A insustentável leveza do ser

A insustentável leveza do ser Milan Kundera




Resenhas - A Insustentável Leveza do Ser


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bruno 23/07/2021

gostei, mas tenho ressalvas
gostei bastante das reflexões do autor, do contexto histórico, mas não gostei dos personagens, eles são MUITO CHATOS, e achei, também, a leitura bem confusa e entediante em várias partes.
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Dedé ! 16/01/2023

Falou muito em direções demais
A começar por um alerta: o livro possui cena explícita de estupro, cena de cunho muito questionável. Considerando que foi escrito por um homem, é difícil discernir se a forma incomum da vítima lidar com o abuso foi elaborada com um embasamento propício (de acordo com os traumas da personagem) ou numa intenção de fetichizar o momento.

A situação fica ainda mais delicada quando percebe-se que o problema geral desse livro é justamente ser misógino e hipersexualizar o corpo feminino, e isso é capaz de encher a paciência. Não é só pela construção das personagens femininas, como também certas colocações sem qualquer intuito além de desumanizar mulheres, de modo geral. Elas recebem descrições de seus corpos com muitas minúcias, enquanto os homens não recebem algo sequer perto disso, embora também sejam protagonistas com vida sexual ativa. Você até se esquece que eles estão tão despidos quanto elas.

A linha do tempo é confusa, as ideias estão bagunçadas e, conforme você avança as páginas, ainda que compreenda a linha de pensamento, não sabe exatamente aonde o autor quer chegar.

O fim que os personagens levaram também não foi muito esclarecido. Não se trata de um desfecho preguiçoso e sim de acabar com as coisas de uma maneira simples e realista, mas não agrega praticamente nada, já que o cerne da história e as reflexões que ela traz dizem respeito a vida. A morte foi colocada lá, então poderia ter sido bem contemplada, mas não foi, por isso as informações não fizeram diferença.

Por outro lado, o quarteto principal teve a personalidade muito bem estruturada, você consegue entender o porquê eles agem e pensam de determinado jeito. Esse é o ponto mais forte: como as quatro figuras se relacionam entre si, suas semelhanças e diferenças na forma de enxergar e lidar com o peso e a leveza do mundo que conheceram, tudo colocado com clareza e sinceridade impressionante.

É o tipo de livro que você está menos preocupado em simpatizar com os personagens e mais em dissecar todos os detalhes do que os constitui, porque eles estão ali para tratar de coisas que, no mundo real, é preferível não falar a respeito. São várias reflexões que valem a leitura.

Ainda é um pouco decepcionante, apesar disso. Como já mencionado, a história não deu liga e as ideias ficaram soltas, flutuando desordenadamente. Elas funcionam de forma individual e ainda podem trazer bons ensinamentos, mas se analisadas num contexto geral, não parecem parte de uma mesma premissa.

Recomendo a leitura apenas para quem não fica entediado ou muito incomodado com tramas voltadas à realidade crua e desconfortável, repleta de problemáticas.
rosamaria. 16/01/2023minha estante
???


Caio Pompeu 29/01/2023minha estante
Essa resenha deveria se chamar Esgoto, pois só li merda. Aff!




babi 17/05/2021

não gostei como todo mundo gostou
fiz diversas marcações ao longo do livro, tem umas passagens muito boas que me fizeram refletir, de resto, achei o livro denso e chato! me desanimava só de pensar em pegar para ler. como muitas pessoas falaram muito bem sobre ele eu fui com muita expectativa mesmo. foi um livro mediano, espero reler daqui uns anos para ver se a minha perspectiva diante dele muda.
Jaque 28/05/2021minha estante
Concordo demais contigo! Também marquei bastante o livro, mas achei ele chato e entediante. Fui com muita expectativa, e logo me frustei, eu não via a hora de acabar logo pra não ter que ler mais.


Janaina.CrisAstomo 31/05/2021minha estante
Nao gostei do livro tbm. Nao tem mada de filosófico. Fala da parte chata e vazia de 4 pessoas que não tem felicidade nenhuma.


babi 01/06/2021minha estante
exatamente gente kkkkkkk chatooooo


Fernanda 02/06/2021minha estante
Ia fazer uma resenha, mas li a tua e tu disse tudo que eu pensei sobre o livro!




Etiene ~ @antologiapessoal 20/04/2020

Estou aqui, imóvel, olhando pro teto da sala há algumas horas, revendo cada citação e cada trecho, repassando, dessa leitura, os sutis detalhes que me fizeram chegar à seguinte conclusão: estamos diante de um exemplar vivo - e raro - de livro que ecoa. É daquele que vibra, que reverbera, sabe? Mas deixemos solta essa escolha de verbo. O propósito da obra é nos ensinar e a partir dele afirmo que o autor chega a ser mesmo didático durante sua narrativa. Percebi que os personagens são meras desculpas pra o arranjo da trama, e que, dessa forma, Milan nos apresenta nitidamente delicados temas filosóficos. Liberdade, amor, beleza, hierarquia, honestidade e fidelidade são aqui abordados pelo escritor enquanto nos envolve nas vidas de quatro adultos - Tomás, Tereza, Sabina e Franz -, e mais particularmente nos seus relacionamentos amorosos.

Kundera decide nos cravar algumas lições preciosíssimas. A primeira e talvez mais profunda delas, a qual ele reafirma durante todo o curso da obra, é que não há ensaio para esta vida. Não nos é dada a possibilidade de viver duas vidas a fim de sabermos se tomamos as decisões corretas, a fim de apagarmos erros ou fracassos: esta jornada é única; depois, usando de algumas situações entre Sabina e Franz, o autor escancara as ambiguidades dos seres humanos, inclusive nos que se amam e que compartilham do íntimo: o que para um pode ser prontamente belo, para o outro pode ser o completo terror; o que para um é exata leveza, para o outro se apresenta como fardo incapacitante; por último, num dos capítulos que mais me tocou, o tcheco nos prova que a honestidade pura do homem só consegue se manifestar naqueles que não representam força contrária e deliberadamente maliciosa, aqueles que estão a sua mercê: os animais.

Famoso clássico da literatura mundial, A insustentável leveza do ser é celebrado há anos por sua delicadeza e capacidade de se achegar no leitor. Kundera entrega um texto de fácil leitura, mas principalmente uma obra vulnerável a múltiplas interpretações. Essa releitura veio no momento certo e o resultado dela foi um exemplar marcado de cabo a rabo e uma fortíssima recomendação à vocês.

"O romance não é uma confissão do autor, mas uma exploração do que é a vida humana na armadilha que se tornou o mundo."
Vic 20/04/2020minha estante
Belíssima resenha! Obrigada por colocar em palavras muitos dos sentimentos que vivi ao ler esse livro excepcional!


Etiene ~ @antologiapessoal 20/04/2020minha estante
aaaaaaa OBRIGADA :) sigo tentando




Sens0 24/09/2021

o que eu chamo de ?livro experiência?
Talvez uma das leituras sobre relações humanas mais próximo da realidade que já li, a gente se acostuma a ler sobre relações perfeitas e momentos que são tudo certo que até se assusta quando lê algo tão real.

Considero um livro adulto, não pela linguagem erótica as vezes, mas por ser um livro complicado de entender pelos sentimentos dos personagens, acho que precisa ter vivido um pouco mais para entender o porque eles fazem as coisas que fazem.

Reconsidero ler esse livro novamente daqui alguns anos, gostei bastante dele no agora e até me emocionei no final, mas acho que daqui uns 5 anos gostarei mais ainda
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arthemis | @mistydisse 21/11/2021

5ª(?) releitura
Impressionante o poder que uma releitura proporciona à alma do livro. O que antes passou despercebido agora é uma das minhas partes/cenas/frases favoritas.

A questão do mundo sempre vai recair sobre o peso e a leveza. Será capaz mesmo de extrair positividade de um e negatividade de outro?

Obrigada Tomas, Tereza, Sabine e Franz; por serem tão absurdamente imperfeitos e com isso personificarem peso e leveza, sendo assim, capazes de nos responder: não há como colocar algo bom e ruim entre peso e leveza, eles são o que são.

Continua sendo meu favorito da vida. Não pela capacidade de me emocionar (nunca chorei com ele), mas pela capacidade analítica. É impressionante o poder de Kundera em dramatizar cotidianos e tirar conhecimento disso.

Sempre vai ser importante. Primeira vez lido aos 17 e relendo pela 5ª(?) aos 23. Sempre um aprendizado.
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Marcianeysa 01/02/2021

O peso da leveza
É um livro profundo e complexo, cheio de divagações. Em muitas partes o achei difícil de ler, justamente por divagar demais. Mas possui boas reflexões e um final que me fez ir às lágrimas.
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Alisson 31/03/2021

Es Muß Sein
Ser leve é insustentável. O peso é o que confere o significado do ser.

É incrível como Kundera consegue explorar de forma minuciosa e nos fazer questionar, além do óbvio, conceitos de diversas áreas. Temas como amor, compaixão, política, fé, existencialismo e arte - eu poderia fazer uma lista sem fim - são discutidos de forma nada leve, afinal é insustentável.

É um livro sinestésico, e por mais que ele exemplifique muito bem o conceito do eterno retorno de Nietzsche, na prática não concordo que ele represente. Ler e reler esse livro repetidamente pela eternidade provavelmente não deve provocar sempre as mesmas sensações.

Es Muß Sein.
camilamaartinns 01/04/2021minha estante
???




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Marília 14/04/2010

Um livro para ser relido
Quatro persongens protagonizam esta historia, e cada um experimenta o peso insustentavel da vida, um exercicio constante.
Neste livro Kundera nos leva a Praga,(invasão Russa na Tchecoslováquia) e nos conduz pela filosofia explicando-nos a realidade.
A referência a autores da tradição filosófica como Nietzsche e Parmênides situam o enredo do romance dentro de uma perspectiva existencial,como a leveza e o peso, o eterno retorno, compaixão.
O livro foi publicado em 1984,sem dúvida, uma das maiores obras-primas de todos os tempos.
Um romance filosófico para refletir e reler, reler, reler...
Lima Neto 25/05/2010minha estante
você falou tudo quando afirmou, no título de sua resenha, que esse era "um livro para ser relido". "Insustentável Leveza do Ser" é uma obra com um forte cunho filosófico, que o leitor até pode se agrdar numa primeira leitura (o que foi o meu caso), mas não compreendera, de maneira geral, os motivos de sua aceitação, dele ser considerado um dos maiores romances da literatura mundial no século XX. eu preciso relê-lo, definitivamente, para compreender melhor tão magnífica obra.


Heineken 04/07/2010minha estante
Você tem razão, é um livro para ser relido...li a maior parte da obra do Kundera entre 90 e 92, achei incrível mas com certeza a diferença dos anos dará um novo e melhor entendimento não apenas a "Insustentável..." mas também a outros da época como Risíveis Amores, Livro do Riso e de Esquecimento e Valsa dos Adeuses.
Legal sua resenha.


Menezes 04/09/2010minha estante
é uma das melhores narrações sobre as relações humanas. Maravilhoso.




Leo 20/10/2014

Para começar, o título, na minha opinião, é um dos mais bonitos da história da literatura. Não só pela sua visível antítese, mas pela sua relação com o profundo conceito de Ser. O livro começa com uma questão: e se o postulado nietzschiano do Eterno Retorno fosse um fato? Em outras palavras, se cada um de nós estivesse condenado a reviver a sua vida, com cada instante de dor e de alegria, ad aeternum, como seria? Esta é uma questão que, sem dúvida, cria, em si mesma, um abismo de múltiplas reflexões.

Assim sendo, o romance se inicia com um convite à reflexão. Em seguida, são apresentadas as personagens centrais: Tomas e Tereza. Tomas, a aparente força que se revela fraqueza; Teresa, a aparente fraqueza que se traduz em força.

É com estas dicotomias: força/fraqueza; peso/leveza; corpo/alma, que Kundera tece este magistral romance, que, no fundo, nos devolve o espelho da nossa complexa essência. Muitos quiseram apelidar este livro de romance geracional. Um erro bem grosseiro, em minha opinião. Este é, claramente, um livro rumo à eternidade. Porque, apesar de o seu contexto retratar a Primavera de 68 em Praga, as temáticas de Kundera são universais.

Philip Kaufmann adaptou este romance ao cinema, com os brilhantes Daniel Day Lewis e Juliette Binoche. Apesar de se tratar de um belíssimo filme, neste caso, como em muitos outros, é bem inferior ao livro.

Foi o meu primeiro livro de Kundera que li, e o único por enquanto, contudo já posso considera-lo um dos meus autores preferidos.

Não quis, nesta minha breve resenha, revelar muito da história. Porque isso, como em todos os grandes livros, acaba por ser o menos significativo. O que fica, manifestamente, das grandes obras, é uma outra forma de olhar a realidade. Um novo despertar. Como se fôssemos, novamente, apresentados ao mundo.
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thaisraiz 11/11/2021

Muss es sein? Es muss sein!
Eu li esse livro inteirinho todos os dias que ia para o trabalho durante um mês e pouco. Como eu sempre ia dormir as 00:00 e acordava 5:50, não dá pra dizer que eu estava na melhor condição de leitora, mas enfim.
Esse livro é umas trocentas aventuras, tudo numa só.
O contexto histórico de Praga e do Comunismo nessa época foi algo muito interessante de ser visto no livro, porque eu não sabia quase nada sobre isso.
Esse livro tem um caráter extremamente filosófico e nós temos uma visão bem limpa e clara do ponto de vista de todos os personagens. Não dá pra dizer que existem vilões e heróis porque nesse livro todos os personagens foram muito humanos. Mais excêntricos do que a maioria das pessoas que eu conheço, mas o que eu sei da excentricidade das pessoas no íntimo?
Ver os quatro ponto de vistas dos personagens principais foi algo incrível de se ler e me fez repensar bastante o meu ponto de vista da vida.
Fica claro pra mim que eu não fui capaz de absorver o livro completamente, por todas as razões possíveis, mas eu tenho a impressão de que não exista um livro sequer que nós possamos absorver 100%. Espero que um dia eu possa reler esse livro, mas provavelmente não vai acontecer pelos próximos 10 anos, porque mesmo sendo uma leitura muito valida, o mais interessante é poder ler esse livro de diferente pontos da vida.
Andre.Luiz 11/11/2021minha estante
Das muss ich lesen


Gio 11/11/2021minha estante
"Ler de diferentes pontos da vida", isso realmente é muito interessante.




Luiza Carvalho 27/02/2023

Confesso q essa n é uma resenha mt justa, pq grande parte do livro foi uma leitura dinâmica

no começo eu até tava inspirada e gostando de algumas coisas, mas dai o tomas começou a me irritar MUITO e a coisa anti comunista do autor me incomodou tbm
mas depois de um tempo eu achei q ficou chato, n aguentava mais ler e nem me importava mais com os personagens, e olha q eu gosto de livros mais floreados e nessa vibe meio """""cult"""""

por esse motivo sinto q a minha opinião n deve ser levada em consideração, pq eu n sei de metade das coisas q aconteceram no livro pq eu simplesmente n li kkkkkkkkkk
Giulia 24/04/2023minha estante
Que inveja, gostaria de não ter lido metade das coisas que acontece nesse livro ?




MelAnia.Rafaela 07/07/2020

Um bom livro.
O livro é interessante. Tem seus méritos. Mas não é uma leitura que me envolveu. Não consegui desenvolver um sentimento pelos personagens.
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Craotchky 24/06/2016

A insignificância do ser
FRASE NA CAPA DO LIVRO: "O grande romance de amor e erotismo de um escritor condenado ao silêncio em seu próprio país."

É um livro romântico? Não. É um livro sobre o amor? Talvez. É um livro erótico? Depende. É um livro humano? Com certeza.

Peço humildemente para você acreditar em mim quando eu digo que é muito, muito difícil de colocar em palavras e descrever como esse livro é; o que ele possui na sua essência. O que segue abaixo são tão somente devaneios desorganizados oriundos de minha duvidosas interpretações acerca dos devaneios do autor no livro todo.

Não acho que o texto tenha algo de excepcional, nem acho que Kundera seja um escritor brilhante no uso das palavras ou mesmo hábil na construção de enredos. Porém ele descreve as relações humanas como poucos. As aflições que compõe a vida, os desejos, os prazeres, as ambições, as dúvidas, os arrependimentos, os sofrimentos, os amores, os desencontros. E o que seria mais difícil de descrever, senão nós mesmos, e nossas ações perante as vicissitudes da vida?

"O homem não tinha sequer uma mesa, mas não lhe faltavam centenas de livros. [...] Desde criança via no livro a marca de um fraternidade secreta. Uma pessoa com uma biblioteca daquelas não podia lhe fazer mal algum."

Espantoso como cada personagem enxerga uma mesma situação de forma tão diferente. Isso fica mais acentuado pelo autor apresentar separadamente as visões de cada personagem. Onde eu vejo uma tempestade você pode ver apenas uma fraca garoa; onde vejo somente um simples acaso, uma coincidência, você pode ver as forças atuantes do destino.

Kundera é um observador, crítico e comentarista de sua própria história. Pinta as relações humanas e suas particularidades, e posteriormente aprecia sua obra; ele toca a melodia interna do ser humano, tal como conhece, e depois ouve sua composição encantado. Essa é uma história sobre você e eu; sobre nós e eles; sobre todos e nenhum exatamente. Não é uma história bonita, não é uma história feia, é apenas uma história.

"Os personagens de meu romance são minhas próprias possibilidades que não foram realizadas. É o que me faz amá-los todos e temê-los ao mesmo tempo. Uns e outros atravessaram a fronteira que apenas me limitei a contornar. [...] O romance não é uma confissão do autor, mas uma exploração do que é a vida humana, na armadilha em que se transformou o mundo."
I Danielle I 24/06/2016minha estante
Adorei teus comentários a respeito do autor e a obra! Entendi perfeitamente!


Craotchky 24/06/2016minha estante
Entendeu? E perfeitamente? Que maravilha então. Acho que são poucos os que o fazem. E obrigado.




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