Tempo seco

Tempo seco Clara Arreguy




Resenhas - Tempo seco


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Letícia 09/04/2016

O livro Tempo Seco, de Clara Arreguy, conta, através da narradora-ouvinte Míriam a história de vários taxistas de Brasília.

Míriam é uma belo-horizontina que mudou-se para Brasília por um emprego melhor. Com 40 anos, petista, sem muitos amigos na nova cidade e totalmente avessa a dirigir, ela encontra nos motoristas de táxi da nova cidade grandes amigos.

Durante as corridas os motoristas falam principalmente sobre política (a história se passa em época de reeleição do atualmente ex-presidente Lula) e sobre a história de suas vidas, tanto coisas do cotidiano como coisas do passado.

Míriam narra principalmente a história de Nonato Rodrigues, um garoto de família pobre, nascido e criado em João Pessoa, que sofre muita influência política do irmão mais velho, e que, com muito esforço, consegue passar no concurso do Banco do Brasil e ter uma vida confortável em Brasília.
Além da história de vida de Nonato, o livro também mostra preocupações diárias dos taxistas, como segurança, a rivalidade entre os motoristas, a dedicação que eles empenham em seu trabalho em busca de algo melhor para suas famílias.

O livro é pequeno, portanto pode ser lido bem rápido se você tiver um pouquinho mais de tempo disponível. Além disso é de leitura bem fácil (inclusive as discussões políticas), e você sente-se preso em saber o final das histórias, em saber o que acontece com os personagens. São livros como este que fazem com que você tenha cada vez mais vontade de ler livros nacionais.

site: http://madminds.weebly.com/blog/resenha-tempo-seco
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Michelle Trevisani 11/05/2016

Vale muito a pena a leitura!
Sobre a experiência de ler este livro: ótima! um livro bem escrito, que te prende, que tem cadência, que trata o cotidiano de forma singela, mas cheia de um conteúdo significativo e transparente. Ler este livro foi como estar bebendo água - mata-se a sede. Um livro que te faz refletir e entender de história e política brasileira nas entrelinhas.

"Razão ou fé? Saber ou não saber? Quanto mais se sabe, mais infeliz se fica. A ignorância, muitas vezes, traz garantias de felicidade, ou pelo menos de, alheia à verdade, a pessoa dormir em paz. Mas será que é ser feliz dormir na alienação e deixar para topar com a dureza dos fatos no fim da linha?" - pág. 36

O livro conta a história de três taxistas, vistos pelos olhos de Miriam, uma mineira que deixou para trás desilusões amorosas e que busca em Brasília uma nova vida. Miriam, já que não tem carro e nem pretende tê-lo aos 40 anos, utiliza táxis para se locomover. É nestas idas e vindas que pega muito amizade com Rodrigues, João e Bené, os taxistas. E tornando-se amiga, acaba por saber de suas histórias, simples, mas carregas de sentimentos, de suas lutas em partidos políticos e movimentos da classe trabalhadora, tendo como pano de fundo a primeira e a segunda candidatura de Lula à presidência. Devo salientar que pouco leio sobre política (e sei que isto é um tremendo erro, mas a paciência para este tema me falta), porém neste livro, a política é tratada de forma nada enfadonha e se encaixa perfeitamente com o enredo proposto pela autora.

"Quer dizer, então, que eles não sabiam que tinha corrupção no Brasil? Será que só descobriram agora? Ou só agora a imprensa começou a mostrar o que lhe interessa?. Miriam concordava: Só agora os casos sabidos por todos deixaram de ser varridos para debaixo do tapete. Nunca antes se apurou tanta falcatrua, nunca se prendeu tanta gente. Será que é o governo mais corrupto ou o que mais investiga?" - pág. 44.

Das histórias vividas pelos taxistas, a de Rodrigues foi a mais marcante para mim. Rodrigues que trabalhava em um banco, que tinha sonhos, mas que estava bem em seu canto, que não esqueceu o amor da juventude, se vê de repente com uma nova chance: Dorinha o procurou, depois de ter se metido em uma baita confusão a troco de se dar bem na vida, já com as marcas do tempo no rosto, lhe oferecendo uma companhia para o restante dos dias. Rodrigues aceita e depois do aceite acompanhamos as aventuras e desventuras deste casal que manco segue sobrevivendo (até quando?) de um amor de um lado só.

"A política não tem que ser necessariamente suja e corrompida, mas pode, ao contrário, ser feita de uma nova maneira, em que a participação dos pobres e dos humildes os defenda dos aproveitadores" - pág. 43.

Tempo Seco é um livro que você tem vontade de devorar, para saber o destino dos personagens. A forma como a escritora o escreve é maravilhosa, tem sonoridade. E o som nas entrelinhas de um bom livro faz toda a diferença. Recomendo muito a leitura! Um livro que me cativou por inteira!

site: http://meulivrodocelivro.blogspot.com.br/
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Vanessa Meiser 30/05/2016

Tempo Seco é um prato cheio para quem gosta de dramas cotidianos protagonizados por pessoas comuns com suas histórias de vida também comuns e tão similares às de qualquer outra pessoa, ou seja, os personagens deste magnífico livro poderiam ser qualquer um de nós, e é exatamente isto que faz de Tempo Seco uma obra a ser lida e relida a todo momento.

O livro, além de abordar as experiências e trajetórias de dois personagens em especial (Miriam e Nonato), dá também uma boa passeada pela política, desde a luta do nosso ex-presidente Lula à tão sonhada eleição, indo até o desenrolar dos fatos depois de eleito, e toda a problemática tão conhecida nos dias de hoje, é uma verdadeira aula sobre política.

Mas, voltando aos personagens, Miriam é mineira mas vive sozinha em Brasília a alguns anos. Não é casada e nem tem filhos, como conhece pouquíssimas pessoas na Capital, acaba por tornar-se íntima dos taxistas que a carregam para todo o lado e com eles, trava ótimos diálogos que nos auxiliam muito nas tais aulas sobre política que falei no parágrafo anterior, ensinamento puro.

Temos também Nonato, um paraibano que também muda-se para Brasília em busca de melhores condições de vida, principalmente para poder casar-se com Dorinha, seu grande amor da juventude. Dorinha na verdade em nada merece tanto amor e dedicação, só o que lhe interessa em Nonato é perspectiva de vida fácil e confortável devido à sua imensa ambição e o bom emprego deste.

Entre uma corrida e outra, vamos conhecendo em detalhes as conquistas e as desilusões de Miriam e Nonato, além de termos acesso também às experiências de alguns outros personagens que vão surgindo no decorrer da leitura. Tempo Seco é um relato muito bem desenvolvido sobre relações pessoais, familiares e políticas de nossos protagonistas, é um livro bem real, cru e aprofundado do ser humano e toda sua sensibilidade (ou falta dela).

Considero este livro uma obra madura, não que um adolescente ou jovem na casa dos 20 não vá conseguir acompanhar a narrativa, pois a mesma é de fácil compreensão e flui perfeitamente, mas os temas aqui retratados são temas tipicamente maduros, de pessoas vividas e com experiências nem sempre felizes em suas trajetórias. Se você gosta de livros assim (eu adoro), tenho certeza de que vai adorar este e assim como eu, vai terminar a leitura já esperando a oportunidade de lê-lo novamente!!!


site: http://balaiodelivros.blogspot.com.br/
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Cami Nunes 13/06/2016

Essa leitura foi riquíssima em conhecimento, em vida e em história.. -

A história, dentro todos os taxistas amigos de Miriam, que mais se relata é de Nonato Rodrigues, o taxista herói, que tinha um futuro brilhante pela frente, mas que acaba tomando outro rumo por causa de uma paixão sem futuro.. -

Como diz na sinopse do livro: 'Toda história merece ser contada' e não discordo em nada. Toda história nos ensina algo.. -

Muito obrigada, Clara. Muito obrigada por dividir a história desses personagens incríveis comigo. Muito obrigada por me fazer lembrar um pouco da história política de nosso país. Muito obrigada pelo conhecimento adquirido nesse livro.. -

Se você gostou e ficou interessado, la no blog [www.virandopaginas.com] eu conto a sinopse desse livro incrível e tem mais algumas considerações minhas.. -

Bem, por hoje é só. Beijos e até a próxima... ♡

site: https://www.instagram.com/p/BComHwGy4k0/?taken-by=cfvarella
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Evandro 25/06/2016

Tempo Seco - Clara Arreguy
Brasília respira política. Onde alguns estão somente de passagem, outros buscam novas oportunidades.
É nesse clima que Clara Arreguy nos conta a história de alguns personagens, diante de um Tempo Seco, tanto no cenário da metrópole quanto nas atitudes individuais, influenciadas pelo constante fluxo de pessoas. Um lugar com diversidade de falas e sotaques, sonhos e ilusões, e expressões que nem sempre se entende.
Quando Miriam deixou Belo Horizonte e chegou à Brasília, com pouco mais de 40 anos, solteira, sem filhos e algumas desilusões amorosas na bagagem, percebeu logo a dificuldade que teria para se adaptar à cidade. Sentia falta dos amigos, de sua casa, de sua terra. Não tinha grandes ilusões ali.
"Na verdade não há chance para a sorte ou azar na vida das pessoas de Brasília. Elas buscam a cidade sabendo o que deixam ou procuram. Que os sonhos desandem ou realizem é um sinal de que a vida é que manda, e não as teorias."
Como não dirigia, Miriam fez dos taxistas seus companheiros e, aos poucos, foi colecionando histórias, devido a sua qualidade de boa ouvinte, tornando-se confidente. Ouvia segredos e sonhos. Talvez impulsionados pela necessidade de conversar e de passar o tempo.
Entre muitos taxistas, Rodrigues era o melhor amigo. Era com ele que compartilhava ideais e pensamentos políticos. Tinham afinidades que, inevitavelmente, os aproximaram.
Uma das histórias que ouviu, e também a principal do livro, foi a de Nonato. Desde o nascimento, passando pela infância difícil, acompanhando a militância do irmão Miro, nove anos mais velho, que fez crescer dentro dele os desejos de uma sociedade mais justa e igualitária. Ele não tinha ambição, porém o desejo de ajudar a família, o levou a prestar concurso para o Banco do Brasil, o que o levaria tempos depois à Brasília. Nonato, desde os tempos da faculdade, só teve olhos para Dorinha, por quem se apaixonou, e acabou se tornando um objetivo de vida.
Dorinha, como personagem, é mesmo fascinante. Enquanto todos agem com atos controlados e medidos, ela se joga na vida, descompromissada e sem regras. Talvez por isso, exerça um encanto e domínio tão grande sobre Nonato. Percebemos que, ao contrário das confissões que desnudam a alma, ouvidas por Miriam nos táxis, existem pessoas muito próximas que se fazem completamente desconhecidas.
O livro passeia por diversos momentos políticos nacionais, como as lutas contra a ditadura, os movimentos sindicalistas, a eleição e a reeleição de Lula, o escândalo do mensalão em 2005, os desvio de militantes burocratizados seduzidos pelo poder, etc. Muito interessante para entender que política faz parte da vida de todos, pois o tema é abordado dentro do contexto de cada personagem, sem tornar-se cansativo.
Traça relações pessoais, familiares, conjugais e concepções políticas. Fala de amizade e violência e como escolhemos nosso caminho para buscar a tão sonhada felicidade. A própria solidão de Miriam, estando cercada por tanta gente; a violência nas ruas e muitos outros fatores aproximam cada história da realidade do leitor.
É um livro muito bem escrito, com um enredo ricamente amarrado, diagramação que encanta e uma capa que representa bem a atmosfera da história. Mesmo tratando de temas fortes e polêmicos, a autora consegue fazer uma narrativa solta e prazerosa. Eu recomendo. Boa leitura!



site: http://atraentemente.blogspot.com.br
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Nique 28/06/2016

Resenha: Tempo Seco
Ainda não me decidi o que sentir sobre esse livro. No começo não foi uma leitura que me prendeu, mas o final, eu gostei bastante do meio até o final do livro. Estou bem dividida sobre o que dizer sobre ele, mas aos poucos vocês vão entender o que eu estou dizendo.

O livro começa com a história de Miriam que se muda para Brasília e sua “família” que são os taxistas que ela conhece porque pega táxi para tudo (diga-se de passagem que é uma pessoa muito rica porque táxi não é baratinho). Ela faz amizade com os taxistas e eles contam suas histórias para ela, até o ponto em que todos são íntimos.

Até ai tudo bem, é uma história legal com fatos do cotidiano, mas começa a discussão sobre política, os personagens são todos petistas fanáticos, um fato que me irritou muito porque eu odeio fanatismo e eu também não sou petista, mas não deixei que isso influenciasse em ponto algum, só não gostei do fanatismo mesmo, ainda que fosse com qualquer outro partido. Mas eu levei em consideração a época, primeiro governo de Lula, 2006, e relevei um pouco.

Eu odeio falar de política porque cada um tem uma opinião e ao invés de ser uma conversa decente, termina em briga (prevejo polêmicas haha). Mas eu dei uma chance para o que a autora tinha a dizer, concordei em muitos pontos e discordei em outros, a leitura até ai não me prendeu, mas foi reflexiva, eu pensei muito sobre como se encontra a política em nosso país, então, indiretamente o livro acabou me fazendo pensar mais.

Depois somos apresentados a Nonato, um dos taxistas, e conhecemos toda a sua história de vida, foi ai que eu comecei a tomar gosto pelo livro. Às vezes a autora intercalava com a situação atual e eu achei isso bem legal. A vida de Nonato sofre várias reviravoltas e ai percebemos que existem todos os tipos de pessoas nesse mundo, e que todos estamos sujeitos a sermos enganados. O interesse move muita coisa.

Por outro lado, em relação a política, foi bom para saber como era na época e a esperança que todos tinham, é como em uma aula, só que melhor.Também há uma discussão sobre violência, e diga-se de passagem, essa foi a melhor abordagem. A autora também fala de futebol, mas eu não gostei e não me serviu de nada.

Outro ponto que eu gostaria de falar é da linguagem um pouco vulgar. Não tenho nada contra esse tipo de linguagem, desde quando esteja muito bem contextualizada, mas no livro a autora só usou em alguns momentos que ficaram um poucos chatos.

Não sei o que foi mais bipolar, o livro ou minha opinião sobre ele. Eu gostei, no geral, mas são muitos pontos a serem discutidos. Acho que não estou tão acostumada com esse tipo de leitura que é um tanto polêmica devido a situação atual do Brasil e exige um grande nível de interpretação e reflexão.

Eu gostaria de ler um livro que retratasse a política nos dias atuais, toda essa coisa de impeachment e tal, então ai vai uma dica para autora. Vai que cola né? Seria bem legal saber a abordagem dela, porém, sem interferência de nenhum dos lados, eu queria uma história neutra.

Ainda com tantos questionamentos, eu achei um livro genial. Ele foi muito bem escrito, repleto de reflexões e questionamentos que requer um intelecto muito bom para poder abordar determinados tópicos. A autora conseguiu narrar a história de outras pessoas de forma bem natural. Então, sim, é um livro com uma escrita muito boa.

Entretanto, eu vou recomendar para quem gosta de livro pra discutir mesmo, pessoas que gostam de romances, fantasias, suspense, melhor não porque é uma leitura bem diferente, porém, adquirimos muito conhecimento com ela.

-M

site: livrosdanique.wordpress.com
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Morgana Brunner 19/09/2016

Resenha l Tempo Seco - Clara Arreguy
Oii gente, tudo bem?
Hoje trago a resenha deste livro ma-ra-vi-lho-so que foi cedido pela autora para que pudesse ler e trazer a resenha para vocês. Fiquei imensamente feliz e louca para ler essa obra, aliás é um dos gêneros que realmente me agradam de uma maneira diferenciada.

Logo quando a obra chegou aqui em casa, não resisti e tive que colocar na frente das minhas outras leituras. Além disso, é um livro pequeno, então a leitura foi rápida e pretendo ler outras vezes.

O principal tema abordado na história é referente as ações e fatos que acontecem no cotidiano dos taxistas e pessoas que podemos encontrar nas ruas. São histórias que podem fazer parte do imaginário de algum desconhecido ou memórias esquecidas.

"Pois é em nome dele, minha mãe, de você e todos os trabalhadores oprimidos nesses quase 500 anos de escravidão, que nós ainda vamos libertar esta nação!." Pág. 17

Tempo Seco é uma obra que acontece no momento da eleição de Lula e quando as manifestações começaram a surgir diante da falta de direitos da população, do momento em que não é aceita as decisões tomadas e decisões a favor de Lula, sendo um homem que poderia mudar a situação da classe baixa.

Diante disso, a história de Miriam e Nonato Rodrigues acontecem de uma maneira marcante. Cada qual com seu caso, mas tenho uma relação com a luta.

"Me custa muito dizer o que tenho a dizer. Não tenho prazer nem alegria, mas preciso fazê-lo, ainda que isso me custe dor e vergonha, e o que possa ter respeito da nossa amizade, se é que restou algo." Pág. 97

Cada um possui um caso de luta e esperança nos olhos.

Nonato um homem criado com simplicidade pura de uma criança que apenas tinha o que comer, mas prometera aos seus pais que lhe dariam uma vida melhor, com alimentação sempre na mesa e uma casinha para morarem, os pais não queriam isso, apenas queriam que ele tivesse sucesso, que tirasse notas boas na escola e tivesse um emprego que poderia lhe propor um futuro seguro e confortável.

"Preconceito? Podia ser. Um dos nossos primeiros diálogos sobre ela era uma clara demonstração de que, talvez por preconceito, eu conseguia ver nela a verdade de sua origem, coisa que você, por amor, se recusava a ver." Pág. 98

Além do mais, Nonato possuía uma vida difícil onde conheceu pessoas interesseiras e acredita que realmente é o amor verdadeiro, não consegue acreditar que um amor de infância poderia lhe fazer tão bem quanto estava fazendo e precisava de todas as maneiras para arcar com isso e amá-la da forma mais intensa possível. Sem saber o fim que teria isso, sendo bom ou ruim.

Os problemas da violência é uma das principais causas que os taxistas enfrentavam e ainda enfrentam no seu cotidiano, o momento que os iludem de maneira convincente e violenta, situações que a maioria gostaria de evitar presenciar, mas a fome e as contas batem em cada porta de uma casa, e precisam um emprego.

"As pessoas são más, não têm coração. O mal impera em toda parte. De nada adiantam os esforços dos bons." Pág. 112

São apenas fatos e situações criadas de um imaginário, um sonho a ser realizado como conquistas. É um fato tão rápido quanto uma corrida de táxi, é o momento de encontro e decisão.

A obra é realmente incrível, como mesmo citei acima. A edição está fabulosa, as folhas são grossas e amareladas que nos remetem realmente a situação como se fosse até mesmo um passado, uma memória ou um fato inventado.

A escrita da Clara é leve e compreensível, sua linguagem é fácil e viciante. Percebe-se que a obra é realmente pequena, me fissurei tanto que li em apenas um dia.

site: http://segredosliterarios-oficial.blogspot.com.br/2016/06/resenha-tempo-seco-clara-arreguy.html
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@camillaeseuslivros 21/10/2016

enfim terminei a leitura... falo assim porque o livro é ruim?? claaaro que não!! o livro é excelente, a leitura é fluída, ótima escrita da autora, sem contar a diagramação e estética do livro!! se enquadra no tipo ficção mas para mim é claro o toque de romance mas sem ser água com açúcar, e vai além! traz um pouco da questão histórica e política do Brasil da década de 60 até o ano 2007, cenário em que transcorre a narrativa da personagem Miriam.

um final inusitado e triste acontece com o personagem principal da história, Nonato, um taxista idealista e militante que se vê absolvido por uma paixão antiga que reaparece depois de anos; a escritora deixa claro a previsibilidade do final do romance mas trabalha muito a questão dos sentimentos que envolve essa relação e isso é o mais bacana, os romances ou acabam bem ou acabam mal mas a forma que cada um enxerga esse bem e esse mal é que dá um toque diferente para cada final e ela sabe trabalhar isso na história.

o que mais gostei no livro foi o contexto político abordado pela Clara, que de certa forma nos dá um pano de fundo para reflexão nos dias atuais, para que não haja polarização com relação a partidos ou discursos, para que tenhamos argumentos com relação a toda complexidade que envolve a situação atual do nosso país, enfim... recomendo, recomendo e recomendo!! obrigada Clara pelo presente que me deu enviando seu livro para fazer parte da minha vida e da minha biblioteca particular.
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Maria 10/03/2018

Resenha: Tempo Seco
Olá queridos leitores, trouxe para vocês a resenha do livro Tempo Seco da autora Clara Arreguy!

Miriam é uma mulher de 40 anos,solteira e não tem filhos, morava em Belo Horizonte e foi para Brasilia, deixando para trás algumas desilusões amorosas.




A moça sobrevive na cidade sem carro, e por não gostar de dirigir acaba formando amizade sincera com os taxistas,até que eles se sentem seguros para se abrir com ela e contar tudo sobre o que eles já passaram na vida, falam de politica e assuntos do dia a dia.

Um dos taxistas principais é o Nonato,que desde o começo da história vem contando sobre o que ele passou em sua vida,seu momento de fama com o trabalho e até desabar tudo por uma ilusão amorosa chamada Dorinha, uma moça que só pensa em dinheiro e fortuna,até ponto de tirar tudo o que Nonato tinha.

O mais interessante da história é que em um momento você se coloca no lugar dos personagens, que são os taxistas,e podemos saber mais sobre os perigos que eles passam.





A história me surpreendeu,eu realmente não esperava muito deste livro e não estava tão animada para ler por falar de politica,mas é uma politica adorável, realmente indico para quem gosta do assunto.

Politica,amor,violência e gente comum, memorias do passado,e o que ainda está por vir. Que tal conhecer um pouco sobre a vida deles? Espero que tenham gostado!!

site: Blog Febre de Livro: http://febredelivro.blogspot.com.br/
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Tempom 20/05/2018

VALE A PENA
O excesso de vírgulas, formando períodos longos, dificulta (não muito) a fluidez da leitura, deixando, assim, espaço aberto para a compreensão ambígua de certas partes do texto.

Informações específicas, como política e futebol me deixaram um pouco confuso. Entretanto, agregaram meu conhecimento sobre os temas após uma pesquisa rápida na internet.

É inegável o sentimento de "estar na pele da personagem" concedido pela autora. Após a adaptação à forma de escrita, o excesso de informações só somam pontos na caracterização das personagens. Particularmente, adorei o jeito com que a autora intercala a história de Miriam com a de Rodrigues.

Um outro atributo lindo trabalhado foi a bagagem sentimental que tem Nonato mais pro meio/final da obra.
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