No Escuro

No Escuro Elizabeth Haynes




Resenhas - No Escuro


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Sarah 21/03/2014

No Escuro
No Escuro tem uma estrutura diferente e inédita para mim: a alternância de tempo concomitante da personagem.

O livro começa com um trecho do julgamento de Lee, sem ainda sabermos exatamente do que se trata. Na sequência, uma morte é rapidamente narrada. E então, somos apresentados à personagem principal e narradora da história.

Catherine é uma mulher livre e dona do seu nariz. Vive a vida com naturalidade e despreocupação, saindo com suas amigas, bebendo, trabalhando, curtindo. Não se prende a nenhum namorado, veste-se como quer, é feliz. Catherine vive.

Cathy é triste, receosa, fechada em si mesma. Vive sozinha em seu apartamento e, seguindo as regras de seu TOC, de lá só sai para fazer compras em dias pares. Conta os passos até o ponto de ônibus, olha da rua se as cortinas permanecem simetricamente arrumadas como ela deixou, verifica seis vezes (sempre seis) se as portas e trancas estão fechadas. Cathy sobrevive.

Catherine e Cathy são a mesma pessoa, separadas por um trauma: a vida antes e depois de Lee. E essa separação, essa divergência de personalidade entre as duas que as faz parecer serem pessoas distintas (e que, no fim, não deixam de ser) é trabalhada de uma forma como eu nunca tinha visto. Não há capítulos muito longos, nem "parte 1" ou "parte 2", para enfatizar o espaço temporal. Não. Cathy e Catherine contam a história alternadamente em capítulos curtos, um após o outro, às vezes até na mesma página.

Essa estrutura confere um ritmo ao livro que combina perfeitamente com a angústia que a personagem sente. Ao mesmo tempo em que vemos Catherine se transformar em Cathy por tudo que vem a passar, vemos Cathy tentando se livrar do TOC, fazendo terapia, conhecendo pessoas novas.

O grande responsável por essa mudança na vida de Catherine é Lee. Atraente, sensual, misterioso, Lee logo conquista Catherine e todos os seus amigos. Mas o que parecia ser um sonho logo vira realidade, com Lee mostrando seu poder manipulador e controlador. Catherine, então livre e dona de si mesma vai, aos poucos, perdendo as rédeas de sua vida.

O sentimento que mais define esse livro, para mim, foi angústia. Angústia por sabermos que Catherine sofrerá algo tão aterrador que a fez se transformar, se fechar. Angústia por sabermos o tamanho do sofrimento que ela passou, mas por não sabermos se conseguirá vencê-lo. Angústia por saber que Lee é não é o que parece, mas por não sabermos de imediato do que ele foi capaz, ou se irá voltar.

Enfim, um thriller psicológico muito bem construído, tanto na história como na escrita. Incrível como a autora conseguiu distinguir tão bem um tempo do outro, a personalidade de Catherine e a personalidade de Cathy, de forma gradual e simultânea. Este se tornou um dos melhores livros de suspense que li. Recomendadíssimo.

site: http://maedobento.blogspot.com.br/2014/03/projeto-leitura-no-escuro.html
Duane 04/04/2014minha estante
A sua resenha ficou incrível! *--* quando eu crescer quero resenhar que nem você, haha.


Sarah 06/04/2014minha estante
Obrigada Duane! :)




Rafa P. 03/08/2014

Realista e pertubador
No escuro é um relato perturbador do relacionamento entre Catherine, uma típica jovem de 24 anos que vive sua vida de maneira descompromissada e sem grandes objetivos, e de Lee, um segurança de uma boate que ela conhece em uma noite, quando sai com suas amiga para mais uma noitada.
A partir desse momento, ela engata um relacionamento com esse homem, e eis que ele se transforma de um sonho perfeito ao seu pior pesadelo.
A qualidade da narrativa é algo notável já nas primeiras páginas. Confesso que fiquei bem impressionada com a maneira da autora conduzir e abordar a violência doméstica e a sua sensibilidade em expor ao leitor os sentimentos da personagem de Cathy, mostrando a pessoa que ela era e a pessoa que tornou após este relacionamento doentio. Outro destaque é a doença desenvolvida pela personagem em decorrência do trauma vivido, que a autora explora de forma brilhante, narrando o sofrimento e pontos mais críticos do transtorno, conduzindo o leitor por um caminho perturbador, claustrofóbico e muito , muito incomodo.


Talvez minha única ressalva seja com relação as últimas 50 paginas do livro. Na minha opinião, a autora conduz a história para um determinado clímax, que era tão aguardado por toda a narrativa, e quando ele acontece de fato, tudo é desenvolvido de forma uma rápida e superficial, deixando a aquela sensação de que poderia ter sido mais. Porém foi um final satisfatório, só penso que poderia ter sido melhor explorado, dado a todo o cuidado da autora na construção da personagem e das situações vivenciadas por ela.

Analisando em linhas gerais, este livro é um excelente triller psicológico, apresenta tensão, suspense e altas doses de perturbação e tudo na medida certa. Mas se você é uma pessoa que se impressiona fácil, e fica incomodado com situações de tensão e violência, esse com certeza não é um livro pra você .
Ida 11/08/2014minha estante
Adorei sua resenha, palavras bem colocadas, fiquei ainda mais curiosa, uma amiga aqui no SK já havia me indicado esse livro, agora fiquei mais empolgada para lê-lo!!



Rafa P. 12/08/2014minha estante
Se prepare para fortes emoções ! O livro é incrível !




Fabricio Zak 29/07/2015

“O que os olhos não veem, o coração, a mente e o corpo sentem”
O livro é narrado em primeira pessoa por Catherine, onde é mesclado seu passado de alegria seguido de horror com seu presente marcado e transformado totalmente.
Catherine (ou Cathy), sempre foi muito baladeira e adorava curtir festas onde podia beber até cair, conhecer vários homens e dormir com qualquer um deles e não lembrar dos detalhes no dia seguinte.
Ela e suas amigas sempre foram unidas por essas festinhas e tinham tudo o que a maioria dos jovens de vinte e poucos anos querem: alegria, liberdade, sexo, álcool... Mais em: http://goo.gl/DJ7o38
Laís 29/07/2015minha estante
Fabricio, a versão que você leu foi em pdf ou o próprio livro em si?
Pois to com a versão em pdf, e vi em alguns comentários que está versão esta faltando as 50 últimas páginas.
Por favor, poderia me dizer até qual data o livro vai? Obrigada!


Fabricio Zak 10/12/2015minha estante
Nossa, Laís me desculpe..
Só vi agora sua pergunta. Não me lembro até que data exatamente vai o livro, mas eu li o livro físico e não senti falta de nenhuma página.




Marilda 28/04/2014

Escuro mesmo!
No Escuro, de Elizabeth Haynes, é o tipo de livro que eu costumo classificar como “realidade brutal”. Sabe aquela coisa que parece tão bacana que não dá pra acreditar? E que depois se transforma no pior dos pesadelos? É bem por aí.

Cathy, a protagonista, é uma moça animada que tem amigas igualmente animadas; elas curtem a vida adoidado, leia-se: bebem, dançam e fazem sexo casual.

Certa noite, Cathy, usando um lindo e sexy vestido vermelho, conhece um belo homem que faz um bico de segurança na porta de uma balada. Então a coisa começa, ele parece um príncipe, belo, forte e muito misterioso, mas com o tempo se revela um sujeito controlador e muito perigoso, transformando a vida dela em um verdadeiro inferno.

Esse livro possui uma característica que me agrada muito, aquela coisa de avança e recua... No tempo, claro! Durante a leitura, somos transportados para o começo da história e levados de volta para os acontecimentos atuais.

No presente, Cathy encontra-se em outra cidade, vivendo uma nova vida, tentando esquecer e escapar dos acontecimentos tenebrosos causados pelo relacionamento com esse belo sapo que quase a destruiu. Bem, por causa desses perrengues todos, ela desenvolveu o famoso TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) e tornou-se uma escrava disso.

Para mim, um dos fatores que mais me atraiu nesse livro, foi justamente esse; eu nunca havia procurado informação sobre esse tipo de transtorno bem como não sabia o quanto isso pode ser um fardo pesado a ser carregado. Realmente, é impressionante como a mente de uma pessoa pode ficar dependente de ciclos, regras, que são necessários para que ela possa se sentir em segurança. Coisa horrorosa!

E eu pensando que a minha mania de arrumação era um problema!

Não seria um romance se Cathy não tivesse um vizinho sensacional, Stuart, que por acaso, também é psicólogo, e aos poucos - com muito jeitinho e paciência - consegue fazer Cathy procurar ajuda especializada. Claro, ele se apaixona por ela e vice-versa.

O livro também tem sua dose de suspense do tipo gato-persegue-rato, quando o belo sapo reencontra Cathy e tenta voltar para a vida dela. Mas, ela agora é uma garota muito mais esperta e ele, dessa vez, recebe o que merece.

Gosto muito desses livros que retratam a vida real. Quantas mulheres já não foram enganadas por uma bela aparência, um ar de mistério e uma boa transa? Depois, quando a magia acaba e começa a aparecer a real personalidade do sujeito, a casa cai e fica bem difícil escapar dessa situação.

É sempre um aprendizado, aí vai mais um: Leitoras, cuidado com os vestidos vermelhos! Eu já dei o meu.
Sueli 29/04/2014minha estante
Puxa vida... E, eu queria comprar um lindo vestido vermelho-sangue!
Pense bem, amiga, foi por causa de um vestido vermelho que a vida da mocinha mudou para melhor, mesmo que tenha passado por alguns perrengues ao longo do caminho! ;)
Resenha super bacana!
Bjks


Marilda 29/05/2014minha estante
Querida Lady Sueli,
E que perrengues!!!!
Obrigada pela visita.
bjs.




Luciane 02/08/2015

Perturbador!!
Este livro é thriller psicológico, intercalando capítulos do passado com do presente, sendo revelado aos poucos como Catherine, mulher bem sucedida, transforma-se em Cathy, transtornada psicologicamente. Mostra a luta de Cathy para tentar a sua cura.

É um livro avassalador. Gostei muito do jeito de escrever da autora. Estreou muito bem.

Faço um desafio, enquanto vc estiver lendo o livro, duvido que não vá conferir se fechou a porta mais de uma vez! Eu fiz isso.

Recomendo, pois quando vc começar a ler não conseguirá mais parar.

"No final apaguei tudo e não respondi nada. Como dizia meu professor de inglês, se não souber a resposta certa a dizer, então não diga nada."

Este livro é do Grupo Livro Viajante.


site: http://www.skoob.com.br/topico/grupo/1284
Cau :) 02/08/2015minha estante
Amei este livro!!




Tata 24/11/2016

Incrível
O primeiro livro que li dessa autora foi Restos Humanos, que acabei vendendo mais tarde em função de não ter gostado da história, mas vi uma resenha deste livro no youtube e desde então fiquei obcecada por ele! Não tenho e não consegui achar pra comprar facilmente, então quando vi na estante de uma amiga enlouqueci e pedi emprestado hehehe
A leitura fluiu muito rápido, em menos de cinco dias li o livro todo. A história é muito envolvente, o sofrimento de Catharine e a obsessão maluca de Lee me prenderam no livro de forma absurda, não queria largar nunca. O livro é narrado em primeira pessoa alternando entre os anos de 2003 e 2007, mostrando o período antes e depois do relacionamento abusivo entre os dois personagens.
Um livro que aborda de maneira bem explícita a violência contra a mulher, mostrando o quanto é difícil se reerguer após situações dolorosas, mas que no fim das contas, nada é impossível.
Amei, amei, amei e já quero na minha estante!
Vivi 24/11/2016minha estante
Com esta resenha, miga, vou ter q ler pra ontem! Kkkk




Wash 22/08/2017

Aterrorisante por ser real
Com certeza No Escuro é um livro muito mais tenso e apavorante para mulheres. m certo ponto da história eu mal conseguia passar as páginas devido a ansiedade e o mal desenfreado que sempre se soube que voltaria, mas o momento que aconteceria
me fez prender a respiração diversas vezes. É um livro chocante e que abre a cabeça
das pessoas sobre uma questão importante. Ninguém jamais pode julgar um relacionamento olhando de fora. Provavelmente um dos melhores livros que li no ano. Já to com a língua coçando para indicar pra todo mundo.
@BiaGiacomin 11/03/2023minha estante
Um conjunto de ansiedade, agonia, medo e raiva a cada página.




Lari 31/07/2016

(A partir do 3° parágrafo da resenha há spoilers)
É um ótimo livro para quem tem interesse em psicologia, pois faz um bom retrato da história de uma mulher que ficou traumatizada e teve sua vida totalmente modificada devido a um relacionamento extremamente abusivo.

"No escuro" mostra como é a vida de muitas mulheres que sofrem ou já sofreram violência doméstica, apresentando a dificuldade que é sair de relacionamentos ruins e provando que não devemos julgar precipitadamente as pessoas que vivem neles, além de provar a importância de investigarmos quando há suspeitas de abuso no relacionamento de algum conhecido, incentivando-nos a não ignorar pedidos de ajuda.

Meu único questionamento para com o enredo do livro é o destino que toma o violentador da história. O livro consegue, de certa forma, mostrar a importância de um psicólogo e como seu trabalho pode melhorar a vida das pessoas, no entanto essa questão poderia ser melhor explorada se houvesse a presença desse profissional durante o segundo julgamente de Lee (o criminoso da história), pois o trabalho do psicólogo, nessa situação, seria apresentar uma diferente concepção do personagem, considerando questões psicológicas, o que ajudaria a tomar medidas mais eficazes do que apenas enviá-lo à prisão (porém, sabe-se que o livro também retratou de modo que acontece na realidade, pois essas medidas não são realmente tão presentes). Fica claro que o personagem, através de suas atitudes, não é psicologicamente saudável, por isso apenas levá-lo à prisão não é a medida mais eficaz. Logo, incluir um psicólogo no SEGUNDO julgamento seria interessante para mostrar que a prisão, na primeira situação, só serviu para manter Lee afastado por um tempo, antes que ele voltasse a procurar Cathy (vítima) e tomar atitudes absurdas.
Lari 31/07/2016minha estante
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Erikinha 30/05/2017

Um dos melhores da vida
Quando eu li caixa de pássaros eu terminei já procurando um trilher psicológico que chegasse aos seus pés e não tinha encontrado ainda.
Eis que me indicaram "No escuro".

Que livro é esse senhor, que dá agonia, que você quer entrar dentro dele, da raiva, tristeza e mesmo assim muito prazer.
Eu me vi tão viciada igual caixa de pássaros, você não sabe o que esperar, é o que te espera é insano.

Sinopse:
Catherine está no controle da sua vida. Bem sucedida, sai todas as noites, até que em uma festa conheci o Lee, um homem atencioso e sedutor. Sua vida está perfeita todas as mulheres gostariam de estar no seu lugar, ou quase todas.

Quieta e reservada, Cathy luta contra o transtorno obsessivo compulsivo. Vulnerável e aterrorizada, ela nem de longe lembra a Catherine, a pessoa que costumava ser antes de Lee deixá-la assustadoramente traumatiza.

O que aconteceu? Que memórias a fazem seguir um rigoroso ritual? O que ela faria se descobrisse q o Lee está não só em sua mente, mas também na sua vida em sua casa?

Um dos melhores livros que já li.
Mara 05/11/2017minha estante
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Fabricio~Raito 01/11/2013

Falta de ar, no escuro
Extremamente tenso e sufocante, No Escuro é um livro denso com uma trama excruciante. Cada vez mais sugado pelas páginas, você sente o peso que as escolhas dos personagens exercem no desenrolar da história, resultando em atos e medidas desesperadas e que te colocam em um lugar de impotência, apenas assistindo tudo de camarote.
Catherine sempre gostou de aproveitar a vida curtir a noite com suas amigas mais próximas. E foi em uma destas noites de diversão que ela conheceu Lee, misterioso e sedutor, loiro e de olhos azuis, o homem de desejo de quase toda mulher. Logo Catherine se lança nesta paixão, se sentindo cada vez mais entrelaçada em Lee. Mas com o passar do tempo, ela percebe que Lee não é o homem perfeito que mostrou ser: ele começa a cercar Catherine, tomando sua privacidade, espaço e agenda. Controlando todos os seus passos, Catherine percebe que estava em um caminho com apenas duas saídas: a iminente morte ou uma fuga desesperada.
A escrita de Elizabeth Haynes é densa. O livro não contêm muitas páginas, mas é uma leitura longa, profunda, e você sente que passou mais tempo lendo do que imaginava. A maneira como ela construiu a trama foi perfeita: ela intercala capítulos do presente, e do passado, onde descreve a história de Catherine e Lee. Logo o leitor junta as peças e vai elaborando que tudo o que Catherine vive no presente são reflexos daquilo que você encontra nos capítulos do "passado". Quando Catherine pensa que conseguirá viver sua vida livre e feliz novamente, agora que começa a ficar próxima de seu vizinho Stuart, um telefonema muda seu destino para sempre.
Depois do trauma, Catherine desenvolve um comportamento obsessivo-compulsivo (e TOC), onde passa horas conferindo portas e janelas de seu apartamento. É sofredor você acompanhá-la na rotina diária, com horas e minutos rigidamente estipulados, verificar a tranca da porta uma, duas, três, quatro, cinco, seis vezes. Verificar cada fresta, cada posição das cortinas, das janelas, dos talheres nas gavetas da cozinha. Você fica irritado, fica com pena, sente o ar faltando e parece até desenvolver uma cisma (efeito colateral?) durante a leitura, de tão envolvente e eficaz que é a descrição da autora. É uma ótima fonte para conhecimento deste transtorno.
A capa é singular, causa certa estranheza no início, mas quando se toma conhecimento da história, tudo encaixa perfeitamente. A revisão da Intrinseca está ótima, não me recordo de erros durante a leitura. É um livro que eu gostaria imensamente que fosse adaptado para as telonas!
Anônimo 22/11/2013minha estante
Legal sua resenha Fabrício. Seria interessante mesmo um filme, mas com certeza não teria a intensidade que só o livro pode proporcionar, mergulhando na mente dos personagens e nos transmitindo seus medos de forma quase sádica.




Jaque - Achei o Livro 30/08/2016

Angustiante, intenso!
Esse livro está há muito tempo na minha lista e esse mês resolvi enfim tirá-lo da meta da leitura.
Eu já tinha lido um outro livro dessa autora - Restos Humanos - e gostei bastante da maneira como ela escreve, sem rodeios.

Aqui o livro se divide em dois tempos: No ano de 2003 quando Cathy é uma jovem que sai todas as noites para beber e se divertir com amigos e em 2008, tempos atuais, onde ela em nada lembra aquela moça alegre.

Os capítulos são curtos e intercalam desde o começo quando ela conhece Lee, um segurança de boate alto, lindo de olhos azuis que faz as amigas suspirarem por ele.
Mas aos poucos essa paixão dele começa a sufocá-la com muitas imposições e ciúmes e quando ela decide abandoná-lo, sua vida vira um inferno.
Aos poucos a autora vai relatando o relacionamento doentio do casal até chegar no ápice.

Na narrativa dos tempos atuais, Cathy tem TOC e transtorno de estresse pós-traumático. No começo dessa narrativa (contada sempre em primeira pessoa pela Cathy), a estória chega a ficar um pouco cansativa de tantos momentos em que ela confere 20 vezes as portas, janelas, gavetas, tudo em decorrência do TOC mas aos poucos você começa a entender o por quê dessa obsessão e acabamos desenvolvendo uma compaixão pela personagem.

A estória é tensa, angustiante. Você se imagina vivendo aquela vida e chega a ser sufocante. Você tem todo tipo de sentimento durante a leitura. Ódio do personagem pela sua covardia e violência, e piedade dela que se submete a tantas situações degradantes por medo dele.

A transformação da personagem, desde o começo que não era nenhuma pudica, até o auge do medo e o final do livro é extremamente grande.
Não é um livro de grandes reviravoltas, mas é intenso e vale a pena ser lido.
Além de ser muito bem escrito, retrata a violência contra a mulher de forma intensa, os medos, a vergonha e muitas vezes a descrença daqueles que convivem junto.
Recomendo!

site: http://acheiolivroperdiosono.blogspot.com.br/2016/08/no-escuro-elizabeth-haynes.html
Silvana.Morais 15/02/2022minha estante
Esse livro é ótimo




SahRosa 21/03/2017

Resenha exclusiva do blog Da Imaginação à Escrita
Muitos thrillers psicológico tem me surpreendido e estou gostando de incluir este gênero (que já se tornou um dos meus queridinhos) em minha lista de leitura. No Escuro é um livro que possuiu uma classificação legal e muitos elogios, me sinto fora de órbita por não ter curtido a leitura como imaginei que seria. Não que No Escuro seja uma obra de todo ruim, mas infelizmente não supriu minhas expectativas, fiquei envolvida com o enredo mas não foi nada marcante e apesar da trama intensa, boa parte dá narrativa foi extremamente maçante e repetitiva.

No escuro nos traz uma atmosfera pesada, violência doméstica, TOC, estrupo, entre outras situações que podem deixar qualquer leitor desconfortável, ainda mais por nossa narradora ser a principal vítima. Cathy traz um relato forte de tudo que viveu nas mãos de Lee, um cara sem escrúpulos e remorso, desses que sente prazer em machucar, é fato que o leitor sente empatia por Catherine e se pergunta como a situação chegou a tal ponto, afinal a protagonista acaba tendo muitos distúrbios psicológicos com esse período de violência e a trama vai girando em torno disto, do mistério que foi a vida de Cathy e as consequências de seu relacionamento, a todo momento sentimos a intensidade dá história e como tudo afetou a protagonista.

No Escuro apresenta uma narrativa em primeira pessoa, mas seu diferencial é que temos duas versões de Catherine e a atual é tão fragilizada que nos perguntamos a todo momento o motivo que acarretou tudo isto, mas talvez este seja tanto um ponto positivo quanto negativo do livro, afinal este é um motivo que nos faz continuar a leitura até seu final, só que ainda sim a trama acaba ficando repetitiva com as voltas entre passado e presente, principalmente quando Cathy precisava relatar seus rituais para diminuir o TOC, sei que a intenção fosse deixar o leitor angustiado, mas comigo não funcionou totalmente desse modo pois fiquei maior parte dá leitura entediada.

Até os 60% do livro não senti aquela tensão e urgência desesperada pela leitura, por mais fluida que fosse a escrita da autora eu não estava totalmente envolvida, queria sim saber o motivo que levou Cathy a ter o TOC e se sentir tão ameaçada, mas não era algo como “Nossa não posso deixar a leitura justo agora” , talvez o drama do enredo tenha ofuscado a tensão que deveria passar deixando assim uma impressão diferente do que eu esperava e somente quando chegou nesses 60% foi que senti uma melhora no enredo, a tensão finalmente tinha chegado por conta de um detalhe importante só que infelizmente durou por um breve momento e quando se aproximou do desfecho, novamente No Escuro deu a mesma esfriada que foi o início e meio do livro, o final sinceramente não me convenceu e foi fraco na minha opinião, deixando a simples impressão de “ É só isso, acabou?”. Eu esperava algo mais impactante durante esta leitura, não digo que o tema proposto não seja, na verdade é muito doloroso e forte, somente não me atingiu como o esperado e talvez seja pelo fato de boa parte do enredo tenha sido muito repetitivo.

No entanto, No Escuro é um livro que recomendo sim, acredito que muitos leitores possam gostar da leitura, até porque a escrita da autora é boa e o tema por mais pesado que seja, deveria ser lido por todos. Sem mais, No Escuro foi uma leitura que teve altos e baixos para mim, principalmente por conta das minhas expectativas e por esperar que fosse parecido com um livro que li certa vez, mas ainda sim foi uma leitura diferente do que estou acostumada e uma experiência bem legal apesar de não ter sido tão satisfatória como imaginei.

site: http://www.daimaginacaoaescrita.com/2017/01/resenha-no-escuro-elizabeth-haynes.html
Mari M. 03/08/2017minha estante
Concordo!!




spoiler visualizar
Bruna 14/09/2015minha estante
Amo esse livro




naniedias 21/03/2013

No Escuro, de Elizabeth Haynes
Intrínseca - 333 páginas
Perturbador. Intenso. Doentio.


Título: No Escuro
Título Original: Into The Darkest Corner
Autor: Elizabeth Haynes
Tradutor: Mauro Pinheiro
Editora: Intrínseca
ISBN: 978-85-8057-294-0
Ano da Edição: 2013
Ano Original de Lançamento: 2011
Nº de Páginas: 333
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Sinopse:
Catherine é uma jovem descolada, tem um emprego bacana, amigas que a adoram e com quem curte sair para festas sempre que possível.
E é em um dos clubes que visita numa noite que conhece Lee: um segurança bonitão e boa pinta. Os dois começam a namorar e apesar dele não contar muito sobre o que faz para viver, ela não vê problemas em seguir com o relacionamento.
Até que o namoro dos dois se transforma em algo doentio.
Algo muito grave acontece e Lee vai parar nos tribunais.

Quatro anos depois, Cathy mudou-se de Lancaster para Londres e ainda não consegue lidar bem com todas as feridas decorrentes do péssimo relacionamento que manteve com Lee.
Ela desenvolveu um sério transtorno obsessivo compulsivo e enxerga o ex-namorado por toda parte.
As coisas realmente pioram, entretanto, quando descobre que ele sairá da prisão. Mesmo tendo Stuart, o novo vizinho gato, para ajudá-la, não será fácil encarar essa nova realidade com Lee à solta.


O que eu achei do livro:
Bom.

Não é possível falar desse livro sem mencionar o quanto sua leitura é perturbadora e intensa. E não em um sentido muito bom. A história realmente me tirou dos eixos, me deu dor de cabeça (literal mesmo - toda vez que penso no livro ou falo dele sinto minha cabeça doer) - mexeu profundamente comigo.
Ainda assim afirmo que o livro é bom.

A escrita de Elizabeth Haynes é viciante. A autora não só escreve muito bem - tem uma leveza na narrativa que compensa a densidade da história que conta - como também soube escolher perfeitamente o enredo e contá-lo de forma magnífica.

A narrativa não é dividida em capítulos, mas em dias. E atenção às datas - porque ela vai intercalando passado (quando Catherine começou a namorar Lee) e presente (no qual Cathy sofre com o TOC).
Esses pseudocapítulos são bem curtos e prendem de forma inescapável o leitor - mesmo que a leitura seja extremamente pesada. Não pela escrita em si, que é bem fluida e suave, mas pelo conteúdo da história.

Os personagens são um presente. Todos extremamente bem delineados - não só em suas aparições no passado, mas também no presente. A escritora não apenas os caracterizou muito bem - com personalidades contundentes e complexas - como ainda fez com que o passado deles tivesse peso significativo em suas atitudes - o que os tornou ainda mais verdadeiros.
Achei fantástica a forma como a autora modifica a forma como sua protagonista é chamada no passado e no presente - uma maneira de mostrar como as duas mulheres são diferentes (embora, não entenda mal, sejam a mesma pessoa) e também uma forma de fazer com que o leitor não se perca durante a leitura.

Na mesma medida que os personagens são um presente, entretanto, o enredo é um chute no peito.
Isso mesmo - a metáfora está certa, por mais estranha que possa parecer e vou explicá-la.
A trama do livro vai fazer seu coração se apertar, doer, vai te dar dor de cabeça e fazer com que queira largar o livro. Mas você não vai fazer isso, porque Elizabeth Haynes foi habilidosa o suficiente para prender seu leitor com mistérios que vão se revelando aos pouquinhos e se mostrando muito intrigantes.

A parte que conta o passado é terrível - fala de um relacionamento doentio, possessivo e também da incapacidade de Catherine se desvencilhar daquilo tudo, por mais que esteja se sentindo mal com a situação. Uma das partes que mais gostei é quando ela comenta que sempre estranhou que as mulheres que não largavam os maridos violentos não fizessem nada para mudar essa situação, mas agora ela se via em um relacionamento que já não fazia bem a ele e entendia perfeitamente o problema de tais pessoas, pois também estava de mãos atadas.

O presente não é menos perturbador. Porque é terrível acompanhar a rotina de Cathy. O TOC é simplesmente insuportável.
Acho que eu nunca havia lido nenhuma história que relatasse de forma tão profunda e tão próxima o problema. Eu me senti na pele da protagonista - sofri com ela tendo que verificar cada canto da casa um determinado número de vezes e em uma sequência pré-definida e ter que refazer tudo de novo caso alguma dúvida inexplicável (e miníma) ficasse para trás. Todo dia. Cada vez que saía ou chegava em casa, mesmo que isso significasse se atrasar para o trabalho ou não ter tempo para mais nada.
Simplesmente porque não é possível não fazer.
E se já foi terrível ler sobre um personagem que tem a doença, fiquei imaginando como deve ser limitador sofrer com tal distúrbio.

Honestamente é angustiante. Ambas histórias são terríveis - e ao mesmo tempo muito gostosas - de se ler.

Eu não sei como Elizabeth Haynes fez isso, mas ela fez. Porque eu odeio esse livro (ele realmente me deixou com dor de cabeça por conta de ser tão pesado) e o adoro ao mesmo tempo.
Recomendo muito para quem gosta de policiais ou está curioso quanto a esse história tão singular..


Nota: 7


Leia mais resenhas no Nanie's World: www.naniesworld.com
Fernanda 04/04/2017minha estante
Nossa você definiu perfeitamente o que sinto em relação ao livro. Eu amo e odeio ao mesmo tempo. Pelos mesmos motivos. O livro é muito pesado, e ao mesmo tempo, é perfeito do jeito que é. Pois é muito necessário para contar a estória que temos que vê, ouvir e ler a respeito. E tem tantos fatores que tornam ele únicos, a violência abusiva, física e psicológica contra a Cathy. O TOC, o TEPT, e logico o suspense terrível que a autora criar. Além de falar de todos esses temas super atuais, que é a violencia contra a mulher, os relacionamentos abusivos, e a psicopatia.




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