Fernanda Reis 21/02/2013
Nos dá insônia enquanto não terminamos! *---*
Insônia é o primeiro livro que li a respeito de anjos e seu universo. Confesso que nunca fui muito interessada por essa parte sobrenatural, mas se tratando de um livro escrito (na época nem livro era) pela Mari, eu precisava conferir.
Vocês podem imaginar a surpresa quando me peguei totalmente envolta por esse novo universo, enchendo a pobre da Mari de perguntas para tentar entender melhor esse mundo que eu nunca tinha tido contato antes.
Suzanna é uma garota normal – a não ser por uma insônia crônica – que mora com os avós (vovô é um amor, já não podemos dizer o mesmo da vovó), já que seus pais morreram em um acidente de carro quando ela era mais nova, e tem uma melhor amiga daquelas afobadas e adoráveis, a Bruna.
Está tudo indo bem na vida da Suzie (desculpem, me sinto íntima), até que um dia, em uma das suas caminhadas noturnas provocada pela insônia, ela conhece o misterioso – logo, irresistível – Pietro.
Pietro é dono de uma beleza arrebatadora, olhos cinzas penetrantes, é elegante, charmoso, educado e, como já dito, misterioso. Me lembrou desde o início o “porte” dos homens britânicos.
Acho que agora vocês podem entender quando eu disse que ele era irresistível... Rsrs.
Suzie se sente envolvida pelo bonitão (e quem não se sentiria?), mas eu confesso que sempre tive um pé atrás com ele.
Ficava o tempo todo perguntando para a Mari se ele era bom ou ruim, porque eu mesma não conseguia me decidir. A aura de mistério ao redor dele aguçava alguma coisa dentro de mim.
A Mari me deixou na agonia, dizendo que eu teria que descobrir as coisas sozinhas, e aí fui apresentada ao Arthur.
Arthur é o tipo de cara que tira qualquer uma do sério... É o meu tipo de cara! Rsrs.
Claro que eu adoro homens cavalheiros (ainda mais quando me lembram os britânicos), mas o Arthur... Ah o Arthur!
Ele é o típico bad boy com a língua afiada e uma jaqueta de couro a tiracolo, mas é intenso, preocupado, carinhoso. Meio perturbador com a sua intensidade, mas essencial. E, claro, também dono de uma beleza arrebatadora.
Me apaixonei de cara por Arthur, e desde esse momento não quis mais saber de Pietro. A cada cena que ele aparecia e cada atitude que tomava eu pensava “não Suzie! Não caia nessa”, e assim foi minha torcida durante o livro.
Mas não pensem que o livro se limita ao triângulo inusitado desses três. Nem perto disso!
O aparecimento desses dois acarreta em uma série de acontecimentos, e vamos descobrindo um pouco mais da história de Suzie e dos rapazes.
Sua vida que estava bem se torna uma grande confusão de imensas descobertas, e ela é apresentada a um universo de anjos, caídos, demônios, nefilins... Todos são reais, possíveis e estão mais perto da sua realidade do que ela poderia um dia sonhar.
Tudo na vida dela começa a desmoronar na sua frente, e sua história de vida parece uma mentira bem elaborada.
De repente sua única lembrança do acidente dos pais começa a fazer sentido... De repente tudo que a tirou de sua realidade e mostrou um novo mundo começa a fazer sentido, mesmo que de uma forma perturbadora.
A narrativa é detalhada, mas flui rápido, não sendo em momento algum cansativa. Pelo contrário, é muito envolvente. Não é à toa que li todo o livro em dois dias!
A autora soube muito bem mesclar as cenas de ação, de suspense, de mistério e de romance. Não falta nada em Insônia.
Somos arrebatados por essa deliciosa e viciante história e, antes de nos darmos conta, já devoramos esse primeiro livro da série e estamos roendo as unhas pelos próximos.
Isso mesmo, esse é só o primeiro livro de uma trilogia.
Independente da Mari ser uma amiga queridíssima, eu assumi um compromisso quando me propus a resenhar para o blog: ser sempre imparcial.
Por isso posso dizer com a alma lavada, Insônia foi direto para a minha lista de favoritos.
Uma história envolvente, intrigante, viciante e absolutamente apaixonante.
Leiam, vocês não vão se arrepender! Eu garanto!
E só para dar um gostinho de toda essa história incrível, um pedacinho da minha cena preferida entre a Suzie e o Arthur: “(...) Não acreditei no que estava vendo, as casas ficavam cada vez menores abaixo de nós, não havia vozes ou cheiros, nenhum som além do vento sendo cortado por duas asas enormes que batiam no ar, elas saiam das costas nuas de Arthur. Meu peito travou, não conseguia respirar. Estávamos voando. (...) Os olhos esverdeados possuíam um tom mais profundo e escuro beirando ao cinza, a pele morena estava dourada iluminada pelos raios do sol que transpassavam as nuvens, as sobrancelhas grossas e sempre franzidas pareciam mais serenas e o olhar menos tenso. Os lábios fartos mantinham um ar sombrio e ao mesmo tempo satisfeito, como se tivesse conseguido algo a que queria muito. Aos poucos senti meus olhos pesarem e tudo ficou mais lento e escureceu (...)”
O que dizer? Insônia é meu xodó, simplesmente isso! Rsrs.
Nota: ★★★★★
Beijos e até a próxima,
Fernanda Reis.
Resenha originalmente publicada em: sonhosecontosdamaribell.wordpress.com