O Cisne de Prata

O Cisne de Prata Benjamin Black




Resenhas - O Cisne de Prata


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Rosana 08/05/2013

O Cisne de Prata - Benjamin Black
Olá!

O Cisne de Prata é o segundo de uma série de romances policiais escrito por Benjamim Black pseudônimo do escritor irlandês John Banville. O primeiro livro é O pecado de Christine.

A trama é muito boa. Um romance policial que prende o leitor. Eu adoro esse gênero, o escritor é ótimo, mas em certas partes do livro ele enrola um pouco, descreve demais as personagens onde não precisaria, mas fica claro que o autor gosta de detalhar a sociedade irlandesa dos anos 50. Fazia tempo que eu não lia algo com o vocabulário tão bom. Não desmerecendo grandes autores norte-americanos, mas esse irlandês sabe usar as palavras :) Ultimamente tenho tido a sorte de ler escritores maravilhosos e tramas surpreendentes.

O corpo de uma mulher aparece na costa de Dublin e a princípio é um suicídio. Mas o dr. Quirke que no livro anterior se meteu em encrenca por não deixar para lá a história, nesse livro acaba ficando em um dilema, ao receber o estranho pedido de um ex colega de faculdade , o marido da suposta suicida, de que não seja feita uma autópsia.

Não se preocupem por não ter lido o livro anterior, eu não li ainda e o autor durante essa história acaba por explicar o que houve antes. E não atrapalha o nosso entendimento da trama.

Como o dr. não deixa passar, acaba realizando o exame e descobre que não foi suicídio. A partir daí, várias personagens nos são apresentadas e qualquer uma pode ser culpada.

Laura Swan , a falecida, era sócia de Leslie White no salão de cabeleireiro O cisne de prata. No decorrer do livro temos partes onde ela está falando como foi a infância pobre, os abusos que sofrera, até chegar a conhecer Leslie White e o dr. Kreutz . Leslie White é um inútil, golpista, casado , mas que trai a esposa com várias mulheres , além de gostar de usar drogas. Dr Kreutz é um médico para curas espirituais que na verdade não vale muita coisa também.

Por outro lado temos o patologista dr. Quirke, um alcoólatra em recuperação que tem uma filha, Phoebe, mas que passou a vida inteira achando que ele era seu tio e não seu pai. Um rolo só, mas que é bem explicadinho no livro.

Percebemos que muitas personagens estão ligadas de alguma maneira e assim entendemos os inúmeros detalhes que o autor dá o tempo todo. É adultério, golpe , regados a morfina e whiskey. Mas uma trama muito bem amarrada. E tudo começa com Billy Hunt , o marido de Laura Swan, que na verdade é Deirdre Hunt, mas um nome desses não combina com o Cisne de Prata, não é mesmo?

Uma vez lá fora, Quirke caminhou até o rio no calor do meio-dia, lamentando o seu terno e chapéu pretos. Parou para fumar um cigarro, encostado no muro de granito do dique. A maré estava baixa e a lama azul da margem do leito do rio fedia; as gaivotas faziam círculos e davam gritos estridentes a sua volta. Ele estava satisfeito porque o inquérito terminara, mas ainda se sentia carregando um peso, uma estranha sensação: era como se tivesse esvaziado um reservatório só para descobrir que continuava tão pesado quanto antes pág 63

Como já mencionei, o vocabulário do autor é demais. O projeto gráfico ( capa, diagramação etc) são de qualidade, a revisão e tradução estão ótimas também, a capa tem até relevo no nome do livro. E o melhor de tudo, a trama, fantástica. Recomendo.

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Pandora 12/07/2015

Garret Quirke é um patologista solitário e alcoólatra que não consegue ficar longe de confusão. Quando um ex-colega de faculdade o procura pedindo que não faça a autópsia na esposa, aparentemente uma suicida, Quirke decide investigar a história por conta própria.

Ambientado nos anos 50, este romance policial está longe de ser um livro cheio de ação e adrenalina; é, bem mais, um ensaio sobre o comportamento humano, uma história que oscila entre passado e presente sob a ótica de diversos personagens. O autor tem um estilo literário tão fluente e competente, que apesar de ser um livro bem descritivo, ele não cansa. É uma leitura enigmática, que me prendeu de tal forma que o mais importante não estava exatamente em fechar o mistério, mas em beber cada palavra escrita; estar envolvida completamente na trama. Gostei tanto que antes mesmo de chegar à metade do livro eu já tinha encomendado "O pecado de Christine", romance que antecede este.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 12/07/2018

Provável Suicídio
?O Cisne de Prata" é o segundo livro de John Banville sob o pseudônimo de Benjamin Black. Ambientado na Irlanda durante a década de cinquenta, marca a volta do médico legista Garret Quirke após o sucesso de "O Pecado de Christine".

Nesse novo suspense, o corpo de uma mulher aparece boiando na baía de Dublin e as evidências apontam para um suicídio, mas uma marca de agulha desperta a desconfiança do médico. Se não bastasse, o marido da vítima tenta convencê-lo a não realizar a autópsia e esse pedido é o estopim para que Quirke inicie uma investigação particular sem suspeitar dos riscos que irá correr.

Por sinal, se você não conhece o protagonista, esqueça todos os clichês. Ex-alcoólatra, Quirke é um sujeito atormentado por um passado mal resolvido cujos problemas frequentemente voltam à baila. Não é nenhum gênio dedutivo, atrapalha os inquéritos e além de mentir descaradamente para a Justiça, é impossível não simpatizar com ele.

Outro ponto curioso é que a história apresenta mais de um narrador e essa alternância de vozes incluiu a da própria vítima. O resultado é que o leitor passa a ser a única testemunha do que realmente aconteceu, revelando uma trama original e muito bem estruturada.

Para quem reduz a ficção policial à literatura barata, esse livro prova o contrário. Sem a mesma pretensão artística de Banville, Black exibe o mesmo talento com uma única diferença: seu estilo é mais direto e sem floreios.

Finalizando, indico um romance do escritor: "O Mar", vencedor do Man Booker Prize em 2005. Considerado sua obra-prima, está entre meus preferidos.

?O que me fascina é o passado parecer mais intenso que o presente?, John Banville.
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Tamires.Kellermann 15/11/2022

Que final péssimo... Deixa muitos parênteses abertos... AFF péssimo!!! Tradução também, não é das melhores. Editora Rocco ainda com páginas brancas... Olha sinceramente, perca total de tempo!!!
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Camila 06/11/2023

Um patologista que ama ser patologista
Se tem uma pessoa que ama dizer o que faz da vida (profissão) é Quirke. Ele fala em todos os cantos que é patologista.
O livro é ambientado nos anos 50, a escrita do autor é muito boa, mas em alguns momentos se torna extremamente lenta.
Além de patologista, Quirke é um homem solitário e alcoólatra. E vira e mexe está metido em alguma confusão. Mas tudo o faz seguir o faro e seu tino de patologista quando um amigo de faculdade não recorre a ele em busca de uma segunda opinião e quem sabe de uma investigação, mas quer que ele não faça a autópsia. É aí que as coisas começam a acontecer de fato.
Quirke é patologista e ter tino de investigador. O que será que o corpo daquela mulher afogada quer dizer? Suicídio ou homicídio?
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