spoiler visualizarDan 21/02/2023
Algumas perguntas devem ficar sem respostas....
Narrado em primeira pessoa o enredo nos leva ao momento em que a Sara decide buscar pelos seus pais biológicos. E a partir dessa escolha a trama se desenrola.
Algumas coisas primeiro o enredo é envolvente, muito embora ele acabe ficando um pouco pesaroso ele te instiga a continuar; segundo a forma como a autora escreveu (como se fosse uma conversa com a psiquiatra) acho que é um dos pontos altos; terceiro, diferentemente do livro que li anteriormente ele de fato cumpre com o que promete, muito embora nem sempre concorde com alguns pontos colocados pela autora; quarto os personagens foram bem construídos, mesmo não gostando de certas características são inegáveis que soube construí-los.
Falando do enredo devo dizer que por botar expectativas demais eu acabei caindo do cavalo, pois, como sempre criei tanta teoria mirabolante e quando cheguei ao final fiquei um pouco decepcionada, não por não ter adivinhado, mas pela falta de algo que fosse realmente bombástica. Não tiro o mérito daquela revelação no final, porém, eu precisava de algo que me causasse um frenesi maior do que aquilo. A meu ver, aquilo foi extremamente clichê e sem graça. Entretanto foi um enredo instigante e bem escrito. E realmente, certas coisas devem ficar sem respostas..
Já os personagens em sua maioria foram criados para causar asco e isso a autora fez bem, principalmente com o pai adotivo. Sei que existem pessoas incapazes de certa coisas, mas o tratamento que ele deferia a ela em comparação com as irmãs era um lixo. Era como se dissesse para ela que por não ser biológica ela valia menos. Ou melhor, não valia nada.
Outra personagem ruim foi Melanie, e ela ainda tem a pachorra de fazer o papel de coitadinha no final e achar que está na mesma posição da Sara, por causa de algumas comparações e pelo pai não gostar do namorado. Sendo que, na infância Sara tinha que cozinhar e cuidar delas e se algo desse errado era ela quem tomava esporro do pai agressivo, enquanto ela e lauren eram mimadas. Gostei delas terem cessado a briga delas, mas foi demais certos coitadismo dessa criatura.
A mãe biológica dela também era ruim, compreensível ela não ter quisto, ficar revoltada com o mundo, mas dai a dizer que ela seria uma assassina e um monte de bobagem para ela foi horrível.
Sinto que aquela justificativa no final, que fizeram a cabeça dela para pressionar a filha foi forçado, utilizado sem nenhum propósito decente apenas para amenizar o que Julia tinha dito, para que assim fosse aceitável Sara ainda querer contato. Porque venhamos e convenhamos por mais que ela tenha passado pelo inferno na terra falar o que ela falou para alguém inocente em nenhuma circunstância seria aceitável, e deveria ser uma das coisas que fariam qualquer um desistir de uma reaproximação.
Com a Sandy eu até entendi, porque estou acostumada a ver seriados onde um faz o policial bom e o outro o policial ruim, mas nela não e para mim, seria de uma burrice sem tamanho (Sara) ainda querer algo.
Os santinhos do pau oco que era a Lauren e o Greg, não vou falar é nada?
Dito isso, devo dizer que a Sara é uma pessoa burra e manipulável. A polícia usava de artifícios para a convencer a fazer o que eles queriam e ela aceitava. As pessoas machucavam ela e um minuto depois ela já estava ok, ela sempre se culpava por algo dito e ninguém nem ai se machucava ela ou não. Outra coisa que me incomodou com ela foi ela criar empatia com John e achar ruim que as pessoas dissessem que a enxaqueca não era desculpa para o que ele fazia.
Acho que se os únicos que se salvam é Sara, Evan (apesar de ser intransigente com ela às vezes, ele ao menos se desculpava, né), a mãe adotiva, a Ally, e Nadine. O resto das personagens se sumissem não fariam falta.
No mais é um bom livro, e com algumas ressalvas, vale a pena ser lido, no entanto, não tentem criar expectativas ou criar teorias mirabolantes