Papéis Avulsos

Papéis Avulsos Machado de Assis
Machado de Assis
Machado de Assis




Resenhas - Papéis Avulsos


76 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Pablo.Florencio 16/04/2024

Machado
Uma obra com vários contos machadianos. O que posso dizer para elogiar?
Ser escrito por Machado de Assis significa ter uma qualidade literária surreal - qualidade literária do maior escritor. Qualquer elogio além de apontar que foi escrito por ele é redundante.
Adorei os contos, sendo os que mais gostei: A Chinela Turca; O Segredo do Bonzo; Uma Visita de Alcibíades.
comentários(0)comente



natonha 12/03/2024

Alguns contos se destacaram mais do que outros, e achei uma leitura razoável por ser meu primeiro contato com Machado de Assis. Espero ler mais coisas do autor em breve.
comentários(0)comente



Felipe1503 05/12/2023

? (?) Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa apagar o caso escrito. Obra de lápis e esponja.? (Machado de Assis)
comentários(0)comente



Quincas Borba 28/09/2023

Nem os significados são avulsos...
Depois de ler em ordem cronológica os nove romances de Machado, comecei a me aventurar em outra área com a qual ele tem grande habilidade e maestria: os contos. Porém, ao invés de ler cronologicamente, fui direto para a coleção de contos mais famosa de Machado: "Papéis Avulsos", publicado em 1882. Como adverte Machado, apesar do título, os papéis têm sim vários temas em comum.

Na edição da Penguin Companhia, podemos deduzir quais seriam esses temas por conta do excelente texto de John Gledson (cujas introduções servem mais de posfácio; nunca coloque um spoiler numa introdução, nunca! Todo edição da Penguin em que John Gledson escreve a introdução, você deve a ler, ironicamente, depois de finalizar o livro!), que mostram uma nova face e dá um novo sentido pela reunião desses papéis avulsos.

Eu gostaria de poder escrever sobre cada conto, mas, me conhecendo, a resenha ficaria extremamente longa, então eu vou dizer quais foram os meus favoritos!

O melhor conto, que na verdade é uma novela, é "O alienista"; não é à toa que é mais lembrado que vários romances do Machado; um outro destaque é "D. Benedita", que também é um pouco grande, mas é bem divertido; "O espelho" é um conto poderosíssimo, seguido de "Teoria do medalhão"; os mais divertidos são "A chinela turca" e "A sereníssima republica", por terem elementos mais fantasiosos, e por conta de suas críticas.
Mesmo que bom, "O segredo do Bonzo" foi o que menos gostei de toda a coletânea, e na minha opinião, existe uma disparidade enorme entre esse e os outros; mas, nada ruim! (deveria fazer uma resenha específica para cada conto?).

Mal posso esperar para ler outros contos do Machadão.
comentários(0)comente



Heloisamarina_ 24/09/2023

Acabei relendo
Já havia lido a maioria dos contos e acabei relendo. Machado de Assis é muito bom, sempre vale a pena reler.
comentários(0)comente



lalari.f 09/08/2023

?A loucura, objeto dos meus estudos, era até agora uma ilha perdida no oceano da razão; começo a suspeitar que é um continente.
comentários(0)comente



Luíza 26/06/2023

Papéis avulsos, de Machado de Assis
Ler Machado de Assis é quase sempre um desafio, e 100% das vezes uma delícia! ?

É claro que é preciso ler 3 ou 4 vezes pra poder captar determinadas palavras, referências ou ironias, mas se não fosse assim, não seria Machado (eu, pelo menos, tenho essa sensação)?

Papéis avulsos é uma coletânea de contos, da fase realista de Machado, que é exatamente isto: um bocado de ?papéis? avulsos, contos aparentemente desconexos entre si, mas que retratam o humor e a ironia do autor pois ?brincam? bastante com um jogo entre a verdade e a semelhança, o ser e o parecer.

É uma leitura divertida e tranquila, se comparada às outras obras do autor, e eu gostei bastante!

Dentre os contos nesse livro, O alienista e A sereníssima república são os meus favoritos. E os seus, já leu algum? Conta aí ?
comentários(0)comente



AnaP14 18/04/2023

Reflexões importantes
A obra consiste em uma reunião de cários contos onde Machado analisa a psique humana de uma forma que só ele é capaz de fazer, e com extrema maestria. Destes, meus contos preferidos foram "O alienista" e "Teoria do medalhão", sendo este último o que mais me fez refletir, por ser exatamente uma descrição do que acontece nas redes sociais atualmente.
comentários(0)comente



Danyela5 05/04/2023

Por conta de uma linguagem mais antiga, tive certas dificuldades com relação a alguns contos.

Alguns até me prenderam do início ao fim mas, outros ñ posso dizer o mesmo.

Por mais q tenha essa linguagem mais antiga, conseguimos perceber vários aspectos nos contos q continuam atual.

Se a escrita fosse menos complexa, talvez eu me prendesse mais e gostasse mais das histórias e do livro como um todo.
comentários(0)comente



Kecia.Viana 14/02/2023

Papéis Avulsos. Livro 11
Machado é perfeito em todas as formas.

Mas eu confesso que meu amor por ele está mais presente em seus romances.
comentários(0)comente



Marina 10/02/2023

Papéis avulsos tem alguns dos meus contos favoritos de Machado de Assis, como O espelho, O alienista, A arca e Teoria do medalhão.
comentários(0)comente



Jonas incrível 25/01/2023

Papéis de valor
Mais um que me impressiona, como eu demorei tanto pra ler as obras de Machado de Assis? Um absurdo o quanto perdemos ao não darmos valor à nossa literatura.
comentários(0)comente



Natália Cristina - Leitura por Amor 13/01/2023

Sou suspeita para falar do Machado, mas é mais uma grande obra com reflexões muito boas sobre a sociedade.
Ele nos mostra como as pessoas valorizam a aparência e não a essência, assim como nos dias de hoje. Há contos muito famosos no livro, como O Alienista, A Teoria do Medalhão e A Chinela Turca.
comentários(0)comente



MatheusPetris 21/12/2022

Unidade na diversidade
Unidade na diversidade. Essa é uma boa definição para Papéis Avulsos. A definição não é minha, é de Jaison Luís Crestani. Essa é a seiva do terceiro livro de contos machadianos. A diversidade é enfatizada pela afirmação de Machado na advertência do livro, quando fala que este título parece negar uma unidade e, logo em seguida, afirma que “a verdade é essa, sem ser bem essa”. Isto é, essa diversidade, essa escolha de textos avulsos, compreende uma diversidade proposital. Ao meu ver, uma diversidade mais formal do que conteudística. Se Machado abre o livro frisando a importância do leitor na relação com o livro, o trecho a seguir de “A Chinela Turca”, serve como chave de leitura do livro enquanto unidade: “Um bom negócio e uma grave lição: provaste-me ainda uma vez que o melhor drama está no espectador e não no palco”. O que, nas palavras de Crestani (2014, p. 326) evidencia “a exigência de uma participação decisiva do leitor no sentido de acionar o dispositivo irônico e a desenvoltura paródica que fundamentam o conjunto de textos reunidos no volume”.
MatheusPetris 21/12/2022minha estante
Como o Skoob não está permitindo a resenha completa, vou adicionar ela aqui nos comentários:


MatheusPetris 21/12/2022minha estante
Unidade e diversidade se coadunam com textos publicados anteriormente em periódicos entre os anos de 1875 e 1882. Para Crestani (2014), esse paradoxo proposto por Machado é uma espécie de provocação, pois, além de ter anunciado essa ambivalência na abertura do livro, deixou a resolução ? ou, melhor dizendo, a resposta ? ao próprio leitor. Ademais, há uma outra relação entre esses textos, pois são de gêneros diversos e não o são: ?Entre o parecer e o não ser permanece uma vez mais a indefinição, que sugere uma dubiedade conscientemente construída? (CRESTANI, 2014, p. 314).

As diferenças formais entre os contos tal como a extensão, tipos de narrador, tipos de personagem, não deixa de estabelecer um fio condutor que rege o livro: a ironia, as críticas ao cientificismo e a arrogância de pretensas ideias mirabolantes. Uso a expressão ?fio condutor? no singular e destaco essas três características, pois elas fazem um ataque conjunto e frontal aos costumes da época? em uma trincheira que é a própria sociedade. Machado critica essas questões internamente. A ironia não está presente apenas em seu uso retórico dentro dos contos, mas no fato de que a maioria dos contos foram publicados na Gazeta, jornal declaradamente particípio dessas ?metodologias? escrachadas por Machado. É como a verve da crítica do conto ?O Espelho?, o narrador não questiona a filosofia de Jacobina em si, mas sua metodologia. Afinal, não existe filosofia sem dialética.


MatheusPetris 21/12/2022minha estante
Esse fio se estende ao longo de todo o livro. Eis a outra unidade. O sério e o cômico se entrecruzam nas provocativas narrativas irônicas. As personagens pretensiosas e de abundante retórica cientificista e filosófica, distribuem as suas teorias como uma verdade incontestável, enquanto o tom dos narradores e a coesão por trás dos contos que se entrechocam, evidenciam o tom sarcástico e jocoso de Machado, que apenas debocha das ideias profundamente vazias e arrogantes. Tudo isso se cristaliza no conto (ou novela, como queiram) que abre o livro: O Alienista, que, como sabemos, dispensa apresentações.

Impossível não lembrar de um trecho de uma carta de Graça Aranha para Machado de Assis:
?Ah! o culto do superlativo, meu caro. Como ele serve ao Brasil, à nossa decadência intelectual e moral, ao grupo dos aduladores e aos vazios de ideias! Creio que é necessário grafá-lo num tipo literário que fique eterno.? Machado o grafou: José Dias, personagem paradigmático de Dom Casmurro. Mas aqui, além do uso (ainda pouco usado) do superlativo, há, justamente, o desenho dessa decadência. O pedantismo que traduz a ignorância local, como nos diz Ana Cristina Pimenta da Costa Val, não reafirma essa ideia dos superlativos de José Dias? Que nas palavras de Graça Aranha representam o vazio das ideias?


MatheusPetris 21/12/2022minha estante
Pensemos um pouco mais detalhadamente por meio de um exemplo. Se, em teoria do Medalhão, o pai aconselha ao filho nos mais minuciosos detalhes de como se portar em sociedade ? e, acima de tudo, em como ser, ou melhor: como se mostrar para alcançar ?, esperando que essas conceituações formulaicas e prescritivas, alcem seu filho ao sucesso social; o conto não atesta, justamente, uma crise moral na sociedade? Portanto, existe uma (a)moralidade girando em torno dos contos de Papéis Avulsos? Suas personagens são individualistas, escusas de compaixão, de ?humanidades?? Estão em crise? D. Benedita é outro exemplo de alguém perdida em si própria. Ela age de acordo com suas frívolas e efêmeras vontades. Mas nada a preenche. A suposta família feliz é apenas um ornamento. Assim como as ideias para tantos outros.

Não delinearei respostas. São questionamentos em aberto. O fato é ? guardada as devidas proporções ? que esse livro é tão importante como Memórias Póstumas. Diferentemente de quase toda a patota da época, esse livro, assim como o seu próprio autor, não se contentam com as importações francesas perfumadas. O Brasil pode ? e quer ? mais do que isso. 1882. Um ano após Memórias Póstumas de Brás Cubas. É mais do que claro o refinamento e o domínio formal da literatura de Machado. Seja nos romances, seja nos contos. Não é o começo, mas uma profunda marca da trajetória do maior literato da nossa terra.




Davi.Paiva 10/12/2022

Indicado (principalmente) para fãs de Machado ou estudantes de Letras.
A leitura deste livro foi algo bem por acaso para mim. Certo dia eu saí de casa para trabalhar sem nenhum livro e como não queria voltar para pegar algo, fui até a estação de trem do Itaim Paulista e encontrei um exemplar na geladeira de doações que se encontra lá conhecida como Geloteca.

A princípio, pensei em ler só os contos que não tinha lido. Mas como hoje em dia muitas editoras publicam contos do Machado de forma aleatória ("A Cartomante e Outros Contos", "Últimos Contos de Machado de Assis", etc.), resolvi ler todos.

Não vou mentir: os contos eram legais, mas a forma do Machado de escrever é bem típica de seu tempo e a falta de objetividade acaba tirando um pouco do ânimo de escrever. Embora eu seja formado em Letras, ainda sou e sempre serei o cara que lê nos trens para ir trabalhar em uma empresa. Então essa erudição acadêmica fica um pouco inacessível para as massas.

Para a minha sorte, reler "O Alienista" presente na obra foi o que me salvou de ter uma experiência ruim e a jornada de Simão Bacamarte tornou a minha vida nos coletivos muito mais prazerosa.

Então já sabem: leiam "Papéis Avulsos" com calma, com estudos e com material de apoio ou em contato com outros leitores estudantes. Não é uma obra fácil, tal qual quase todas do Machado.

Sem mais.
comentários(0)comente



76 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR