Sob o Céu do Nunca

Sob o Céu do Nunca Veronica Rossi




Resenhas - Sob O Céu do Nunca


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Camilla 10/08/2013

Resenha postada no blog Segredos e Sussurros entre livros
Amo distopias. Talvez tenha sido por isso que a premissa de Sob o céu do nunca me atraiu tanto, desde a primeira vez que ouvi/li seu título. Com um título forte e uma sinopse ainda mais brilhante, só faltava uma capa perfeita. Se algum desavisado comprou o livro pela capa, parabéns! O livro vale a pena. Também devo dizer que é a primeira resenha do blog em parceria com a editora Prumo, abrindo com chave de ouro.
A esfera literária está recheada de cenários distópicos e personagens fortes em busca da sobrevivência. Quase não há novidade em termos de ideia, o que difere é a abordagem do autor. Em Sob o Céu do Nunca, por exemplo, Veronica Rossi explora um mundo pós-colapso que luta para sobreviver a um fenômeno que quase extinguiu a raça humana: tempestades de Éter. Belas correntes de luz e algo semelhante à força da eletricidade são lindas quando vistas de longe, pois quando tocam alguma coisa, é o fim. O cenário descrito é o de uma terra devastada, com escassez de comida e seres humanos vivendo como selvagens. Como toda moeda tem dois lados, existem aqueles que vivem protegidos do pior das tempestades, sob uma redoma tecnocientífica e cujas mentes só conhecem a dor virtual, já que passam a vida frequentando ambientes virtuais, sem nada a temer.
O contraste entre o mundo de dentro e o de fora é bem nítido. Enquanto lá dentro, as pessoas não contraem doenças, não se tocam ou conhecem qualquer item da natureza, do lado de fora, todos se dividem em tribos, lutando pelo lugar ideal e tentando se afastar dos piores efeitos do Éter. Por alguma razão, os genes humanos sofreram algum tipo de mutação, pois alguns dos selvagens possuem características/dons especiais, que influenciam em seu poder de liderança e na sobrevivência de todos a sua volta. É neste contexto que Aria e Peregrine se encontram. Ambos lutam pela sobrevivência, ao mesmo tempo que percebem que sozinhos não poderão ajudar a quem amam, nem a si mesmos...

continue lendo no blog :)

site: https://ssentrelivros.blogspot.com.br
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Lucas 23/08/2013

Em um mundo pós-apocalíptico, a população se dividiu entre os que vivem em cúpulas se protegendo das tempestades de Éter, enquanto os Selvagens vivem em aldeias, cujos membros lutam para sobreviver com o pouco que têm. Ária foi expulsa do núcleo em que vivia, fadada agora a viver numa realidade caótica, completamente fora do que está acostumada. Os Reinos são cópias digitais e multidimensionais do mundo que eles deixaram para trás, tudo pode ser feito lá; é melhor que o real. Peregrine, um Forasteiro da tribo dos Marés, encontrou Ária, a Ocupante, jogada num deserto em plena tempestade de Éter. Mesmo relutante, a garota aceita ir com ele, pois não há outra maneira de se salvar. É a partir daí que a Tatu (nome dado pelos Forasteiros a quem vive nos núcleos) começará a descobrir que um mistério muito grande envolve tanto quem está fora quanto quem está dentro das cúpulas.

Never Sky foi uma grande surpresa, sem dúvida. Em meio a tantas distopias semelhantes, com um governo que manipula e jovens rebeldes atrás de seus ideais, essa história se sobressaiu, ganhou pontos pela originalidade e traços incomuns no gênero.

A narrativa em terceira pessoa traz a visão dos dois, Perry (apelido de Peregrine) e Ária. Assim como diz na capa, a protagonista tem um crescimento gradativo ao decorrer das páginas. O sentimento de negação e alienação sobre a sua situação é existente no começo, mas a Ocupante vai superando pouco a pouco e aceita que existe algo obscuro no que aconteceu com ela. E ao seu lado existe o Selvagem (e bota selvagem nisso com uma pitada de sensualidade primitiva), Perry. Algo que chamou bastante atenção é que a autora fugiu dos estereótipos de galã (bad boy manjado ou garoto fofo) criando um protagonista rude, rústico e durão. Junto a isso há a habilidade do olfato dele, que é apuradíssimo, captando até os sentimentos só pelo cheiro. Original, com certeza. E o melhor é que o Forasteiro sabe o que Ária sente, mas em nenhum momento evidencia isso ou a força a algo. Falta idade e sobra maturidade, pois o casal está na faixa dos 18 anos mas são convictos de suas decisões e determinados. Os demais personagens têm seus acréscimos à trama, acredito que Roar e Cinder, muito importantes, ganharão mais destaque na continuação.

O pano de fundo é excepcionalmente bem construído. As tempestades de Éter são presentes em tudo. Se você está se questionando o que é isso, não se preocupe, porque eu também fiquei assim. Logo após o término da leitura pesquisei no Google e descobri que o Éter é uma substância usada para fazer analgésicos e é muito inflamável. E, claro, não posso esquecer da ação que foi dosada de maneira certa para prender o leitor sem encobrir questões importantes sobre a história de Ária, sua mãe e até um pouco sobre os Selvagens.

Por ser uma distopia, esperei um cenário e encontrei outro. Não existe aquele tema clichê dos demais livros do gênero, e, sim, uma história fascinante, que em pouco mais de trezentas páginas conseguiu me fazer viajar para Quimera, viver o real e o irreal ao mesmo tempo. Senti falta somente de algumas respostas, e de um desenvolvimento que me fizesse questionar mais a respeito dos mistérios que enredaram a trama. Acredito que o próximo volume trará um esclarecimento sobre muitas coisas que ficaram sem uma breve explicação.

Never Sky é louvável. Apesar de ser uma distopia, não consegui enxergar o livro dessa maneira. Para mim foi além, excedeu minha expectativa. É o tipo de história que lembrarei com carinho e ficarei ansioso para o próximo volume.
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Barbara Lima 11/06/2014

Maravilhoso
Hoje vou falar sobre o primeiro livro da trilogia distópica Never Sky. Esse livro foi uma das aquisições da última BienalRio e eu adorei completamente!
Nós estamos ainda vivendo uma febre de distopias desde Jogos Vorazes, seguido por Divergente, Legend, A Seleção e muitos outros que tiveram (e tem) bastante sucesso nesse seguimento.

Never Sky é um dos mais diferentes que já li nesse gênero, algumas pessoas vivem dentro de núcleos de proteção desenvolvidos para protege-las do mundo com suas tempestades de éter ou “loja da morte” como é chamado o espaço fora daquele dito como “seguro”. Lá as pessoas não possuem doenças, o controle de natalidade é bem rígido e etc, a diferença é que eles possuem os Reinos: ambientes criados por programas para copiar a vida como era antes de serem enclausurados. Nesse mundo é onde vive Ária.

A grande questão é que nem todas as pessoas puderam entrar nos núcleos, essas pessoas se adaptaram as mudanças na loja da morte e sofreram mutações durante a adaptação, sendo considerados pelos “de dentro” como selvagens. Entre eles está o nosso Peregrine.

Eu como fã do gênero fiquei um pouco louca com Never Sky (risos). Adorei a ideia e quando terminei já estava querendo (ainda quero) a continuação com urgência! Ária é a personagens com mais crescimento, a que mais se transforma, a que mais mais! Rsrsrs. Eu a adorei como amei o Perry. Eles dois se encontram em uma situação desesperadora e vêem um no outro o único aliado possível... E essa dupla é adorável (muito amor para ambos rsrs).

Quanto à história e a ideia, ambas são ótimas! A minha avaliação quanto ao livro só não foi a máxima (5 estrelas) porque vi alguns problemas de continuidade nas cenas, nada que vá prejudicar o prazer na leitura, porém não passou em branco aos meus olhinhos críticos e por isso caiu na minha avaliação. Fora esse pequeno detalhe é um ótimo livro e super indicado!

Vou deixar para vocês alguns dos meus quotes favoritos:

“Mas ela concluiu que a pior morte da Loja da Morte era apodrecer sozinha” Página 69

“A tristeza é assim. Escura e densa, como uma rocha. Como se o cheiro estivesse emanando de uma pedra molhada” Página 218

“Eles se aproximaram como se alguma força invisível os impulsionasse na direção um do outro. Ária olhou para as mãos que se entrelaçaram, sentindo a sensação do toque dele. Um toque morno e calejado. Macio e áspero ao mesmo tempo. Ela absorveu o terror e a beleza dele e de seu mundo. De todos os momentos vividos nos últimos dias. Tudo isso a preenchendo, como se fosse o primeiro sopro de ar a encher seus pulmões. E ela jamais amara tanto a vida” Página 227

site: http://livrosentregarotas.blogspot.com.br/2014/03/resenha-10-never-sky-sob-o-ceu-do-nunca.html
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Daiane251 24/08/2013

Eletrizante e surpreendente
Resenha publicada em meu blog: No Universo da Literatura

Em Never Sky somos apresentados a um mundo diferente, há mescla de realidade e ficção. A personagem central, Ária, era uma ocupante que vivia em Quimera, praticamente um lugar perfeito onde as pessoas não ficam doentes, são belas, nada de mal pode atingi-las, sua mãe era uma conceituada cientista que trabalhava para o governo, mas teve que fazer uma viagem e há tempos não entra em contato. Nas cenas iniciais Ária é colocada praticamente em uma enrascada, mas é salva por Perry, um selvagem, como eram chamado os forasteiros que não viviam nesses núcleos como Ária. Ele salva a jovem, mas isso traz problemas a ele, já que seu sobrinho, Talon, é sequestrado por essas pessoas dos núcleos, e seu irmão Vale, o soberano de sangue da tribo ficou nada feliz com isso, piorando ainda mais o relacionamento dos irmãos.

Ária viu coisas demais, e é jogada para fora do núcleo, no vale da morte onde as tempestades elétricas de éter eram fortes, ali Perry a encontra. Ele quer seu sobrinho de volta, e ela quer encontrar sua mãe e provar que não tivera culpa pelo que aconteceu, a esperança o "olho mágico" que os ocupantes tinham, um instrumento que acoplado ao olho permitia viajar pelos núcleos, se comunicar e ir para onde quiser, algo parecido com uma “ilusão” sabe? Mas o de Ária estava estragado e precisavam de ajuda para recuperá-lo, já que ele também possuía informações de que Ária não tivera culpa pelo terror que acontecera no inicio e assim provando a todos a verdade poderia voltar para seu núcleo. Perry sabia onde encontrar a ajuda para consertar o objeto. E assim ambos seriam beneficiados, ela encontraria a mãe e voltaria para casa e ele seu sobrinho.
Os dois claro não se suportam e tem suas diferenças, Perry, o caçador, destemido, selvagem, e Ária, a menina mimada, que não sabe nada do "real". Mas um precisa do outro e juntos eles partem em uma aventura, cercado por canibais, chuvas de éter que estão cada vez mais fortes e ameaçam tribos inteiras.

"- As nuvens se dissipam? - perguntou ela.
- Completamente? Não. Nunca.
- E quanto ao Éter? Ele some em algum momento?
- Nunca Tatu. O Éter nunca some.
Ela olhou para cima.
- Um mundo de nuncas sob o céu do nunca."

"Never Sky - Sob o céu do nunca", primeiro livro de uma trilogia e livro de estreia de Veronica Rossi é realmente uma distopia eletrizante. Sou acostumada a ler o gênero e esse desde que li sua sinopse, essa deixou em mim um misto de curiosidade e interesse pela sua história. Ao começar a ler comprovei o que já sentia saber, esse livro seria marcante.
Personagens interessantes e tão diferentes, cada um a seu modo de ser. Como não entender o que Ária está passando e a maneira como foi expulsa deixada para morrer? E como não sentir a angústia de Perry, que praticamente vive em guerra com seu irmão, e não podendo ser o soberano de sangue como deseja? Parece que tudo dá errado e ainda por cima os ocupantes levam seu sobrinho.
Rossi constrói um mundo em que conseguimos imaginá-lo perfeitamente em nossa mente, é um misto de ficção científica e distopia. Além das questões internas das personagens somos levados também a pensar no todo. É uma escrita madura mesmo para um livro de uma autora iniciante.
Algo que também me chamou a atenção nessa história é a forma como a personagem Ária foi composta, a cada dia que se passava, naquela terra de selvagens junto com Perry, ela foi ficando mais humana. Foi saindo debaixo do manto de superficialidade que a cobria, foi sentindo e descobrindo emoções reais e também acompanhando as transformações de seu corpo, ou seja, realmente se tornando quem verdadeiramente é.
Em relação à diagramação a capa é linda, toda a parte interna também, muito bem revisado, um livro que da gosto mesmo de ter em mãos. Never Sky é uma distopia inteligente para leitores que gostam de ser desafiados com leituras novas, que querem adentrar a mundo bem construído e uma história bem fundamentada. Com personagens interessantes e que conseguem te surpreender nos momentos certos. Livro recomendando com certeza.

site: http://www.nouniversodaliteratura.com/2013/08/resenha-never-sky-sob-o-ceu-do-nunca.html#more
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tiagoodesouza 24/08/2013

Sob o céu do nunca | @blogocapitulo
Eu já resenhei vários livros distópicos no blog. É um gênero que eu gosto bastante e que teve um estopim há alguns anos com o lançamento de Jogos Vorazes. Distopia é aquele gênero literário em que, num futuro muitas vezes não definido, uma pessoa, uma sociedade ou uma entidade tem o poder total sobre a vida dos outros. Sempre que eu vejo uma editora anunciando um novo distópico, ao mesmo tempo em que fico feliz também fico receoso de ser mais do mesmo. Sob o céu do nunca começou bem morno, mas depois foi aquecendo como uma chuva de éter e melhorou muito!

O futuro, por Veronica Rossi

"(...) Não podia acreditar que um dia as pessoas tinham vivido assim, sem nada além do real. Os Selvagens de fora ainda viviam assim."
Página 10.

Veronica Rossi nos apresenta um mundo em que algumas pessoas passam a viver em cidades encapsuladas chamadas de núcleos para se proteger de suas principais ameaças exteriores. Muitas sequer chegam a conhecer o mundo fora de suas paredes. Dentro dos núcleos, as pessoas vivem uma realidade virtual aumentada através de um dispositivo chamado de Olho. Ele permite a comunicação entre pessoas de diferentes cidades como se fosse um telefone e interação através dos Reinos. Grosso modo, são como super redes sociais com uma realidade espantosa.

Do lado de fora, por conta de um fenômeno que cobriu o céu com uma substância que eles chamam de Éter, o mundo se tornou um lugar perigoso. As tempestades de éter matam a natureza e fizeram com que a outra parte da população se adaptasse às mudanças. Elas se tornaram mais fortes para viver no mundo hostil e... selvagem. Se dentro dos núcleos as pessoas têm praticamente tudo o que querem, vivendo uma grande alienação, os selvagens vivem a realidade mais primitiva. Alguns caçam animais, outros são canibais.

O conflito

Ária tem 17 anos e vive no núcleo Quimera. Preocupada com a falta de notícias da mãe que passou a viver no núcleo Nirvana por conta de seu trabalho científico, Ária resolve flertar com Soren, filho do diretor de segurança de Quimera afim de obter informações sobre o que poderia ter ocorrido em Nirvana. No entanto, algo sai completamente errado quando Soren resolve ter uma aventura real e, prestes a morrer, Ária é salva por um homem misterioso. Por conta dessa violação à segurança do núcleo, ela acaba sendo banida. É então que ela precisa empreender uma jornada até Nirvana para que sua mãe a ajude a provar sua inocência nos acontecimentos em Quimera.

"(...) Ele não precisava de ninguém lhe dizendo o que ele era. Ele sabia. Sabia o que era, desde o dia em que nascera."
Página 150.

Perry tem 18 anos e é um Selvagem que pertence a tribo dos Marés, controlada por seu irmão mais velho chamado Vale. Eles se enfrentaram recentemente; o sonho de Perry é ser o Soberano de Sangue dos Marés. Mas para isso, o líder atual precisa ser morto ou se submeter às ordens do novo líder. Mas como arriscar perder o carinho do sobrinho Talon colocando o pai dele em tamanha vergonha na frente de todos? Durante um passeio com o garoto, Perry acaba cometendo um erro e Talon é levado numa nave dos Ocupantes. Portanto, a missão de Perry é resgatar o sobrinho antes que algo ruim aconteça.

"Mas Tiago, você está contando tudo do livro! Não vai ter graça ler depois." Acalmem-se, eu não contei nada que não esteja na orelha e menos ainda do que está lá. Vou explicar mais a seguir.

Desenvolvimento

A narrativa é em terceira pessoa intercalando o ponto de vista de Ária e Perry. Isso foi essencial para conhecermos o mundo alienado em que Ária vive e experimentar as dificuldades de Perry. Não é muito fácil entender como funciona o Olho e os Reinos, mas no decorrer da narrativa as explicações necessárias são feitas. Assim também para os Selvagens com seus sentidos super aguçados. Porém, a existência do Éter não é completamente esclarecida.

No começo, achei que a autora se perderia porque o livro estava bem morno. Veronica demora quase 100 páginas para nos jogar nos conflitos dos personagens que movem a história. Dependendo do livro, eu espero que esse momento chegue pelo menos até a página 50. Mas depois que Ária e Perry se encontram, o livro tem uma melhora muito grande. Eles precisam resolver suas diferenças e, de algum modo, unir seus objetivos para seguir em frente. Mas o livro teria sido perfeito se a autora não tivesse pecado e explorado tão pouco a tensão sexual entre os personagens. Há uma centelha, uma pequena chama que abriu caminho para um fogaréu que espero ter sido abordado na continuação que saiu no começo de 2013 nos EUA. Acredito que esse foi o único motivo de eu não ter dado 5 estrelas.

Por favor, Veronica, tenha explorado isso!

Concluindo

Eu já tive a oportunidade de ver o trabalho gráfico da Prumo no livro Legend, um outro distópico muito bom. A capa é bem bonita, toda metalizada e tem muito a ver com a história. As páginas são amareladas e o papel mais grosso. Todos os capítulos possuem um detalhe de galhos junto ao nome do narrador do mesmo. A revisão está bem feita; eu não lembro de ver qualquer erro.

Fiquei bem surpreso ao descobrir que Veronica Rossi é brasileira. Porém, desde pequena ela não mora no Brasil. Atualmente, vive nos Estados Unidos e vendeu os direitos de adaptação de Sob o céu do nunca para a Warner Bros.

Sob o céu do nunca me surpreendeu positivamente. Mais do que recomendado para quem tem necessidade de uma distopia instigante!

"- As nuvens se dissipam? - perguntou ela.
- Completamente? Não. Nunca.
- E quanto ao Éter? Ele some em algum momento?
- Nunca, Tatu. O Éter nunca some.
Ela olhou para cima.
- Um mundo de nuncas sob o céu do nunca."
Página 116.

site: http://www.ocapitulodolivro.blogspot.com.br/2013/08/resenha-sob-o-ceu-do-nunca.html
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Vinícius 08/09/2013

O que fazer para sobreviver em um mundo que está de cabeça para baixo?
Após um evento apocalíptico desconhecido, o mundo nunca mais foi o mesmo, o ambiente tornou-se hostil, o que obrigou o que restou da humanidade a procurar um modo de sobreviver. A alternativa encontrada foi se refugiar em cidades encapsuladas conhecidas como núcleos. Evidentemente, nem todos tiveram a oportunidade de se esconder neste finito mundo e assim foram obrigados a permanecer do lado de fora, sujeitos à todas as formas de perigo.
Ária tem uma vida tranquila em Quimera, uma das muitas cidades encapsuladas existentes. Ela passa a maior parte do seu tempo nos Reinos, cópias virtuais do mundo em que todos deixaram para trás, onde você pode ser o que quiser, agir como bem entender sem se preocupar com as consequências, afinal, nada do que acontece é verdadeiramente real, já que é destinado apenas para pura diversão. Com todas essas regalias, nada pode ficar ruim, certo?
Errado.
Tudo muda quando um desastre acontece em Quimera e Ária é considerada culpada pelo ocorrido, desde então sua vida dá uma guinada brusca. Ela é exilada do seu núcleo, abandonada a própria sorte no mundo externo. Nem mesmo Ária podia acreditar em tudo que estava se passando, mas ao cair a ficha, ela percebe algo ainda muito pior: sua chances de sobrevivência são ínfimas, agora que ela está a mercê de tudo que “a Loja da Morte” tem a oferecer. Entretanto uma luz surge no seu caminho, algo que pode significar sua salvação. Um aliado.
Perry é um selvagem (bem, essa é a definição que os Ocupantes dão a todos que vivem fora no ambiente real), exímio caçador, ele ajudará Ária a sobreviver, já que ela possivelmente pode levá-lo à sua redenção. Os dois são completamente diferentes, mas unidos irão viver uma incrível aventura sob o Céu do Nunca.
Veronica Rossi criou um primoroso, transcendente e criativo romance, que conquistou milhares de leitores pelo mundo e me fez enxergar uma infinita beleza em um mundo assolado por tempestades de Éter — onde até o ar que se respira pode ser letal. — Never Sky é o primeiro livro da trilogia “Under the Never Sky” e com certeza foi uma das melhores leituras que já fiz.
Mal posso esperar para descobrir o que mais o Céu do Nunca tem resguardado para todos os que acompanham a série, até por que, há somente algo que pode ser dito a respeito da “Loja da Morte”:
“Um milhão de maneiras de morrer. Apenas uma de viver.”
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Bia Rodrigues 22/09/2013

Tem livros que resenhar parece ser missão impossível. Eles mexem tanto com nosso coração e cabeça que parece que deixou você inteira fora do lugar. Esse é o caso de Sob o céu do nunca. Intenso, arrebatador e frustante. Veronica Rossi consegue fazer o leitor ter tantos sentimentos durante a leitura que tudo durante ela é intenso, tão intenso que em alguns momentos ele consegue ser frustante, não de forma ruim, mas você fica tão desesperada e angustiada por mais detalhes que a frustração é inevitável.

Os capítulos são curtos e as narrações são alternadas entre Perry e Ária. O que foi muito bom, pois conseguimos conhecer os dois lados da historia e também os dois lados do mundo, como é a vida dos que conseguiram viver nos núcleos e dos que sobrevivem nas áreas externas.

A autora criou esse cenário pós-apocalíptico tão bem que é fácil esquecer tudo e sentir que esta vivendo nele. Por isso se identificar e compreender os personagens é tão fácil é fácil entender os sentimentos inciais de Ária em relação a Perry e aos outros que de inicio são selvagens para ela. Como também é fácil compreender porque Perry a vê como uma garota fútil que tem tudo fácil na vida.

Sobre o Éter a autora não explica muito, ou não explica nada, não fala como surgiu, nem para que exatamente serve. Ela coloca ele na historia e os leitores que tentem acompanhar, isso é frustante e ao mesmo tempo só faz você amar ainda mais a capacidade que a Veronica tem de deixar você louca.

Eu levei alguns capítulos para me adaptar a essa escrita da autora. Senti como se eu tivesse caído de paraquedas na historia e tivesse que me adaptar a tudo e nunca receber todas as informações, mas depois fui me adaptando e acostumando com isso e só tirando o melhor de cada informação que recebia. É uma leitura que te deixa vidrada, não tem como parar de ler, não tem como terminar a leitura e sair do universo que a autora criou, só tem como querer mais e mais.

O livro tem romance, mas esse não é o foco principal da historia. O romance acontece aos poucos, vai aparecendo conforme os personagens vão se conhecendo e se adaptando um ao outro. Aos poucos os preconceitos que ambos possuem um do outro vão sumindo e ambos vão amadurecendo com isso e passam a admirar a coragem e força para enfrentar situações que o outro possui. Perry é um personagem único todos os personagens do livro são únicos mas ele acima de tudo merece destaque. esqueça tudo que você já imaginou sobre garotos de livros, pois Perry sai de todos os clichés para se tornar perfeito.

O livro termina fechando as pontas necessárias para o primeiro volume de uma trilogia, te deixa com aquele maravilhoso gosto de: vou morrer se não ler o próximo agora. O livro só não foi perfeito para mim pois ainda acho que a autora pode conseguir melhorar a historia, e porque teve um inicio lento. Mas ele já chegou bem perto da perfeição. Leitura mais do que recomendada, correr ler, porem se prepara, pois a Veronica Rossi vai te deixar louca com essa historia.

site: http://www.pepperlipstick.com/2013/09/Soboceudonunca.html
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Luara Cardoso 01/10/2013

Distopia de tirar o fôlego!
Sabe aquele livro que você sempre quis ler, mas nunca tinha a oportunidade? Sob o céu do nunca é exatamente esse livro. Já o conhecia em inglês porque a capa original é maravilhosa. Quando a Editora Prumo trouxe o livro para o Brasil, fiquei tão decepcionada por terem mudado a capa, que minha vontade acabou ficando um pouco de lado. Mas, quando essa belezinha chegou aqui, só tive vontade de pegar e lê-lo na mesma hora: o efeito metalizado que colocaram a deixa fascinante, daquelas que te chamam atenção. E foi com as expectativas lá em cima que iniciei minha leitura.

Ária vive em Quimera, uma de várias cúpulas em que a vida é perfeita. O lado de fora é visto como o pior lugar possível para estar: a morte pode alcançar os habitantes de Quimera só com o simples fato de estarem debaixo de constantes tempestades de éter. Em uma confusão, Ária acaba indo parar nessa Terra dos Selvagens e tudo o que ela acreditava precisará ir por água abaixo se ela quiser sobreviver. Nessa saga, ela conta com a ajuda de Perry, um caçador que tem opiniões totalmente diferentes dela, mas que vai mudar totalmente sua forma de encarar o mundo.

Ninguém em Quimera jamais morreu por um coração partido. Traição nunca levava ao assassinato. Essas coisas não aconteciam mais. Agora, eles tinham Reinos. Podiam experimentar qualquer coisa sem correr riscos. Agora, a vida era "Melhor que real. p. 76

O meu excesso de expectativa atrapalhou e muito. Todas as resenhas que tinha lido até então classificavam esse livro como fantástico e, quanto mais eu lia, menos eu achava que o livro iria dar em algum lugar, uma vez que ele não tinha nada que me envolvesse. Para ser totalmente sincera com vocês, nas primeiras cento e cinquenta páginas eu ficava me perguntando qual era o sentido do livro e eu fiquei tentada a abandoná-lo. Porém, como sou uma dessas leitoras que só em último caso desistem de um livro, me forcei a continuar. E que bom que eu fiz isso!

O enredo dá uma reviravolta inesperada após a primeira metade e, a cada capítulo a partir de então, teu fôlego vai embora. Você quer ler, você precisa saber o que vai acontecer. Isso acontece quando o livro finalmente ganha alguma ação, já que a primeira parte é muito introdutória, o que deixou o começo Sob o céu do nunca muito arrastado. Por causa dessa acelerada que a autora Veronica Rossi aplica ao enredo, a ansiedade cresce no mesmo ritmo e deixa a relação com os personagens muito mais favorável.

Um dos grandes trunfos utilizados pela autora foi desenvolver o crescimento dos personagens juntamente com o enredo, pois, por mais que a narrativa seja em terceira pessoa, a autora dá enfoques tanto para as situações da Ária, quanto para as do Perry, dividindo os capítulos com os respectivos nomes. No começo, eu não conseguia gostar nem da Ária, nem do Perry. A primeira aparentava ser muito fútil (o que, levando em consideração as condições em que ela vivia, faz todo sentido) e eu tive medo que isso perdurasse até o fim. Já com relação a Perry, infantil demais. Juntamente com a evolução do enredo, os dois protagonistas também se desenvolvem, o que pra mim foi um dos pontos altos.

- As nuvens se dissipam? - perguntou ela.
- Completamente? Não. Nunca.
- E quanto ao Éter? Ele some em algum momento?
- Nunca, Tatu. O Éter nunca some.
Ela olhou para cima.
- Um mundo de nuncas sob o céu do nunca.
p. 116

Uma distopia com nuances de ficção científica daquelas de tirar o fôlego. Terminei o livro sem acreditar que a autora teve coragem de deixar o leitor nesse estado, querendo infinitamente o segundo o volume (pois é, é uma trilogia). É aquele esquema: tem que ter paciência com o começo, mas, quando você se dá conta, já está apaixonado por Sob o céu do nunca. Altamente recomendado!

site: Blog Estante Vertical - http://www.estantevertical.com.br/
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Paty 07/10/2013

Esse é o primeiro livro de uma trilogia escrito pela brasileira Veronica Rossi
Quimera é uma cidade encapsulada, onde os habitantes jamais viram o sol, com um ambiente onde doenças não existem devido ao trabalho feito pelos engenheiros genéticos, e onde passava-se a maior parte do tempo "ligados a espaços virtuais", os reinos, através de um olho mágico...e o mundo era belo, perfeito....e falso.
Ninguém em Quimera jamais morreu por um coração partido. Traição nunca levava ao assassinato. Essas coisas não aconteciam mais. Agora eles tinham os Reinos. Podiam experimentar qualquer coisa sem correr riscos. Agora, a vida era "Melhor que real". pág 76
Enquanto isso lá fora, aqueles que decidiram continuar lutando pra ter uma vida normal enfrentam tempestades de éter, canibais, e fome.
Ária é uma Ocupante(ou tatu) que vive encapsulada, desconhecendo totalmente a realidade, completamente sem vínculo com o mundo externo, e acostumada a viver acomodada no 'conforto dos reinos'.
Perry é o que chamam de Forasteiro(ou selvagem), que vive fora das cidades encapsuladas, no que restou de um mundo destruído pelas tempestades de Éter.

A princípio a história é bem confusa, com informações que parecem sem sentido, não consegui visualizar esse mundo distópico, mas com o decorrer da narrativa e as informações que fui recebendo, tudo que estava fragmentado foi se encaixando e passando a ter lógica, e então me dei conta da perspicácia da história que tinha em mãos.

Ária precisa descobrir o que aconteceu com sua mãe no reino de Nirvana, e ansiando por informações tenta persuadir Soren.
Soren, filho de um dos homens mais importante e poderosos de Quimera, consegue violar a segurança e sair do núcleo com Ária e mais 3 pessoas.
Fora do núcleo Soren se transforma empolgado com o que pode fazer e não pensa nas consequências, então coisas ruins acontecem e o plano de Ária vai por água abaixo, e ainda por cima é expulsa de Quimera, sendo abandonada na 'Loja da Morte', onde ela espera a morte a qualquer momento.
Perry que teve o sobrinho sequestrado pelos Ocupantes, abandona sua tribo para tentar resgatá-lo, e encontra Ária no meio de uma tempestade de éter.

Eles acabam fazendo um acordo, se unindo para tentar entrar em Quimira, e a partir daí aventuras palpáveis passam a fazer parte da história: tempestades de éter, canibais, selgavens assustadores.

A história é contada em 3ª pessoa intercalando capítulos entra Ária e Perry, e isso nos ajuda muito a compreender as cenas como um todo, o funcionamento do núcleo, o mundo externo, e os pensamentos e sentimentos dos protagonistas, a autora acertou em cheio ao narrar dessa forma. Os personagens também tem poderes, como os olfativos, os auditivos,os videntes, e sem contar com o romance que acontece de forma bem suave e gradativa, os personagens secundários também tem seu carisma....enfim, o livro é muito bom, e merece ser lido, portanto não se assuste com o início um tanto truncado. Ele faz parte de uma trilogia, mas foi muito bem amarrado. Leitura Recomendada!!!

site: http://www.leiturasdapaty.com.br/2013/08/resenha-never-sky-sob-o-ceu-do-nunca_14.html
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AndyinhA 20/10/2013

Trecho de resenha do blog MON PETIT POISON

Por mais que as duas histórias sejam diferentes, Never Sky me lembrou e muito Caminhos do Sangue, pelo simples motivo – o livro passa quase 70% na famosa jornada – jornada na distopia para mim é quando o personagem sai do mundo conhecido (vulgo sistema autoritário que ele descobre ter uma série de problemas e segue para o lado rebelde, ou seja, para se refugiar no local onde os rebeldes lutam contra o sistema).

Apesar de a personagem fazer uma jornada, ela não segue 100% o que disse no parágrafo anterior, mas vocês entenderam a ideia. É foi a mesma coisa da personagem de ‘Caminhos de Sangue’, por isso foi impossível não comparar, mas falando de Never Sky, eu até curti a ideia geral, apesar de achar que a autora se concentrou pouquíssimo na ideia distopia em si.

O mundo criado pela autora Veronica Rossi não teve nada de diferente dos já muitos criados por aí, talvez deva dá crédito para os personagens – Perry e Ária – funcionam como dupla, já que eles ficam sozinhos quase 90% do tempo e ela vai aprendendo mais sobre os rebeldes, ela também não foi daquelas personagens cheias de mimimi que tudo reclama e chora e pede para ir embora, e no final ela deu uma superada, então vou dar um 'credito de carbono' para ela até o próximo livro...

Para saber mais, acesse:

site: http://www.monpetitpoison.com/2013/06/poison-books-never-skysob-o-ceu-do.html
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Joshua 24/10/2013

Original, interessante e atraente. Uma distopia sci fi e sobrenatural sem igual.
Em busca de novas distopias, decidi ler Never Sky - Sob o Céu do Nunca da Veronica Rossi, que nasceu no Rio de Janeiro e agora mora no exterior. Lançado no Brasil pela Editora Prumo, o livro tem recebido muitas críticas positivas, tendo já sua trilogia concluída, direitos vendidos para mais de 25 países e uma adaptação cinematográfica em breve pela Warner Bros. Bem, agora que já terminei a leitura, já tenho minha própria opinião formada. Never Sky é uma distopia boa e original.


Na história, o mundo não é mais como antes: o céu é puro Éter, uma substância cintilante que paira sobre tudo e todos, nociva, que pode causar tempestades e destruir populações. Para isso, após a União - pouco é falado sobre isso -, os humanos se enclausuraram em Núcleos, e ali permaneceram. Com uma tecnologia avançada, os ditos Ocupantes usam uma espécie de dispositivo, o olho mágico, sobre o olho esquerdo, que os faz transportar mentalmente para os Reinos, mundos virtuais idênticos à eras passadas, onde eles podem sentir, ouvir, cheirar, enxergar, como se fosse uma experiência real. Ária é uma Ocupante, e está em busca de respostas para o desaparecimento de sua mãe, uma cientista, que viajou para outro Núcleo, Nirvana, deixando-a sozinha em Quimera. Em uma brincadeira com os amigos que não acabou em tanta graça assim, Ária é exilada sem mais nem menos, jogada à própria sorte no mundo fora dos Núcleos, popularmente conhecido como a Loja da Morte, por haver mil maneiras de morrer: queimado por tempestades de Éter, devorado por canibais ou feras, fome, sede... Ária está à própria sorte.

"Ela ouvira as histórias sobre a Loja da Morte, como todo mundo. Um milhão de maneiras de morrer. Ela sabia que as alcateias eram tão inteligentes quanto os homens. Ouvira falar que os bandos de corvos bicavam pessoas vivas, despedaçando-as, e as tempestades de Éter se portavam como predadores. Mas ela concluiu que a pior morte da Loja da Morte era apodrecer sozinha."
Página 69

Mas há também Peregrine, ou simplesmente Perry, um Forasteiro - tribos que vivem fora de Núcleos e conseguem sobreviver no mundo sob o Éter -, mas um jovem especial: ele é um Marcado, ou seja, possui Sentidos aguçados, que se dividem em três: Olfativo, consegue cheirar e identificar odores à sua volta, até sentimentos; Vidente, consegue enxergar ao longe ou no escuro; e Auditivo, ou Audi, que pode ouvir à grandes distâncias. Perry é distante e calado, e quando ele se depara com um erro por sua culpa, ele decide fazer tudo o que é possível para repará-lo. Até mesmo se juntar à uma Ocupante.



Never Sky tem uma premissa distópica bem interessante, ainda mais com essa pegada sci fi que pode ser muito bem explorada pelos próximos livros. Como sendo um primeiro livro, é esperado uma introdução ao mundo dos personagens, mas logo nos primeiros capítulos temos uma reviravolta e os fatos começam a se acelerar - mas de modo positivo. O livro - que é divido em dois POVs, de Ária e Perry, em terceira pessoa - é uma leitura satisfatória, e vamos nos fazendo perguntas sobre o que é o Éter, por que alguns Selvagens possuem Sentidos e principalmente: onde tudo isso vai dar.

"- Não estamos mais em seu mundo, Ocupante. Aqui, as pessoas morrem e não é pseudo. É muito, muito real."
Página 123

Ao decorrer dos capítulos, vamos acompanhando a evolução gradual de Ária, e como ela vai enfrentando a Loja da Morte, com o perigo de ter Corvos - tribo de canibais - em seu encalço, e tempestades de Éter sobre sua cabeça. Mesmo sendo uma personagem que vai crescendo durante a leitura, dou destaque para Peregrine, pois para mim, ele é o verdadeiro protagonista. Ao invés de ser um personagem indefeso que evolui, ele é um Forasteiro, digamos, rude e até as vezes grosso, e por ser um Selvagem da tribo dos Marés, ele é um caçador e tem uma personalidade um pouco fria. O mais interessante é que ele aos poucos começa a se mostrar sensível com o mundo à sua volta, que tem sentimentos e se importa com as pessoas, principalmente com seu sobrinho Talon, a quem ele está à procura. Ária lhe ajuda a se tornar uma boa pessoa, e o romance deles é convincente e acontece de forma natural - até que demais.

"Uma pontada no fundo do seu nariz o fez olhar para cima. O Éter tinha começado a tomar forma de um redemoinho maciço. A tempestade viria logo e cairia com força."
Página 273

A edição da Prumo é louvável. Com uma capa que transmite de forma certa o céu de Éter, ela é metalizada até suas orelhas e brilha quando posto contra a luz. Além disso, no início de cada capítulo, de acordo com o personagem, há um desenho de uma árvore. Diagramação ótima, e uma revisão boa, apesar de eu ter encontrado "porque" em uma pergunta e uma troca de nomes, em uma menção à mãe de Ária, Lumina, e foi escrito Lâmina. Mas fora isso, o trabalho da editora está ótimo.

"- As palavras são a melhor maneira de conhecê-lo."
Página 296

Em seu desfecho, temos uma reviravolta interessante, mas eu esperava mais. Há muitos espaços vazios e que espero que sejam preenchidos nos próximos volumes da trilogia, mas Veronica Rossi criou uma distopia sci fi e sobrenatural original e que ainda tem muito a nos mostrar. Pode não ser a melhor distopia, mas é um ótimo entretenimento e em geral, é um livro bom e uma série que quero acompanhar. A editora Prumo confirmou que publicará a sequência, Through the Ever Night(em tradução livre, Ever Night - Através da Noite do Sempre) no primeiro semestre de 2014!

"Ele a beijou lentamente. Foi tudo bem devagar, para que ele pudesse acompanhar seu temperamento e olhar em seus olhos. Quando eles se uniram, o cheiro dela era corajoso e forte, determinado. Perry tragou aquilo, respirando a respiração dela, sentindo o que ela sentia. Ele nunca conhecera nada tão perfeito."


site: www.pensamentosdojoshua.blogspot.com
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Lizzy 04/11/2013

"Todos se sentem perdidos às vezes. É a maneira de agir de uma pessoa que a distingue das demais." (...)
Recentemente assisti ao filme Elysium e me senti motivada a procurar leituras com enredos futuristas e que de alguma forma abordassem o possível antagonismo entre uma sociedade oprimida e a tecnologia, contudo nada muito dramático, algo sutil e com algum elemento romântico no contexto. Então eu me deparei com Cinder, e agora com Sob o Céu do Nunca, primeiro volume da trilogia Under the Never Sky e um jovem adulto com uma atmosfera séria, violenta, original e, ouso dizer, pronto para ir às telas do cinema.

A autora é uma brasileira residente nos Estados Unidos, o que explica o lançamento da primeira edição em inglês. E olha, a narrativa bem conduzida, com todas as pontas interligadas, me causou grande admiração. Só isto é o suficiente para que a trama prenda o leitor e mantenha o interesse do início ao fim. Entretanto, este não é o grande trunfo e sim, a abordagem original de um mundo distópico, oprimido pela devastação do Éter, e pela separação social entre os denominados Forasteiros, os habitantes das regiões terrestres expostas às tempestades do Éter, e os Ocupantes, residentes das cidades encapsuladas, protegidas desse fenômeno.

A origem do Éter não foi devidamente esclarecida neste volume, porém fica evidenciado que se trata de uma espécie de manifestação de energia, algo que lembra o revolver de potentes gases no céu, que impede a plena ação do sol e causa tempestades de raios devastadoras, além de mutações genéticas. Isto teria ocasionado a separação entre as civilizações isoladas e as tribos, estas últimas formadas pelos grupos humanos que ficaram expostos ao Éter.

O interessante é que os Ocupantes dispõem de uma tecnologia avançada, além de usarem um dispositivo ótico que permite às pessoas vivenciarem experiências em mundos virtuais denominados Reinos, semelhante ao que ocorre no filme Matrix, algo que produz uma aceitação do status quo, até então não questionado. Enquanto isso, o modo de vida dos Forasteiros é basicamente primitivo, vivem da caça e da agricultura, fazem uso de artefatos rudimentares, as moradias são rústicas e são liderados por uma espécie de chefe de sangue.

Como se vê, é neste ambiente pós-apocalíptico que Ária, moradora de Quimera, conhece Perry, sobrevivente de “a Loja da Morte”, o mundo além das paredes protegidas nas cidades. A forma como a heroína se expõe ao espaço exterior começa como uma brincadeira entre amigos, mas as consequências são nefastas. Além de perder a melhor amiga e o contato com a mãe, Ária é exilada de uma forma traiçoeira, tudo com o intuito de encobrir o filho de um Cônsul de Quimera. Banida, sozinha, faminta e desprotegida, Ária se vê presa ao incivilizado Perry para sobreviver. A primeira impressão não é das melhores. Ele sequer a via como uma garota, ela, por outro lado, sentiu medo diante do aspecto selvagem de Perry, porém a sobrevivência impulsiona uma improvável união que evolui gradativamente para o primeiro amor.

Ária é uma heroína que cresce durante a trama, em maturidade e atitude. Ela tem dois objetivos: descobrir o paradeiro de sua mãe e provar a sua inocência. No entanto, sua trajetória está apenas começando, há muitos fatos não revelados e mais à frente ela terá que se posicionar, rever seus pontos de vista e fazer escolhas decisivas na sua vida. Perry, por sua vez, impressiona desde a primeira aparição. Indomável, valente, um guerreiro rude e frio, com cabelos selvagens, olhos brilhantes e animalescos. Não poderia deixar de mencionar que o herói almeja ser o líder de sua tribo e para isso, terá que tomar uma decisão chocante, algo questionável do ponto de vista moral, um dos pontos altos do livro. Vou simplificar dizendo que Perry é um personagem fascinante, caí de amores por ele.

O relacionamento amoroso funciona divinamente. Começa como uma descoberta sensorial muito interessante e com uma forte carga sensual, uma doce tortura para Perry, dotado de dons especiais que o qualificam como Vidente e Olfativo. Dá para imaginar o que é ter esses sentidos apuradíssimos quando se está apaixonado...

Um trecho:

"Perry olhou para baixo, para as mãos deles. Como ela fazia isso? Como fazia com que ele se sentisse fraco e forte? Empolgado e apavorado? Ele não tinha esse dom que ela tinha com as palavras. Tudo que ele pôde fazer foi pegar a mão dela e beijá-la, e, levando-a até o coração, desejar que ela pudesse sentir seu temperamento. Ele gostaria que fosse tudo fácil entre eles. Ao menos, agora ela passara a entender. Ela estava aprendendo o poder de um Sentido."

A trama é dinâmica, rica em detalhes, cheia de aventuras e perigos, consideravelmente sangrentos, e povoada com personagens coadjuvantes especiais e marcantes. Nada mais deve ser dito para não estragar as surpresas do livro. Li em alguns comentários que a autora replicou algumas séries que circulam por aí. Bem, eu não penso assim. Não gosto muito de ficar fazendo comparações, mas acredito que a autora conquistou seu espaço com essa história, abrindo uma série muitíssimo interessante e envolvente. Eu pelo menos estou babando pela continuação.

Resenha publicada em: http://www.romancesinpink.com.br/2013/11/never-sky-sob-o-ceu-do-nunca-veronica.html
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Hilloa 25/11/2013

Sobrevivencia
Mais uma distopia maravilhosa! Desta vez o livro é ambientado no mundo pós apocaliptico onde as pessoas vivem em nucleos fechados do mundo externo onde existem muitos perigos e um ambiente com tempestades conhecido com tempestades do eter. A historia inicia com Ária um moradora dos nucleos ou denominada Ocupante que após se envolver em uma confusao acaba expulsa do nucleo. Sozinha e sem conhecer os perigos do meio externo conhecido com loja da Morte, Aria acaba cruzando seu caminho com Perry ou peregrine um selvagem, morador do meio externo. Os dois acabam se aliando para reencontrar seus entes queridos, Aria precisa reencontrar sua mae e Perry o sobrinho sequestrado. O livro é muito bem escrito, o enredo flui facilmente e voce entra tão profundamente na história tornando-se muito fácil imaginar o cenário e os sentimentos dos dois. Recomendo muito o livro principalmente para quem gosta de distopias, romance e aventura. Louca para ler o 2 livro que ja existe em ingles. O final da trilogia ja esta em pre venda!!! Vamos ver quando sairá em portugues! 😔
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Nica 28/11/2013

UAU.
Essa é a melhor palavra para definir esse livro. Quando comecei a leitura, ele ainda não era isso tudo, mas ao passo que a autora foi construindo a eletrizante história de Ária e Perry, ficou impossível parar de ler.

Sob o Céu do Nunca é o primeiro volume da trilogia Never Sky e um romance distópico repleto de elementos fantásticos. Veronica Rossi criou um novo mundo dentro das cúpulas, que seriam uma espécie do que sobrou do antigo mundo em que eles viviam. Dentro desses núcleos, as pessoas viviam como em hospitais, controladas, com cores mornas, nada de verde ou amarelo ou rosa. Tudo era muito cinza. Porém, nos chamados Reinos, mundos virtuais onde as pessoas se conectavam com um olho de vidro, a vida era diferente. Colorida. Divertida.

Além dos moradores de Quimera, núcleo onde Ária mora no início da trama, temos os Selvagens ou Forasteiros, sobreviventes de uma batalha entre povos (algo que fica implícito no livro e baseado no meu entendimento), que são os verdadeiros seres humanos a partir da premissa que eles ainda possuem seus sentidos normais, ou seja, ouvem, sentem, cheiram, veem com seus próprios olhos e não por imagens criadas. Eles se tornam meio que super humanos, com seus sentidos mais aguçados assim como suas habilidades. Normalmente, cada um dos forasteiros desenvolve um super sentido.

Perry é um dos nossos protagonistas e faz parte dos Selvagens. Eles se dividem em tribos. O que achei demais, pois temos grupos de todos os jeitos e gostos – canibais, inclusive. Para o povo de fora das cúpulas, a vida também não é fácil. Eles vivem com medo das tempestades de Éter, cada vez mais frequentes e devastadoras. A fome é algo bem presente e assustador. Perry tem o dom da visão (vidência) e do olfato. Ele é considerado por muitos e tem tudo para se tornar o Soberano de Sangue de alguma tribo.

Perry é um cara de personalidade forte, destemido, que sabe o que quer e que não tem medo do perigo, do desconhecido, que não se deixa abater e que teria tudo para ter sua própria tribo. Aliás, uma das batalhas mentais de Perry é justamente essa. Ele vive com seu irmão Vale - um Soberano de Sangue e por isso líder de sua tribo -, e seu sobrinho Talon, uma criança frágil e que definhava conforme os dias passavam. Era só por causa dele que Perry ainda “respeitava” o irmão. Até tudo mudar...

Quando Ária e seus amigos decidem se aventurar, sair de Quimera para “se divertir”. Ária, na verdade, vai mais com a intenção de encontrar alguma informação ou pista de sua mãe, Lumina, que não dá notícias há alguns dias. (A mãe dela era cientista e foi levada para outra cúpula para realizar uma pesquisa médica).
E é exatamente nessa aventura, onde os caminhos de Perry e Ária se cruzam, e as coisas nunca mais serão as mesmas para qualquer um deles.

"- As nuvens se dissipam? – Perguntou ela.
- Completamente? Não. Nunca
- E quanto ao Éter? Ele some em algum momento?
- Nunca, Tatu. O Éter nunca some.
Ela olhou pra cima.
- Um mundo de nuncas sob o céu do nunca."

Perry e Ária são de mundos completamente diferentes. Cada qual condicionado e ensinado a temer o outro. O que leva a uma improvável e interessante conexão entre eles, criando um vínculo tangível para nós leitores. Um vínculo que é construído e sentido ao longo da narrativa. Eles precisam um do outro muito além do que para encontrar respostas sobre a vida. Eles precisam ser a esperança um do outro.

Ah!!! Não posso deixar de falar sobre Roar. Amigo de Perry e apaixonado pela irmã do mesmo, Liv, que foi dada em casamento para outro Soberano de Sangue, como Vale, por conta da precária situação da tribo em relação à comida. Roar se mostra um verdadeiro nobre, sempre bem humorado e procurando ver o lado bom das coisas. Ele é o melhor amigo que Perry e Ária poderiam ter. Espero poder ver mais sobre ele e sua situação com Liv no próximo livro. Deu peninha dele, gente!

A autora construiu personagens tão cativantes, com um enredo de tirar o fôlego, que nos envolve de tal maneira que se torna impossível parar a leitura, uma vez que Perry e Ária te conquistam. Ambos têm personalidade forte. São guerreiros natos – mesmo que Ária não saiba disso no começo da trama. Ambos são sobreviventes. Juntos, se tornam algo transcendental, único, lindo. Sabe aquele casal que se completa naturalmente? Que além de rolar a química do amor, rola a química da amizade - que para mim é essencial em um relacionamento? Mas nem tudo são flores... E, às vezes, a vida nos impõe decisões que estão além de nós.

Foi incrível ver o crescimento de Ária como pessoa. A maneira como ela vai se tornando cada vez mais humana, tirando de si a superficialidade que Quimera lhe impusera a vida toda. A maioria das pessoas se apaixonou por Perry e não compreendeu bem Ária. Eu não. Acho que ela foi e é a grande personagem de Sob o Céu do Nunca. Ela nos faz lembrar que podemos mudar se quisermos. Basta agarrarmos as oportunidades quando elas aparecem. À primeira vista, Ária era teimosa, mas quem não é quando confrontado?

Sob o Céu do Nunca, uma história intrigante e com personagens bem concretizadas, que se torna leitura obrigatória e altamente satisfatória, deixando no leitor um gostinho de quero mais. Mal posso esperar pela continuação, que tem previsão de lançamento esse ano ainda nos EUA. (E a autora ainda é brasileira, galerinha!!!! Um arraso! Parabéns pela bela diagramação e revisão do livro, Prumo!)


Resenha postada no blog Drafts da Nica - PROIBIDA a cópia parcial ou integral

site: http://www.nicasdrafts.com.br/2013/10/resenha-sob-o-ceu-do-nunca-veronica.html
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Gabriela 07/02/2014

Uaaaaau, é assim que eu me senti quando acabei de ler Sob o céu do nunca.
Quando comprei esse livro não tinha nenhuma expectativa nele, comprei ele em base na avaliação dele no Skoob e com as resenhas que eu li, e acabei esquecendo ele na minha estante e que arrependimento.
Veronica Rossi nos leva a uma distopia totalmente única e incrível. Somos levados a um mundo que foi devastado após as tempestades de Éter, que foi dividido em duas formas, os que tiveram "sorte" e foram para as cidades encapsuladas e os "azarados" que acabaram vivendo como na idade média.
Ária é uma das felizardas e vive em uma dessas cidade chamada Quimera onde as pessoas vivem em função de um olho mágico e através dele elas veem um mundo em forma de Reinos.
Quando Ária é expulsa de Quimera ela acaba encontrando um mundo totalmente desolado e quando pensa que está tudo perdido ela encontra o seu salvador,o selvagem Perry, assim eles descobrem que são a melhor esperança que ambos possuem para encontrar respostas.
É incrível como a autora ao longo da estória fez os personagens amadurecerem tanto, principalmente a Ária, no começo do livro confesso que ela me irritava profundamente da forma como ela julgava as pessoas mais com o decorrer do livro eu entendi o por que desse sentimento, é difícil você viver a vida inteira acreditando em uma imagem e tirar ela logo de inicio então acaba sendo tolerável as atitudes dela.
O livro contém muitas partes de ação e romance e mais um ponto para a autora que não fez o famoso romance relâmpago, tudo acontece da forma mais natural.
Eu recomendo MUITO o livro para quem curti distopias e mesmo para quem ainda não curte esse estilo de livro e quer se arriscar tenho certeza que não vai se arrepender.
Não vejo a hora da continuação para me apaixonar mais ainda por Perry e Ária.

"Eles se aproximaram como se alguma força invisível os impulsionasse na direção um do outro. Ária olhou para as mãos que se entrelaçaram, sentindo a sensação do toque dele. Um toque morno e calejado. Macio e áspero ao mesmo tempo. Ela absorveu o terror e a beleza dele e de seu mundo. De todos os momentos vividos nos últimos dias. Tudo isso a preenchendo, como se fosse o primeiro sopro de ar a encher seus pulmões. E ela jamais amara tanto a vida. " s2
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