vê salvo por ela. Apaixona-se pela profundidade e vai a seu encontro, descobre que cair às vezes não é muito mais que subir por outra dimensão. Genial, genial, genial.
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Jacqueline 25/07/2015

“A derrota nunca é só derrota”

“A descida seduz
como seduziu a subida.
Nunca a derrota é só derrota, pois
o mundo que ela abre é sempre uma parada
antes
insuspeitada”

O mote da história é promissor: Federico, um homem de 77 anos, após completar bodas de ouro, é surpreendido pelo pedido de separação da mulher, que lhe declara que quer desfrutar os poucos anos que lhe resta em liberdade. Passado o baque inicial do pedido, surge a "necessidade urgente de ser outro": era preciso se reinventar. Viagens concretas parecem ser um caminho promissor para cumprir esse intento, para lhe propiciar uma viagem vertical.
Afinal:

“Quando você viaja com alguém, sempre tende a olhar para o que o rodeia com estranhamento, enquanto, quando viaja sozinho, o estranho é sempre você”.

Mas, na trajetória da reinvenção do protagonista, a história naufraga em alguns momentos. Os três filhos, mencionados no início, não cumprem muita função. Nos é dado a conhecer de sua filha mais velha tão somente que é casada com um homem mais velho e tem um caso extraconjugal, o que preocupa o protagonista. Do mais velho, que Federico julga o acertado e feliz, sabemos que sucedeu o pai nos negócios, é bem sucedido financeiramente, mas está em crise no casamento e não vê mais sentido no que faz (na verdade, nunca escolheu exatamente o que fazer nem precisou fazer nada para ter sucesso: recebeu a empresa familiar bem sucedida como herança). O filho mais jovem é um artista plástico que mantem uma relação conflituosa com o pai. É o único que cumpre uma função na história. Um diálogo entre pais e filho reverbera durante toda a história: em um comentário marginal, o filho pontua a pouca cultura do pai, o que é tido como uma ofensa imperdoável, afinal, a continuidade da escolaridade bem como outras formas de acesso aos bens culturais foram deixados de lado em prol da família. Mesmo no caso desse filho, as pontas parecem ser amarradas a priori sem que as experiências vividas transforme algo. Sua existência é quase que exclusivamente motivacional - origina parte da busca do pai (a complexidade de afetos que pode emergir em uma relação conflituosa desse tipo entre pais e filhos não é nem de longe tangenciada) e é a quem o pai se dirige no final da história.
A ampliação do universo cultural passa a ser então uma das buscas de Federico (aqui a ideia do senso comum de que viagem traz conhecimento busca ganhar novos contornos) e a participação em um tal sarau de amigos descoberto em uma das localidades que conhece em Portugal, aparece como um dos acasos um pouco forçado na história. A constante contraposição entre os ensinamentos das ruas e dos livros é também tratada de forma convencional, superficial, ecoando, na maioria das vezes, somente o senso comum. Que o personagem o faça, é previsível e faz parte de sua caracterização, mas as outras vozes que constituem o romance poderiam tirá-lo da previsibilidade.
A narrativa da história é na maior parte da obra bem tramada. A entrada do narrador na história acontece aos poucos e a mudança de pessoa gramatical confere um zoom à ótica discursiva. Reflexões sobre a literatura e o ser escritor ajudam na criação de certa complexidade dramática e contextualizam a entrada do narrador na história. O problema é que no final também o arremate não convence muito e a coisa toda parece se resumir a um caso clássico de um escritor a procura de uma história.
De qualquer forma, a narrativa consegue nos cativar, mobilizando-nos para testemunhar as descobertas e transformação do herói:

“Há sempre um segundo drama oculto – muito mais sério que o primeiro – escondido por trás da tragédia mais óbvia, mas visível” (p. 102).

E apontar o drama oculto do protagonista é o jogo proposto para o leitor, que, ao aceitar esse jogo, mobiliza seus próprios dramas ocultos.
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Rodrigo.Bueno 18/01/2016

Vale o mergulho
Um ensaio muito bem escrito sobre o sentido da vida, sobre aprofundar-se em suas muitas experiências ou vivê-lad na superfície. Muito interessante o percurso do personagem principal e a função do narrador nessa história. Uma bela surpresa. Boa entrada para a obra de Enrique Vila-Matas.
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Maitê 03/07/2017

bom
Me lembrou bastante dos livros do Gabo, e me fez querer ler mais Gabo, mas não sei se leria outro livro desse autor. O que mais gostei na historia é o conflito constante do personagem com o medo da morte, que o impedi e que o motiva a buscar uma vida nova.
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Paulo Sousa 14/04/2018

A viagem vertical
Livro lido 3°/Abr//18°/2018
Título: A viagem vertical
Título original: El viaje vertical
Autor: Enrique Vila-Matas (ESP)
Tradução: Laura Janina Hosiasson
Editora: Cosac & Naify
Ano de lançamento: 2004
Ano desta edição: 2004
Páginas: 256
Classificação: ??????
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"Desde sempre os homens têm ouvido vozes que os impelem a partir, dizendo-lhes que será por pouco tempo ou talvez para não voltar jamais. Desde sempre existiram vozes expulsando-os do conforto, sem saberem nunca muito bem que carta escolher, ou seja, se poderiam deixar de escutar, sem risco, o chamado das vozes ou se na viagem os aguardaria o mesmo silêncio trágico das noites intermináveis de seus lares" (pág 81/iBooks).
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A história é prosaica: um septuagenário catalão, Federico Mayol, que se vê abandonado pela mulher, ignorado pelos filhos e amargurado pela ausência de significado para sua vida, cai numa vertiginosa queda. Todas as coisas que construiu - família, uma bem sucedida empresa de seguros, uma considerável fortuna e um relevante legado de política nacionalista, de repente perde o sentido, se tornam meras memórias circunstanciais. Ele sofre uma brutal interrupção de existência quando, ao eclodir a guerra civil espanhola, se vê impedido de acessar o ensino acadêmico e, de certa forma, o romance do criativo e prolixo escritor espanhol gira em torno dessa "deficiência" educacional.
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A narrativa de Vila-Matas espelha ainda uma preocupação com as memórias e o que com elas fazemos, aproximando-nos ou não, dos outros e de momentos que podem ter sido decisivos. O livro inteiro funciona como uma viagem de regresso e nessas deambulações, sente-se uma nítida crítica social, uma constante avaliação da vida conjugal e da paternidade, além de fazer referências constantes à religião e a fé, a política e a ditadura e, principalmente o peso da formação e da educação.
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Vila-Matas é um escritor sofisticado. E, apesar de ser esta minha primeira incursão em sua literatura (tenho aqui no plástico outros dois livros seus), é facilmente perceptível a força de sua prosa, as inferências que se revolvem na caminhada quase solitária de Mayol e, sobretudo, em como esse fascinante personagem consegue promover no leitor que decidir acompanhá-lo nessa viagem rumo à derrocada um belo e indiscutível mergulho na arte de viver.
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Patrick 08/07/2019

Uma sopinha de arroz com caldo fino
A Viagem Vertical foi minha viagem em círculos. Depois de um livro contaminado de sentimentalismo e fácil, fui buscar refúgio em A Máquina de Fazer Espanhóis; a prosa de Mãe tem a estrutura de um Saramago deturpado e uma dose excessiva do pathos adocicado da literatura dita séria dos nossos tempos. Tenho consciência de que não existe ''coisa em si'' e a Máquina de Fazer Espanhóis não ''é'' nada do que eu disse, mas o foi, quando em contato comigo naquele momento em que eu fugia de outro livro fácil contaminado de sentimentalismo. E noutra fuga, agora da Máquina, caio na Viagem Vertical de Vila-Matas, e eis que, de novo, me vejo diante do dramalhão de um homem na terceira idade cuja vida perde o sentido, e o homem que a vive o seu significado; eis reiterada a tautologia da perda da identidade após uma vida dedicada a construí-la; de novo a ironia e as doses de açúcar. E de novo o repito: não há ''coisa em si'', Viagem Vertical não é nada do que eu escrevi, mas o foi para mim durante a leitura, que era uma fuga de outra, fuga de outra... Se o livro de Vila-Matas é como uma sopa de arroz, o julgamento aborrecido talvez provenha do meu estomâgo cheio.

Para escapar desse loop choroso em que me meti, em tratando-se de ficções, a saída me é fácil e clara: Rubem Fonseca.
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Biblioteca Álvaro Guerra 28/10/2021

Em A viagem vertical, o protagonista Federico Mayol, nacionalista catalão, católico e dominador, possui um grande império no ramo de seguros em Barcelona. Num momento crucial de sua existência, ele vê sua vida ruir quando a esposa lhe diz que não o suporta mais, após a comemoração de suas bodas de ouro. Mayol sai então de Barcelona rumo ao sul - Porto, Lisboa e Ilha da Madeira. O contato com seu "trauma essencial": um sentimento de inferioridade que o persegue devido à interrupção dos estudos aos 14 anos de idade, o faz "inventar uma biografia" que dê conta da sua "necessidade urgente de ser outro". Embaralhando a fronteira entre ficção e realidade, A viagem vertical conduz o leitor a um percurso através dos emaranhados da alma humana.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788575033074
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