Fernanda 05/07/2013Resenha: Tapete Vermelho Resenha: Sabe quando você está a procura de um livro ágil e descontraído? Diante das minhas últimas leituras mais intensas, estava procurando por um livro leve e que me proporcionasse momentos relaxantes. Assim que recebi “Tapete Vermelho” da Editora Matrix, resolvi começar a lê-lo em seguida. Confesso que o que me chamou a atenção, inicialmente, foi a capa alegre e cativante. Posteriormente, assim que adentrei na história, comecei a perceber que a trama era a certa ao qual estava procurando, porém o que mais me surpreendeu foram os momentos emocionantes vivenciados pelos personagens.
“Aeroporto de Los Angeles, 7h34 da manhã. Era inacreditável como a multidão realmente abafava o lugar. Aquela não era minha primeira viagem internacional, mas sem dúvida era a mais marcante, porque eu estava viajando sozinha. Absolutamente sozinha.” Pg.05
Marina Fernandes, ou simplesmente Nina, estava a ponto de vivenciar um grande desafio em sua vida. Ela estava indo viajar sozinha com destino à Los Angeles e aos seus dezenove anos, se via bem preparada para tal situação, que no caso era cursar aulas de inglês. Nina mora no Brasil, estava de férias da faculdade de jornalismo e tinha acabado de terminar um relacionamento de longa data com uma pessoa extremamente possessiva. O que mais precisava era de um bom descanso longe de casa. Até que ela esbarra com um ator de um filme conhecido, James Bradley, – Jim – que acabou lhe fazendo uma proposta um tanto complexa – ou não. Jim pede que ela o acompanhe em direção aos fotógrafos, para que não dê mais indícios de fofoca sobre sua vida pessoal e profissional.
“– Garota, você vai incendiar os noticiários! Você não se enxerga muito bem, não é?” Pg.10
A partir deste momento, o dia de Marina muda completamente e ela entra num universo fascinante e ao mesmo tempo derradeiro. A moça se vê diante de garotas enlouquecidas, paparazzi e muito luxo ao seu redor. As circunstâncias acabaram se prolongando bem mais que o combinado e Marina foi se envolvendo no mundo do ator, diante da fama e do glamour. Mas claro que tinha que chegar ao fim e cada um seguir o seu rumo. Algum tempo se passou depois daquele dia estranho e maravilhoso, porém Nina não conseguia parar de imaginar tudo que aconteceu. Até que os dois se encontram novamente e ela não pôde ficar mais surpresa e feliz. Não tinha como não se admirar com as cenas narradas e sonhar junto com a personagem, mesmo que ela estivesse se sentindo iludida ou correndo sérios riscos de machucar os seus próprios sentimentos. O que quer que aconteça, ela tinha que arriscar.
“Homens sabem mesmo como fazer uma mulher quase ter um ataque cardíaco: as descargas de adrenalina já estavam danificando meu coração. Eu não queria que aquele momento terminasse. Mas terminaria. Então me resignei a fazer uma careta e mostrei a língua pra ele, feito uma criança de pré-escola...Definitivamente eu não estava no meu juízo perfeito.” Pg.21
Marina estava iniciando uma rotina delirante de acordo com a agenda de James e foi inevitável surgirem os boatos e diversas outras fofocas. Em consequência, os flashes e a correria aglomerada costumeira no meio surreal das celebridades surgiram como num estouro, dando início a sequências de discussões, confusões, dramas, loucuras, invasão de privacidade e muito fervor. Mas acima de tudo, uma grande história de amor começou a ser narrada de uma forma detalhada, intensa e delicada. Pode-se dizer com certeza de que esta aventura representou laços fortes de cumplicidade e dinamismo junto ao leitor e passou a sensação de que um sonho de amor pode se concretizar se houver confiança e paciência mútua. Sem falar que os próprios personagens transmitiram uma seriedade digna central e sentimentos relevantes. Nina é tem uma personalidade forte e encantadora e James é realmente tudo de bom: fofo, amigo, simples e carinhoso. Claro que não poderia deixar de ressaltar que ele é ciumento e um tanto possessivo. Mas quem não gostaria de esbarrar com ele?
“Eu queria James com uma força tão poderosa que estava difícil respirar. Eu queria pertencer a ele de uma forma exclusiva. Eu queria que ele fosse o marco do meu primeiro amor. Era isso. Eu o tinha escolhido para me ensinar sobre o amor intimo entre um homem e uma mulher. Eu o tinha escolhido para ser meu primeiro.” Pg.72
Devo confessar que não gostei de uma coisa: a leitura foi rápida demais e num romance moderno tão envolvente se torna difícil se desligar do enredo sem querer vivenciar mais um pouco daquele mundo. Não conhecia a autora, que é brasileira, mas com certeza já virei fã de sua escrita descontraída, dinâmica e consistente. Gostaria que houvesse uma continuação. Será M. S. Fayes?
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http://www.segredosemlivros.com/2013/07/resenha-tapete-vermelho-martiquinha.html