Bekah Abreu 29/07/2016"Eu sei que ela é uma psicopata, mas é a minha psicopata. "Sempre quis ler esse livro, por isso, nesse ano, coloquei ele na meta. Achei bem interessante esse visual “relação doentia entre policial e serial killer”. Nunca tinha visto uma temática tão diferente, por isso pensei, logo de cara que ia amar.
Para começo de tudo, a sinopse do livro meio que te engana, pois o foco fica dividido entre o ‘Archie’ e uma tal de ‘Susan’.
Ai vem a pergunta: e quem é essa na fila do pão?
Ela é uma jornalista que vai (infernizar) pesquisar sobre a vida do nosso policial chapadão.
Até ai tudo bem.
Só que no meio de uma investigação (que não é sobre a ‘Beleza mortal’), a gente fica sabendo de fatos que realmente não te interessam muito, como: com quem a Susan ‘trepa’ (essa é a palavra mais usada), o que Susan sente, o que Susan quer e traumas de Susan.
No final, entendemos até o por quê dessa picuinha imensa, mas mesmo assim não tira uma metade de livro porrenta.
Os capítulos que realmente me interessavam eram os do Archie. Tirando o lado sombrio (que é entendível), ele é o mais interessante, com seu humor negro e olho atento.
Além dele, eu curti (lá para o fim), quando a rainha loira má aparece. Realmente a coisa começa a decolar daí.
Infelizmente a autora não conseguiu me convencer com os personagens rasos, como melhor amigo policial, policial mãe não tão dedicada e esposa sofredora que quer o macho de volta. Senti falta de um drama que realmente me convencesse. Tudo pareceu meio preto e braco e o resquício de sentimento realmente aparece quando nossa Grecthen e Archie estão juntos. Doentio, né?
O caso do ‘estrangulador de escolas’ realmente foi meio paradão. Claro que não consegui descifrar nada antes do tempo, mas quando tudo se revelou, senti algo parecido como quando uma bexiga vai expirando aos poucos. Irritante e demorado.
Talvez a autora se focou tanto em apresentar esse mundo do Archie para nós que esqueceu de dar algum sentido a trama.
Há! Uma das coisas que amei foi o fato de não haver romance entre as duas pessoas que mais interagem ai. A jornalista bem que queria, mas...Graças! Poupou uma chatice pior.
Basicamente, dei três estrelas pelo enredo e partes interessantes e adicionei a continuação, rezando e implorando para que o que venha por aí valha mais a pena.