O Fio

O Fio Victoria Hislop




Resenhas - O Fio


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naniedias 25/03/2013

O Fio, de Victoria Hislop
Intrínseca - 365 páginas
Duas vidas entrelaçadas à história de uma cidade.


Título: O Fio
Título Original: The Thread
Autor: Victoria Hislop
Tradutor: Adalgisa Campos da Silva
Editora: Intrínseca
ISBN: 978-85-8057-298-8
Ano da Edição: 2013
Ano Original de Lançamento: 2011
Nº de Páginas: 365
Comprar Online: Saraiva / Submarino


Sinopse:
Era uma vez uma cidade litorânea próspera e de povo feliz. Viviam juntos cristãos, judeus e muçulmanos em perfeita harmonia.

Era uma vez o bicho homem, sua arrogância e ganância. Um bicho que não sabia viver em paz e não sabia respeitar o próximo - visava o lucro acima de tudo, mesmo que para isso tivesse que passar sobre sua própria dignidade, ética, honra ou vergonha.

O Fio segue a história de Dimitri e Katerina, moradores da Tessalônica, cidade da Grécia.
A trama passa pelas guerras mundiais e também por uma guerra civil, mostra incêndio, terremoto e as dificuldades e modificações pelas quais a cidade passou.


O que eu achei do livro:
Ótimo!

Já há algum tempo eu tinha vontade de conhecer Victoria Hislop. A Ilha, outro romance da autora, está dentre os meus desejados desde o seu lançamento. Ainda não consegui ler essa obra, mas O Fio caiu nas minhas mãos e eu enfim tive a oportunidade de conhecer Victoria Hislop, para a minha felicidade e deleite.

A escrita de Hislop é viciante, inebriante, deliciosa!
Quase não sentia as páginas passando enquanto ia acompanhando a história de seus protagonistas e, principalmente, da Tessalônica. São mais de trezentas e cinquenta páginas que passam rapidamente e quase despercebidas, tão deliciosa é a narrativa da habilidosa escritora.
Ela é bastante descritivista, mas não de uma forma exagerada ou enjoativa - ela consegue transportar o leitor para o meio de sua trama, fazendo-o sentir na pele cada mínimo acontecimento. Adoro livros que conseguem me levar para dentro de suas páginas - a experiência de leitura, quando isso acontece, é sempre muito intensa e maravilhosa.

A autora mescla realidade e ficção de forma sublime! Segundo palavras da própria, personagens e nomes de ruas e locações são ficção, mas os eventos históricos são reais. Foi muito gratificante ler esse livro e conhecer um pouco mais da história da Grécia - mesmo que do fundo do meu coração eu desejasse que alguns dos eventos narrados fossem simplesmente imaginação de Victoria Hislop e não algo que realmente aconteceu.

Os personagens são um show à parte.
Nenhum deles é perfeito, pelo contrário, são todos humanos e bastante coerentes com a época à qual pertencem. Têm sonhos, anseios, medos e obrigações - vivem o passar dos dias da melhor forma possível, mas nem por isso de forma lúdica. É tão real que chega a doer. Mas ao mesmo tempo é real o suficiente para emocionar e maravilhar.

Me apaixonei por Katerina - torci tanto por ela! A história é narrada em terceira pessoa, mas na maior parte do tempo acompanha o cotidiano dessa moça tão determinada.
Fiquei pensando nos acontecimentos na vida de Dimitri enquanto ele esteve longe da Tessalônica. Ele passou por tanta coisa que sua história daria um novo livro. Confesso que guardo esperanças de que Hislop escreva as desventuras de tão destemido jovem.

Não esperava tanto desse livro. Embora estivesse ansiosa para conhecer a Victoria Hislop, pensei que a leitura seria um pouco maçante ou, ao menos, um pouco mais lenta. Esperava um livro devagar, cheio de coisas bacanas sim, mas não tão dinâmico e delicioso quanto o que encontrei.
O Fio é uma história excelente, narrada de maneira primorosa.
Preciso urgentemente dos demais livros da autora.


Nota: 9


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Fernanda 26/07/2021

Maravilhoso
A história se inicia no ano de 2007, quando Dimitri e Katerina Komninos contam ao neto Mitsos como começou a história da sua família e porque têm um laço de afeto tão profundo pelo lugar onde construíram suas vidas.
A narrativa conduz o leitor ao ano de 1917, na cidade de Tessalônica, onde judeus, mulçumanos e cristãos viviam em relativa harmonia, apesar do cenário que tomava forma Europa afora. É o ano do nascimento de Dimitri e também a época em que um terrível incêndio devastou a cidade. Como a mansão dos pais de Dimitri é atingida pelo incêndio, a família se muda para a antiga casa da mãe do menino, um lugar bastante modesto no qual o pai, Konstantinos, não consegue se encaixar.
Em 1922, conflitos entre gregos e turcos obrigam a família da pequena Katerina, de cinco anos, a fugir da Turquia. Um grande tumulto no cais faz com que ela se perca da mãe e acabe embarcando para Tessalônica, sendo acolhida por uma mulher que viaja com as filhas gêmeas.
A partir de então a vida de Dimitri e Katerina se cruza e um laço de afeto é construído ao longo de uma história que segue paralelamente a diversos acontecimentos político-sociais que afetam a vida de toda a cidade.

Os personagens são muito bem construídos e a autora consegue adicionar à trama fatos históricos bem embasados, tornando a obra, para além de mero romance, um pedaço da história da Grécia.
A narrativa é fluida e cativante, deixando os leitores imersos na história, à espera dos próximos acontecimentos.

Li esse livro há alguns anos e ele está na lista dos que pretendo reler. Na mesma época li também A Ilha, outra obra maravilhosa da autora.
CPF1964 26/07/2021minha estante
Muito obrigado pela dica. Em breve terei que pagar pela curadoria.....


Fernanda 26/07/2021minha estante
Rsrsrs. Estou tentando atualizar as resenhas aqui no Skoob, estavam espalhadas no drive, e-mail,, documentos no PC... Pode anotar também o outro livro da autora, A Ilha. É muito bom!


CPF1964 26/07/2021minha estante
Já vi a bibliografia dela.




Fernanda.Masiero 13/12/2022

INCRÍVEL!!!
Eu fiquei chocada porque o livro foi muito diferente do que eu esperava. Não sabia da existência da Tessalônica antes de ler o livro e adorei como a autora retratou os conflitos da Grécia antigamente. Em alguns momentos fiquei confusa com a passagem de tempo porque a autora não foca muito em datas. No início eu agarrei no livro, demorei muito pra continuar, mas depois da página 70 a história fica muito mais interessante. Com toda certeza 5 estrelas!!!
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Denise 03/03/2014

Um livro deslumbrante da primeira até a última página!!!Perfeito, me tocou profundamente!
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Queren.Hapuque 01/03/2016

O fio
Eu acredito que até hoje, com certeza esse é meu livro favorito.
A forma como a autora Victoria Hislop descreve a vida não só do casal em questão, mas como ela faz você se importar com os outros personagens. Atravessar fatos históricos , contando como eles afetaram uma cidade e a sua população ,foi sensacional.
Uma história que te envolve e emociona. Quando percebe leu mais de 60 anos de uma família.
Foi uma experiência única ler esse livro, e mais única ainda chegar ao seu final e perceber que o verdadeiro protagonista é a cidade de Tessalônica.
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Singra 24/06/2013

Grécia
Livro com meus assuntos preferidos: romance e história de um país.
Para quem gosta da Grécia, irá se apaixonar, pois ele narra o país, com suas dores e delícias, as guerras, religiões e particularidades das famílias e dos lugares.
Você se apaixona por cada personagem...
Escrita leve e gostosa.
Amei e deu muita vontade de conhecer a Grécia!
Bergmann 30/01/2015minha estante
Também amo um pouco de história e romance misturados. E este livro é realmente tudo isso!




Tnan 27/01/2021

Leitura Obrigatória (LO)
A esperança que sobrevém nos momentos de dificuldade conduz aos momentos felizes.

Fico extasiado quando fico em contato com histórias que recontam os dramas humanos ante à confluência de acontecimentos, de outros, que acabam por interferir significativamente na vida particular. Não focando na dificuldade em si, antes na persistência em seguir, que oblitera o gigante medo do que pode ou não acontecer.

Em "O Fio" Victoria Hislop contextualiza o drama de duas famílias nas dificuldades vivenciadas na Grécia do século XX, passando por conflitos e guerras. No romance, Katerina e Dimitri narram para seu neto, como se deu a história de sua família desde sua infância, quando Katerina se mudou para Tessalônia, a segunda cidade mais importante do país, após um conflito entre Grécia e Turquia. Ambos narram os acontecimentos que alimentaram seu profundo apego com a cidade, repassando ao descendente o porquê de não se verem estando em outro lugar que não aquele.

É uma história lindíssima adaptada a um contexto histórico real. A autora é filelena e guarda uma admiração singular pela Grécia desde que sua mãe a levou a passeio, em sua adolescência, para a ilha de Creta. Desde então tem se imergido na história e cultura gregas, fazendo do lugar palco para vários de seus romances. Ampla divulgadora da história e cultura da Grécia moderna, Hislop recebeu em 2020 o título de Cidadã Honorária da Grécia e diz amar "a Grécia com seus problemas e suas dificuldades, não apenas por sua beleza".

Vale a pena se afundar nas páginas deste romance e descobrir o que o título tem a ver com o drama narrado.
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Geovane Torres 28/09/2013

O melhor romance que já li!
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Cissa 20/10/2013

Interessante

Victória Hislop não foi tão enfática e meticulosa ao escrever este livro quanto o foi ao escrever O Retorno.
A história é muito bem pesquisada mas, prá mim, faltou algo. Faltou ajustar um ponto solto que torna o trabalho mais bonito e perfeito.

A história se passa na Grécia no início do século XX e segue seu rumo nos contanto todo sofrimento do povo durante a Segunda Grande Guerra, incêndios monumentais que arrasaram várias cidades, a Guerra Civel e a perseguição aos comunistas gregos.

Katerina é a heroína que apaixonada por Dimitri e pela costura e bordados consegue sobreviver como modista dedicada, entre tanto sofrimento e destruição. É uma trama bem montada mas faltou aquele gancho que a tornaria perfeita, mas isso não tirou a beleza do romance.

Victória Hislop é excelente escritora e pesquisadora e sua obra sempre merece um olhada atenta.
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Dhessy 23/01/2017

Antes de qualquer coisa, sou um pouco suspeita para falar sobre qualquer livro que se passe na Grécia. Mesmo não tendo nenhuma descendência grega conhecida, minha família é grande o bastante para não se ter certeza sobre algo do tipo, e muito menos nunca tendo colocado meus pés em solo grego, sou apaixonada por esse país e sua cultura. Confesso que não conheço muito sobre a história dele como gostaria, mas procuro sempre pesquisar e tentar entender um pouco mais sobre ela e esse livro me chamou a atenção exatamente por isso.
O livro se inicia mostrando um pouco da Tessalônica, segunda maior cidade da Grécia, do ano de 2007 onde o jovem Mitsos após se encontrar com os avós que insistem em continuar vivendo na Grécia ao invés de ir morar em Londres com ele, acaba se tornando o ouvinte da história dos avós.
Nesse ponto a história recua no tempo, para o ano de 1917, ano em que a cidade de Tessalônica acaba sofrendo um enorme incêndio que quase a destruiu completamente e é neste cenário o avô de Mitsos acaba de nascer. Nesse meio tempo, no ano de 1922, explode a guerra entre Grécia contra a Turquia, obrigando gregos a se retirarem da cidade de Esmirna, na Turquia. Enquanto isso em meio a confusão Katerina, sua avó, de cinco anos acaba se perdendo da mãe e da irmã ficando para trás, sendo salva por um soldado grego e é embarcada para destino desconhecido.
Ficando sob a proteção de Kyria Eugenia Karayanidis e suas duas filhas gêmeas, a jovem pensa que vai para Atenas, mas acaba desembarcando em Tessalônica uma cidade repleta de diversidade cultural.
A partir desses acontecimentos a história do livro começa a ser costurado de maneira a ligar a história de Katerina e Dimitri aos acontecimentos históricos que modificaria a cidade de Tessalônica para sempre.
Victoria consegue conquistar o leitor desde a primeira página. Praticamente não dá para se sentir as páginas passando enquanto acompanha a história, graças a narrativa inebriante, viciante e deliciosa.
Os personagens são vivido a ponto de você crer que pode encontrá-los a cada esquina tamanha a humanidade de cada um deles. Nenhum é perfeito, eles têm sonhos, anseios, medos e obrigações. A história é simplesmente visceral, mesmo sabendo pela própria autora personagens e nomes de ruas e locações são ficção.
Hislop aborda a ocupação alemã, as lutas, os comunistas, temas de grande polêmica com graça e com leveza, mesmo esses sendo temas não tão leves assim.
Este é um livro que comecei com aquela desconfiança de seria ou não uma boa leitura e terminou sendo um livro que arrebatou meu coração, me levando a torcer a cada página por seus personagens, Dimitri e Katerina.
Para aqueles que esperam um livro lento e maçante, pode ter a certeza que O fio é tudo menos isso. Com sua história dinâmica e delicioso a cada página. Sem dúvida, um livro impossível de esquecer.
Um prato cheio para aquele que adoram história e principalmente, a Grécia.


site: http://anjosdanoitedark.blogspot.com.br/2017/01/dica-de-livro-o-fio-de-victoria-hislop.html
Jessica Franca @versoecontroversia 20/06/2018minha estante
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Carlos Padilha 24/02/2024

Bem intencionado, mas fraco
A trama é interessante e a tentativa de incorporar a vida dos personagens a um período turbulento e triste da história da Grécia é válida. Entretanto, a escrita é pobre e a narrativa dos fatos históricos deixa muito a desejar. Como em A ilha, a autora adota uma visão demasiadamente adocicada de situações que sabemos terem sido bem mais graves e trágicas.
PS - até agora tentando identificar o "fio" do título...
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arthur_arrais 02/05/2015

Mais um livro sensacional de Victoria Hislop!
Tessalônica (Grécia), 1917. Enquanto um incêndio destrói a cidade multicultural onde cristãos, judeus e muçulmanos viviam harmonicamente, Dimitri Komninos, filho de um rico comerciante de tecidos, nasce na parte abastada da cidade. Pouco depois, o incêndio destrói também a mansão de sua família, obrigando eles a se mudarem posteriormente para a pacata Rua Irini, endereço antigo da mãe de Dimitri.
Esmirna (Turquia), 1922. Em meio à guerra entre turcos e gregos, a pequena Katerina Saraflogou é obrigada a fugir rumo à Grécia. Entretanto, graças a um tumulto no cais da cidade, Katerina se perde de sua mãe e irmã e acaba embarcando com uma estranha e suas filhas gêmeas rumo à Tessalônica. Lá chegando, recebem do governo uma casa na Rua Irini. Desse dia em diante, os destinos de Dimitri e Katerina se entrelaçam.
Lendo esse resumo, é quase impossível não pensar que o Fio é uma mera história de amor onde os protagonistas enfrentam e vencem todas as intempéries do destino para ficarem juntos. Entretanto, se engana quem segue esse pensamento.
O Fio é o terceiro livro da escritora britânica Victoria Hislop, conhecida por suas sagas de família que atravessam gerações sob um determinado fundo histórico. Em a Ilha, seu romance de estreia, ela nos apresentou ao vilarejo de Plaka, na ilha de Creta; nos tempos em que a lepra não tinha cura e quem era identificado como portador era obrigado a deixar sua vida no vilarejo e passar o resto de seus dias enclausurado numa colônia. Em o Retorno, ela nos mostra como a vida dos espanhóis, em especial da família Ramirez, foi abalada pela guerra civil durante a ditadura do general fascista Francisco Franco. Em o Fio, ela retorna à Grécia e nos narra a história política do país ao longo do século XX; passando pela guerra civil com a Turquia, o final da 1ª Guerra Mundial, a 2ª Guerra e as atrocidades nazistas e pela ditadura que levou à Guerra Civil, envolvendo as forças armadas do governo monárquico grego e o Partido Comunista.
A autora insere brilhantemente seus personagens em cada um desses eventos, nos permitindo visualizar o que aconteceu com muitas das pessoas que realmente passaram por cada um deles na realidade. Durante a 2ª Guerra Mundial, o então jovem idealista Dimitri decide abandonar a faculdade de medicina e lutar ao lado do exército revolucionário contra a invasão alemã em seu país. Enquanto isso, Katerina é obrigada a ver seus vizinhos judeus serem perseguidos e eliminados pelos nazistas. Durante a Guerra Civil, os filhos dos já adultos Dimitri e Katerina sofrem represálias do governo por causa do passado revolucionário do pai; sendo então por eles enviados para fora da Grécia.
Assim, Victoria nos entrega uma obra que nada deixa a desejar em relação às suas anteriores; com uma quantidade relativamente pequena de personagens, mas que são inegavelmente fortes e agentes participativos nos eventos históricos por eles vividos.
O Fio surpreende também pela agilidade no conto dos acontecimentos históricos, fugindo do enfadonho modo tradicional de contá-los geralmente adotado pelos livros didáticos. A autora fez uma meticulosa pesquisa para escrevê-lo, resultando numa obra extraordinariamente realista e verossímil.
Assim, Victoria Hislop mais uma vez se propõe com sucesso a compor uma obra que mescla perfeitamente ficção com realidade. O Fio é uma ótima pedida aos fãs de história e apaixonados por uma narrativa ágil, densa e que prende a atenção de quem a lê.
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day 03/10/2015

maravilhoso^^
O Fio é um livro maravilhoso^^ um romance recheado de realismo e esperança.
O Fio fala da Grécia em tempos de guerras,em tempos mais remotos e em tempos mais modernos.
A saga das Famílias gregas,Judias e mulçulmanas dividas pelas guerras.
Me encantei com os judeus marranos gregos,a tradição do Ladino e os costumes judaicos.
Enfim,a história é fascinante ,Katerina e Dimitri ,personagens principais do livro,nos deixam emocionados e cheios de curiosidade pelo próximo passo...capítulo...destino...
Super recomendo a leitura!!
Melhor não poderia ser.
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Mafi 04/03/2013

no blog - http://algodaodoceparaocerebro.blogspot.pt/2012/12/opiniao-historica-arca-de-victoria.html
Edição portuguesa*

Em "A Arca" voltamos a viajar até à Grécia, pois é neste país que também se passa a acção de "A Ilha". Depois de no "O Regresso" a autora ter contado a história da Guerra Civil de Espanha, decidiu agora voltar ao país grego. A autora segue a mesma estrutura a que já nos habituou. O livro começa no presente e regressamos ao passado para contextualizarmos o que acontece no início do livro.


Depois de dois anos sem ler nada da autora, eis que me chegou às mãos o 3º livro de Victoria Hislop. Já tinha lido os outros dois livros dela: "A Ilha" e "O Regresso" e gostei bastante de ambos. São histórias bem construídas, com boas personagens e enredos que atraem logo o leitor. Portanto não é de admirar que estava com muita vontade de ler este novo livro.

A história centra-se na pequena cidade de Tessalonica e aqui acompanhamos várias vidas, nomeadamente de Katerina e Dimitri, duas das personagens que mais gostei e que são os protagonistas desta história.

A sinopse é bem esclarecedora. Como disse o livro começa em 2007 e recuamos ao ano de 1917 onde há um grande incêndio que destrói praticamente a cidade de Tessalonica. Katerina com 5 anos vê-se separada pela mãe e criada por uma estranha. Brinca com Dimitri na rua e a relação deles vai evoluindo. Acompanhamos o dom de Katerina para a costura, algo que irá fazer muito feliz e conceituada neste ramo. Dimitri, inteligente segue a medicina. Mas em 1943 a chegada dos generais alemães irá abanar a população, estes polícias chegam com novas medidas, erradicar os 5 mil judeus que ali vivem. Algumas personagens que vamos acompanhando ao longo do livro sofrem com esta medida, a fábrica onde Katerina trabalha é fechada para depois ser novamente aberta com um novo dono. Todos estes acontecimentos irão separar o casal, apesar de no fim acabar tudo bem.

O livro é muito bom, um bocadinho pesado, para quem não está habituado a leituras destas, mas como já li livros piores nada me chocou. A autora aborda a ocupação alemã, as lutas, os comunistas, temas de grande polémica.
Gostei muito de ler algo sobre o mundo têxtil, acho que foi uma ocupação bem inserida no livro. No fim ficamos a saber como o passado influenciou o futuro e que irá haver sempre histórias que são impossíveis de esquecer.
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