O Clube do Filme

O Clube do Filme David Gilmour




Resenhas - O Clube do Filme


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Patê 13/02/2013

Para apaixonados por filmes
Bom, o livro é uma história verídica. O que o torna mais interessante.
E quando você começa a locar os fimes que o autor comenta para assisti-los. tudo muda.
Eu gostei muito do livro.
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Giovanna Alba Suppini 04/07/2013

O Clube do Filme, é um livro muito gostoso de ler, além de ter uma capa muito interessante, simples, mas muito interessante, possui páginas amareladas!
O livro me trouxe muita felicidade, por isso estou indicando para vocês, vale muito a pena ler.

David Gilmour, é um crítico de cinema que se encontra desempregado, com o dinheiro super contado, cheio de contas a pagar, vive uma vida complicada, teve que ceder sua casa para sua ex-mulher que alegava ter mais necessidade em ter uma casa maior que ele, pois tinha um marido novo, além de todos os problemas tem um filho que reprova em todas as matérias e só da dor de cabeça para o pai.

Eu também soube, no mesmo instante — senti na minha própria carne —, que perderia Jesse no meio daquilo tudo, que um dia ele ia se levantar e responder: "Quer saber onde estão as minhas anotações? Eu vou lhe dizer onde elas estão. Eu as enfiei no rabo. E se você não parar de encher meu saco, vou enfiá-las no seu também." E, então, ele iria embora batendo a porta, bam, e seria o fim.

David, cansado de todos os transtornos e de não ter sucesso em suas constantes brigas com o filho, propõe que ele pode sim desistir da escola, mas não será tão fácil assim, ele terá que ajudar o pai e assistir toda semana a três filmes escolhidos pelo pai, e com o pai, e contar o que achou do filme.
Como todo adolescente, ele pensou: " Desistir da escola, e em troca, só preciso assistir a filmes? Moleza. É claro que aceito"

Ele pigarreou.
— Você me deixaria sair da escola?
— Se você realmente quiser, sim. Mas, por favor, pense alguns dias sobre isso. É uma deci...
Ele se levantou num pulo. Ele sempre se levantava quando ficava excitado; suas pernas compridas não eram capazes de suportar, paradas, sua agitação. Inclinando-se sobre a mesa, ele disse em voz baixa, como se tivesse medo de ser ouvido:
— Eu não preciso de alguns dias.
— Pense mesmo assim. Eu insisto.

No começo Jesse quase faz com que seu pai desista totalmente da ideia estúpida de ter tirado o filho da escola, e basear sua educação em filmes, mas com o tempo Jesse é domado pela paixão dos filmes e surpreende o seu pai de uma forma que nem ele imaginou.

site: http://www.clubedas6.com.br/search/label/Resenhas
Marina 28/08/2013minha estante
é um livro que não me falou sobre filmes, me falou sobre ser responsável por alguém e todo o peso que isso pode trazer. "Educar filhos é uma sequencia de despedidas",mas talvez pais adultos não estejam prontos para isso.




Tadeu 08/08/2013

Leitura média
A proposta do livro é boa. O enredo tinha tudo para ser bom.
Mas achei um livro fraco. Primeiro, parece uma relação de pessoas mimadas em relação à vida. Não vi profundidade e nada emocionante. Ex: quando ele diz que está passando por problemas financeiros e o que ele tinha guardado dava apenas para viver por dois anos. Na boa, que problema financeiro é esse? Enfim, é só um exemplo.
Mas a ideia é boa e dá pra aprender muito sobre filmes ou pelo menos despertar a curiosidade a respeito. Por isso minhas duas estrelas.
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Paulo 29/09/2013

“É um relato sincero sobre como é difí­cil crescer, como é difí­cil ver alguém crescer e como no meio da raiva e da desordem de uma famí­lia não há nada tão bem-vindo quanto um filme.” – The New York Times
O Clube do Filme é uma ótima pedida para quem gosta de um bom livro e mais ainda para quem se interessa por bons filmes.
David Gilmour passava por dificuldades financeiras (sem emprego e com perspectivas não muito animadoras) enquanto seu filho de 15 anos queria a todo custo abandonar os estudos.
Eis que o pai faz uma proposta inusitada ao filho: ele poderia abandonar os estudos com a condição de não envolver-se com drogas e que assistissem juntos a três filmes por semana, escolhidos pelo pai – crítico de cinema.
Mas nem por isso a lista abrange apenas filmes cult ou clássicos. A relação de filmes é bastante democrática contendo O Poderoso Chefão, Casablanca, Rocky III, Ladrões de Bicicleta e O Massacre da Serra Elétrica entre outros tantos.
Além das excelentes referências cinematográficas, a narrativa é extramamente competente e nos faz querer ver novamente filmes que já conhecemos e querer conhecer aqueles que ainda são novidade, enquanto Gilmour narra os momentos que passou ao lado de seu filho e as lições que cada filme propiciou a ambos. Editora Intrinseca, 240 páginas.

site: http://sequelacoletiva.wordpress.com/2010/09/24/livro-o-clube-do-filme/
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val 21/03/2014

O autor David Gilmour escreve sua experiência de pai. Um momento de perdição, de não saber o que fazer quando o filho decide deixar o ensino médio, simplesmente diz que não quer mais ir à escola. David é crítico de cinema, no momento sem trabalho fixo,sentia-se um derrotado. Aceita que o filho deixe o colégio na condição de assumir o compromisso de assistir 3 filmes por semana, juntos, escolhidos pelo crítico. É nesse tempo que pai e filho se relacionam intensamente...não pensem que ele escolhe filmes que irão ensinar o que ensinam na escola, Não. Os filmes são ruins e bons, com conteúdos de drogas, sexo e crimes. O apaixonado por cinema ensina o filho a olhar como crítico e em meio aos filmes cenas da vida real despertam emoções que se confidenciadas a pessoa certa, íntima, como esse pai...faz a vida mais leve.
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Mari 03/04/2014

Há quem diga que foi uma grande decepção e que deu uma nota "razoável" ao livro porque achou "legalzinho".
Assim que vi o título, achei que o dito cujo Clube do Filme fosse composto por mais pessoas, que tivesse mais ação, etc etc. Mas pra quem lesse a própria resenha do livro (ou a descrição logo abaixo do título, já na capa), veria que se tratava de "Um pai. Um filho" e "Três filmes por semana". Só.
O livro em si tinha de tudo pra ser maçante porque se trata de um pai aprendendo a lidar com essa fase de transição do filho, dele crescer e ficar entre essa de "já não sou mais criança... mas ainda não sou um adulto também" - sem contar os problemas com namoradas. Mas eis aí a diferença: que pai viraria para o filho e o daria a escolha de frequentar a escola OU deixar de estudar para ficar vendo três filmes por semana com ele? Foi o que Gilmour fez.
Além de abordar questões familiares como as dificuldades de ser um pai presente e preocupado com a educação e futuro do filho, David Gilmour faz referência a grandes filmes, sem contar seu olhar profissional e descritivo com relação às cenas citadas no livro!
Pra quem gosta de filmes, e assistiu grande parte dos que são citados, vale a pena ler, lembrar das cenas, assisti-las novamente, e até começar a assistir os que ainda não viu.
Vale também para aqueles que gostam de uma história "pai e filho".
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Jônatas 17/08/2014

O Clube do filme tem seu inicio quando David sugere ao filho Jesse de 15 anos, que vai de mal a pior no colégio e vive esse drama, a justamente sair da escola se ele quiser, mas com algumas condições: ele não pode se envolver de nenhuma forma com drogas e vai ter que assistir a três filmes com o pai toda a semana, seria a única forma de educação que ele receberia.

Jesse levanta excitadíssimo da mesa e aceita na hora. E assim começa um relato real, sensível, da relação entre um pai e um filho com seus problemas característicos da idade de cada um. Relato de uma relação construída com o tempo, uma relação de amizade, confiança, por vezes de medo.

Podemos questionar o pai: “Você é maluco! Tirar menino da escola! Dá a ele uma vida de preguiça total”. Tudo bem, não vou dizer que faria com meu filho. Não vejo esta como a saída mais propicia e mais inteligente, porém para esta família funcionou. Talvez, não funcione na minha, na sua, nem que seja aconselhável, porém foi a saída que este pai viu para que pudesse oferecer à seu filho ensinamentos preciosos, acredite, vejo que Jesse aprendeu muito mais sobre a vida, adquiriu muitos conhecimentos de muitas outras coisas, que talvez jamais tivesse posto os olhos no colégio.
Podemos perceber que o grande momento deste livro é justamente o crescimento de um jovem que não fez as melhores escolhas, mas com a ajuda de um amigo um tanto incomum, seu pai, conseguiu aprender com esses erros. Os momentos, por vezes, tediosos ao lado pai, fizeram este garoto imaturo traçar uma linha de vida, não perfeita, mas tão bonita quanto.
o livro narra 3 anos em 230 páginas. Ele busca narra os principais momentos desses três anos. O foco esta todo na relação de David e Jesse. Os relacionamentos de Jesse são bem explorados, você acaba entendendo como são essas meninas. Talvez tenha faltado um pouquinho de equilíbrio mais preciso entre justamente quando ele trata do filme como filme e quando ele trata do filme como auxiliar a educação. Por vezes um se sobrepõe ao outro e isso para a história não é interessante. O autor, porém, consegue transmiti ao leitor a relação intima da relação pai/filho e pai/filho/filmes. Isso é ótimo.

Confira a resenha completa, no Blog Alma Crítica, No link Abaixo

site: http://alma-critica.blogspot.com.br/2014/07/resenha-o-clube-do-filme-de-david.html
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Alaerte 02/10/2014

O livro retrata um período da vida de David e Jesse, pai e filho, respectivamente.

Jesse é o típico adolescente da atualidade, que não tem nenhum interesse pelo estudo. Conversando com seu pai sobre este assunto, David concorda que seu filho saia da escola, mas para que isso ocorra, o pai coloca uma meta de assistir 3 filmes por semana, neste momento é criado o Clube do Filme.

David é um crítico de cinema e a cada filme que apresenta ao seu filho, passa detalhes importantes das cenas e atores.

Na maioria dos capítulos, David narra às desilusões amorosas de seu filho, que por sinal é muito sensível e pouco confiante, em alguns momentos chega a dar raiva das atitudes dele.

O livro no geral é bom, mostra como é o relacionamento do pai e do filho e como é importante ter o apoio de um pai para o crescimento do filho.
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carolina.trigo. 05/02/2015

O Clube do Filme
"Nós continuávamos vendo filmes, mas não com a mesma frequência agora. Talvez dois por semana, às vezes menos. Era como se o mundo estivesse nos puxando para fora de casa, e eu tinha a sensação de que algo precioso estava chegando naturalmente ao fim. Fin de jeu. A linha de chegada."

Esse foi um daqueles livros que só comprei na Bienal porque estava muito barato (R$9,00) e o título me chamou a atenção: O Clube do Filme, de David Gilmour, da Editora Intrínseca.
Não poderia ter tema melhor. Acho que todo mundo já quis sair do colégio e poder assistir à vários filme: sonho...
Mistura dois grandes amores: livro e filmes, e o resultado só poderia ser perfeito!!
Mas acho que li num momento errado, pois não consegui captar a mensagem que o autor quis passar.
Claro que adorei muitos dos filmes citado e eles são bem descritos. Marquei tanta coisa que nem sei aonde irei anotar tudo isso, rsrs.
A história em si é bem simples: depois que seu filho Jesse se mostra desinteressado em ir para a escola e suas notas passam a ser um desastre, David Gilmour, seu pai, toma a decisão de tira-lo do colégio, mas com a condição de assistir à três filmes por semana. Seu aprendizado será somente esse.
O que me incomodou mesmo foi o garoto. Ele é um típico adolescente chato e ignorante. É sempre manipulado por suas namoradas e sem nenhum entusiasmo em tentar aprender. Só no finalzinho que parece entender o que sua pai estava tentando ensinar e melhora um pouco.
Sem tirar o fato de que ele nunca está muito feliz em assistir os filmes, parece mais que ele só está fazendo isso para não voltar para a escola mesmo.
No meu caso ia pedir para assistirmos mais, rsrsrs.
Agora é só anotar a gigante lista de filmes citados e fazer o grande "sacrifício" de assisti-los. Chato demais!!
Você aceitaria uma aventura dessa?

Até o próximo e boa leitura!!!
Carol!!!

site: http://www.umolhardeestrangeiro.blogspot.com.br/2015/01/resenha-o-clube-do-filme.html
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Nat 06/02/2015

Quando as notas de seu filho, Jesse, na escola começam a se tornar as piores possíveis, David Gilmour resolve tomar uma providência séria. Sempre disposta a ajudar o filho, e com a lembrança do que acontecia em sua época com quem não estudava direito, ele resolve primeiro trocar de moradia com a ex-mulher; depois, ele começou a ajudar no dever de casa; colocou o menino em uma escola particular. Nada dava certo. Não é que Jesse fosse delinqüente, ele só não tinha, digamos, afinidade com o estudo em si e com a resolução de deveres de casas, anotações e coisas do gênero, apesar de ser sociável. Até o dia em que, cansado de ver o filho desanimado ao resolver as lições e com receio de uma eventual reação explosiva, David faz a seguinte proposta:

— Esqueça as anotações. Quero que você pense se quer ir à escola ou não
— Por quê?
Eu podia sentir meu coração se acelerar, o sangue fluir para o meu rosto. Aquela era uma situação em que eu nunca estivera antes, nem mesmo imaginara ser possível.
— Porque, se você não quiser, está tudo bem.
— O que está tudo bem?
Apenas diga, desembuche.
— Se você não quiser mais ir à escola, não precisa mais ir.

Obviamente, a mãe não ficou muito feliz com a notícia, chorou com medo do filho ter algum problema, até David explicar a situação. Quando Jesse descobre o plano do pai, ele aceita rapidamente, já que ver filmes é uma das coisas que adora fazer. Assim, pai e filho começam a ver filmes, 3 vezes por semana, e começam a conversar sobre cada um deles. Tais conversas levam a reflexões sobre assuntos variados, mas acima de tudo, levam Gilmour a conhecer melhor os dilemas e pensamentos do filho.

Este é o tipo de livro que, apesar de ter partir de uma premissa boa, nunca me chamou atenção. Eu já havia ouvido falar dele, mas nunca fiz questão de ler. Como foi indicação de amigo, aproveitei para encaixar no desafio. Gostei, mais até do que achei que gostaria. A leitura é fácil, e o fato de ser uma autobiografia é o que mais atrai. Afinal, que pai faz um acordo do tipo que Gilmour fez com o filho, de abandonar a escola para ficar vendo o filme? No entanto, ele acerta em cheio, pois essa nova situação o torna mais presente na vida do filho, justamente naquela época em que nós, inconsciente ou conscientemente, deixamos nossos pais de fora das nossas vidas. Valeu cada minuto da leitura.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com.br/2015/02/o-clube-do-filme-de-david-gilmour-dl-do.html
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Felipi Fraga 09/06/2015

O CLUBE DO FILME (2007) David Gilmour
“O Clube do Filme” (2007) é um livro autobiográfico sobre um período de três anos da vida do canadense Davis Gilmour, um escritor, crítico e roteirista de cinema que se deparou com um dilema, quando seu filho adolescente começou a apresentar problemas na sua vida escolar, acumulando notas ruins e reprovações. Ao reconhecer no jovem Jesse Gilmour, de quinze anos, o mesmo perfil de desinteresse pela escola, pelo qual passou em sua juventude, o pai começou a se questionar sobre o sentido deste círculo vicioso e até onde o colégio poderia conflitar com as necessidades emocionais do menino, naquela fase da vida. Para ele a evasão escolar do garoto era um acontecimento inevitável, então começou a pensar no que fazer quando isto ocorresse, já que também não queria que o filho trabalhasse, pois na sua visão estaria trocando uma atividade frustrante por outra.

Sua estratégia foi propor ao adolescente, que ele poderia deixar de frequentar o colégio e não precisaria procurar um emprego, que é o que maioria dos que abandonam as instituições de ensino fazem, desde que aceitasse assistir três filmes por semana, na companhia do pai e escolhidos por David. Gilmour se questionou durante todo o período em que participou das sessões com o filho, sobre se estava agindo da forma mais correta para a formação educacional do filho. O que o manteve perseverante, foi a certeza de que era melhor aquele tipo de pedagogia, do que deixar Jesse não frequentar o “High School” (ensino médio canadense) e ainda ficar totalmente ocioso ou trabalhando em algo que não somaria para seu futuro.

A experiência percorreu uma lista de filmes que foi de “A Felicidade não Se Compra” (1946) até “Amor à Queima Roupa” (1993), de diretores como Woody Allen e Akira Kurosawa, passando por atuações de Marlon Brando e Al Pacino, selecionados de acordo com um determinado tema que o genitor queria discutir com o filho e com acontecimentos ocorridos conforme os dias se passavam. Gilmour foi fazendo experiências buscando sensibilizar o menino para determinados aspectos artísticos e sociais, que acabaram por causar mudanças nos dois. A cada longa-metragem assistido ele fez uma descoberta diferente, as vezes decepcionando-se e outras surpreendendo-se, com o acerto ou erro de sua expectativa sobre como Jesse reagiria a cada exibição. Como quando assistiram o filme “Os Reis do Iê, Iê, Iê” (1964), com os Beatles, que achou que o agradaria, mas que na verdade despertou críticas severas do adolescente, principalmente sobre a atuação de John Lenon. Em outras, ficou estupefato com o ponto de vista da interpretação apresentada pelo rapaz ou mesmo com a sua indiferença típica da adolescência.

Aprendizado à parte, para David o melhor de seu experimento, foi a oportunidade de conviver e aprender mais sobre o próprio filho, que ele descobriu conhecer menos do que imaginava. Gilmour passava por um hiato profissional na época, que apesar de ter sido uma dor de cabeça durante o período, depois de olhar para trás, ele afirma que ganhou muito mais com a experiência do que qualquer retorno financeiro poderia ter lhe proporcionado. Tanto ele quanto o filho, fortaleceram muito a compreensão um do outro e criaram uma relação familiar muito melhor, do que teriam se o “Clube do Filme” não tivesse ocorrido. Uma das contribuições mais importantes desta relação, foi ter ajudado Jesse a superar um período em que se encaminhava para uma depressão e um provável envolvimento com drogas advindo dela.

Tanto no Brasil quanto em outros países, existe uma busca constante de uma alternativa para sistemas educacionais ineficazes que muitas vezes servem como um depósito de pessoas, que só o frequentam por que precisam de um diploma para a futura vida profissional. Algumas nações aceitam que pais desenvolvam parte da educação intelectual dos filhos em seu próprio lar, mas a legislação brasileira não permite isso e obriga a frequência até os dezoito anos, apesar de existirem alguns projetos e discussões que visam mudar essa realidade. Para a felicidade de David Gilmour, o Canadá permite este tipo de atividade e mesmo onde não é autorizado, a maioria dos pais e trabalhadores em educação, sabem que é quase impossível manter um adolescente de quinze anos, que não vê sentido prático para sua vida no que é ensinado, na escola. E o escritor sentiu na pele a dificuldade que muitos professores têm, em fazer com que os alunos se interessem por filmes e livros, já que com o número de atrativos oferecidos pelas novas tecnologias de comunicação, muitos deles apresentam uma dificuldade de se envolver com atividades, que exijam um poder de concentração, por um período de tempo maior do que alguns minutos.

São inúmeros os estudos que apontam diferentes mídias, que quando utilizadas como ferramentas educacionais, são cada vez mais fundamentais para o aprendizado. E o cinema é uma das mais citadas, como catalizadora de um processo de formação de um pensamento crítico. São incontáveis os trabalhos de conclusão, monografias e pesquisas em geral, que fundamentam essa visão. É evidente que o cinema não é por si só, uma solução definitiva para a melhoria da educação mundial. Muitos conhecimentos, principalmente de áreas exatas, não podem ser passados somente por mídias audiovisuais. Mas, em muitos casos, ele pode ser a forma mais eficiente de se despertar para conceitos, históricos, sociais, filosóficos, entre outros, que a escola nem sempre consegue efetivar.

Mesmo sendo um livro que aborda o mundo do cinema, citando uma extensa lista de excelentes clássicos, não se pode dizer que o foco dele são as produções audiovisuais. Antes disso é uma publicação que fala sobre a relação entre pais e filhos e sobre como orientá-los intelectual e emocionalmente. Você não vai encontrar análises muito elaboradas sobre cada filme, até por que, mesmo que Gilmour tenha sido um crítico de cinema, ele já afirmou em entrevistas de divulgação do livro, que nem sempre acha muito significativo pensar racionalmente sobre o cinema, pois ele vale mais como uma experiência emocional, que só é válida de verdade, através do ato de assisti-los. Os filmes são apenas um plano de fundo para a “vida real”, mas como muitas vezes “a vida imita a arte”, podemos nos inspirar neles, para nos ajudar a decidir que rumo tomar nos caminhos do nosso futuro.

Mais do que tudo, David Gilmour mudou sua própria visão sobre jovens que não se adaptam à escola, pois pensava que só pessoas com algum tipo de problema ou deficiência não se interessavam. Mas no fim compreendeu, que pode ser natural, saudável e aceitável, que algumas pessoas tenham maiores dificuldades para se adaptarem, já que as instituições de ensino nem sempre acompanham as mudanças de interesse e necessidade de cada geração. De forma nenhuma o autor pretende propor o cinema como um substituto para a educação tradicional, admitindo que o que funcionou para ele e o filho, pode não ser solução para outras pessoas. Antes disso, quer atentar para o fato de que esse tipo de arte - pode ser utilizado como um complemento - que pode servir de incentivo, para que os estudantes valorizem a escola e o estudo como um todo. Provavelmente a experiência de David e Jesse Gilmour serve para abastecer a discussão e combater qualquer crítica que a sétima arte possa sofrer, sobre sua capacidade como ferramenta de aprendizado.

site: http://pipocadepimenta.com/livros/o-clube-do-filme-livro/
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Fabio Martins 07/08/2015

O clube do filme
Para muitos jovens empreendedores que iniciam no mercado de trabalho, a história de Steve Jobs é um exemplo a ser seguido. Ambicioso, corajoso, visionário e – principalmente – teimoso, ele fundou, ao lado do amigo Steve Wozniak, a Apple, empresa que no futuro seria uma das mais importantes no setor tecnológico e entre as mais lucrativas do mundo.

Em 2005 Jobs fez um discurso marcante aos formandos da Universidade de Stanford, na Califórnia, no qual contou três histórias de sua vida. A primeira delas foi sobre seu nascimento e o processo de adoção ao qual passou ainda bebê. Uma das condições dos pais biológicos impostas aos pais adotivos era a garantia de que aquele menino iria cursar uma faculdade.

Assim, ao atingir a idade, Jobs iniciou o curso superior no Reed College, universidade de custo elevado, gastando as economias de uma vida inteira de seus pais adotivos. Seis meses passados, não via valor naquilo que estava aprendendo e decidiu largar tudo, passando a assistir somente às aulas que lhe interessavam. No discurso, explicou sua decisão e as consequências dela:

“Na época, o Reed College talvez tivesse o melhor curso de caligrafia do país. Todos os cartazes e etiquetas do campus eram escritos em letra belíssima. Porque eu não tinha de assistir às aulas normais, decidi aprender caligrafia. (...) Mas não havia esperança de aplicar aquilo em minha vida. No entanto, dez anos mais tarde, quando estava projetando o primeiro Macintosh, me lembrei de tudo aquilo. E o projeto do Mac incluía esse aprendizado. Foi o primeiro computador a ter uma bela tipografia. Sem aquele curso, o Mac não teria diversas fontes. (...) É claro que conectar os pontos era impossível, na minha era de faculdade. Mas em retrospecto, dez anos mais tarde, tudo ficava bem claro. Repito: os pontos só se conectam em retrospecto. Por isso, é preciso confiar que estarão conectados no futuro. (...) Essa abordagem jamais me decepcionou, e mudou a minha vida”.

Essa é uma das grandes questões da humanidade. Tomar as rédeas de sua vida, mesmo fazendo o que para muitos pode ser considerado como loucura. É difícil seguir sua intuição quando opiniões de “especialistas” na vida sobrepõem-se às suas ideias tão ferozmente que te fazem desistir de seus sonhos. Outros insistem, persistem e, às vezes, se dão bem.

O cinéfilo canadense David Gilmour encontrou-se em um momento como esse na vida. Seu filho de 15 anos, Jesse, era um garoto-problema. Colecionava reprovações na escola, andava com más influências e parecia não querer nada na vida. A única coisa que os conectava eram os filmes que assistiam juntos – esporadicamente, nessa época.

Foi aí que fez uma proposta diferente e arriscada ao seu filho: o garoto podia deixar a escola se concordasse em assistir três filmes por semana com ele. Dessa forma, ele poderia educar o filho à sua maneira, utilizando os filmes como exemplos. A proposta foi aceita imediatamente.

E foi dessa forma que pai e filho uniram laços novamente por um longo tempo. O adolescente foi crescendo, conheceu novos problemas da vida, teve as famosas decepções amorosas e se envolveu rapidamente com drogas. Através dos filmes puderam discutir situações de vida, ver exemplos e resgatar a harmonia em um lar que vivia em desordem.

O livro tem uma narrativa agradável e leve, com a trama bem contada pelo autor, David Gilmour. Além disso, é uma verdadeira aula ao mundo dos filmes, do qual passei a fazer parte de forma bem intensa recentemente. Como foi resenhado no New York Times, “no meio da raiva e da desordem de uma família não há nada tão bem-vindo quanto um filme”.

site: lisobreisso.wordpress.com
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