El lazarillo de Tormes

El lazarillo de Tormes Anónimo




Resenhas - Lazarillo de Tormes


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Rafa 06/07/2023

Lazarillo de Tormes
Comecei a ler sem muito expectativa, ainda mais por ser um livro clássico e uma leitura feita para a faculdade. Mas com o passar das páginas fui me afeiçoando pelo Lazarillo e sofrendo junto com ele a cada amo que ele adquiria. Com certeza foi uma ótima leitura.
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Rachel.Oliveira 19/05/2023

Engraçado
Por ser um livro antigo, pensei que iria ter dificuldade para entender e tudo, mas achei bem tranquilo. Fora que é bem rapidinho de ler e bem engraçado, me diverti muitoKKKK.
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Natália Ranhel 04/10/2022

Tive um pouco de dificuldade em acompanhar a história pq narrador do audiobook tinha bastante sotaque. Mas a relação do protagonista com seus mestres desenha uma história de vida sofrida e curiosa.
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bteuzt 27/09/2022

li pra faculdade
então tudo que eu disser aqui vai ser muito enviesado. é, de fato, um livro a frente do tempo quando nos referimos a criação de um sujeito além da sociedade, que avalia as instituições de forma crítica mesmo sem ter consciência de que o faz; porém, isso não o torna menos maçante e com uma história desinteressante. tem seu devido valor pelo contexto histórico - é bem na transição da vivência coletiva para a vivência individual - e deve ser apreciado como tal, mas minha mente além do contemporâneo não conseguiu fazer a imersão necessária pra gostar de verdade.
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Rolando.S.Medeiros 20/08/2022

Clássico Essencial da Literatura Latina

Pode soar pedante para alguns, ouvir alguém dizer que, por exemplo, um proto-romance espanhol de 1554, escrito por um completo anônimo, seja melhor, tenha mais dimensão psicológica, mais técnica, e mais apuro que grande parte do que se escreve atualmente.

Tape o sol se quiser, mas é a mais pura verdade.

Divido em pequenos tratados, em uma falsa-epístola — ou epístola falada -, que delineia, mas não limita a narração em primeira pessoa; o anônimo-autor astutamente, deixando com que o próprio Lázaro narre a sua história, vai salpicando detalhes, que semeiam a terceira pessoa para a ascensão do romance.

O próprio Lázaro como narrador-personagem é quem conta a sua conturbada história de vida, desde o seu nascimento, a beira do Rio Tormes, até o momento da escrita da carta, que é o livro que temos em mãos; outro de seus recursos, já que nos tempos de publicação, acreditava-se que era realmente uma carta, e que o Lázaro era realmente uma pessoa, o que com certeza ajudou na fixação da história no imaginário daquele povo.

Mas não só por isso. É realmente uma narrativa agradável. Presumimos, pela idade, que seja densa, mas o anônimo autor é bastante comedido, sabe como conduzir uma história, com supressões engenhosas, pouca exposição, e sem explicitação desnecessária. Ele merge tudo com a narração em primeira pessoa, com a memória do Lázaro, o tom da carta, com uma astúcia a par do personagem.

Um detalhe que me agradou, mas que na reta final vai se perdendo, é que ele não lhe entrega o ouro, mas ele está lá para ser encontrado. Seja através dos detalhes intrínsecos da narrativa, ou da técnica e agudez literária com que venho me repetindo.

A exemplo do primeiro, no final do livro, paira no ar uma suposta traição (digo suposta para quem ainda o vai ler), que nos primeiros capítulos, já havia surgido, sutilmente e amarrado à narrativa, ao Lázaro, ainda ingênuo aos relacionamentos:

"Assim passamos adiante pelo mesmo portal, e chegamos a uma estalagem, à porta da qual havia muitos chifres pregados à parede, onde os arrieiros atavam seus animais e, quando procurava reconhecer se era ali a estalagem onde todos os dias ele costumava rezar pela estalajadeiro a oração da Emparedada, agarrou um chifre e, dando um grande suspiro, disse:
— Oh, coisa ruim, e ainda pior que o feitio! Quantos desejam pôr você na cabeça alheia e quão poucos desejam tê-lo, sequer ouvir o seu nome!
Como o ouvi, perguntei:
— Tio, o que é que está dizendo?
—Cale-se, sobrinho, que isto que tenho nas mãos um dia lhe dará mau almoço e pior jantar.
—Não o comerei eu —disse — e ninguém me dará para comer."

A comédia, tão comentada, e que pode ser vislumbrada nessa cena, não bateu para mim, e há uma dose de repetição conforme a narrativa vai afunilando (a maioria dos problemas desse livro provém desta mesma raiz); em contrapartida, também há a justaposição da dicção religiosa com a crítica à própria decadência da religião e da sociedade.

O meu tratado-capítulo favorito, é quando o Lázaro imerge na psicologia do Escudeiro com quem passou um tempo, de certa maneira semelhante à um narrador em terceira pessoa mergulhando em um personagem. Bato na tecla que a engenhosidade narrativa é digna de nota.

Este Escudeiro é um homem com delírio de honra/grandeza, disassociado com a realidade, movido pela sociedade externa; que mora em uma casa completamente vazia, passa dias e dias faminto, mas toda manhã, lava o rosto, se arruma todo, põe a espada ao lado do corpo, e saí altivo pelas ruas, não suportando desaforos ou falta de respeito. Prefere passar fome do que revelar a sua pobreza, não pede ajuda ou esmolas.

Em contrapartida, em questão de relacionamento, ele também é o que melhor se dá com o pequeno Lázaro: se nos compadecemos do garoto, o garoto se compadece do Escudeiro; e também é dele que sai uma das melhores passagens do livro, que ainda é voga na sociedade:

"Vim para esta cidade pensando que encontraria aqui melhores condições, mas não aconteceu como eu esperava. Cônegos e dignitários da igreja encontro muitos, mas é gente tão bitolada que nada no mundo podería tirálos de sua limitação. Cavalheiros de meia-tigela também me solicitam, mas dá muito trabalho servi-los como escudeiro. Porque é preciso virar coringa e, senão, dizem: “Vá com Deus”. Geralmente, os salários são pagos atrasados e o mais certo é que trabalhe apenas em troca de comida. Já quando querem ficar em paz com sua consciência e pagar o nosso suor, chamam-nos à antecâmara e oferecem-nos um suado gibão, ou uma capa ou um saio surrados. Até quando um homem se põe a serviço de um senhor de título, também passa necessidades. Mas, porventura, não terei eu aptidões para servir e contentar a um desses? Por Deus, se topasse com um, penso que cativaria a sua maior confiança e que lhe prestaria mil serviços. Porque eu sabería mentir-lhe tão bem como qualquer outro e agradá-lo às mil maravilhas. Havería de rir muito com as suas graças e hábitos, ainda que nada valessem. Nunca lhe diría palavra que o desgostasse, mesmo que fosse necessário para seu bem; seria muito diligente na sua presença, em palavras e atos. Não me mataria em fazer bem aquilo que ele não visse. Eu ralharia com os criados, onde pudesse ouvir-me, para que ele pensasse que eu zelava por seus interesses. Se ele repreendesse algum criado, eu atiçaria a sua ira com agudas alfinetadas, que parecessem em favor do culpado. Falaria bem do que para ele estivesse bem e, ao contrário, seria malicioso, mofador; e delataria as pessoas da casa e os de fora dela. Bisbilhotaria e procuraria saber da vida alheia, para lhe contar tudo, e teria muitos outros dotes semelhantes, que atualmente se usam nos palácios e que muito agradam aos senhores. Eles não querem ver em suas casas homens virtuosos, pelo contrário, detestam-nos e os menosprezam. Chamam-nos de tolos e dizem que não são pessoas de negócios, nem merecem a confiança do senhor. É assim que, hoje em dia, procedem os astutos, conforme digo, como eu procedería no lugar deles (...)"

De outro lado, um dos pontos a criticar, cuidadosamente, é o caráter panfletário da história, feita justamente para correr de mãos e mãos, o que pelo conteúdo mais a disseminação, na Inquisão Espanhola, deu vazão para a censura (de centenas de anos!). Também este caratér da história uma das razões para o escritor ter preferido o anonimato.

O personagem-narrador faz duras críticas ao clero e à "baixa sociedade" religiosa espanhola, através de clérigos avarentos, falsos pastores, e falsos milagres; em relação a esse último, com direito a todo um artificie, um teatro intricado, elaborado, que faz com que uma falsa punição divina soe real, com fins — para surpresa de um total de zero pessoas — comerciais.

No fim, quando a crítica está feita, o narrador amarra tudo muito frouxamente, e no final a boa, divertida e engenhosa narração fica como plano de fundo dessa crítica à religiosidade; soou para mim como se a história tivesse sido abandonada.

Mas, até nas partes ruins, há partes boas. É também no final que culmina todo o foreshadowing deixado pelo velho-cego, e também é onde o narrador “se desprende” do Lázaro — não literalmente — com um tom meio naturalista, que o mostra resignado, quando o rapaz já crescido, escolhe a ignorância, o conformismo.

É notável, também, pois, a pintura da vida do Lázaro é tão interessante, e acostumamo-nos tanto com a voz sarcástica do garoto, que nos apiedamos dele até nessa má decisão, em vez de terminarmos incomodados.




Notas aleatórias

— Um caso onde o clássico literário se integra com a cultura; por exemplo, até hoje há uma estátua em Tormes de Lázaro e o o Velho Cego, na mesma linha, Lazarillo, entrou no dicionário espanhol, significando um "guia de cegos".

— Também uma pedra basilar no gênero romanesco, com meio milênio de idade; e, digno de nota, uma leitura fluída, ainda atual, que pode ser despachado numa assentada, com o acompanhamento que quiser. Sinceramente, não vejo razões para não lê-lo.

— Além de ser uma das primeiras manifestações do gênero romanesco, inaugura também o gênero picaresco, precedendo o grande Quixote, que pisa sob as fundações do nosso anônimo-narrador; há uma suposição de que o adjetivo pejorativo "picareta" do nosso idioma, tenha surgido daí, do pícaro. Porém, como sabemos, são muitos anos e uma travessia idiomática conturbada a mutou; Lázaro não é bem o "picareta", no sentido que concebemos hoje em dia, ele é astuto, irônico, bem humorado, que só quer encher a barriga; não o faz por maldade ou ganância.

— Li na antiga edição da Collecion Orellana, muito boa; bons paratextos, e uma ótima tradução do Pedro Câncio da Silva.

— O anônimo-autor é bastante culto, há muito dos clássicos gregos, romanos e até hebraícos em sua escrita; e também parece claro que ele de certa forma tinha uma estreita relação com o clero.

site: https://linktr.ee/rolandosmedeiros
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Micaela 18/07/2022

Resenha
Gostei bastante,me ajudou muito a treinar minha leitura em espanhol,recomendo por ser um livro divertido e engraçado que ajuda bastante!!
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Ana Ju 31/05/2022

Lazarillo de Tormes
Aaaaa, eu gostei desse livro!! Sobre a história, achei bem divertida e nada cansativa, inclusive, ao decorrer de todo o livro, eu só queria que o pobre do Lázaro tivesse paz KKKKKKKKK (coisa que conseguiu no final, amém)
E, por mais que a linguagem do livro apresente alguns termos bem antigos, não atrapalha o entendimento (principalmente porque temos o glossário no final). Então, para quem está estudando espanhol, assim como eu, é bem interessante!!
Enfim, recomendo sim.
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Bela 10/11/2021

Ok
O espanhol n é mt difícil ent deu para ler direitinho. A história era até que legalzinha, nada de mais.
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Tamires 26/10/2018

Lazarillo de Tormes e o romance picaresco
Lazarillo de Tormes é uma narrativa curta, clássico da literatura espanhola e mundial, que inaugurou o tipo de romance chamado de picaresco. De autoria desconhecida, tendo suas edições mais antigas datadas de 1554, a história de Lázaro é uma narrativa de leitura rápida e bem humorada.

O romance é estruturado em tratados — precedidos de um prólogo, — onde o próprio Lazarillo conta suas desventuras. Nascido no rio Tormes, motivo que, segundo ele, explica o seu sobrenome, ainda bem jovem perde o pai, precisa deixar a mãe e, de início, cai nas mãos de um cego, assumindo o ofício de ser os seus olhos. Em pouco tempo, o trabalho que parecia ser nobre torna-se bastante penoso: Lázaro passa fome e sofre maus tratos diversos com esse seu primeiro amo. A partir daí o personagem desenvolve a capacidade de se virar, de tirar proveito das situações mais extremas. O que pode parecer malandragem — e é, obviamente — também pode ser interpretado como pura questão de sobrevivência, com pitadas de vingança, em alguns casos.

Larazillo de Tormes foi uma leitura que eu não teria feito (pelo menos não neste ano de 2018) se eu não tivesse cursado a disciplina de Matrizes de Cultura e Literaturas Hispânicas, nesse semestre do curso de Letras (2018-2 UFF/CEDERJ). A leitura surgiu como uma proposta diferenciada de avaliação presencial: a coordenação da disciplina divulgou a questão única da prova, que seria a leitura de Lazarillo de Tormes (ou de A Celestina) e pediu para que fizéssemos uma comparação com outro produto cultural de livre escolha. No dia marcado para a prova presencial nós teríamos de dissertar sobre a nossa leitura e pesquisa, mas sem consulta.

A proposta, que a primeira vista me assustou, foi muito positiva. A leitura de Larazillo de Tormes foi muito agradável — por isso estou recomendando o livro aqui — e ter de pesquisar sobre o tema e pensar sobre algo semelhante tornou o estudo menos maçante e a aprendizagem mais efetiva. Foi uma prova de exposição de conhecimento, não de decoreba.

Lazarillo de Tormes, como já dito, inaugurou o romance picaresco, que é definido como uma pseudo-autobiografia de um anti-herói, em que ele narra suas aventuras, que por sua vez, são a síntese crítica de um processo de ascensão social pela trapaça. O romance picaresco é uma sátira da sociedade do pícaro, o protagonista.

Vários personagens da literatura e do cinema se enquadram nas características do pícaro. Em minha breve pesquisa, percebi semelhanças em Leléu, personagem de Lisbela e o Prisioneiro, filme de Guel Arraes (2003). Assim como Lazarilho, Leléu percorre cidades fazendo o possível (leia-se usando de artimanhas) para garantir o seu sustento, com a diferença de que, no caso do brasileiro, suas malandragens também incluem conquistas amorosas. Lisbela e o Prisioneiro funciona muito bem como crítica de uma sociedade baseada em classes, além de outros temas que a adaptação trata de forma perfeita: metalinguagem, resposta ao ideal cavalheiresco — que também é uma característica do romance picaresco — dentre outros.

Comparações e pesquisas à parte, sugiro que você inclua em sua lista a leitura de Lazarillo de Tormes. O livro é um tesouro facilmente encontrado em livrarias e pela internet. Dificilmente você vai fechar o livro sem ter dado uma risada ou sem se surpreender com situações e pessoas que são facilmente identificáveis ainda nos dias atuais.

“Quantos devem existir no mundo que fogem dos outros porque não se veem a si mesmos!”

“Mas, segundo me parece, esta é uma regra já usada e observada entre eles. Embora não tenham um vintém, fazem questão do barrete no seu lugar. Que o Senhor os ajude, já que com esta doença morrerão.”

“Apesar de rapaz ainda, achei tudo uma graça e disse para mim mesmo: ‘quantas destas devem fazer estes enganadores às pessoas inocentes!’”


P.s.: no blog, endereço abaixo, tem link para baixar o livro, edição da Embaixada Espanhola.

site: http://www.tamiresdecarvalho.com/resenha-lazarillo-de-tormes-e-o-romance-picaresco/
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Emme, o Fernando 16/12/2017

Um clássico para ficar no coração!
Trata-se de uma crítica a vários setores da sociedade espanhola da época (1554). O que há de inovador (inovador até mesmo para muitas críticas mais modernas) é o ponto de vista escolhido: a história conta várias das adversidades de um menino literalmente abandonado (não uma, mas várias vezes).

O livro, apesar de servir à crítica, não deixa de lado a riqueza da narrativa, não se torna manipulador, pelo contrário, o enredo mantém-se fiel ao realismo do começo ao fim.

O que é sempre bom destacar é que este é o livro do chamado SÉCULO DE OURO ESPANHOL que vai dar origem às novelas picarescas, apesar de ter ficado esquecido por muito tempo na Espanha - foi proibido pela inquisição e colocado no INDEX.

Mas é importante ressaltar que NÃO se trata de uma novela picaresca, pelo menos não igual a nenhuma outra produzida depois dele. Simplesmente porque este é um livro fruto da REFORMA. A crítica feita aqui é aos poderosos da época, ao cinismo dos detentores do poder, ao descaso em relação às condições aviltantes de miséria em que a maior parte da população vive.

Ao contrário das novelas picarescas (inclusive as brasileiras), Lazarillo NÃO É UM MALANDRO: ele faz o que é-lhe possível nas condições que se lhe oferecem
simplesmente porque ele está vivo e portanto também tem fome, também tem sede...



"Suele señalarse que Lázaro, más que un pícaro, es um desdichado, cuyas raterías, motivadas siempre por el hambre, son de poca monta, mientras que los protagonistas
de las obras picarescas no tienem un oficio conocido, carecen de conciencia moral y viven como parásitos a costa de los demás, son verdaderos rufiantes y delicuentes y acaban por ser víctimas de sus proprias bellaquerías."



As novelas picarescas produzidas depois de Lazarillo são produtos não da Reforma, mas da CONTRARREFORMA, elas colocam ênfase na moral e na inclinação para o mal dos malandros em consequência do pecado original (e posteriormente da origem pobre, da genética durante o racismo científico...).

É preciso lembrar também que as construções filosóficas do liberalismo, que vai se utilizar da ideia calvinista de que a riqueza e o sucesso material/terreno são indícios de agraciamento e aprovação divinas ainda não tinham sido criadas. Será só após as revoluções burguesas e o estabelecimento da burguesia que a filosofia irá colocar "a culpa pela própria pobreza nos pobres", abandonando de vez a ideia de caridade como um ato de riqueza espiritual e desobrigando a burguesia de toda e qualquer obrigação moral para com os pobres e sua miséria, ignorando a exploração pela qual os pobres são obrigados a passar e, mais que isso, colocando a responsabilidade sobre os próprios pobres: são pobres porque são preguiçosos, porque são imorais, porque são "malandros".... Ideias que irão ao ápice na segunda metade do século XIX com o racismo científico, as teorias de raça (os pobres eram durante esse tempo por si só uma raça distinta dos burgueses donos do capital)...


Enfim, Lazarillo é anterior a tudo isso !

Apesar de não ser um texto que nos tenta manipular (justamente pelo seu realismo: tudo ali é extremamente verossímil), há passagens desesperadoras em que a gente sente vontade de pegar o pequeno nos braços e dar um basta em tudo aquilo:



"Y acostose en la cama, poniendo por cabecera las calzas y el jubón. Y mandome echar a sus pies, lo cual yo hice. Mas maldito el sueño que yo dormí, porque las cañas
y mis salidos huesos en toda la noche dejaron de rifar y encenderse; que con mis trabajos, males y hambre pienso que en mi cuerpo no había libra de carne; y también,
como aquel día no había comido casi nada, rabiaba de hambre, la cual con el sueño no tenía amistad. Maldíjeme mil veces (Dios me lo perdone) y a mi ruin fortuna, allí, lo
más de la noche; y lo peor, no osándome revolver por no despertale, pedí a Dios muchas veces la muerte."



O final da história do já homem Lázaro é meio frustante, mas coerente com todo o restante da história. Afinal, nem mesmo na hora de casar-se é permitido ao nosso Lazarillo arranjar uma esposa que realmente o ame e que lhe seja companheira fiel. Tudo ali é apenas um arranjo em troca do cargo público e da sobrevivência.

Ao final, o nosso Lazarillo vive do começo ao fim com o que possível para alguém como ele ("é o que tem para hoje"!).

Mas... que fica no coração do leitor pelo menos o desejo de que tudo terminasse realmente melhor, ah isso fica....
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crislane.cavalcante 06/01/2017

Lazarillo de Tormes
Comprei o ebook para uma avaliação da universidade e bom, no geral eu gostei do livro. Vou destacar aqui, que a linguagem dessa livro é de um espanhol digamos que antigo, mas, com a ortografia do espanhol atual. E não recomendo a leitura, pelo menos desse livro em específico, para quem tá iniciando o espanhol,pois, a dificuldade será tremenda, recomendo a leitura de uma adaptação antes,pois, ajudará bastante para entender esse livro. Foi uma agradável surpresa(apesar dos infortúnios do pobre do Lazaro) Lazarillo é um mocinho completamente distinto de todos os mocinhos dessa época do século XVI(não tenho certeza do século), ele é um pícaro, pobre, que sofre todas as adversidades do mundo e o autor faz duras críticas a sociedade espanhola da época, e denuncia de uma forma diferente, a pobreza extrema, a escassez de alimentos que os espanhóis passaram nesse período. Gostei desse livro, mas, teria desfrutado imensamente se o espanhol fosse o do século XXI,pois, dá para perder-se facilmente e deixa passar algumas informações se não tomar atenção.
Salomão N. 16/12/2017minha estante
Já existe tradução.




Maurí­lio 16/10/2012

Breve Análise
A obra conta as aventuras de Lazarillo, desde a sua infância até sua vida adulta, onde aprendeu a sobreviver através de seus 9 amos (algo como professores), que lhe ensinaram, alguns da pior forma, algo que contribuísse para a vida do personagem principal.
Este livro inicia o que se chamou na Literatura Espanhola de "novela picaresca", em que o personagem principal é um "pícaro", ou "anti-herói",
que tem de fazer coisas consideradas ruins pela sociedade, mas que o ajudam a vencer na vida. A obra pode ser comparada com outra existente na Literatura Brasileira, intitulada "Macunaíma".
"Lazarillo de Tormes" apresenta uma denúncia, de forma irônica, à hipocrisia da sociedade, especificamente ao que se relaciona à Igreja.
O livro marcou tanto que sem ele, talvez, não existiria o famoso "Don Quijote De La Mancha".
Enfim, a história, contada em forma de carta, garante boas risadas e uma reflexão sobre a postura da sociedade da época, em que alguns costumes continuam até hoje.

Boa leitura!
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Dani Moraes 08/11/2009

Muito engraçado...
Tive um pouquinho de dificuldade com o espanhol, já que o livro foi escrito a um bom tempo atras o q dificulta a leitura que não é na nossa linha mãe...
Mas vale bastante a pena...
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Sudan 30/05/2009

Lazarillo de Tormes
La vida de Lazarillo de Tormes y de sus fortunas y adversidades (más conocida como Lazarillo de Tormes) es una novela española anónima, escrita en primera persona y en estilo epistolar (como una sola y larga carta), cuya edición conocida más antigua data de 1554. En ella se cuenta de forma autobiográfica la vida de un niño, Lázaro de Tormes, en el siglo XVI, desde su nacimiento y mísera infancia hasta su matrimonio, ya en la edad adulta. Es considerada precursora de la novela picaresca por elementos como el realismo, la narración en primera persona, la estructura itinerante entre varios amos y la ideología moralizante y pesimista.

Lazarillo de Tormes es un esbozo irónico y despiadado de la sociedad del momento, de la que se muestran sus vicios y actitudes hipócritas, sobre todo las de los clérigos y religiosos. Hay diferentes hipótesis sobre su autoría. Probablemente el autor fue simpatizante de las ideas erasmistas. Esto motivó que la Inquisición la prohibiera y que, más tarde, permitiera su publicación, una vez expurgada. La obra no volvió a ser publicada íntegramente hasta el siglo XIX.
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