Breve Romance de Sonho

Breve Romance de Sonho Arthur Schnitzler




Resenhas - Breve Romance de Sonho


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Teresalencar 01/04/2024

Os filmes podem sim estimular novas leituras, foi o caso de ?Breve Romance de Sonho?. Kubrick me influenciou com seu último filme à ler a obra que inspirou a produção cinematográfica.
Creio que seja um pouco clichê dizer que preferi a leitura à adaptação, mas cada uma detalha sua percepção de forma única.
O diálogo final, o mistério, o onírico, a coragem, o sacrifício e a covardia faz com que entendamos com sinceridade a mente de Fridolin. O que o filme limita na questão da interpretação psicológica a leitura escancara.
Não consegui parar de ler até por um fim, leituras que inspiram adaptações cinematográficas são sempre muito interessantes para mim!
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grmartins95 21/02/2024

Com certa frequência fico obcecado com livros aleatórios. Eles surgem para mim de forma intempestiva, e na maioria das vezes não respeitam qualquer lista de leitura que eu tenha montado previamente.

Foi justamente esse o caso desse "Breve romance de sonho", de Arthur Schnitzler, que eu conhecia apenas pelo nome da adaptação: "De olhos bem fechados", dirigido por Kubrick. Vi alguém comentar sobre a obra na internet, fiquei (sem motivo) muito interessado, fui atrás e li.

Apesar de já conhecer Schnitzler via Freud, não tinha lido nada dele ainda. Mas o encontro foi bom e o "Breve" fez um excelente papel de vitrine, pois quero ler mais coisas do autor.

É um livro curto, bem escrito e que nos pega: tem aquela atmosfera gótica, de uma Viena decadente e de pessoas que parecem mais mortas do que vivas, e a trama vai colocando mistério sobre mistério, quase como uma novela policial.

Enfim, por mais que não fosse previsto, valeu à pena seguir o desejo de ler essa obra.
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davidregufe 04/01/2024

A trama se desenrola em 48h com uma incrível capacidade de imersão do leitor no desenrolar das linhas. a história segue um médico bem-sucedido que, após as confissões de sua esposa, parte para uma consulta que desencadeia sucessivas situações inacabadas de aventura, vingança, traição e desejo. a narrativa explora os labirintos misteriosos do subconsciente e dos sonhos, entrelaçados com uma intensa sexualidade e desafiados pela indiferença ao óbvio. Arthur Schnitzler, minucioso e brilhante, retrata o conflito entre o desejo sexual e as responsabilidades conjugais, consumindo os personagens principais entre o impulso e a razão, enquanto idealizam o relacionamento tradicional perfeito. as perguntas propositalmente não respondidas ao longo do livro são incrivelmente esquecidas no desfecho, onde o casal supera todas as aventuras - tanto as reais quanto as sonhadas. entre as citações, destaco a seguinte: "Em cada criatura - creia-me, ainda que possa parecer banal -, em cada criatura que julguei amar, estava apenas e sempre procurando por você. Sei disso melhor do que você é capaz de compreender, Albertine."
Mari 13/02/2024minha estante
quero ler!




pitypooralfie 10/12/2023

06.12.20

De fato, me senti imersa em um sonho. Um sonho um tanto inquietante, mas muito surpreendente.

Sinto que talvez eu precise fazer releituras e me aprofundar nos estudos sobre psicanálise para apreender melhor algumas situações e tudo mais.

Apesar disso, foi uma leitura super interessante e proveitosa. O livro suscita diversas reflexões muito interessantes. A escrita me agradou muito e o tom onírico foi um dos pontos altos para mim.
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Kenny G 03/12/2023

Realmente breve
Leitura rápida, que mesmo assim se mantém profunda, com um ótimo ritmo. Plantou reflexões, um bom livro.
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Mah 21/10/2023

Mais um doido pra conta
Gente, que casal doido. Que homem maluco, que viagem. Adoro ler histórias em que o protagonista é só mais um arrogante cheio de delírios de importância. O livro é breve, assim como o título deixa explícito, mas tão envolvente que poderia ficar entre 500 ou 10 páginas. Foi uma leitura para fins acadêmicos, mas em nenhum momento ficou tediosa.
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mylena97 12/09/2023

"Nem sonho algum é totalmente sonho."
É de consenso àqueles que se interessam pelos âmbitos da psicologia, nesse caso ? acredito eu ? a psicanálise, que é um tema de super interesse e proveitoso no quesito reflexões e interpretações. 

O livro começa em uma cena pós festa do casal principal, em que, numa combinação de provocação e curiosidade, acabam revelando os desejos de seus íntimos. No entanto, Fridolin, o marido, se vê diante da fúria ? não sei se é correto dizer ciúme ? e do despertar de um desejo de "reparação". Aqui, pude perceber e associar esse sentimento a uma tese da psicanálise (cujo não me lembro o título no momento) em que um terceiro serve para despertar meu desejo pela pessoa que eu amo, por exemplo. Isso, seguido do medo masculino da liberdade feminina, isto é, Fridolin se sente traído pelas confissões da esposa, Albertine, ainda que essa não tenha levado a diante a atração admitida, e ele mesmo tivera confessado suas próprias experiências semelhantes. 
Aqui, desejo está ligado ao que escondemos no inconsciente, sendo totalmente distinto ao corpo, que me é remetido às máscaras que construímos em frente aos nossos fetiches. 

Nossos pensamentos não nos definem, mas dizem muito sobre nós. Ou não?
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Gabriel369 21/08/2023

OLHA...
Sinto que essa edição deixou a desejar em alguns momentos na tradução, onde em alguns momentos a censura não traduz o que de fato está se passando na cena, diferente do original. Talvez por ser curto o livro teve uma avanço muito rápido para mim, se fosse mais devagar e bem mais orquestrado talvez tivesse me prendido mais.. Mas enfim, é um livro que pode ser lido em um dia, só pra te tirar do tédio.
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Joana 03/07/2023

Breve, denso, interessante
Li Traumnovelle (título original) em português porque fiz um curso de leitura em alemão em que precisava lê-lo e, honestamente, na língua original não entendi nada. Por isso, comprei a tradução da companhia das letras. Li em um dia! É uma leitura bem rápida.

A historia é centrada no casal burguês Fridolin e Albertine e se passa na Viena dos anos 20. O mote da história é uma confissão que a esposa faz ao marido que, no verão anterior, teve fantasias sexuais com outro homem (nunca consumadas, aliás). Fridolin entra em parafuso ao saber que a esposa sonhou com outro homem e parte em uma aventura em uma noite cheia de delírios, perdida entre o que é realidade e o que é sonho e fantasia.

As 112 páginas se passam no curto período de 2 dias, por isso, apesar de ser um livro curto, é bastante denso. Passamos por cada momento e entendemos cada pensamento do personagem principal, inclusive seus encontros com diferentes personagens femininas. O livro foi muito influenciado pelo trabalho de Freud com a psicanálise e os sonhos, contemporâneo à escrita do livro. No geral, gostei da leitura. Não colocaria entre minhas favoritas, mas foi interessante entrar dentro da mente desse personagem e pensar a narrativa dentro do contexto histórico.
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Gustavo Kamenach 03/06/2023

Breve delírio persecutório
A novela que serviu de inspiração para o último filme de Kubrick De Olhos Bem Fechados, tem um tom mais onírico ainda que sua adaptação (como era de se esperar por conta do título). Nunca fica claro se realmente estamos diante de relatos, devaneios ou delírios persecutórios criados por conflitos sexuais e comportamentais (ciúmes/inveja/desconfiança). São diversas camadas que preciso desvendar em uma futura releitura.
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Derso 29/04/2023

Ou breve romance das minhas impressões
Faz pouco tempo que li esse livro, e ainda continuo pensando nele, constitui um desafio falar dele nessa plataforma por haver leitores que apenas querem saber do que o livro se trata, mas quando uma obra me impacta de alguma forma eu apenas sinto vontade de dissecá-la e falar de cada aspecto presente nela. Foi um desafio elaborar uma sinopse adequada, eu poderia me empolgar e revelar detalhes da trama, pra não correr esse risco usei a sinopse da orelha do livro como base pra elaboração da minha; vou tentar ser bem escorregadio em alguns pontos pra não falar demais e acabar dando spoiler.
Fridolin e sua esposa Albertine formam um casal considerado perfeito, são jovens e belos, ambos são bem-sucedidos e tem uma filhinha adorável. Numa noite, depois de um baile de máscara, Albertine e Fridolin tomam vários goles de champanhe e conversam sobre o evento, algum tempo depois a mulher relata uma antiga fantasia erótica, ele fica perturbado com o que ouviu e não consegue parar de pensar nisso. Em dado momento Fridolin precisa sair pra atender um paciente que está em estado grave, e após fazê-lo acaba embarcando numa aventura sexual, onde o desejo e o perigo se entrelaçam.
Essa é a minha primeira incursão na literatura de Arthur Schnitzler, antes disso eu só ouvi falar dele algumas vezes por vídeos no Youtube, lembro de achar o plot interessante mas não tinha me animado muito em ler o livro. Passeando pela biblioteca vi o livro na estante e me lembrei de que já haviam falado dele, então decidi dar uma chance ao livro e já posso dizer que comecei bem, quero muito ler outros livros dele.
O livro é divido em sete capítulos, seis deles são extensos e um deles não. O texto pode assustar por conter vários parágrafos longos, peço que não assustem, parte da graça do livro reside justamente aí, o autor aproveita pra mostrar os sentimentos de Fridolin e ainda inclui pensamentos enquanto descreve suas sensações, o que nos torna mais íntimo do personagem, ainda que, conseguimos acompanhar a frenesi com que reage ao que ouviu de sua esposa.
O autor se mostra hábil em construir tensão na narrativa, ainda mais quando Frindolin estiver numa situação complicada onde ficamos com a sensação de impotência. Aliás, Schnitzler nos torna de cumplice de cada ação e fala dos personagens, em alguns momentos questionamos certos pensamentos ou temos a vontade de alertar o personagem quando ele está preste a por sua vida em risco.
É impressionante como que os diálogos ajudam a construir os personagens, em alguns trechos Albertine parece provocar seu marido, em outros ela se mostra segura e parece não dar relevância as experiências erótica que seu marido teve, o autor deixa implícito que os problemas que ocorrem na trama acontece pois Fridolin não consegue aceitar aceitar que mesmo casada sua esposa ainda terá desejos eróticos algumas vezes por outro homem. Os diálogos dão mais camadas pra sabermos a índole de cada personagem, como no momento em que Fridolin vai sozinho numa reunião de máscara onde estará outros homens e mulheres, é num diálogo que percebemos o quanto o personagem gosta de embarcar em jogos de sedução e em como o perigo o espreita e ele não se dá conta.
A simbologia envolvendo mascaras se torna apropriado, pois quais as mascaras que vestimos diariamente? Conseguimos fazer um paralelo com o casal protagonista, que vestem suas mascaras sociais em público, mas quando estão na intimidade de seu lar elas caem, é dali que surge as pequenas provocações, considerações que jamais fariam em público, alias, não só com eles podemos traçar esse paralelo, há vários momentos na trama em que pontos importantes são ditas quando não há ninguém escutando, ou quando alguém diz algo onde não deveria haverá uma tentativa de manter essa mascara.
Espero ter passado um passado um pouco do quão curioso esse livro se tornou pra mim, é cheio de camadas, há vária linhas de interpretação contidas ali, esse é facilmente um livro que pretendo reler em algum momento da vida. Enfim, recomendo a leitura do livro, aproveitem tanto quanto eu, e depois diga aqui no Skoob ou em outro lugar o que achou, vamos trocar experiências.

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Luke_the_hero 12/03/2023

Comparando o livro com o filme
Assim como muita gente, eu tive interesse por esse livro depois de ter a adaptação de 1999 do Stanley Kubrick "De Olhos Bem Fechados". É uma obra bastante intrigante e que eu gostei bastante, principalmente pela forma que ela aborda os desejos e o amor, mas além disso, toda a estética noir que ela carrega.

Confesso que achei o filme melhor, mas isso não significa que o livro é ruim, muito pelo contrário, a leitura é muito fácil e cada vez mais você fica mais interessado no que está para acontecer.
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zuila 21/01/2023

Li tentando entender um pouco mais da mente do Kubrick durante a criação do filme : Eyes wide shut, a forma que tudo foi retratado foi bem fiel a obra e se entende de forma mais explícita os desejos de cada personagem.
Leoleo 22/01/2023minha estante
VISH O KUBRICK EH MAIS GENIAL EH ISSO MESMO???????




Bruna 23/12/2022

1ª resenha :)
O que torna um homem ambicioso? Quando o desejo se vê em confronto com o amor, o que fazer? Para Fridolin, esse dilema nao pareceu muito difícil. Um cínico, um sedutor, que se torna tão obcecado por suas aventuras, a ponto de se dispor a arriscar, além da própria vida, todas as outras coisas? Me parecendo mais encantado pela ideia de se sentir desejado do que fazer algo com esse desejo, Fridolin é casado com Albertine: uma mulher com um nível transcendental de compreensão, que tem tanta certeza de seu amor a ponto de dizer qualquer coisa, sem nem cogitar a possibilidade de seu marido pensar que, em suas palavras, haja menos amor, ou até certa crueldade ? mas somente palavras, que se confundem na linha tênue entre sinceridade e dureza (e, às vezes, indo propositalmente para o lado da dureza). Fridolin, depois de se deparar com uma sucessão de frustrações em suas aventuras, parece reencontrar, nos braços de Albertine, toda aquela segurança e conforto que, de início, achou ter sido perdido nela, me dando a sensação de que a busca na qual ele havia se jogado não era sobre o que inicialmente achei. O final extremamente sensível, que me tirou algumas lágrimas (mas sou suspeita pra isso), chama atenção para a importância de transparência e diálogo em um relacionamento (não falo mais pq acho que não é pra dar spoiler em resenha, né amor?!). Um ótimo livro, com uma leitura instigante, daquelas que você não consegue largar, principalmente quando você chega na última metade, porque você quer saber como termina, mas não quer que termine. Algo nesse livro me gritou como uma chamada para o presente, como um apelo para não supor tanto, não imaginar tanto, não planejar tanto, não sofrer tanto, não tentar tanto? algo mais estilo Albertine, no sentido da sua compreensão.

Eu não sei mais o que escrever, então, pra fechar, *copiando uma referência global na arte das resenhas*, procurei aleatoriamente algo que marquei, e encontrei: ?Somente agora, arrepiando-se, tomava consciência de haver tido sempre diante dos olhos a imagem da esposa como s mulher que procurava.?

Todos os livros que você me der, não tem como não receberem 5 estrelas. Espero que tenha ficado boa :)
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