O Vale dos Mortos

O Vale dos Mortos Rodrigo de Oliveira




Resenhas - O Vale dos Mortos


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Antonio Luiz 05/11/2014

Apocalipse zumbi, um pesadelo de classe média
Poucos dias antes do segundo turno das eleições brasileiras, as redações receberam o release e exemplares de dois lançamentos de uma pouco conhecida Faro Editorial, de autoria de Rodrigo de Oliveira, intitulados "O Vale dos Mortos" e A Batalha dos Mortos e anunciados como os primeiros de uma série de cinco livros.

Trata-se de mais uma longa história de apocalipse zumbi, neste caso a ser deflagrado pela aproximação do misterioso planeta com o qual mais de um pseudoprofeta oportunista fez fama ao vender livros ou fundar seitas para advertir sobre o fim do mundo em 2012, adiado nesses livros para 2017. Desfila o costumeiro abuso de sangue, mutilações e violências e todos os demais clichês do gênero, com uma escrita de modo geral correta, mas monótona, redundante e pouco inspirada. Uma amostra do Capítulo 6, quando o protagonista, homem branco, analista de sistemas e pai de família bem comportado, se afirma ante o grupo de sobreviventes refugiados num shopping do Vale do Paraíba:

"De uma forma muito natural Ivan se tornou o líder. Era o único que tinha experiência militar e não havia dúvidas de que era o mais valente de todos. Estela era sua grande conselheira; Ivan a consultava em tudo. Não era apenas um costume vindo da vida de casado, ele realmente a considerava uma das pessoas mais inteligentes e sensatas que conhecera. Se havia alguém a quem Ivan entregaria decisões sobre sua própria vida esse alguém era Estela.

Transformaram lojas em dormitórios usando sofás, colchões e cortinas. Assim, Ivan e a esposa conseguiram ter um pouco de privacidade junto com os filhos. Às vezes, recolhiam-se mais cedo e jogavam algum jogo com as crianças, exatamente como faziam quando as coisas eram normais.

Conseguiram televisores, aparelhos de DVD, aparelhos de som, DVDs, CDs, videogames etc. Por diversão, Ivan chegou a improvisar uma sala de estar na loja que usavam de dormitório, onde ele e Estela às vezes assistiam a um filme ou um show juntos."

Não se poderia pedir algo mais ridiculamente banal. Mas o livro tem seus momentos de sensacionalismo desbragado, um dos quais serviu à editora como gancho para chamar a atenção dos jornalistas: nele, a presidenta Dilma Rousseff, reeleita em 2014, é atacada por um Lula transformado em zumbi:

"O Lula carismático e dos discursos inflamados, mas também o responsável por um dos governos mais cercados de escândalos de corrupção da história do Brasil. Esse Lula não existia mais. O que havia agora era uma criatura grotesca, que saía da sala se apoiando na porta, sem conseguir se mover direito. A boca espumava como a de um cão raivoso, e deixava à mostra os dentes arreganhados, formando uma careta demoníaca.

Quando a presidente viu aquilo, como reflexo, tentou fugir. Mas nem conseguiu sair do lugar, pois ele a agarrou pelos cabelos e a jogou contra a parede, derrubando dois quadros modernistas extremamente caros.

A presidente caiu de bruços no chão, batendo o rosto contra o piso de granito. Sentiu uma dor aguda no nariz fraturado, enquanto os olhos se enchiam de lágrimas. Nem mesmo quando fora presa e torturada durante a ditadura militar sentiu tanto terror. Pensou na filha, na neta, na viagem pela Europa que prometera a si mesma tão logo o mandato terminasse. E sentiu tristeza; no íntimo entendeu que sua vida acabaria ali.

Quando Lula a agarrou pelos cabelos e mordeu sua jugular com violência, a presidente gritou de agonia, sem que ninguém aparecesse para ajudá-la."

Com todas as suas obviedades e insistências, o texto acaba por ser muito revelador ao expor de forma ingênua e transparente o subconsciente de certa classe média brasileira autointitulada gente de bem. Não consegue deixar de pensar em eletrônicos de consumo nem nas situações mais extremas, nem deixar de supor que aquilo com que uma líder nacional à beira da morte mais se preocupa é com a perda de uma viagem à Europa. Julga-se dona da moral, da razão e do direito inato de dar ordens. Ivan, quando não está ocupado com esmagar cabeças de zumbis, está se impondo a outros sobreviventes, sempre de classes subalternas ou não tão bem sucedidos na carreira e no casamento. No segundo livro, trata de se impor a um grupo de sobreviventes foragidos do presídio de segurança máxima de Taubaté.

Dentro do atual clima político e social, não há de ser por acaso que Lula surge se não como o primeiro zumbi da trama, pelo menos como o primeiro de nome conhecido. A cena não funcionaria da mesma maneira caso os personagens fossem FHC e Aécio, embora a eleição deste fosse perfeitamente possível quando da edição e divulgação do livro.

Outros líderes, como o presidente chinês Xi Jinping, o francês François Hollande e o suposto presidente dos EUA em 2018, Peter Shumlin (hoje o governador democrata do pequeno estado de Vermont), são citados como vítimas, mas Lula é o único a se tornar zumbi. Na medida em que representa em certa medida (bem maior no imaginário paranoide dos privilegiados do que na realidade) os interesses desses excluídos e um desafio à autoimagem de superioridade e competência da classe média tradicional, sua identificação com os zumbis se torna, nesse contexto, bastante apropriada. Se Dilma surge como vítima e não algoz é que autor vê nela menos uma petista que uma profissional de classe média que tentava imprimir diretrizes voltadas à experiência administrativa, às melhores práticas e à meritocracia. Não se enxergava como política, mas como a gestora de uma grande empresa chamada Brasil.

Cada época expressou na ficção de horror sua própria ansiedade apocalíptica. No início do século XIX, à sombra da Revolução Francesa, o monstro do Dr. Frankenstein refletia a ameaça das perigosas classes populares do Terceiro Estado, reunidas num monstro invencível pelas ideias de intelectuais iluministas dispostos a transformar o mundo. Mais para o final da era vitoriana, o vampiro representava o temor do decadente Império Britânico com o surgimento de novas ideias e novas potências na Europa. Nos anos 1920 e 1930, o fantasma de uma rebelião mundial de robôs (em R.U.R., de Karel Capek) ou liderada por um robô (como no filme Metropolis) refletia a ansiedade com a revolução operária despertada pelo outubro de 1917 na Rússia. Nos anos 1950 e 1960, a paranoia macarthista com a ameaça soviética, a infiltração comunista e o mito da lavagem cerebral da juventude tomou a forma ficcional de conquistadores alienígenas, invasores de corpos e extraterrestres manipuladores.

A partir do final do século XX, com o fim da Guerra Fria, foco da principal fobia política e social do Ocidente passou a ser os excluídos, a soma de minorias raciais, sem-teto, imigrantes, classes subalternas e precariado em geral, do qual as classes médias se escondem nos falsos paraísos dos condomínios fechados e shoppings, precisamente os refúgios dos sobreviventes do apocalipse de Rodrigo de Oliveira, nos quais televisores, aparelhos de DVD, aparelhos de som, DVDs, CDs, videogames etc. os ajudam a fugir da realidade enquanto defendem com unhas e dentes os privilégios que lhes restaram em nome da meritocracia. Uma leitura traz uma revelação de interesse psicossocial praticamente a cada página, se não a cada parágrafo.

site: http://www.cartacapital.com.br/blogs/antonio-luiz/apocalipse-zumbi-um-pesadelo-de-classe-media-2669.html
Bruno Oliveira 06/11/2014minha estante
Muito interessante seu ponto de vista!


Marselle Urman 25/11/2014minha estante
Antônio, acho que viste com lupa de aumento uma estória que não tem tanta substância...Vi só mais um romance descompromissado, apesar das "brincadeiras"


Bruno 24/02/2015minha estante
Antônio, achei muito pertinente sua resenha... Achei que só eu tinha visto o livro como uma estória sem muita profundidade de cheia de clichês...


Tam 13/03/2015minha estante
meu deus


Joelio 22/08/2015minha estante
rapaz tirando coisa ate aonde nao tem, criando uma historia em cima de outra, de uma fictícia ainda por cima, mais faz sentido afinal publica no CARTA CAPITAL um blog nunca procurou favorece um partido politico, muito menos um partido que veste vermelho e tem uma estrela #SQN


diogo 21/11/2016minha estante
Acho que essa é uma das melhores resenhas que eu já li. Não estou falando do livro em si, se é bom ou ruim - mas o cara conseguiu ver algo que muita gente não percebe - que não necessariamente seja o certo. Prova que até um simples livro de zumbis carrega mais coisas. Mas no geral, a resenha dele não se aplica ao livro em si, porque percebe-se que a abordagem foi outra.


Allan191 12/06/2020minha estante
a


Rodrigo 15/02/2021minha estante
Porra o cara escreve uma bíblia sobre um romance tão simples como esse,que realmente só se propôs a entreter e nada mais,um pouquinho mais e aresenha ficaria maior que o livro,desnecessário


Davenir - Diário de Anarres 19/07/2021minha estante
que coisa medíocre esse rodrigo (que comentou antes), só porque a resenha afetou teu brio, ir lá no livro do Antonio dar nota 1. RIDICULO!




spoiler visualizar
Jooy 07/03/2022minha estante
Que horror '-'


Ruth 08/03/2022minha estante
Sim, eu fiquei muito puta lendo. Ainda me aparece UMA MULHER CULPABILIZANDO A SITUAÇÃO "Foi culpa dela". Tipo, ele coloca essa parte no livro pra gerar uma discussão, foi proposital, foi pra deixar a gente puto e fazer refletir mesmo, mas foi escrito de forma muito agressiva sla, só deu raiva. Tipo eu entendi o que ele quis passar, mas vendo com os olhos de hoje não envelheceu muito bem sabe, mesmo a intenção sendo de crítica


Jooy 09/03/2022minha estante
Entendo sim. Ficou esquisito.


juuh.carol.3 02/05/2022minha estante
Obrigada pela sua resenha, foi o suficiente para eu decidir nem ler kkkkkkk




Jaquii Barboza 11/01/2022

Adorei
Sou uma grande fã do gênero terror e o filme madrugada dos mortos está entre os meus favoritos, e quando vi que autor se inspirou neste filme para escrever essa série já corri para ler e com certeza não me arrependi, os personagens são interessantes e fortes. Foi muito difícil largar esse livro até mesmo para dormir kkk. Recomendo
Suéllen 14/04/2022minha estante
Ele se inspirou então no madrugada dos mortos explicitamente? Porque eu estava lendo e ficava ?nossa igual ao madrugada dos mortos? kkkk


Jaquii Barboza 14/04/2022minha estante
Eu pensei a mesma coisa, tá mim é tão bom quanto ????


Suéllen 14/04/2022minha estante
Eu gostei tb e o madrugada dos mortos é o meu filme favorito de zumbi


Jaquii Barboza 14/04/2022minha estante
O meu tbm ?




Clio0 30/12/2023

Primeiro volume da série As Crônicas dos Mortos.

Comecei a ler esse livro por tratar do tema de Zumbis e ser ambientado em São Paulo - coisa rara na nossa literatura que normalmente prefere temas mais realistas.

Como o primeiro escrito de Rodrigo de Oliveira pode-se perceber alguns problemas comuns como o enredo batido de filmes do gênero com direito a resistência dentro de um shopping e fuga para um condomínio. Contudo, essa é a parte bem narrada.

O ponto fraco vem na caracterização de personagens, especialmente as femininas, que são pouca coisa mais do que a descrição rasa que alguém faria de uma foto de mulheres de biquini: lindas, gostosas e se odeiam entre si. Esse tipo de narrativa seria condizente, se não aceitável, somente se fosse intimista do contrário apenas revela um aspecto nada abonador.

Há também várias situações Ex-Machina quebrando o fio narrativo e mostrando o estilo incipiente: tudo é explicado, pouca coisa é mostrada.

Leia por própria conta e risco.
Renato 30/12/2023minha estante
Resenha sincera é tudo! ?


DaniloMartinho 26/01/2024minha estante
Resenha boa, e verdadeira e sobre a caracterização é verdade, porém em alguns pontos a descrição dos personagens soa chata de tão descritiva, além de descrever pontos da cidade, coisas..
A parte aí do Ex Machina é real também, mas não sempre.
Agora chamar de incipiente é meio óbvio para alguém que realmente está começando, ou estava não sei.




Caio 08/06/2021

Muito bom.
É uma história que prende bastante. Gostei da forma que foi escrito. A explicação para um apocalipse zumbi é bastante plausível. Tem bons momentos de ação e também de angústia. Se você curte a temática "Zumbis" é um livro a ser pensado.
Somente Leituras 04/08/2021minha estante
Já leu Red Hill? É sobre zumbis tbm. Foi o único q li do gênero, gostei bastante.


Caio 04/08/2021minha estante
Não li. Mas anotei na minha lista. Valeu!




Paulo Henrique 15/02/2013

Sensacional!!!
Sinceramente meus parabéns, a mescla de planetas, zumbis, violência(digo e repito VIOLÊNCIA), e um casal(nunca tinha visto nada tão próximo) lutando contra hordas de zumbis acabou dando uma mistura fantástica.

Os personagens, os cenários as situações, tudo descrito com uma riqueza em detalhes impecável, que transforma a leitura em uma viagem para dentro do livro, fazendo com que o leitor sinta exatamente o que esta lendo como se fosse uma experiência real.

A forma como trata as palavras descreve exatamente a tensão, a preocupação em que o autor deve ter tido para escrever uma obra simplesmente fantástica.

Depois de ter lido em 2 semanas(pela falta de tempo), e ter devolvido o livro para o devido dono, não vejo a hora de comprar o meu exemplar e por em um lugar especial na estante, o lugar dos ZUMBIS!!!

Lilian Machado 04/10/2013minha estante
Nossa , deu vontade de ler viu!
Vc já leu Apocalipse Zumbi?do Alexandre Calari?Ele lançou o segundo livro da série e tava querendo uma opinião para poder comprar o livro.Já tenho o primeiro e gostei.




Jonny Sales (GeekBarba) 13/04/2018

É do Brasiiiiil!!
Resenha em vídeo no meu canal do Youtube!
Se puder/quiser, confere lá e se inscreve também!
Link abaixo!

=D

site: https://youtu.be/DRkERBhOkcI
TH3AMAZINGOMEZ 18/04/2018minha estante
Velho, o 2° livro é muito melhor que o 1°.




Marcelle.Abreu 06/10/2023

É...
O livro é bom, começa muito bem mas senti que foi decaindo com o passar da história. Não me apeguei a nenhum dos personagens, a rivalidade da Estela e Gisele foi totalmente desnecessária e o final foi meio nada a ver mas é um livro com muita ação e lembra um pouco The walking dead. Só acho que deveria aprofundar mais os personagens, já que achei eles rasos.
Talvez eu dê uma chance pro segundo livro...
Helen.Caroline 13/10/2023minha estante
Como é uma série que tem 7 livros (Contando com o spin-off) os personagens são construídos ao longo dos livros. O primeiro livro é só a introdução da história. Muitas águas ainda vão rolar.




Fabio293 18/10/2022

Clichês infinitos
Um livro cheio de clichês. Não apresenta nada de diferente ao tema, e se perde numa tentativa meio patética de sexualizar em vários momentos.
JP_Felix 18/10/2022minha estante
Nossa, história de zumbi com qualquer coisa sexualidada deve ser mt esquisito




Pri 24/06/2015

Mais ou menos
Acredito que não vou continuar a trilogia, pois não gostei muito deste primeiro livro. A mesma história de zumbis de sempre, só que com a diferença de se passar no Brasil - São Paulo. Não me fisgou!
Tamy 07/03/2016minha estante
Detestei esse livro, personagens fracos e com um enredo bem clichê. O melhor de zumbis que eu li ainda é Apocalipse Z a trilogia.




Diego Avlis 03/05/2021

Um bom começo
O livro tem uma história que não te deixa pegar no sono. O autor não enrola(eis o ponto positivo). Este primeiro livro só tem um defeito: os zumbis não correrem.



Fernando 07/07/2022minha estante
Zumbis não correrem está longe de ser um defeito. Muito pelo contrário.




davidplmatias 20/07/2019

Gostei, o livro é divertido, as cenas de ação sao bem cadenciadas, não perde o ritmo, é balanceado, o desenvolvimento do personagem principal é bem feito, apesar que tem muito dejavu, situações de the walking dead adaptadas no cenário brasileiro, mas isso não é problema, na verdade a adaptação foi bem feita e acertada... Só tenho uma crítica de verdade a narrativa dele... Eu não senti um desenvolvimento legal dos personagens secundários... N sei se foi só comigo... Mas é um problema pequeno quando mistura aos acertos do autor na narrativa... Gostei
Marianne Albuquerque 20/07/2019minha estante
Quero




Ãgape 09/08/2023

O começo foi o ápice, dps só ladeira a baixo
O livro conta a história de um casal, que inclusive são mutio vazios, que tentam sobreviver ao começo do apocalipse.

Quando eu comecei a ler o livro, estava adorando, já que adoro o tema de apocalipse, mas conforme a leitura foi avançando, não tava legal.

Os personagens tinham tudo para serem mais desenvolvidos, para criarmos um carinho por eles, mas não foi isso que aconteceu. O autor apresentava os personagens e logo após matava eles, e vc ficava lá, nem liga pra morte deles

Agora, a história, tinha tudo para ser ótima, o começo tava INCRÍVEL, mas foi chegando na metade, e parecia q o livro era mais de suspense criminal (literalmente) do que sobrevivência no apocalipse, parece q o autor se perdeu na história.

Por fim, o livro se tornou razoável, personagens não tão bem construídos, o ápice do livro sendo o começo, e os zumbis sendo deixados de lado.
Helen.Caroline 13/10/2023minha estante
É uma série de zumbis que tem 7 livros, contando com o spin-off, então a personalidade dos personagens vai sendo construída ao longo dos livros. Muitas águas vão rolar ainda. Principalmente a partir do segundo livro, "A batalha dos mortos." O primeiro livro da série é só uma introdução.




Silvana 20/10/2014

O fim do mundo é um assunto que ao longo dos anos sempre rendeu muitas especulações. Ora em saber como será, ora em saber quando. A certeza é de que vai ocorrer um dia. Muitas já foram as datas marcadas para que isso acontecesse, mas até agora todas as datas ficaram para trás. Quanto a forma que vai ocorrer, cada um tem a sua teoria. Cientistas, evangélicos, estudiosos, leigos, esotéricos, cada um com a sua. Uma dessas teorias é baseada em uma profecia bíblica que se encontra no livro de Apocalipse 8 e 9, que diz o seguinte: "E o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela ardendo como uma tocha (...) E o nome da estrela era Absinto... E naqueles dias os homens buscarão a morte, e não a acharão; e desejarão morrer, e a morte fugirá deles."

No ano de 2017, foi identificado um planeta descomunal, cujo diâmetro era vinte vezes maior do que o da Terra, e o que era apenas uma profecia, acabou se tornando realidade. No incio acreditava-se que o planeta chamado de Absinto, se chocaria com a Terra, gerando um absoluto pânico na população. Mas depois de alguns meses descobriu-se que ele não atingiria a Terra, mas passaria raspando. E o que era motivo de pânico acabou se tornando uma imensa festa global. As mesmas pessoas que antes tinham a morte como certa, agora se sentem privilegiados em poder participar de um evento tão grandioso, único. É assim que chegamos ao incio de nossa história, o dia do tão famoso evento, que mudará para sempre o mundo como o conhecemos.

Ivan, Estela, e seus filhos, estão aproveitando o fim de semana como sempre fazem, com a diferença que nesse dia, está ocorrendo o evento mais do que anunciado. Da sacada de seu apartamento é possível ver a imensa esfera avermelhada circulada por anéis azulados. Depois de tirarem varias fotos, resolvem sair e fazer compras no shopping. Quando chegam ao local percebem que o calor está fora do normal. A temperatura chega aos quarenta e três graus. Quando estão na praça de alimentação, uma senhora acaba passando mal e desmaia. De repente, quase 90% das pessoas no local, também acabam desmaiando. E isso não é o pior, a mulher que foi a primeira a desmaiar, acorda algum tempo depois, com os olhos brancos e vazios e morde o médico que estava socorrendo-na. E não penas morde, mas tira um pedaço e começa a comer.

Ivan agarra a sua família e começa a correr para fora. E quando estão chegando perto do carro, todas as pessoas começam a acordar com a mesma expressão da mulher. Caçando os que não desmaiaram. Quando fica cercado, Ivan bate com o extintor na cabeça de um deles, mas ele se levanta como se nada tivesse acontecido e vai atras deles. Ivan pensa em fugir com sua família para outro estado, mas o que ele não sabia ainda, é que isso está acontecendo no mundo inteiro. E no momento que todos desmaiaram, o chefe da Nasa, estava estudando o fenômeno de seu escritório e vê quando inúmeros pontos prateados, começam a entrar na atmosfera do planeta Absinto e percebe que esses pontos estão saindo da Terra. O que será que está acontecendo? Acompanhe Ivan e outros personagens na luta pela sobrevivência. Ou já estariam todos condenados?

-x-

Quando falamos em zumbis, a primeira coisa que vem a mente é The Walking Dead. A ideia não é nova, inclusive, a parte sobre os desmaios da população e todos acordando não mais seres humanos, e sim monstros. André Vianco já utilizou na serie Vampiro Rei, com a diferença de que lá eles acordam vampiros, e aqui zumbis. O que achei genial, foi a junção da profecia bíblica, e a explicação do autor para o arrebatamento, tão falado em Apocalipse, e as consequências para os que foram deixados para trás. Caiu meu queixo. O que gostei muito foi que o autor deu uma explicação para os acontecimentos, coisa que não acontece em TWD, e eu sou dessas que gostam tudo explicadinho. E me desculpem os fãs, mas gostei mais de O vale dos mortos do que os livros de TWD.

Se você gosta desse gênero literário, o livro é leitura obrigatória. Gostei tanto que favoritei. A narrativa é tão gostosa, que nem parece livro e sim um filme se desenrolando na nossa frente. O livro é bem grosso, mas dá para ler super rápido, pois os acontecimentos vão se sucedendo e quando a gente percebe já acabou. Minha unica ressalva foi o autor ter usado personagens reais como a Dilma e o Lula. E as eleições estão ai, vai que a Dilma se reelege, quem sabe os outros acontecimentos do livro não se realizam também! Credo!
ErickMoretti 20/01/2023minha estante
Que hino de livro! Um dos melhores livros brasileiros que já li.




Acad. Literária 08/10/2014

RESENHA - O Vale dos Mortos
Resenha do blogueiro Luciano da Silva Vellasco

Final de 2017.
Cientistas descobriram a existência de um planeta colossal em rota de colisão com a Terra. O monstro rochoso era vinte vezes maior que o nosso diminuto planeta e um impacto significaria o fim do mundo. Os governantes de todo o planeta abriram o jogo para a humanidade, anunciando o possível fim e o pânico se instaurou por todo o globo, pois ao ser descoberto, ele já estava próximo demais da Terra para qualquer medida emergencial. Era uma questão de meses até que ele estivesse em cima de nós.
Absinto foi o nome que deram para o monstro. O flagelo do fim do mundo.
Porém, após meses de estudos, o mundo respirou aliviado quando descobriu-se que o gigante não estava em rota de colisão com a Terra, mas passaria muito, mas muito perto, em medidas cósmicas, passaria raspando. Todos respiraram aliviados e uma grande festa sem precedentes na história da humanidade foi celebrada. Agora Absinto passou de preocupação a admiração, pois ele poderia ser visto a olho nu, devido à pequena distância entre os dois e o seu tamanho.
O grande dia finalmente chegou e o mundo parou para ver a passagem de Absinto.
Então... aconteceu. 2/3 de todas as pessoas do planeta caíram desmaiadas, causando acidentes e mortes em todo o globo.
E essa nem foi a pior parte.
Os que caíram se levantaram e começaram a atacar seus semelhantes sem distinção.
Começava aí o verdadeiro fim do mundo.

O Vale dos Mortos, obra do autor Rodrigo de Oliveira, nos leva para um mundo totalmente devastado pelo Apocalipse Zumbi. Diferente de muitas obras (onde nos é mostrado o mundo já dominado ou para ser devastado), após a introdução, o autor começa sua narrativa explorando a vida dos personagens principais pouco antes do evento fatídico que culminaria no fim do domínio da raça humana na Terra. Surge daí o relato da vida comum de um casal e seus dois filhos. Eles viviam em São José dos Campos e os leitores vão acompanhar a saga de uma família que luta pela sobrevivência em meio à ameaça de extinção completa da raça humana.
A parte em que dizem O mais original desde The Walking Dead está logo no início. Quando os cientistas da NASA descobrem a existência de Absinto e asseguram que ele não representaria risco à humanidade, nada poderia tê-los preparado para o que significaria a passagem do planeta gigante. Mesmo sem explicar como, o autor deixa claro na obra quem foi o responsável pelo aparecimento dos mortos-vivos e creio que nunca ouvi falar (se alguém aí já, me informe nos comentários) de uma abordagem parecida em livros de zumbi. Temos os vírus criados em laboratório, os rituais vudus, praga divina e outras formas bizarras de como um zumbi nasce, mas um planeta? Parabéns ao autor, genial.
No entanto, podemos notar que o autor se utiliza de vários elementos já consagrados por outros autores do gênero. Natural, até porque é complicado imaginar novas formas para contar uma mesma realidade. Isso ocorre em todos os tipos de história. Acontece muito de vermos autores usando o mesmo cenário, mas contando os fatos sob óticas e perspectivas diferentes e até inusitadas, como Morgan, o único, por exemplo, onde o personagem principal da história é um zumbi. Em O Vale dos Mortos, Ivan sugere a sua esposa que eles se refugiem em um Shopping (ideia que qualquer sobrevivente vai ter uma hora ou outra). Os fãs do gênero rapidamente podem se lembrar do filmeMadrugada dos Mortos. Claro que existem outros que abordam a mesma ideia de correr até um shopping, mas vamos lá. Quando eles entram, encontram sobreviventes lá dentro que, eles logo descobrem, faziam a manutenção do prédio. Familiar? Pouco tempo depois aparecem mais sobreviventes dentro de um caminhão. E agora? Depois eles encontram outros sobreviventes nas vizinhanças e usam placas para se comunicarem. Agora foi, né? Só faltou o cachorro e a garota tapada. Os fãs em um primeiro momento podem ficar desconfiados com toda essa semelhança (como eu fiquei), mas depois de ler todo o livro, o autor escreve uma nota, dizendo que O Vale dos Mortos surgiu depois de um pesadelo, logo após assistir ao filme Madrugada dos Mortos, de George Romero. Então podemos considerar que o autor pegou emprestado elementos do grande mestre Romero como uma forma de fazer uma homenagem. Afinal, não fosse por George, este livro talvez não existisse. Posso dizer que os elementos foram muito bem inseridos dentro da realidade brasileira (no sentido de ambientação). O que estou expondo é que o autor utilizou elementos já usados por mestres do gênero. Tenho plena convicção de que ele terá nos próximos volumes sua própria fórmula e daqui a mais tantos anos alguém vai estar pegando emprestado esses elementos.

O que chamou muita atenção, é que o autor fez uma grande pesquisa para criar sua obra. Apesar de obviamente se tratar de uma ficção, muitos fatos e locais são baseados na realidade. As teorias sobre Absinto, por exemplo, são reais e foram registrados no livro do Apocalipse. As passagens históricas, São José dos Campos, os presidentes dos países por onde a obra passa. Claro que, com algumas mudanças necessárias, até porque, é difícil imaginar quem vai ser o Presidente do Brasil ou Estados Unidos daqui a quatro anos (época em que se passa a obra). O autor está de parabéns pelo trabalho de pesquisa, ficou muito bom.

Em quase todas as histórias sobre o apocalipse que vemos por aí, muitas vezes podemos ver alguém dizer: Onde está o governo? As forças armadas? Os líderes mundiais? Pois bem, o autor é um dos poucos que responde essa pergunta em uma narrativa, e responde muito bem. O governo foi massacrado. As lideranças caíram. As forças armadas foram derrotadas pelos mortos que andam. Os que escaparam são como todos os outros, apenas sobreviventes. Uma hora ou outra todos ficam sabendo disso. Mas, como eles lutaram? Como tentaram resolver a situação? Grande parte das histórias retrata um personagem comum (no sentindo de pessoal civil sem contato com o governo, com o exército, empresas farmacêuticas, etc.) tentando sobreviver. O como o governo foi derrotado é um mero detalhe sem muita importância. Então, imagine o presidente dos Estados Unidos correndo desesperado para o seu bunker, enquanto seus seguranças metem bala em tudo que se mexe. Ou o presidente do Brasil fazendo o mesmo. Em passagens pelos Estados Unidos, China e França, o autor demonstra como a praga dos zumbis é mortal para qualquer pessoa, independente da base de poder em que ela se encontra. Do cidadão comum ao cargo máximo de chefia de um País. Confesso que fiquei empolgado quando li essa parte, pois não é toda história que foca no que o governo fez ou deixou de fazer (um bom exemplo é o anime High School of the Dead, que mostra o avião particular do Presidente do EUA sendo tomado pelos zumbis), apenas limitam-se a comentar que como todos os outros, eles caíram. Isso me lembra um mapa extra do jogo Call of Duty: Black Ops, onde os presidentes Kennedy e Nixon, além de Fidel Castro e Robert McNamara enfrentam hordas de zumbis para sobreviver.

O autor trabalha muito com a ideia do Jardim do Éden, refúgio ideal para sobreviver ao Apocalipse. Muito se discute isso. O livro Guia de Sobrevivência a Zumbis fala muito disso. Será que é uma boa se refugiar em um Shopping? Delegacia? Hospital? Igreja? Ilha paradisíaca? QG do exército? Quase todos os sobreviventes lutam com essa ideia na cabeça de encontrar um lugar para recomeçar. Para tentar voltar ao que era antes. Ter uma vida e não simplesmente sobreviver. O que acontece na maioria das vezes é que o problema não é o local escolhido, são as pessoas que estão dentro dele. É no fim, na iminência da morte que o ser humano mostra sua verdadeira face. E é por conta de atitudes mesquinhas e individualistas que a maioria dos refúgios ditos seguros caem. Ivan soube disso da pior maneira possível. Depois de descobrir seu próprio Éden e garantir que nenhum infectado penetre no lugar, ele acabou baixando a guarda, pensando que o inimigo estava do lado de fora. O pior aconteceu e o resultado disso mudou drasticamente a forma de pensar e a vida dos que lá viviam.
Em minha opinião, faltou na obra um pouco mais de abordagem psicológica. Ela existe e foi crucial em certo momento da história, mas acabou sendo um fato isolado dentro da trama. Um evento como esse deixa as pessoas perturbadas, insanas. Ver um ente querido morrer e voltar para tentar te matar é algo que pode fritar os miolos de uma pessoa. Isso foi pouco explorado na trama como um todo, talvez porque os sobreviventes mostrados viviam mais enclausurados em áreas seguras e os que saiam já eram mais treinados para o horror que é o mundo dos mortos, o que não foi o caso do Advogado, por exemplo, personagem principal do livro Apocalipse Z. Espero ver nas próximas obras um maior enfoque nesse tipo de abordagem.
A escolha de um líder é essencial quando se tem um grupo que tenta sobreviver ao apocalipse. Sem um grupo coeso, com uma liderança forte, as chances de sobrevivência, que já são pequenas, se aproximam perigosamente de nulas. Ivan, assim como Rick Grimes (The Walking Dead) tornou-se líder naturalmente, não só pelo carisma, mas por chamar todas as responsabilidades e tomar decisões que só cabem a uma liderança forte fazer. Além do mais, sua liderança é reforçada com a estratégia de delegar funções para que seus comandados se sintam importantes dentro do meio em que vivem, fazendo com que suas decisões raramente sejam questionadas. Ivan conseguiu se firmar como comandante de centenas de pessoas, até mesmo soldados se renderam ao seu carisma de líder. E ao seu lado está Estela, sua esposa e conselheira fiel. Aquele ditado por trás de um grande homem está sempre uma grande mulher se aplica bem a ela. Muitas das decisões de Ivan só seguiam para seus subordinados após ele ouvir os conselhos de sua esposa, e ela própria em determinadas situações se encarregava de ser a liderança de que o grupo precisava. Assim como Rick tinha o Shane para contestar suas decisões, Zac aparece para cumprir o mesmo papel. Apesar de não ter o instinto homicida de Shane, Zac dá muito trabalho para o líder dos sobreviventes antes de finalmente reconhecer que Ivan era um líder muito melhor que ele.
Seguindo uma abordagem mais mete bala primeiro, pergunte depois, O Vale dos mortos está bem mais próximo de histórias como Guerra Mundial Z (o Filme), Resident Evil (os mais recentes) e Left4Dead e suas batalhas armadas do que a sobrevivência em seu lado mais obscuro e amedrontador mostrado em obras como o primeiro volume claustrofóbico de Apocalipse Z e os primeiros jogos de Resident Evil. A matança rola solta na obra quando Ivan e seus comandados conseguem botar a mão em armas. Muitos fãs do gênero podem se identificar com essa parte em específico, do desejo de ter algo em mãos para trucidar os mortos que andam. De modo que podemos pensar: se fosse eu no lugar dele, sentava o dedo nessa p$#@&* até a munição acabar. Afinal, quem não queria ser como Tallahassee de Zombieland naquele final épico no qual ele fica preso dentro de um cubículo, armado até os dentes, metendo bala em tudo que se mexe? Talvez os fãs mais antigos (e/ou aqueles que gostam de acompanhar o apocalipse psicológico) não apreciem muito, assim como não gostaram ao ver as mudanças que Resident Evil fez ao longo dos anos de Sobrevivência Horror para Ação Horror. Aquela coisa de economizar munição porque sabe-se lá Deus onde você vai encontrar mais? Usar faquinha ou qualquer outra arma branca porque você só tem duas balas no pente (uma para dizer eu fiz cócegas no Nêmesis e outra para dar um tiro na própria cabeça, pois o monstrengo não morre nem com um lança míssil). Você não vai encontrar muito disso na obra. Assim como em Resident Evil 4, Ivan e companhia começam tímidos com suas pistolinhas e barras de ferro, mas logo o Welcome (quem jogou vai entender essa) aparece e por alguns trocados (leia-se pessoas morrendo) e um pouco de sorte eles conseguem munição para detonar até um exército de mortos vivos. Esse é um divisor de águas nas histórias apocalípticas. Uns amam, outros, nem tanto. Eu particularmente gosto mais das situações de munição limitada, mas não me importo nem um pouco de estourar quantos miolos puder.


Senti falta de um enfoque maior nas crianças. Depois que Ivan e Estela conseguiram refúgio, eles foram quase que completamente ignorados na trama. Eram apenas mencionados vez ou outra, mas nada que os envolvesse em uma situação de risco. A trama teria um drama maior com a inserção de cenas de risco envolvendo diretamente as crianças, como as que Phillip e Bryan Black tiveram em The Walking Dead A ascensão do governador para manter Penny em segurança ou as que Rick tem com Carl e Carol teve com Sophia e na sequência com as irmãs Lizzie e Mika e a pequena Judite. Estou torcendo para ver um enfoque maior das crianças no próximo livro. Seria interessante ver situações em que os menores teriam de se virar para resolver. Quem lembra do Carl e suas presepadas? Ou da Sophia correndo por sua vida? Ou da corajosa Clementine sobrevivendo sem seu guardião?

A obra é toda narrada em terceira pessoa. A fluidez da narrativa é boa, o autor não usa palavras complicadas nem termos difíceis de compreender, de modo que o leitor pode ler com maior agilidade. O foco da narrativa está em Ivan e nas pessoas ao seu redor, mas não é uma regra. Algumas passagens acontecem longe dos olhos da comunidade que ele protege. A construção dos personagens é gradativa, pouco se sabe do passado de muitos, mas as características físicas e psicológicas de alguns vão sendo reveladas ao longo da trama. A obra se passa em uma linha de tempo linear, mostrando os fatos à medida que o tempo vai passando. A revisão e a formatação estão ótimas, quase não vi erros e os que eu vi são bobos e quase imperceptíveis. A capa é maravilhosamente bem desenhada e detalhada com a cidade ao fundo, carros fumegando, e o zumbi se arrastando acima. A contra capa negra dá um tom mais sombrio ao livro. Cada capítulo é ilustrado com uma mancha de sangue. A Faro está de parabéns pelo trabalho de diagramação do livro. Um detalhe curioso: o livro tem uma folha mais grossa, dando a impressão que há mais páginas na obra do que realmente tem. Numa primeira olhada, qualquer um pode pensar que a obra tem mais de 400 páginas. Uma boa jogada de marketing da editora.
Rodrigo de Oliveira é Gestor de TI e um grande fã de ficção científica, dos clássicos do terror, em especial da obra do mestre George Romero. Casado, com dois filhos, nasceu em São Paulo e vive entre a capital e o Vale do Paraíba. Também é autor de Elevador 16 e acaba de lançar o segundo volume da série A Batalha dos Mortos.
O Vale dos Mortos é uma obra que retrata um apocalipse zumbi de ação desenfreada, onde ao mesmo tempo em que mostra a violência sem censura do mundo dominado pelos mortos que andam, mostra o valor da raça humana diante o fim quase certo. De certo, o autor ainda tem muito a mostrar e o "Vale dos Mortos" foi uma amostra do que ainda está por vir.
Recomento fortemente essa obra para os fãs do gênero.
Sem a menor sombra de dúvidas, o autor Rodrigo de Oliveira é um dos melhores representante brasileiro do gênero.

E que venha a Batalha dos Mortos.

site: http://goo.gl/ROPGgQ
Thatha 21/10/2014minha estante
Excelente resenha! Para quem gosta de zumbis principalmente nao pode deixar de ler esse livro. Parabens Lu, pela resenha. Voce escreve muito bem!!! Adorei e que venha a Batalha dos Mortos!




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