Fê 24/11/2013ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU NENHUM LIVRO DA SÉRIE BLOODLINES!
Depois de quase embarcar para o México para bloquear a tatuagem, impedindo retoques e mais compulsão e sabe-se lá mais o quê, Sydney volta para Palm Springs e começa um namoro sério com Adrian. Mas ao chegar em casa, ela dá de cara com uma surpresa nada agradável: sua irmã, Zoe, que ela tentou com tanto esforço proteger, chegou para reforçar o time de Alquimistas em Amberwood. E bota surpresa desagradável nisso.
Zoe é pegajosa e infantil para os seus 15 anos. Se comporta como menininha mimada, e tem muita inveja e Sydney. E é ainda mais bitolada que Sydney no começo da série. Tem adoração pelo pai autoritário e severo, ao ponto de testemunhar contra a mãe no divórcio dos dois. Para dar uma ideia do pai de Sydney: ele é como Tywin ou Balon Greyjoy. Em outras palavras, uma flor de pessoa (#sóquenão). Zoe é muito chata e chorona, não a suporto e espero que ela suma logo da história. Ou que mude, mas sinceramente, não ia fazer falta.
E ver a irmão tão bitolada só faz aumentar o desejo de Sydney de expor ao mundo Moroi os podres dos Alquimistas. E por isso ela se dedica em aprender os feitiços que estão presentes na tinta usada pelos Alquimistas nas tatuagens. E a grande descoberta vem quando Lissa convoca Adrian para investigar uma moça que acabou de ser restaurada, ou seja, deixou de ser Strigoi.
Adrian neste tem seu próprio POV, o que eu achei bem legal, pois assim a gente tem uma visão em primeira mão dos demônios que o atormentam. Mas Adrian amadureceu muito, e boa parte disso é por causa de Sydney. Ele a ama profundamente, e para ele isso é novidade. E outro lado legal de ele ter POV é que justamente a gente acompanha isso, e o medo que ele tem de perdê-la. Porque não é só perdê-la, mas também se perder. Veja bem, Sydney é a salvação de Adrian, em todos os sentidos. É ela quem o mantém equilibrado e afasta a escuridão do espírito. E por isso, ele acaba tendo uns ataques bem violentos de euforia, seguidos de depressão profunda (sim, Adrian é bipolar), e é angustiante ver isso. Richelle Mead soube escrever isso muito bem.
E falando nisso, Adrian por sua vez também é a salvação de Sydney. É ele quem traz paz no meio de todo o tumulto da vida da garota. Enquanto ela luta contra todas as suas convicções, e para se aproximar da irmã, investigar e praticar os feitiços para anular a tatuagem, e lidar como divórcio dos pais. Mas Sydney segura bem as pontas. Seu treinamento contribui para isso. E ela também está ainda mais poderosa como bruxa, o que pode literalmente ser sua salvação. Mas não posso falar mais, pois é spoiler, e agora tenho que esperar até que saia o quinto livro para saber o que acontece.
Vale destacar o melodrama acontecendo ao mesmo tempo em Amberwood. Chegou junto com Zoe um novo dhampir, Neil. Ele é muito sério, quase um autômato. Mas é só fachada. E ele é lindo, com sotaque britânico, o que coloca Angeline e Jill em alerta e disputando a atenção dele. Mas é só aparência. Isso porque Jill ainda é louca por Eddie e Angeline por Trey, mas nenhuma das duas quer dar o braço a torcer. Pena que eles não apareçam muito ofuscados por todo o drama com Zoe e a tinta dos Alquimistas.
Lissa, Rose, Dimitri, Sonya e até Christian fazem uma aparição, mas pouco, e sinceramente, eu tive muita raiva da Lissa, e achei muito egoísta da parte deles o que eles fazem. Por outro lado, mostra um lado todo bad-ass de Adrian, o que é legal. Marcus também aparece no final, mas bem pouco. O ritmo continua bom, com eventos bem encadeados e muitas reviravoltas, e a história vai ficando cada vez mais intrincada e cheia de nuances. O final, como eu disse ali em cima, deixou um puta cliff-hanger, e não me aguento de ansiedade para o próximo. E ainda levanta questões bacanas, como preconceito e fanatismo. Senti até uma certa ligação com A esperança. O jeito agora é esperar pelo próximo.
Trilha sonora
Como eu já disse antes, Madness do Muse é o tema de Adrian e Sydney. Undisclosed desires, também do Muse cai bem também. De novo, e também tema de Sydney e Adrian, On Fire, do Switchfoot. Love me back to life, do Bon Jovi também é perfeita; Wonderwall, do Oasis e The Reason, do Hoobastank.
Se você gostou de The Fiery Heart, pode gostar também de:
Vampire Academy – Richelle Mead;
Beautiful Creatures – Kami Garcia e Margaret Stohl;
Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
House of Night – P. C. e Kristin Cast;
saga crepúsculo – Stephenie Meyer;
Jogos Vorazes – Suzanne Collins.
PS: não traduzi o título porque não sei como vai se chamar no Brasil.
PPS: eu adoro a série, mas essas capas americanas são uó de tão feias.
site:
natrilhadoslivros.blogspot.com