Adeus, Por Enquanto

Adeus, Por Enquanto Laurie Frankel




Resenhas - Adeus, por enquanto


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Andrea 22/08/2020

Bom, minha meta pra 2020 era classificar e resenhar e todos (os muitos!) livros que pretendia ler durante o ano, mas aí veio o CORONA VAIRUS (!!!) e 2020 virou um ano mucho loco, que ninguém sabe o que fazer, como se comportar e bem, eu meio que surtei também. ¯\_(:/)_/¯ Passei por várias crises literárias, não lia nada, ou lia um livro todo em um dia; gostava, mas depois pensava bem e não gostava mais... Quem conseguiu ficar bem da cabeça nesses últimos meses, não é mesmo?

Mas bem, a questão é: eu li algumas coisas, abandonei outras XD, e resolvi que vou voltar a resenhar tudo pra deixar registrado minhas impressões. O certo seria fazer isso assim que terminava a leitura, mas como uma boa pessoa enrolada que já era antes do CAOS DE 2020, isso vai acontecer quando me der na veneta mesmo (o que no caso, foi agora). Vou aproveitar os históricos de leitura, até porque o app do Skoob só mostra histórico quando o livro está marcado como “lendo”.

Pois bem, comecei esse livro aqui em maio de 2019. Estava totalmente animada porque queria lê-lo há bastante tempo e colocava fé demais na leitura. Mas aí, uns 10 dias depois, eu desisti porque né, 2019 estava pesado (hahaha, santa inocência =/). O Brasil já vinha me tomando a vontade de ler desde então. :(

Então, eis que em fevereiro desse ano, eu decido (sei lá porque), tentar lê-lo novamente. (E dessa vez, foi! Mas só porque li antes do corona.) Acabei relendo o início porque mesmo tenho lido umas 50 páginas, nem lembrava.

De acordo com o que já tinha lido e com o subtítulo do livro, as reviews na contra-capa e o que lembrava da sinopse, SABIA que ia dar merda, mas né, a gente insiste. Daí, fiz muitos históricos de leitura porque surtei demais enquanto lia.

Como estudante e trabalhadora da área de TI (não tanto por gosto, em ambos os casos ¯\_(:/)_/¯), eu ainda fico horrorizada com a evolução da tecnologia (as deepfakes não me deixam mentir) e isso é só o começo. Não lembrava muito da sinopse e não quis lê-la de novo pra não perder o elemento surpresa, mas eu já esperava merda, não tinha como não dar (e tem uns leves spoilers sobre isso no meio da narrativa mesmo). Sem contar que o plot desse livro lembra demais MINOR SPOILER aqueleepisódiodeBackMirroroBeRightBack FIM DO MINOR SPOILER.

Fiquei muito angustiada durante a leitura, lá pela metade eu já tava: HAHAHAHA PUTA MERDA PUTA MERDA! Acho que até fiquei um pouco histérica. Quando terminei, não sabia o que pensar, o que sentir, só olhar pro teclado... (Nunca perco a oportunidade de usar esse meme. XD)

Eu dei uma surtadinha porque tipo, eu sabia que ia acontecer merda, eu vinha dizendo isso pra mim desde o começo da leitura, mas sei lá... A coisa nem aconteceu, mas estava na cara que ia; só que não acontece e a gente pensa, “ufa, ainda bem, foi só um pressentimento errado” E ENTÃO ACONTECE!! Não soube lidar com isso. Tanto que eu parei a leitura no meio de uma frase no meio de um parágrafo. Eu simplesmente parei de ler, guardei o livro e trouxe pra casa.

Mas, o melhor de tudo, é que o livro, pelo menos pra mim, trouxe à tona novamente a questão do “O QUE FAZ CADA UM SER CADA UM”? Não sei vocês, mas eu costumo pensar nisso e aí lembro do paradoxo do navio do Teseu (tive que pesquisar essa para saber o nome certinho): se o navio de Teseu trocar de peças ao longo de uma viagem, ainda será o mesmo? Uma projeção, como a do livro, é a pessoa? Uma extensão dela? Apenas um fragmento? Um robô com as minhas memória, continua sendo eu? Cirurgia de cérebros, quando forem possíveis, geram uma outra pessoa ou elas continuam as mesmas?? Tantas questões, tantas implicações que a minha mente mediana não consegue raciocinar...

Mas voltando ao livro, é uma história um pouco triste, mas que traz uma mensagem muito positiva, de crescimento, superação e né gente, todos vamos passar por isso, dos dois lados, só não sei se gostaria de ter disponível a tecnologia mostrada. Sei lá, me preocupa isso.

[Período de leitura aproximado: 20 a 22/02/2020]
Bruna 23/08/2020minha estante
Resenha maravilhosa. As always. Quero ler (ter) esse livro! E a culpa é sua.
Diário de uma quarentena.
Querido diário,
Preciso fazer algo da minha vida além de gastar meu pobre dinheiro com livros e álcool gel.
*
Querido diário,
Descobri que álcool spray é maravilhoso. Existem tantos livros bons, vamos aproveitar enquanto eles não são taxados, não é mesmo?


Andrea 23/08/2020minha estante
HAHAHA, meu deus, esse diário. XD

Eu tenho o livro, só não te mando porque, como já peguei de troca, ele tá velhinho. =/


Bruna 23/08/2020minha estante
Amiga, melhor. Pra vc me mandar teria que ir aos correios, e vamos evitar esse tipo de coisa =)




André Martis 09/09/2015

Tinha tudo pra ser, mas não foi.
Assim que li a sinopse do livro fiquei ansioso pra ler (ainda mais com essa capa maravilhosa)
O que acontece é que o livro não conseguiu me emocionar em nenhum momento. O primo da Meredith (do qual não me recordo o nome) foi o único que conseguiu me cativar, os demais personagens são extremamente cansativos, principalmente a Meredith. Enfim, esperava mais desse livro, talvez seja só comigo, mas não consegui me encantar com absolutamente nada nesse livro.

Ps: Com exceção da capa
Allison - @oallisonperin 09/09/2015minha estante
Já pode criar um blog


André Martis 10/09/2015minha estante
Foi só pra participar do sorteio :|




* 01/04/2013

Que tipo de revolução aconteceria no mundo se alguém dotado de uma inteligência assombrosa criasse um software capaz de encontrar sua alma gêmeas com apenas alguns cliques e uma conexão de internet?

Sam trabalha em um site de encontros pela internet. Os famoso sites de encontros, que muitas pessoas usam, mas poucas veem resultado. Afinal, ninguém fala a verdade nesses questionários de personalidade obrigatórios para cadastro. Quando o presidente da empresa dá um cheque mate na equipe, para que alguém crie algo que aumente os rendimentos Sam tem uma ideia brilhante. Ele cria um software revolucionário e preciso. Em vez de o programa fazer a junção dos questionários para formular os pares. Ele os ignora e utiliza tudo que há no HD da pessoa (email, conversas em chats, fotos, vídeos) para descobrir virtualmente a essência da pessoa, e fazer sua junção com alguém parecido. Totalmente preciso e a prova de erros. Os lucros eram tudo que Sam visava, mas ele acaba ganhando algo mais com sua invenção...

... Testando seu próprio programa ele chega até Meredith uma moça que trabalha na mesma empresa. E dito e feito. Eles são perfeitos um para o outro, e sabem disso no momento em que seus olhares de cruzam. Acreditando piamente no programa e em suas sensações eles embalam neste relacionamento de cabeça, como se fosse algo normal, como se, se conhecessem a anos. Mas algo acontece para abalar o recém formado casal, a depressão de Meredith após perder sua avó.

Que tipos de mudanças aconteceriam no mundo se alguém dotado de uma inteligência assombrosa criasse um software capaz de lhe permitir conversar com alguém que já morreu?

Novamente Sam revoluciona e surpreende a si mesmo e a todos, modificando seu software do amor perfeito até encaixa-lo de uma maneira, que permitiria a utilização das informações do HD de uma pessoa morta, (emails, fotos, vídeos, conversas, qualquer coisa) para que essa pessoa respondesse emails, ou tivesse uma conversa de vídeo com um parente vivo. Claro, não seria a pessoa em si, mas sim uma projeção igual a ela, que fala como ela, sorri como ela, e totalmente inteligente para interagir os parentes vivos virtualmente.

A metódica do programa é simples. O software junta tudo que a pessoa tem em seu HD e cria uma espécie de pessoa em cima dessa informações. Ou seja, se você quisesse mandar um email para um amigo que já morreu. O programa responderia esse email para você da conta de seu amigo morto, da mesma forma que ele faria, se utilizando de todos os email que ele já te mandou em vida como base. Claro que conversas novas, que você nunca teve com a pessoa enquanto ela estava viva não serão possíveis com as projeções, afinal elas não aprendem e sim reproduzem. Mas...

Que tipo de loucura você faria para ouvir alguém que você ama, e que infelizmente já partiu, dizer EU TE AMO novamente?

Sam criou o programa por amor... Por Meredith, para ajuda-la a se recuperar de sua perda e poder fizer adeus a sua avó no tempo certo, ele não esperava lançar o programa ao mundo, mas é isso que acontece. Ele também não esperava ser obrigado a se tornar um usuário de seu próprio programa, mas foi!


Embora seja uma leitura leve e doce, não deixa de ser um dos temas mais polêmicos da atualidade. A onde começa a vida e a onde ela termina? Criando uma projeção de um ente querido falecido você seria capaz de aceitar a perda e dizer adeus, ou se tonaria um viciado no programa que não consegue esquecer? A alma do seu familiar sofreria algum dano? Ele descansaria em paz? Imaginar essa possibilidade abriria muitas portas. Eu daria de tudo para conversar com minha avó novamente, e posso apostar que todos os leitores pensaram em uma pessoa especial enquanto liam a descrição do livro. É inevitável, mas esse programa teria duas vertentes. Para umas pessoas seria ótimo, mas para outras seria o fim, o inicio de algo sombrio e perturbador.

O livro se Resume em Sam, Meredith e XX, primo da moça apresentando ReVive O programa, ao mundo. E os efeitos disso nos usuários e nos próprios personagens que comandam este milagre. Podemos acompanhar o desenvolvimento de todos os personagens principais e dos usuários também, que chegam engatinhando e saem andando, mas é um processo lento e difícil. Corações mais moles preparem a caixinha de lenços, não é uma história linda, afinal ela é cercada pela morte, por historias tristes de perdas, mas também é uma historia sobre aceitação, sobre a verdade do mundo e do amor.

Todos os personagens são ótimos, não tenho reclamações. É o tipo de livro gratificando onde você vê todos se desenvolverem e aprenderem, você termina o livro com orgulho de todos, e simplesmente não há como nãop se identificar com algum dos usuários que mesmo com suas dores nos fazer dar algumas risadas. Como por exemplo, uma senhorinha que contrata o programa para conversar com o marido e gritar com ele como nunca gritou em vida.

O livro tinha tudo para ganhar a admiração e as lagrimas de todos, mas comigo faltou alguma coisa. Uma invenção dessas geraria muito mais polemica do que causou no livro, talvez eu tenha achado que faltou um pouco de veracidade para com mundo a fora, embora o mundinho de dentro dos personagens tenha sido bem construído. Com uma invenção dessas os problemas não seriam apenas alguns repórteres, lideres religioso e mais alguns que posso contar. Tente imaginar o que aconteceria? Na minha cabeça seria uma guerra, uma fila de pessoas, assedio diário. Pessoas vendendo as casas e os carros para participarem. Embora tenha sido construído eu esperava mais do pânico. Mas entendo que a história esta voltada para outro lado, para a aceitação e o amor.

E embora tudo seja muito lindo, inclusive o casal principal eles não conseguiram alcançar meu coração, não derramei uma lagrima se quer. Não tocou no fundinho da minha alma como pensei que faria, mas com certeza irá tocar em muitas. Por isso tirei uma estrela.

4/5
Lulu Nóbrega 14/04/2013minha estante
Agradeço muito sua resenha e entendo totalmente essa sensação do livro não nos tocar totalmente. Tem muitos livros que li de sucesso, que não me tocaram tanto quanto eu queria...
Enfim, queria agradece, pois me esclareceu muito mais do que se tratava o livro e quais são suas abordagens.
Abraços =)




Anderson 22/03/2016

Desde que li a sinopse desse livro algo me interessou, a abordagem da perda do seu grande amor ( que apesar de ser um tema batido, rende histórias maravilhosas). Apesar de uma premissa incrível, "Adeus por enquanto" decepciona. Para começar esse livro não é sobre um casal como tudo indica, esse livro fala sobre RePose, um serviço virtual criado pelo protagonistas para pessoas de luto se comunicarem com seus entes queridos falecidos através de projeções. Quando comecei "Adeus, por enquanto" criei a expectativa (baseado no título e na sinopse) de que a autora desenvolveria uma grande história de amor e o quão foi decepcionante o casal desse livro: totalmente sem graça. Se você espera um romance envolvente e/ou água com açúcar: esse não é o seu livro. O casal protagonista não funciona e em nenhum momento conseguiram me cativar . A verdade é que os protagonistas são pequenos diante dos destaques do livro: os coadjuvantes. Eles salvam o enredo e conseguem manter o mínimo interesse pra você querer continuar (ou pelo menos não desistir). A narrativa é boa, fluida na maioria das vezes, o que se torna outro ponto positivo.
O final é satisfatório, mas assim como tudo nesse livro, não marca e fica na mesmice.
Quando acabei esse livro fiquei a sensação de que perdi um pouco de tempo, já que em nada me acrescentou (e nem tão divertido foi).
E foi com a sensação de alívio que eu me despedi de "Adeus, por enquanto " com satisfação
Jade 10/01/2017minha estante
Comecei ler hj, mas gostei da sua sinceridade na resenha! Quando eu terminar venho comentar oq achei




anacarolines_ 23/04/2013

Resenha - Adeus, por enquanto.
Adeus, por enquanto (Goodbye for now) é o segundo livro da autora Laurie Frankel – também autora de O Atlas do Amor, o livro foi lançamento de março da Companhia das Letras.
Até onde o amor por um ente querido pode ir? E até que ponto a saudade de um ente querido pode te levar?
Sam Ealling é um programador, que perde seu emprego por criar um algoritmo que era bom demais para sua empresa; ele conhece Meredith, com quem começa um relacionamento. Mesmo muito apaixonada, Meredith não consegue superar a morte da avó, Livvie. Mais uma vez pensando no bem-estar da moça, Sam cria um algoritmo perfeito, que permite que Meredith converse com sua avó querida.
O programa funciona tão bem que a moça não quer deixar de usá-lo, e com a ajuda de Dash – primo de Meredith – eles (Sam, Meredith e Dash) criam um negócio para que outras pessoas utilizem o serviço, porém o que Sam não poderia imaginar é que ele teria que usar a sua própria invenção.
Imagine um livro sensível e tão bem escrito que é capaz de tocar profundamente o seu coração, e não estou exagerando, pois foi assim que me senti durante a leitura de Adeus, por enquanto. Laurie tem uma narrativa tão simples, tão sensível e cativante que quando o leitor menos imagina, já está completamente apaixonada (o) pela história.
Foi impossível não se lembrar de Um dia, de David Nichols. Sinceramente, adoro essas histórias de amor que são suficientemente reais, a ponto de você acreditar que o seu vizinho está passando ou já passou por isso.
As personagens são muito bem desenvolvidas, Sam e Meredith são ótimos, e os diálogos deles são muito bem produzidos.
... Em uma galeria no andar de cima, Sam recebeu uma mensagem de Meredith que dizia: “Te peguei. Olhei para baixo durante a reunião hoje de manhã e vi que estava usando um sapato azul-marinho e outro preto”.
“E por que isso é minha culpa?”, escreveu Sam.
“A ausência deixa você louco”, respondeu Meredith.
O diálogo deles é fantástico! É adulto, porém divertido e o leitor consegue sentir a cumplicidade existente entre eles, com certeza esse é um dos pontos mais positivos da história. O relacionamento chega a um ponto de amadurecimento, que confesso que desejei ter algo muito parecido com isso.
Durante a leitura, imaginei como seria conversar, até mesmo via computador, com alguém que já se foi, confesso que me deu um desejo enorme de ter esse programinha no meu PC, porém, acredito que essa “invenção” é uma faca de dois gumes. Como foi abordado no livro, ao mesmo tempo em que as pessoas estão felizes, elas estão pulando etapas do luto e quem já passou por isso sabe do que estou falando.
É difícil lidar com ele, é difícil passar por ele, e Sam acaba descobrindo da pior forma possível. A autora ainda faz uma tênue crítica à sociedade de hoje, e eu concordei com ela em cada ponto.
Hoje, vivemos mais preocupados em viver conectados com a internet, ninguém mais consegue ficar sem um smartphone, quem hoje tem mais amigos reais do que virtuais? As pessoas passam tanto tempo vivendo virtualmente que esquecem o quão legal é viver de verdade.
“Todo mundo passa mais tempo no Facebook do que com pessoas, mais tempo clicando em perfis do que saindo, mais tempo jogando tênis no videogame do que tênis de verdade, e tocando guitarra no videogame do que guitarra de verdade. As redes sociais não são tão sociais assim. Na verdade, é isolamento. Na verdade, é ficar sozinho. Então ao menos eu não sou assim, certo? Ao menos eu tenho você.
“Não, Sam”, disse Meredith. “Você está sozinho, de verdade.”
Adeus, por enquanto é a minha grande surpresa desse ano, a capa é até bonita e reflete muito bem a história, porém eu não esperava algo tão cativante
“Amar é perder, Sam. Infelizmente, é simples assim. Talvez não hoje, mas algum dia. Talvez não quando ela seja jovem demais e você é jovem demais, mas você está vendo que ser velho não ajuda. Talvez não sua esposa, nem sua namorada, ou sua mãe, mas você vê que amigos morrem, também. Eu não pude poupar você disso da mesma forma que não pude poupá-lo da puberdade. É a condição inevitável da humanidade. É exacerbada pelo amor, mas também simplesmente por sair de casa, por ver o que há lá fora no mundo, por inventar programas de computador que ajudam as pessoas. Você tem medo do tempo, Sam. Algumas tristezas não têm remédio. Algumas tristezas você não consegue melhorar.”


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Karine 03/05/2013

Adeus, por enquanto
E se o amor continuasse além da vida?

Adeus, por enquanto é um livro um tanto quanto excêntrico: ele nos traz uma realidade fictícia, onde é possível, de certo modo, conversar com as pessoas que já faleceram. Já imaginaram como seria discutir sobre assuntos cotidianos com a sua falecida avó? Ou com o seu falecido filho? A ideia, é, de fato, extraordinária e incomum. Contudo, essa é a situação com a qual se depara Meredith, cuja a falecida vó ainda a chama para conversas no Skype.

Esse é um dos tipos de livro dos quais, se eu ficar aqui contando uma sinopse ou tentando dar uma ideia geral da história, acaba perdendo a graça. Então, não contarei a vocês mais do que já disse aqui. Hoje a situação é um pouco fora do habitual. Assim, o resto da resenha será mais voltada às minhas impressões e opiniões sobre o livro.

De início, esperava um P.S.Eu te amo com mais tecnologia, mas estava errada. O livro está longe de ser isso. Essa leitura nos faz refletir sobre o luto, sobre como as pessoas em luto o encaram, sobre como as pessoas ao redor delas agem e tudo que o luto nos proporciona. Perder uma pessoa amada não é fácil, normalmente a pessoa ainda é bem viva em nossa memória e é tão difícil se desapegar e seguir em frente... A maioria das culturas impulsionam as pessoas de luto a seguirem em frente. Só que cada um tem seu tempo. Cada um tem direito ao seu momento de luto. Agora, imagine se pudéssemos dizer todas as coisas não ditas? Acertar o pontos e relembrar o passado de uma forma mais viva do que a morte em si?

Julguei errado esse livro. Julguei que a leitura ia tomar um rumo que não tomou. Julguei o foco da história diferentemente. O livro é uma história de perda, superação, impacto da morte nas pessoas e na sociedade. É engraçado até se pararmos para pensar, desde sempre sabemos que todos morrerão algum dia, e ainda sim, quando chega tal momento, não nos conformamos e sempre achamos que o luto é algo que pertence somente ao vizinho, nunca a nós. Sendo que, na realidade, todos perdem entes amados. Alguns lutos são mais difíceis que outros. Algumas mortes nos pegam mais desprevenidos.

"Uma pessoa não é um evento - pessoas não 'acontecem'. Você não é a melhor coisa a acontecer comigo. Você é a melhor coisas a acontecer no universo. Você é a melhor coisas que existe ou que já existiu. Eu nem sabia que existia felicidade como essa."

Adeus, por enquanto me surpreendeu no fim e no meio. O começo também foi uma surpresa, porém gostei mais do livro após a segunda parte (sendo o livro dividido em três partes). Uma leitura gostosa, tranquila e curta. Uma das coisas das quais gosto em livros são de capítulos curtos, o que fez com que esse livro ganhasse pontinhos comigo nesse quesito. Não foi uma leitura que entrará para meus favoritos, mas foi memorável. Fez com que eu refletisse e pensasse muito sobre a morte e como ela é algo duro de se superar. Um tipo de livro que, dependendo de como ele te pegar, vai fazer você até chorar. Chorar por compreender os sentimentos, por saber como é. Quem nunca perdeu alguém, afinal?
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Mari 17/05/2013

Um mix de Nicholas Sparks, com David Nichols e Black Mirror
A velha máxima que “hoje em dia nada se cria, tudo se copia” pode ser atribuída perfeitamente ao mercado editorial, principalmente no que tange aos livros direcionados ao público feminino.

Aqueles que inovam, seja recaracterizando personagens conhecidos (como Crepúsculo), ou seja com sacanagem aliado ao romantismo (50 tons de cinza), sem entrar no mérito de bom ou mau, acabam criando um filão para muitos outros autores. É só perceber quantos livros com romances sobrenaturais surgiram depois da saga de Stephenie Meyer, quantos prometendo doses cavalares de sexo e romance ocupam as prateleiras dos best-sellers, e quantos surgiram depois de “O segredo”, “O Código da Vinci”, tentando decifrá-los, e por aí vai.
Outros autores, buscando ser um pouco mais criativos, pegam um pouquinho daqui e dali para criarem suas histórias, como é o caso de “Adeus, por enquanto” de Laurie Frankel, cuja própria contracapa já menciona “Um dia”, de David Nichols. Mas não é só o fenômeno de Nichols que influencia fortemente a história; “Uma carta de amor”, de Nicholas Sparks, reforça a melancolia como um xeque-mate para arrematar lágrimas dos leitores.

O que pode ser o diferencial na proposta de Frankel, é a parte tecnológica, que tenta dar um aspecto modernizado a uma história de amor que senão fosse esse detalhe, seria tão clichê quanto as outras. No romance, Sam trabalha como programador em uma empresa de relacionamentos e desenvolve o algoritmo perfeito, programado para ligar a pessoa a sua alma gêmea, e é assim que conhece Meredith. O relacionamento está indo muito bem, eles são a prova que o algoritmo funciona, até que Meredith perde sua avó, Livvie, e fica devastada.
Para tentar ajuda-la com a perda, Sam desenvolve um novo programa que permite a Meredith ter uma última conversa com Livvie, e para isso, cria uma projeção dela, programada para agir e responder exatamente do modo que ela costumava em vida. Mais uma vez, o programa funciona perfeitamente e então eles abrem um negócio para ajudar as pessoas enlutadas.

Interessante, não? Teria achado até genial senão tivesse visto a mesma coisa num episódio de Black Mirror (veja o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=ld9m8Xrpko0), cuja premissa é exatamente a mesma.

O livro não é exatamente ruim, dá p/ ler tranquilamente e passa bem o tempo, mas falta autenticidade. Apelar para o sentimentalismo exacerbado e uma crítica velada ao “isolamento causado pelas redes sociais”, para mim, já são assuntos muito batidos e não é a junção de ambos na mesma narrativa que faz a diferença.

Também não pude deixar de ter a impressão, que não sabendo como concluir a história, porque não havia mais o que ser dito, Laurie Frankel simplesmente apela para chavões típicos de auto-ajuda, com pretensões filosóficas ao falar do sentido da vida, e encerra até com uma “moral da história”, do tipo: saia da internet e viva sua vida.

Em suma, acho que a pretensão de ser profundo teve o efeito
justamente contrário.

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Moonlight Books 15/06/2013

Leia esta e outras resenhas no blog Moonlight Books, http://www.moonlightbooks.net
E se o amor continuasse além da vida?

Acredito que o amor nunca morre, quem morre são as pessoas, mas para aqueles que ficam, o sentimento continua, agora mesclado com saudades e por um bom tempo, a dor da perda. Este livro nos mostra o quanto é complicado lidar com o luto, muitas pessoas têm dificuldades de seguir em frente, outras nem conseguem superar, e isso causa sofrimento não só nelas, mas em todos ao seu redor.

Quando Meredith perdeu sua avó, deixou de ser a garota alegre e ativa que sempre foi, tornou-se uma pessoa triste e absorta em seus pensamentos. Ela não notou o quanto isso afetava seu namorado Sam, e na tentativa de ajudá-la, ele criou um programa de computador que permitia que Meredith falasse tanto por ligações em vídeo, quanto por e-mails, com a avó falecida.

Sam, um talentoso programador, usando todos os rastros que Meredith e a avó deixaram na internet, conseguiu compor a base de dados de seu programa, recriando perfeitamente a pessoa falecida, numa junção e combinação de todas as informações trocadas entre as duas, o programa, batizado de Repose, criou novas conversas e permitiu à Meredith adiar a despedida, deixando para depois o adeus para sempre, dizendo somente, adeus por enquanto.

Com grande talento e tato, em uma narrativa em terceira pessoa, a autora Laurie Frankel abordou neste livro alguns assuntos já conhecidos, mas a forma como fez isso foi inovadora e isso dá uma roupagem excelente a história, deixando o leitor interessado e envolvido. Ao falar de imortalidade ela não usou o sobrenatural, usou tecnologia, e não nos empurrou conceitos absurdos, tudo foi bem explicadinho e fundamentado, fazendo esta possibilidade ser crível. Mas não é uma imortalidade comum, de corpo sólido, é uma imortalidade de presença, de imagem, de sons, pois o Repose mantém as pessoas em contato com os que morreram de forma virtual, eu até defini este conceito como a rede social dos mortos, no entanto se formos pensar em como agimos nas redes sociais, não funciona diferente do Repose, afinal a pessoa não está ao nosso lado de verdade, a diferença é que sabemos que está viva.

Leia a resenha completa em http://www.moonlightbooks.net/2013/06/resenha-adeus-por-enquanto.html
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Karen581 15/06/2013

Morte, perda, dor e sofrimento!
Você já perdeu (falecimento) alguém importante? Um parente, amigo?
Como você reagiu? Como as pessoas às sua volta reagiram? Como você superou?

Algum amigo seu já perdeu alguém importante para ele? Como você reagiu a isso?

São dois pontos diferentes, sua dor e a dor de outrem!

É sobre isso que o livro se trata: morte, sobretudo de como as pessoas que ficam se comportam, lidam com ela e a superam!

É uma narrativa contemporânea e envolvente sobre um casal e sua tentativa de aliviar a dor da perda!

Sam é um gênio da computação e inventa um software que é capaz de colocar sua nova namorada (Meredith) em contado com sua avó recém falecida. O programa apenas pega seus e-mails, sms, e conversas por vídeo e reorganiza para que eles respondam a novos e-mails e novas conversas por vídeo como se ela ainda estivesse viva. É apenas um eco, porém funciona e eles juntamente a Dash (primo de Meredith), decidem montar um negócio em cima disso. Oferecer conforto a pessoas que perderam seus entes queridos é o objetivo desse trio, mas com o passar do tempo descobrem que é muito mais que isso. E descobrem que não agrada e também pode não fazer bem a todos.

Quando li várias resenhas e até mesmo a sinopse deste livro, pensei que se tratasse de mais um romance bobo e fútil. Porém, encontrei na leitura desse livro muito mais que isso, é claro, há um romance entre Sam e Meredith, mas não se concentra só nisso. Narra todo o processo de luto de seus clientes e, até mesmo porque a vida das pessoas não é só o relacionamento.

Discordo plenamente do REDBOOK'S SIZZLING SUMMER READING LIST que diz que é uma história de amor levemente melancólica. Tratar de morte não é levemente melancólico. É bastante melancólico em várias partes, mas também é engraçado, alegre e amável e outras. Chorei, sorri, perdi o fôlego e me surpreendi! Esse livro é simplesmente demais! Vale a pena, esse é um livro que todo mundo deveria ler!
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Keven_Willian_0 10/03/2023

Longo, curioso e triste
Quanto a forma de escrita, podemos dizer que é um livro grande (400+ paginas) disfarçado, pois, devido à forma com que a autora dispõe as falas, o espaço nas páginas é melhor aproveitado. Caso fosse estruturado no formato convencional, o livro teria bem mais páginas.

Com relação à história, eu fiquei satisfeito. Ela desenvolveu bem o relacionamento entre os protagonistas. Ele atingiu estágios de intimidade muito rápido, mas isso é explicado dentro da obra.
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Carol Minardi 02/07/2013

Muitos lenços de papel
Uma leitura envolvente, um livro lindo e moderno, atual.

A autora escreve de forma surpreendentemente simples e bonita, e a história é muito original! Indico muito, mas não esqueçam os lenços de papel, pois eu estou fungando até agora...

Sam e Meredith são um casal daqueles que a gente quer ser quando crescer.
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Veneella 12/09/2013

Como pode um livro tão simples ser tão avassaladoramente apaixonante? De maneira leve, realista e extremamente tocante, Laurie nos faz pensar sobre o amor e a morte, a dor e a superação, as alegrias e as consequências de amar alguém.

Tenho de dizer que às vezes eu me apaixono pelo livro antes de ler, mesmo sabendo as consequências terríveis que isso pode gerar - afinal, quem nunca teve expectativas altas demais e se decepcionou por causa disso? Mas com Adeus, por Enquanto não teve jeito. Tudo no livro gritava me ame até eu me render, comprá-lo e, de fato, me apaixonar por cada página dele.

Sam cria um programa para que sua namorada, Meredith, não sinta tanta saudade da avó. Para isso, o programa usa como base todos os emails e conversas em vídeo que as duas tiveram e recria a avó de Merde -apelidinho carinhoso inventado por Sam- a partir desses dados. A ideia funciona tão bem que os dois, mais o primo de Merde, Dash, resolvem abrir uma empresa para atender as pessoas que não conseguem superar suas perdas e, assim, dar à elas mais algum tempo com seus entes queridos.

"Não acredito que você nunca a conheceu. Não acredito que você nunca vai conhecê-la."
"Vou conhecê-la mesmo assim."
"Como?"
"Vivendo na casa dela", disse Sam. "Amando a neta dela."
pág. 42


Os personagens de Laurie conseguem fugir dos padroes sem soar forçado, sendo tão reais, carismáticos e excêntricos, que tudo o que você quer é entrar no livro e ser amigo deles. Sam é uma fofura, bem humorado sem perder aquela característica nerdizinha que eu nós tanto amamos, e Meredith foi uma das personagens femininas mais realistas que tive a oportunidade de encontrar, divertida, sem frescuras e, ainda assim, com aquele toque de compreensão e cuidado que toda mulher tem. Mas definitivamente, o personagem mais excêntrico do livro é Dash - e também o mais divertido. A forma descontraída e única do personagem consegue manter o clima leve do livro, mesmo lidando com tanto luto.

O livro é lindo, mas também trouxe alguns pontos muito inteligentes que me chamaram atenção durante a leitura. A quantidade de interações virtuais entre o usuário do programa de Sam e o falecido era muito importante, já que o programa inteiro vai se basear nelas -quantos mais interações, mais real parece. Porém, em determinado momento do livro, somos questionados quanto a toda essa interação virtual, se estamos mesmo nos socializando e integrando, ou apenas nos afastando mais.

"(...) Todo mundo passa mais tempo no Facebook do que com pessoas, mais tempo clicando em perfis do que saindo, mais tempo jogando tênis no videogame do que tênis de verdade, e tocando guitarra no videogame do que guitarra de verdade. As redes sociais não são tão sociais assim. Na verdade, é isolamento. Na verdade, é ficar sozinho. (...)"
pág. 281


Toda essa reflexão, mais a escrita leve e fácil de Frankel, me deixaram grudada no livro até o fim. Até me debulhar em lágrimas por todo o realismo e beleza com que a autora construiu essa história maravilhosa. Até eu estar tão cheia de compaixão que tive de, realmente, sair e abraçar alguém.

Adeus, por Enquanto é um livro que vai tratar de superação de uma maneira que você nunca viu igual. Porque amar alguém tem seus riscos, mas também é capaz de proporcionar os melhores momentos da vida. E, enquanto não tivermos o programa de Sam, esses momentos são tudo que temos, depois não tem volta.

site: http://www.bookpetit.com
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Carla Brandão 05/11/2013

Em seu segundo livro, Laurie nos apresenta Sam, que trabalha em uma empresa que promove encontros de casais. Muito inteligente, desenvolve um algoritmo capaz de encontrar o melhor par para os usuários. Ele testa e dá certo. Os usuários testam e dá certo. Perfeito? Não! O sucesso do algoritmo acaba causando sua demissão, pois as pessoas agora encontram rapidamente a companhia ideal e, consequentemente, a quantidade de mensalidades pagas por elas diminui. Bem, pelo menos ele agora tem Meredith, o par destinado a ele pelo tal algoritmo.

Quando a namorada perde a avó, Sam tem uma idéia: cria um programa que permite que Meredith se comunique com sua avó falecida por e-mail. Aos poucos o programa vai sendo aprimorado e o que era para ser apenas uma forma de minimizar o sofrimento de Meredith, acaba tornando-se seu novo trabalho. Através de vídeos, e-mails, postagens em redes sociais e mensagens de texto, Sam faz "reviver" os mortos. Será que isso ajuda ou atrapalha o processo de luto das pessoas que procuram o serviço? Sam questiona-se sobre isso muitas vezes.
A narrativa é em terceira pessoa, mas consegue ser bem próxima do leitor. A autora prolonga-se em alguns pontos, mas não cheguei a achar cansativo. A morte de alguém querido é um tema pesado e que foi tratado de forma delicada por Laurie, mas ainda assim é preciso parar um pouco às vezes para tomar um ar. As histórias e o sofrimento são muito reais, principalmente pra quem já perdeu alguém.

Pra mim, o ponto forte da história criada por Laurie é que ela fala sobre imortalidade sem recorrer ao sobrenatural. O livro emociona, faz pensar e tem passagens muito bonitas. É drama, sim, mas também romance. Recomendo a leitura, mas prepare seu coraçãozinho.

site: https://blog-entre-aspas.blogspot.com.br/2013/09/resenha-adeus-por-enquanto-laurie.html
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Mari Florentino 26/11/2013

Diferente...
É um livro diferente, foge do comum e está ligado a atualidade das mídias sociais, redes e conexão a internet. A reviravolta no final é bem bacana! Para quem gosta de um romance com uma pitadinha de drama, eu recomendo.
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