A noite do Mi

A noite do Mi'raj Zoë Ferraris




Resenhas - A Noite do Mi'raj


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Bianca 12/01/2022

A noite no Mi'raj
Adorei o livro. Especialmente pelo conhecimento da cultura e costumes da Arábia Saudita. Muito interessante, conhecer e entender o conceito de "proteção" que eles tem em relação às mulheres. Um romance que se passasse nos EUA, por exemplo, não seria tão interessante.
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Letícia 14/03/2023

Narrativa muito bem escrita, prende a atenção por seu suspense na medida ideal. Fiquei surpresa com o desenrolar e com as descobertas. Amor e ódio são linhas tênues que facilmente podem se distorcer.
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Ladyce 12/10/2015

Este livro é uma história detetivesca passada na Arábia Saudita. Um crime ocorre e algumas pessoas ligadas à família da vítima se dispõem a descobrir o que aconteceu. Mas a verdadeira intenção da autora é mostrar a vida naquele país, o dia a dia na vida dos habitantes numa teocracia baseada na interpretação dos textos muçulmanos. E por mais que a autora se esforce para mostrar as razões das restrições sobre homens e mulheres o cerceamento de suas liberdades básicas é ressaltado.

Recomendo o livro a quem queira conhecer melhor uma sociedade com regras muito restritas às mulheres. Morei por um ano em um país muçulmano. Não tão liberal quanto a Turquia, nem tão restrito quanto a Arábia Saudita. Saí de lá convencida de que qualquer mulher que tivesse nascido no mundo ocidental não conseguiria se adaptar às regras que lhe são impostas. Este não é um mundo em que as mulheres podem florescer. A Arábia Saudita não é a exceção, as regras aplicadas por lá são mais ou menos seguidas por outras sociedades afins.

"A noite do Mi’raj" tem como personagem principal um devoto guia palestino, Nayir ash-Sharqi, que é tão puro e tão religioso que não consegue olhar para uma mulher sem pecar. Enquanto esta pureza pode ter algum charme, ela na verdade denota um preconceito tão grande, que torna Nayir ash-Sharqi numa caricatura, ainda que homens como ele existam mais numerosos e frequentes do que imaginamos. Na verdade as mulheres, para esses religiosos, são tão perigosas que a pureza de espírito de um homem é ofendida por sua mera presença.

Este livro foi premiado duas vezes: 2009, Alex Award e 2008, Los Angeles Times Book Prize -- Primeiro Livro de Ficção. Para mim sua melhor faceta é descrição da vida na Arábia Saudita. A trama de suspense com a resolução do crime só começou a me cativar da metade do livro em diante. Uma leitura de entretenimento. Três estrelas de cinco como o máximo.
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Pandora 04/10/2017

Quando Nouf Ash-Shrawi, uma moça de 16 anos, filha de uma rica e influente família saudita desaparece pouco antes de seu casamento, o guia do deserto Nayir ash-Shrqi é contatado por seu amigo Othman, irmão da desaparecida, para tentar encontrá-la. O que ele não esperava era ter que trabalhar com uma mulher na resolução desse mistério.

Como livro policial não é muito impactante; os detalhes chegam a ser maçantes em determinados momentos. Mas o livro é muito interessante para sabermos um pouco mais sobre o dia a dia dos muçulmanos, em especial das mulheres sauditas, que vivem num mundo de regras muito rígidas, totalmente diferentes das nossas. Toda a investigação é pautada no fato de que as mulheres não têm liberdade para circular sozinhas, então como Nouf saiu de casa?

Já conheci brasileiras que se converteram ao islamismo para se casarem com árabes e conheci também homens árabes egípcios, por isso alguns hábitos e preceitos religiosos eu já conhecia. Mas há muita diferença na aplicação do islamismo nos países árabes, porque depende da interpretação mais ou menos rígida do Alcorão.

A Arábia Saudita era o único país no mundo cujas mulheres não podiam dirigir. Recentemente, as sauditas conquistaram este direito, há muito almejado, através de um decreto do rei; mas, na prática, isto só deverá ser possível no meio do ano que vem. Um artigo na BBC Brasil, elenca as 7 coisas que as mulheres sauditas ainda não podem fazer sem a permissão de seu "guardião homem" ou tutor (em geral, algum homem da família, como seu pai ou marido):
- Solicitar um passaporte
- Viajar ao exterior
- Casar-se
- Abrir uma conta bancária
- Começar alguns tipos de negócios
- Passar por uma intervenção médica
- Sair da prisão depois de cumprir a pena

Elas também não podem sair em público sem a abaya (traje largo que cobre o corpo todo); não podem ter contato com homens que não sejam da família (um dos motivos alegados para que não pudessem dirigir, o que implicaria esse contato com guardas de trânsito ou com motoristas homens em caso de colisões, por exemplo). Pasmem, mas no caso de testemunho, o depoimento de um homem equivale ao de duas mulheres. E mesmo como mães seus direitos são limitados: em caso de divórcio, só ficam com os filhos até completarem 7 anos (meninos) e 9 anos (meninas).

Mas há saídas: em lugares próprios para famílias (no livro é citado um restaurante e um parque de diversões) é possível que homens e mulheres não casados e que não sejam da mesma família circulem juntos como se o fossem; e o misyar citado no livro, que formalmente seria um contrato de casamento com menos direitos, na prática - e é para isso que Nayir o carrega no bolso - serve para escapar da polícia religiosa em caso de um casal ser pego junto sem ser casado.

Volta e meia vejo mulheres de todas as idades reclamando do assédio de homens árabes na internet, que mandam convites de amizade ou mensagens melosas. O que me fez perguntar a um deles, que dizia temer a Deus e seguir o Alcorão, mas que agia, na web, de forma totalmente contrária ao que pregava, se ele achava que Allah não o espiava no mundo virtual. Ele não teve resposta. Enfim... passarinho na gaiola quer voar.
Karla Samira @pacoteliterario 09/12/2018minha estante
Que bom ler sobre o que achou do livro! Acabei de ganha-lo e agora fiquei ainda mais curiosa. Bjs


Pandora 10/12/2018minha estante
Tomara que você goste, Karla! :)




Jess 01/11/2021

É como uma imersão na cultura
Eu amei a experiência de ler esse livro. Me prendeu do início até o final. A escritora escreve maravilhosamente bem, nos envolve no mistério, na investigação, ao mesmo tempo em que mostra de forma impressionante detalhes sobre a cultura saudita, com termos usados em expressões como "bom dia". É como uma viagem até a Arábia Saudita. É triste ver como a realidade das mulheres lá é tão diferente, para eles sendo algo normal e para nós algo completamente estranho. Não me imaginaria vivendo de tal forma. Porém, a escritora evidencia como para eles isso faz sentido, como é cultural, sagrado. Um livro impressionante! Adoro expandir meus horizontes!
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Normanda 29/08/2009

Um mundo limitado
Acho que resumo o que li no título. O livro não é ruim, mas é muito diferente das narrativas alucinantes ao que estou acostumada. A obra fala do mundo limitado dos Árabes, a cultura e como é solucionado o caso de um assassinato de uma pessoa rica. Tem algumas coisas muito interessante.

É triste saber que se para os ricos é assim que é tratado um assassinato na família, para os que não tem condições as chances são nulas de se quer saber que foi um asssassinato.

É livro triste, porém com uma realidade sustentada pelos ricos, poderosos e homens - definitivamente um mundo machista ao extremo. O final me deixou com um desejo de vazio tremendo, e pior, não sei como explicar em palavras.
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Wesley Vinicius 21/12/2020

De uma forma geral gostei da história, principalmente pq gosto do universo muçulmano. O desenrolar da história foi ótimo, chegando a um final que me surpreendeu.
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Eduarda Veloso 14/01/2022

Conhecendo uma nova cultura
A pressima é daquelas que te prende logo de cara: Nayir al-Sharqui foi contratado pela família Shrawi, em especial pelo seu amigo Othman, para ajudar nas buscas de Nouf, irmã mais nova da família que havia desaparecido. Pouco tempo depois, Nouf aparece morta no meio do deserto, mas, após investigações, a causa da morte era esquisita: afogamento. (????)

Muitas questões podem ser repensadas com essa história: relações de poder, as diferenças culturais, o patriarcado, o feminismo. Aqui, somos postos frente a frente com uma realidade muito diferente da brasileira e ainda mais, narrada sob a perspectiva masculina da cultura saudita. Muitas vezes, para nós mulheres, é necessário muita paciência (rsrs). Ainda assim, todas essas questões nos fazem pensar e repensar as questões culturais das sociedades.⁣

A história é bem lenta, mas vale cada detalhe pelo simples fato de conhecer um pouco mais sobre a cultura saudita. Conhecer um pouco mais sobre a religião islâmica também, pois são coisas diferentes! Aqui, temos uma personagem maravilhosa que faz a diferença nesse contexto. Conhecer a mente e os pensamentos de Nayir é simplesmente surpreendente e o desfecho do crime mais ainda! LEIAM!⁣
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