Marcos5813 22/04/2023
Compêndio Econômico ou Histórico?
O Livro, História de Portugal, cujo o coordenador Rui Ramos e seus outros dois colaboradores buscam copiosamente, através de fontes bibliográficas, conseguir um lastro historiográfico da obra, mas as histórias humanas, crível em seus acontecimentos, que moldam instituições, acaba quase por enganar-se como por uma foto do Estado Português nas suas diversas épocas, desde de Dom Afonso Henrique até a União Européia. É fato que a história de uma civilização não se resume apenas aos louros de sua gloria e infortúnios, mas são os louros e infortúnios, sua soberania, e seus acordos que se constrói uma nação. Como compêndio histórico, o excessos de dados geográficos, quase biográficos, se sobrepõem a História da Nação, que se constrói por sangue, lavras e lidos. Para um livro de mais de 1.100 páginas está muito aquém do que poderia explorar, assim como um antropólogo guiado pela luneta mágica de um indígena. O sol é para todos mas convém sombras para nos guiar, vendo-se à formas como presença. Acredito haver livros melhores sobre a história Portugal, mas nem tudo é perdido, é um dos melhores compêndios econômicos que já li.