LT 24/04/2017
Uma história de anjos e demônios, é o que encontramos em Insônia – onde ninguém é o que parece ser.
Anjos, o que são? Para que servem? O que fazem? São confiáveis? De onde vieram? Para onde vão? E os demônios? Qual a origem deles? O que realmente querem?
O que pode tornar um os melhores anjos, dos mais talentosos, em um anjo caído, um demônio? Os pecados, ah... mas eles são dos humanos, não? Mistérios, muitos mistérios.
A história se passa no Brasil, e de início conhecemos a nossa mocinha, Suzanna. Ela, ainda menininha, perde seus Pais e é acolhida pelos avós paternos, onde recebe tudo: um lar, amor, cuidados, mimos, alimento, acolhida, educação, tudo de que uma pessoa precisa na vida. Mas, Suzanna sente coisas diferentes. Atualmente, com 17 – perto de completar 18 – anos, Suzanna vai descobrir que não sabe quase nada sobre sua vida, origem, seus pais. Ela se vê, da noite para o dia, em meio a uma confusão muito grande onde torna-se um joguete nas mãos dos jogadores de uma partida entre o bem e o mal, da qual, sequer perguntaram se ela desejava participar. Normalmente, as pessoas que se descobrem ser como ela, recebem informações e fazem suas escolhas sabendo com o que estão lidando, nem sempre todas, nem sempre de forma justa, mas sabendo o que são, conhecendo sua realidade.
Todavia, as coisas para Suzanna, que até pouco tempo, sequer imaginava ser uma nefilin, não tem muitas escolhas, as coisas acontecem, na pressão, na loucura. Nas sobras do mundo, um universo cheio de magia e vida, do qual se acredita ser apenas histórias, anjos, demônios e todo o tipo de seres oculta-se e fazem muitas coisas acontecerem.
Suzanna, como já deixei evidente, descobre a sua origem. Ela conhece um moço lindo, mais velho, encantador, pelo qual se apaixona. Educado, simpático e com uma aura perigosa, Pietro conquistou a Suzanna e a minha pessoa – risos – lembrando que tenho uma tendência a gostar de personagens problemáticos e os quais a gente costuma ter vontade de entrar no livro e matar... O príncipe encantado não é tão príncipe assim. E, logo após o seu surgimento, um outro personagem resolve marcar presença, Arthur/Pierre – que é um babaca, entretanto, parece ser o mocinho – ainda não consegui definir o que penso sobre ele. Ainda assim, vocês podem notar que me tornei #TeamPietro – haha.
Gente, é sério. O livro é rápido, a autora faz umas voltas e dá um nó nas nossas cabeças. Independente de quem é anjo bom ou mal, caído ou não, a gente não consegue saber quem é o verdadeiro mocinho. Depois de ser revelado que os avós da menina sabiam de tudo, e que dela tudo escondiam, não sei em quem confiar. A história começa a lentos passos, e vai evoluindo, ganhando força, nos ganhando. Senti como se esse primeiro volume fosse – e é, quem leu sabe – apenas uma introdução, onde o universo, a luta entre bem e mal, onde tudo é apresentado.
Suzanna é meio que um joguete, nesse primeiro volume, o que costuma me incomodar – geralmente – mas confesso que nesse livro não me incomodou. Suzanna aceita as coisas um pouco depressa demais, e foi isso que me irritou um pouco, ainda assim, não tira o brilho da história. A verdade é que ela é uma menininha, apesar dos seus 17 anos, e quando se vê sem ninguém para confiar é imprudente e vai encarando tudo do jeito que dá.
Preciso dizer que estou com o pé atrás com o Vovô dela, aliás, o pé, não, os dois pés, as mãos, o corpo todo – risos. Ser bom só porque ama a vovó? Sei não... Como já mencionei, ainda não dá pra confiar em ninguém. O livro começa e termina nos deixando curiosos, indo de um lado para o outro, assim como a personagem. Eu desenvolvi teorias, algumas caíram por terra, criei novas, e agora preciso ansiosamente das continuações, porque eu preciso saber em quem confiar e qual será o desfecho de Suzanna que termina completamente aberto.
Os personagens são cheios de mistérios, bem apresentados e perigosos. Suzanna tem tudo para evoluir e muito, e acredito que vá. A escrita da autora está um pouco diferente dos demais livros dela que li, acredito que por serem um pouco mais antigos, ainda assim, muito gostosa, e tem sido bacana ver o quanto ela evoluí na escrita. Nos demais livros da autora, ela está com uma narrativa mais madura, todavia, vale a pena conferir Insônia, e estou preparada para que os volumes seguintes possam me surpreender.
Recomendo para quem curte uma fantasia urbana cheia de reviravoltas e que nos prende. Li muito rapidamente, e já me encaminho para as continuações, das quais, em breve, pretendo vir falar sobre, com vocês. Leiam, leiam e tirem as suas próprias conclusões. Sei que não contei muito do enredo, é que não quero estragar os mistérios, as surpresas.
Quanto a edição, não posso falar muito. Recebi o e-book, como cortesia da autora, nossa parceira, Mari Scotti, através da Amazon. Notei alguns errinhos de revisão, mas nada que atrapalhe a leitura, de modo algum, são leves e dependendo do leitor vão passar sem serem notados. A capa é bonita, o título me chamou a atenção e combina com o enredo.
Leiam, leiam e me contem a opinião de vocês sobre a história!
Até breve!
Resenhista: Ana Luz.
site: http://livrosetalgroup.blogspot.com.br/