Corpos Estranhos

Corpos Estranhos Cynthia Ozick




Resenhas - Corpos Estranhos


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Ana 11/11/2021

Muito ruim, que lixo!
Eu nunca havia encontrado livro que me fizesse desenvolver um ódio, mas esse aqui, conseguiu!

Cara, eu fiquei revoltada a leitura INTEIRA. A "protagonista" vai ajudar o irmão escroto (que ela não vê há anos) a encontrar o filho e ao invés dele desenvolver uma gratidão por ela, ele esculacha ela durante TODA A HISTÓRIA!!! QUE RAIVA! E ela não dá um basta nisso, simplesmente fica servindo de pombo correio para o irmão e os dois sobrinhos.
Odiei, quero meu dinheiro e tempo de volta!
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Paulo Sousa 18/01/2021

Leitura 01/2021
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Corpos estranhos [2010]
Orig. Foreign Bodies
Cynthia Ozick (EUA, 1928-)
Cia das Letras, 2013, 336 p.
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?Dentro de sua gaiola de costelas, seu coração era como um corpo estranho? (Posição Kindle 4085).
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Fazia alguns meses eu tencionava ler ?Corpos estranhos?, romance da escritora americana Cynthia Ozick. Queria ver o conteúdo do livro de capa instigante, cuja imagem parcial da Torre Eiffel - um destino logo visto a olho - teria a apresentar.
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O romance é denso, narrativa em terceira pessoa, e é aberto com uma longa sessão de cartas trocadas entre dois irmãos, Marvin, rico empresário do ramo da aviação e Bea, uma simplória professora de ensino médio. O irmão rico faz um pedido inusual à irmã, tamanho o hiato emocional entre os dois, que parte para Paris em busca do sobrinho rebelde, a fim de demovê-lo a voltar para a casa do pai. Julian vive de ares de escritor, mantém um relacionamento com a imigrante Lili, fugitiva do Leste Europeu, uma intrusa nos planos do pai de Julian....
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O livro é um emaranhado de pensamentos, de mais silêncios que falas, de situações vexatórias e por vezes enigmáticas ao leitor, que precisa despender um pouco mais de atenção para não acabar perdido no meio de tantas ilusões.
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Que, aliás, é o que mais encontrei no volume: ilusões perdidas, como o Rubemprè de Balzac e os amigos Carlos e Ega, de Eça, os mais notórios iludidos de toda a literatura moderna.
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Seja na professora Bea, seja em Marvin, seja em sua esposa louca e enclausurada no ?retiro? a que foi confinada, seja nos filhos Julian e Íris, seja no ex-marido de Bea, o musicista Leo, o que vemos é um punhado de seres humanos chapinhando em suas ilusões próprias, pessoais e, eventualmente, nas enlaçadas por seus parentes. Ozick vai fundo na dor de cada um, naquilo que tira a paz, que ousa quebrar a rotina salvadora, parece buscar revolver toda a lama emocional de seus personagens, fazê-los tomar ciência do corpo estranho presente ali em si mesmos, sempre sugando o colorido da beleza da vida numa simbiose doentia e canhestra. O romance é de fato honesto, bem escrito, de certa forma bastante críptico, com bom estofo ao reviver um dos melhores romances de Henry James, o que certamente foi uma boa forma de começar mais um ano de leituras. Vale!
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Steh 29/08/2020

Destinada a quem gosta de desafios. A linguagem é mais densa e algumas peças/segredos que encaixam muito após o desenrolar das estórias. Boa leitura.
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Marina.Cotrim 05/02/2018

Esse livro se beneficiaria muito daquela regrinha básica do cinema (aplicada nos melhores livros também): mostre, não conte.

Primeiro, somos apresentados a uma personagem moderadamente interessante, uma senhora de meia idade que vai tirar férias sozinha em Paris. Em seguida, descobrimos a premissa do livro: o irmão dela pediu que ela aproveitasse a viagem para ir atrás do sobrinho, que estaria na cidade há algum tempo, sem dar sinais de que voltaria para a casa dos pais.
O que se segue é uma vã tentativa de justificar o porquê de Bea (a tia) se envolver tanto nessa história. Afinal, ela não vê o irmão há anos e a relação entre eles é péssima. Pra piorar, ele é incapaz de se comunicar com ela sem grosserias.
Eventualmente, tomamos conhecimento do ex-marido de Bea, que aparentemente teve um impacto tremendo na vida dela. Na verdade, pelo que nos é contato no livro, a vida dela se resume a se apaixonar por ele, casar, ser abandonada e passar o resto da vida pensando no ex-marido. Entretanto, não fica claro como isso influenciou no envolvimento dela com a história do sobrinho (ok, o marido era arrogante, o irmão também, mas só). Também não é apresentada nenhuma explicação para o fato de ela ser tão suscetível a eles.
Quanto ao trabalho dela, só é mencionado para que possamos ver o quanto os personagens masculinos o desprezam.
Conforme ela vai se envolvendo no caso do sobrinho Julian, inúmeros outros personagens aparecem. Como são basicamente caricaturas, a autora, de maneira totalmente artificial, faz com que a vida deles gravite em torno de Bea, e vice-versa.
Quando descobri que ela se inspirou no romance de Henry James, Os Embaixadores, só pude deduzir que o desejo de fazer uma releitura era tão grande que ela ignorou todo o resto.

A impressão final é de que sobrou discurso e faltou conteúdo.
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Luciana Lís 27/02/2015

Beatrice Nightingale, professora de meia-idade, é procurada por seu irmão Marvin – que há anos não vê e com quem mantém um relacionamento propositalmente distante –, para que o auxilie a trazer de volta o seu filho, sobrinho dela, de Paris para a Califórnia. Bea possui uma vida monótona e pouco efusiva, separou-se há anos de Leo Coopersmith, músico ambicioso e egocêntrico.
Seu sobrinho, Julian, partira, aparentemente, com o intuito de fugir do pai, homem autoritário e ambicioso que criara ele e a irmã Iris para o sucesso na vida profissional. No entanto, o jovem descobrira em Paris um lugar difícil de se estabelecer. Na década de 1950, época na qual o livro é transcorrido, Paris está povoada de humildes exilados, transformando a cidade numa babel de idiomas oriundos do leste europeu.
Bea encontra Julian numa delicada situação ao lado de Lili, uma romena refugiada com quem se casara. Lili, mais velha que Julian, chega a Paris com sequelas físicas e psicológicas, e com a narrativa é possível sentir um pesar imenso por ela e toda aquela pobre comunidade expatriada que vive no Marais. Lili, ao lado de Margaret, mãe de Julian, que vive num asilo, são as personagens mais respeitáveis do livro, e poderiam ter histórias independentes daquela que é contada.
Entre Paris, Nova York e Califórnia, atritos familiares vêm à tona numa rede de relacionamentos que ocorre por obrigação moral, chegando a ser constrangedor em diversos momentos. Personagens complexos, pouco carismáticos e com razões autônomas. Todos carregam ilusões apunhaladas por forças superiores ao desejo que tem de mudar as próprias vidas. Corpos estranhos é uma fotografia em preto e branco; uma história de muito silêncio e poucos movimentos efusivos.
Por: @lucianalis

site: Para mais resenhas: instagram.com/coletivoleituras
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Sharon 20/07/2014

Notas para uma resenha posterior
Uma história boa, decente, interessante e complexa sobre uma mulher na meia idade!!! Iupiiiiiiiiiii!!! Não existem coisas parecidas nessa Terra. =)

Apesar da história de Bea circular em torno dos jovens, ela não trai sua memória, seu passado e sua idade. Sua sabedoria, seu entendimento da vida. Lili é outra mulher interessante e eu gostaria de ver um livro somente sobre ela. Quero mais de Lili. Mais de Margareth. Mais de Iris.

Os homens do livro só confirma uma antiga tese feminista: "papai só pensa no papai".
Jossi 06/12/2014minha estante
Mais um livro feminista?! Ops, então não quero ler, não... chega de feminismo. :P


Sharon 10/12/2014minha estante
Jossi, não, não é um livro feminista, mas é um livro sobre mulheres ainda assim, e sobre a realidade dos homens.




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