Licor de Dente-de-Leão

Licor de Dente-de-Leão Ray Bradbury




Resenhas - Licor de Dente-de-Leão


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Udson3 28/12/2023

Bradbury foi um gênio do conto em prosa. Ele escrevia com um lirismo particular tal, que fazia os temas mais absurdos parecerem de uma urgência maior. Além dos clássicos "O homem tatuado", "Fahrenheit 451"ou "Algo sinistro vem por aí", este "Licor de dente de leão" é também uma pérola. Ele se constitui de várias histórias, que se entrelaçam, mas todas ligadas pela nostalgia e tato único dia velhos verões na casa dos avós, em contato com o solo, a natureza e todas as reminiscências do velho mundo de décadas atrás, num EUA mais inocente. Só o sentido do título do livro já é uma gostosura de anedota, e há situações revistas de outros livros, além do sabor de infância raro, que pegará muito mais quem há viveu no campo ou em décadas aquém dos anos 00.
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Márcia 06/08/2023

Licor de Dente-de-Leão - Ray Bradbury
O livro narra a história do verão de 1928 em uma pequena cidadezinha do interior americana, aos olhos de um garotinho e seu irmão mais novo.
Publicado 4 anos após Fahrenheit 451, Licor de Dente-de-Leão consagra Ray Bradbury como um escritor de verdade.
Bradbury busca a inocência e a ternura da sua própria infância, infelizmente de uma maneira nada sincera. O mundo de licor de dente-de-leão é fantasioso e inexistente, impossível até para os padrões de um verão de 1928.
Para a maioria das pessoas pode ser óbvio, mas será que elas já se perguntaram se estão realmente vivas? Essa questão é o ponto de partida do memorável romance de Ray Bradbury e o momento que marcou o início do verão de 1928 na vida do protagonista Douglas Spaulding, de doze anos. Na cidadezinha de Green Town, no interior dos Estados Unidos, alguns personagens extraordinários se unem nesse verão tão especial na vida de Douglas: o inventor que redescobriu os prazeres da vida ao construir a Máquina da Felicidade; o jovem repórter que se apaixonou por uma idosa de 95 anos; o contador de histórias que conseguiu falar com o passado telefonando para um lugar distante. Bradbury mostra sua genialidade na melhor forma.
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Patricia 11/01/2023

Foi muito gostoso ler esse livro, ele me levou de volta para as minhas férias de verão de quando era criança. Não por ter as mesmas aventuras das personagens, mas sim porque me identifiquei com a relativamente da duração do verão dependendo da sua idade. Sempre comentei que quando era criança, as férias demoravam uma eternidade para passar, que em único dia eu conseguia fazer milhares de coisas. Hoje, como adulta, os dias realmente parecem todos se misturarem em um grande borrão indefinido. Sinto saudades da simplicidade da infância e esse livro me levou temporariamente para esses tempos novamente.
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Rub.88 04/01/2023

No Meu Tempo...
A infância é um período magico. E a mágica é a percepção fantasiosa da realidade. Se vê o que se quer ver, o que está preparado para aceitar. Acreditar no que gostaria que tivesse acontecido. Muitos eventos que marcaram nossa primeira parte da vida fomos apenas testemunhas sem participar realmente dos fatos, mas construímos a nossa memória como personagem importante, as vezes indispensável, para o ocorrido a muito tempo. E isso criar a tendencia de embelezar, dramatizar, idealizar um passado onde na verdade nada de grande aconteceu e o que se passou não é digno de guarda na lembrança. Não do jeito que foi.
O livro Licor de Dente-de-Leão escrito pelo lendário Ray Bradbury foi publicado em 1957. Aqui o gênio da ficção cientifica exerce sua veia poética e narra com forte lirismo sobre o verão de 1928 na pequena cidade, fictícia, Green Town, Illinois, onde dois irmãos, Douglas e Tom, estão percebendo as verdades da vida em meio aos sábios familiares e a vizinhos peculiares. Encarando pequenas aventuras, inventado brincadeiras, inquirido os adultos com perguntas complicadas e ouvindo estórias antigas e longas que lhe parecem invenção, correndo pela cidade nos dias quentes, indo ao cinema, admirando a natureza, se preocupando com o fim do verão.
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Camila0831 19/05/2022

Verão de 1928 e, no auge de sua infância, um garoto percebe que está vivo.
Verão de 1928 e, no auge de sua infância, um garoto percebe que está vivo.
Bradbury nos leva a observar uma cidadezinha e seus habitantes através de um verão ordinário que se mostra especial ao se deter nas experiências de cada um e no Sabor sem igual sintetizado em garrafas que, assim como Douglas e Tom, são os únicos e diáfanos registros daquelas vidas.
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Agnaldo 18/12/2021

Descobrir a vida é descobrir o esquecimento
Sensacional, é mais um dos grandes livros Ray. E foi muito impressionante pra mim esse livro, eu estava querendo ler ele desde o começo do ano mas só consegui ele agora no finalzinho do ano, e fiquei muito conectado com o história. Pois o livro trata das pequenas coisas que vamos esquecendo depois de virarmos adultos e ficarmos cheio de estresse, compromisso, cansaço e tudo mais que acaba nós desgastando no dia a dia. Foi uma das minhas melhores leituras desse ano e casou certinho com o encerramento de mais um ano. E vamos com tudo pra 2022, pois a vida é feita de aventuras diárias que esquecemos de viver.
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euschnaider 01/05/2021

Foi uma leitura demorada. Um pouco maçante. E não consegui me envolver tanto na história. No entanto, não posso deixar de mencionar o quanto apreciei alguns capítulos. O autor retrata algumas coisas lindamente realmente parece uma poesia em prosa. Mas acho que não leria de novo.
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Daniele.Couto 20/01/2021

Depois de acabar uma leitura tão pesada, foi reconfortante mergulhar nessas páginas tão aconchegante. Amei cada página desse livro, um livro que me trouxe boas lembranças... Um leitura prazerosa e cativante.
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Karina_ 12/05/2020

Péssimo
Só li o livro todo por ser insistente e não conseguir deixar nenhum livro pela metade. Houveram poucas "lembranças" na obra que realmente apreciei, finalizei a leitura com muito custo.
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IvaldoRocha 23/03/2020

Ficção com uma sensibilidade impressionante.
Ray Bradbury é considerado o maior autor de ficção do século XX, como prova disso temos, “Fahrenheit 451” um marco no gênero das distopias, “Crônicas Marcianas” imperdível, “Algo Sinistro Vem por Ai” e muitos outros.
Tudo se passa no verão de 1928 em Green Town, cidade pequena no interior dos Estados Unidos, mas poderia ser qualquer pequena cidade da época. Quem de nós, na infância não aguardávamos com ansiedade a chegada das férias? E sempre haverá uma em que será marcada pela nossa saída da infância. A partir dai tudo será diferente, não necessariamente melhor ou pior, apenas diferente. Esse é o pano de fundo do livro. História de uma sensibilidade impressionante, rara de se ver em um livro de ficção.
Doug Spaulding é o menino de 12 anos que anseia pelo verão e o tênis novo que precisa comprar para poder corrê-lo todo, não dá pra usar o tênis do verão passado, ele já não é mais tão veloz como o verão que se aproxima exige. Mora em uma antiga casa que abriga uma grande família, pai, mãe irmão mais novo, avô, avó e bisavó, além de alguns pensionistas, entre eles um jornalista de 35 que se envolve com uma mulher muito especial, ainda sobra espaço para receber a breve visita de uma Tia que vem trazendo mudanças para a casa.
É um desfile de personagem muito peculiares, que ao longo da história acabam tento um capitulo quase que só pra si, onde sua história será contada e onde quase sempre haverá o imprevisto e o impensável.
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Coruja 21/12/2017

Nos primeiros dias do verão de 1928, o jovem Douglas Spaulding se dá conta de que está vivo. É uma descoberta curiosa, especialmente a se considerar que Douglas tem 12 anos, uma idade em que (supõe-se) as pessoas não se perdem muito em devaneios filosóficos ou crises de identidade. Mas esse é um verão especial, um verão em que a vida de Douglas e das pessoas que vivem em Green Town, passarão por grandes mudanças.

Máquinas do Tempo e de produzir felicidade, amigos que partem, amigos que chegam, assassinos à solta, bruxas do tarô, velhas senhoras que talvez nunca tenham chegado a ser jovens… O fantástico, o absurdo, o estranho e o belo se alternam ou dividem a cena ao longo de todo o volume. Bradbury tem uma forma de contar histórias que é única; de transformar o prosaico em mágica, e o medo, em lirismo. Fico impressionada com cada novo título dele que termino, porque, ao chegar à última página, sempre tenho a impressão de que meu mundo real também se tornou um lugar em que tudo torna-se possível.

O estilo fragmentário, característico do autor, pode torná-lo um pouco difícil de acompanhar - os capítulos não seguem uma narrativa linear, são episódicos, como folhear um álbum de retratos e ir recordando o que aconteceu em cada imagem. Embora Douglas seja uma figura proeminente, e sirva como uma espécie de fio condutor, não é o protagonista de todos eles: muitos funcionam tranquilamente como contos independentes (e pelo menos um dos capítulos eu reconheci de A Cidade Inteira Dorme e outros contos) e têm seus próprios personagens centrais. Mas, ainda que pareça algo confuso de princípio, há um ponto em que você começa a entender do que Bradbury está falando e a perceber os temas com que ele permeia todo o livro.

De tudo o que li do autor até o momento, Licor de Dente-de-Leão talvez seja o mais reflexivo. Douglas, seu irmão Tom e os outros meninos da turma vivem várias aventuras de verão, situações típicas de uma cidade de interior; mas há uma abundância de momentos introspectivos - sutis, como nos questionamentos decorrentes das tentativas de Leo Auffmann de construir uma ‘máquina da felicidade’ ou na figura de Jonas, o lixeiro que pode ser um ex-executivos; ou bastante explícitas, como nas anotações de Douglas em seu bloco amarelo. As questões do envelhecimento e da mortalidade são quase onipresentes, nos contrastes entre os personagens idosos e jovens (incluindo um repórter que se apaixonou pela jovem de uma fotografia que é agora uma senhora de mais de noventa anos) bem como nos mortos que vão se somando com o passar do verão.

Nostalgia é também um forte fator dentro da história: embora eu não tenha crescido no interior, passei muitos verões na casa da minha avó e há qualquer coisa aqui que me faz pensar naquelas temporadas - em ir dormir na casa da fazenda, sem energia elétrica, na noite mais verdadeira que já conheci; em ouvir histórias de trancoso sentada na calçada, capturando besouros; mexer na arca de vestidos de tia Socorro e passar tardes tecendo fantasias; comer queijo quente saindo do forno, declarar guerra contra os primos, mergulhar no açude da Quixabeira e andar de trator. São os relacionamentos humanos que são trazidos aqui, as amizades, os amores, as rivalidades: Green Town é uma cidade de antes da internet, dos celulares, até antes da popularização da TV; uma cidade de uma época em que as pessoas tinham tempo de sentar-se no alpendre em cadeiras de balançar e conversar com os vizinhos.

É esse indefinível sentimento dos verões de uma infância ideal - que muitos, hoje em dia, não conhecem nem cogitam; nascidos em cidades, criados em apartamentos e incapazes de se desconectar - que Bradbury captura em seu livro e que o avô de Douglas captura na colheita dos dentes-de-leão, preparando o licor que, nos meses de inverno, trará à lembrança aqueles dias quentes e fantásticos. O licor de dente-de-leão - e falo aqui tanto da bebida quanto do próprio livro - é a própria memória destilada de todas as experiências trazidas pelo verão; a memória de uma época em que tudo parece possível e mágico; que em anos vindouros poderá ser saboreada, aquecendo por um momento corações insensíveis pelo inverno e pela idade.

Um brinde então, senhor Bradbury, um brinde de licor por ter me devolvido a recordação daqueles dias e noites de verão; pela pausa que me fez refletir, como Douglas, sobre o fato de estar viva; e sobre como temos um longo verão pela frente, pronto para embarcarmos em novas aventuras, para novos amigos e despedidas, para sabores diferentes de sorvete e temperos mágicos, para viagens no tempo e pela felicidade. Um brinde, senhor Bradbury! À Green Town!

site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2017/12/licor-de-dente-de-leao-e-memoria.html
Samuel 31/12/2017minha estante
O livro fala muito sobre a vida e a morte, sobre a velhice, os costumes e tradições... Sua resenha consegue traduzir bem o que eu senti lendo as aventuras de Douglas e dos outros personagens. Foi minha primeira leitura do autor, estou curioso pelos outros livros.




Gladston Mamede 20/11/2017

Lindo. Simplesmente lindo. Podem chamá-lo de poesia em prosa. Podem chamá-lo de prosa poética. A história de um verão nos anos 1920, no interior dos EUA. Lava o coração, refresca a alma. Lindo, simplesmente. Não posso dizer mais. Nem preciso.
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Karcossa 06/02/2017

Todos os dias bebo um pouco desse Licor!
Se alguém me perguntar: "Mucyo, você gostou do livro?"

Minha resposta seria: "Não, não gostei do livro em si, mas há alguns pontos que achei interessante!"

Vamos lá: Em primeiro lugar (o que basicamente me incomodou do início ao fim) foi a falta de sentido no enredo: nada faz sentido de um capítulo para outro. Aliás, a sensação que tive é que no fim de todo capítulo parece o fim de um conto!

Em segundo lugar, os pontos que me agradaram. O livro tem um tom demasiado nostálgico, tão nostálgico que na introdução o próprio autor deixa isso claro e talvez seja por isso que o fluxo narrativo (de um capítulo para outro) seja caótico. Além da nostalgia, também fala sobre vida, morte, juventude e velhice e como tais eventos da vida ora nos alegram, ora nos abatem.

A história gira em torno dos moradores de uma pequena (e depois grande) cidade chamada Green Town, Illinois. É o verão de 1928 e todas as situações ocorrem dentro desse período (quase místico) que a véspera do Verão.

Não é uma narrativa trás em seus personagens uma grande lição. Mas é a té bonito, comovente, eu diria, como vão ocorrendo os eventos até o último capítulo e aí, finalmente, você consegue entender o porquê do título!

A leitura é sempre uma experiência reveladora, eu diria! Pretendo ler mais do mesmo autor.
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Rafael 21/12/2016

Meio bosta
Publicado 4 anos após Fahrenheit 451, Licor de Dente-de-Leão consagra Ray Bradbury como um escritor de verdade: Através de metáforas cativantes (depois que você se acostuma) e uma maneira apaixonada de escrever, ele acaba te conquistando ao transformar banalidades em poesia. Só faltou história.

O livro não poderia ser maior: Fastidioso e sem atrativos, Bradbury busca a inocência e a ternura da sua própria infância, infelizmente de uma maneira nada sincera. O mundo de licor de dente-de-leão é fantasioso e inexistente, impossível até para os padrões de um verão de 1928. As crianças são adultas como numa novela da Globo, e seguem um script digno de filme natalino da sessão da tarde. Tudo casa muito bem com o melodrama sem filtro, quase um implorar para que o leitor diga “awwnnn” a cada página. A fórmula da morte dos personagens idosos aos poucos fica cansativa e inconclusiva.

Há um apelo interessante no livro pelo conservadorismo cultural: Uma ojeriza ao progresso, um ode ao clássico. Ao invés de progredir na ideia, no entanto, Bradbury só volta a bater na mesma tecla de que aqueles sim eram os bons e velhos tempos, e que jamais deveriam terem sido trocados os bondes por ônibus ou terem sido trazidas as grama sintéticas que tiram do homem o prazer do suado trabalho pesado. Por um momento achei que o livro iria se salvar: Todo o melodrama e o script demasiadamente açucarado ia se resolver quando Doug morresse, havia um intuito, o leitor se apegaria tanto àquela inocente criança e teria isso arrancado de si. Mas foi uma esperança vã, o capítulo da doença não passou de um capítulo como qualquer outro, sem clímax real, sem emoção, sem nada. Apenas o bom e velho ode ao bom e velho.

Esse Anos Incríveis sem a trilha sonora e os momentos românticos ou emocionantes, sem plot twists ou reviravoltas, pode agradar algumas pessoas, mas como pra mim foi um tédio sem fim, darei uma nota 4, conquistada unicamente pela escrita confiante e episódica, que foi utilizada na perfeita medida para a história. Esse bruxo sabe escrever, isso é verdade.

Resenha Completa:
http://www.castelodecartas.com.br/index.php/2016/11/10/licor-dente-leao-rapidinhas-16/#more-4181

site: http://www.castelodecartas.com.br/index.php/2016/11/10/licor-dente-leao-rapidinhas-16/#more-4181
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Nick 13/01/2016

Minha visão do livro.
O livro é um apanhado de histórias que se passam durante um verão numa cidadezinha do interior, no ano de 1928.
Personagens fortes, histórias marcantes. Verdadeiras lições de vida e uma rememoração da descoberta do mundo e da vida.
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